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LEG/SGO/CSC/IDBDOCS: 1519872

ANEXO ÚNICO

O PROGRAMA

Apoio ao Fomento de Iniciativas Privadas no Estado de Alagoas

I. Objetivo

1.1 O objetivo geral do Programa é contribuir para o desenvolvimento econômico do


estado de Alagoas por meio da ampliação, diversificação e modernização empresarial das
micro, pequenas e médias empresas (MPME). O propósito do Programa é consolidar um
modelo inovador de agência de fomento mista, que, por meio de iniciativas piloto,
promova a inclusão econômica e facilite o desenvolvimento competitivo das micro e
pequenas empresas (MPE).

II. Descrição

Componente 1: Fortalecimento das capacidades técnicas


2.1. O objetivo deste componente é consolidar a Agência de Fomento de Alagoas S.A.
(“AFAL”) como entidade de excelência técnica e fortalecer sua capacidade de interagir
com uma rede de organismos públicos e privados e, assim, promover maior eficiência e
eficácia nas ações de fomento para as MPE.
2.2 O Programa apoiará com assistência técnica e treinamento a realização das
seguintes atividades: (i) estabelecimento de metodologias de trabalho interno para a
AFAL, com relação tanto à definição de produtos como à supervisão das atuações; (ii)
atualização do plano de negócios e desenvolvimento do plano estratégico da AFAL, para
facilitar o controle atento da sustentabilidade da AFAL, fator importante para a
manutenção da autorização do Banco Central, pelo qual ela poderá operar como entidade
financeira de segundo piso; (iii) treinamento dos técnicos da AFAL em análise, seleção e
gestão de projetos; (iv) acompanhamento do desenvolvimento da AFAL, por meio de
tutoriais e intercâmbio com entidades semelhantes no Brasil ou em outros países; e (v)
apoio à elaboração e à implantação de um plano de marketing e comunicação.
Componente 2: Apoio à inovação e à sustentabilidade das instituições
microfinanceiras
2.3 O objetivo deste componente é elaborar e implantar uma estratégia de apoio ao
mercado de microfinanças de Alagoas. O propósito desse componente é, portanto, apoiar
a AFAL no desenvolvimento de atividades de assistência técnica a microfinanças, para
que estas acompanhem a oferta de recursos financeiros ao setor.
2.4 Para reforçar as capacidades da AFAL no campo da assistência técnica às
entidades microfinanceiras, o componente apoiará: (i) a definição de uma estratégia para
o setor, com relação tanto ao desenvolvimento de novos produtos de microfinanças como

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à promoção de um aprofundamento do setor, para facilitar o ingresso de novos agentes;


(ii) o desenho de produtos inovadores e sua divulgação para as instituições
microfinanceiras; e (iii) três iniciativas piloto de assistência técnica e treinamento para a
implantação da estratégia definida. Estas últimas iniciativas beneficiarão as instituições
microfinanceiras que desejarem entrar no mercado de Alagoas e ampliá-lo ou que estejam
interessadas em diversificar sua oferta de produtos, e incluirão ações como divulgação de
metodologias de avaliação do risco, apoio a sistemas operacionais e de controle do risco,
apoio à implementação de sistemas contábeis ou financeiros e aquisição de sistemas de
informação.
Componente 3: Fortalecimento das bases locais de desenvolvimento
2.5 Este componente se propõe a apoiar o processo de geração de capacidades
institucionais e de recursos humanos para a construção de um ambiente favorável ao
desenvolvimento e a realização de iniciativas piloto em cada um dos territórios
econômicos do estado: o litoral marítimo, o rio São Francisco, o sertão alagoano (zona
semi-árida) ou agreste, a zona da mata e a zona metropolitana de Maceió. Para essa
finalidade, o Programa financiará atividades de treinamento e assistência técnica visando
o:
(a) Desenvolvimento institucional de entidades locais públicas e privadas.
Neste contexto, o componente deverá: (i) apoiar as entidades públicas e privadas
que atuam no desenvolvimento econômico do território para melhorar suas
capacidades técnicas em identificação, desenho, gestão e acompanhamento de
projetos de desenvolvimento produtivo e inclusão econômica; e (ii) desenvolver
nos municípios e em outras entidades públicas capacidades de interação com as
empresas.

(b) Desenvolvimento e divulgação de capacidades técnicas para a formação


de redes de empresas. O Programa prevê o reforço dessas capacidades por meio
de práticas e formação técnica e, para essa finalidade, o componente apoiará: (i) o
treinamento de consultores especializados e de funcionários da AFAL com vistas
à formação e à gestão de redes de empresas; e (ii) a realização de 20 (vinte)
programas de geração de redes empresariais.

(c) Desenvolvimento de capacidades técnicas para iniciativas de “habilitação


social” nas entidades da sociedade civil (públicas, ONG ou outras instituições)
dos diversos territórios. A intenção é desenvolver iniciativas a favor dos setores
sociais mais pobres, para que eles possam se inserir na economia formal mediante
a melhoria da auto-estima e a facilitação da inserção no mercado de trabalho. Para
essa finalidade, o Programa apoiará: (i) o treinamento técnico de profissionais das
entidades da sociedade civil; e (ii) a identificação e realização de até 10 (dez)
iniciativas piloto, financiando até 70% (setenta por cento) do custo das iniciativas,
cujo valor não poderá ser superior a US$ 20.000 (vinte mil dólares). Essas
iniciativas beneficiarão comunidades em extrema pobreza, com o objetivo de
facilitar sua inclusão econômica, e poderão incluir treinamento nos aspectos
técnicos, profissionais, de capacidade empreendedora e de auto-estima.

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Componente 4: Seleção e implementação de projetos piloto


2.6 O objetivo deste componente é apoiar iniciativas de competitividade local voltadas para o
aumento das vantagens competitivas dos seis territórios selecionados. Para essa
finalidade, serão realizadas as seguintes atividades: (i) desenvolvimento das diretrizes
para a convocação do fundo concedível; (ii) oficinas de divulgação da convocação;
(iii) avaliação e seleção dos projetos; e (iv) implementação dos projetos e seu
monitoramento.
2.7 As entidades promotoras dessas iniciativas poderão ser redes de empresas, organizações
da sociedade civil de natureza privada ou entidades públicas locais, caso em que serão
privilegiadas aquelas que tiverem uma parceria operacional com alguma organização
privada. Os projetos piloto poderão ser de quatro tipos: (i) fortalecimento de
conglomerados de empresas ou APL; (ii) cadeias produtivas de tipo vertical com
empresas âncora; (iii) projetos de competitividade local; e (iv) iniciativas de natureza
particularmente inovadora. Os projetos dos três primeiros tipos deverão contemplar as
lições acumuladas em projetos anteriores e considerar os planos de ação dos clusters de
projetos FUMIN de integração produtiva e de competitividade local. O custo desses
projetos não poderá ser superior a US$ 120.000 (cento e vinte mil dólares), para o qual o
fundo concedível contribuirá com até 80% (oitenta por cento). Despesas recorrentes
(pessoal, aluguel de sede, manutenção de equipamentos e infra-estrutura, serviços
públicos, etc.) não serão objetos de financiamento.
2.8 Na seleção dos projetos, serão privilegiados aqueles que: (i) tiverem uma
iniciativa desenvolvida por uma parceria de entidades e/ou empresas; (ii) contribuírem
para melhorar as condições de vida (índices de pobreza, renda ou emprego); e
(iii) promoverem atividades produtivas inovadoras ou que gerarem um maior valor
agregado. Todos os projetos deverão cumprir a lista de exclusão ambiental.
2.9 Os processos de seleção, administração e acompanhamento dos demais projetos
serão realizados pela AFAL segundo critérios e normas aceitáveis pelo FUMIN,
conforme está mais amplamente descrito no Regulamento Operacional do Programa.
Componente 5: Sistematização das lições e divulgação dos resultados
2.10 O objetivo deste componente é ilustrar as formas mais eficazes de promover e
apoiar o desenvolvimento de base, disseminar as experiências acumuladas e divulgar os
resultados obtidos. Prevêem-se as seguintes atividades: (i) desenvolver e implementar um
sistema de monitoramento do Programa (inclui o levantamento da linha de base); (ii)
documentar as lições aprendidas, em especial sobre a implementação da própria AFAL, e
o desenvolvimento de instrumentos e projetos que favoreçam a inclusão econômica; e
(iii) realizar dois eventos para divulgar os resultados alcançados e as lições aprendidas.

III. Custo do Programa

3.1 O custo total do Programa será de US$5.400.000 (cinco milhões e quatrocentos


mil reais), dos quais US$2.200.000 (dois milhões e duzentos mil dólares) serão aportados
pelo FUMIN na modalidade não-reembolsável, sendo a contrapartida de responsabilidade
do executor, conforme descrito no quadro abaixo:

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Categorias orçamentárias FUMIN Contrapartida TOTAL %


C 1. Fortalecimento das capacidades técnicas 283.400 395.000 678.400 12,6%
C 2. Apoio à inovação e sustentabilidade em IMF 29.200 626.800 656.000 12,1%
C 3. Fortalecimento das bases locais de
desenvolvimento 204.400 362.600 567.000 10,5%
C 4. Seleção e implementação de projetos piloto 1.107.400 1.173.900 2.281.300 42,2%
C 5. Monitoramento e sist. das lições aprendidas 74.000 100.300 174.300 3,2%
Unidade executora 277.200 501.600 778.800 14,4%
Avaliações anuais 50.000 - 50.000 0,9%
Auditorias financeiras anuais 68.000 - 68.000 1,3%
Imprevistos 95.400 39.800 135.200 2,5%
Conta de avaliação de impacto 11.000 - 11.000 0,2%
TOTAL 2.200.000 3.200.000 5.400.000 100%

IV. Execução

4.1 Órgão Executor. O Órgão Executor será a AFAL, submetida à supervisão e


fiscalização do Banco Central do Brasil, devendo sua constituição e funcionamento
obedecer às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. A AFAL atuará
como agente financeiro dos programas socioeconômicos e como gestora dos fundos de
financiamento instituídos pelo governo do estado.
4.2 Organização da execução. Para a execução, constituir-se-á uma unidade
executora que dependerá do gestor da AFAL e será integrada por dois coordenadores de
projeto (um com responsabilidade sobre as iniciativas de apoio ao mercado de
microfinanças e o segundo, encarregado das atividades de assistência técnica para a
competitividade das empresas e a inclusão econômica - este último terá o apoio de um
assistente técnico), um contador e um assistente. Também será constituída a Comissão
Diretora de Seleção e Avaliação de Subprojetos, que terá a responsabilidade de avaliar e
selecionar os projetos piloto. Essa comissão será formada por cinco membros: o
presidente da AFAL, um representante de Universidade Federal, um do setor privado, um
do FUMIN e o coordenador do Programa.

V. Acompanhamento e Avaliação

5.1 O Beneficiário será responsável pelo acompanhamento e avaliação do Programa,


conforme definido na cláusula Décima Quinta da Carta-Convênio.

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