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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CAN - CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E NEGÓCIOS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA

PROJETO DE CONSULTORIA INTERDISCIPLINAR

MAXIMUS – CONSULTORIA

LE PETIT

NOME RGM
582758852
Eduardo Paulo e Silva
1
582723230
Juliane Viana Mota
1
582753342
Nathan de Senna Parizzi
5
582616517
Victor Sousa Tavares da Silva
1
582761631
Wandson dos Santos Lima
2

Turma: 3ºD e 4ºJ

Campus: Guarulhos

Grupo: N°4
Guarulhos

2022

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CAN - CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E NEGÓCIOS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA

LE PETIT

Trabalho parcial de curso apresentado aos professores das disciplinas


específicas, como exigência para a obtenção parcial da graduação no Curso
Superior de Tecnologia em Logística, sob as orientações dos professores: Prof.
Me. Agostinho Augusto Figueira; Prof. Dr. Jadir Perpetuo dos Santos; Prof. Dr.
Luiz Carlos Pereira de Souza.
Guarulhos

2022

BANCA EXAMINADORA:

_____________________

_____________________

_____________________
Aos nossos familiares e amigos que sempre nos apoiaram.
Agradecemos primeiramente a Deus, por sempre colocar tudo em seu devido lugar.

Aos nossos pais por sempre estarem nos apoiando em todos os momentos. E por
fim, aos nossos professores por toda a informação e ensinamento adquirido.
Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.

(Provérbio Africano)
Resumo
A empresa “Le Petit” tem como foco ser a número um do ramo de varejo em
supermercados no Brasil, e contratou a Maximus Consultoria, para atingir esse
objetivo, a empresa conta com ótimos profissionais no setor logístico, mas um olhar
vindo de fora, pode ver perspectiva diferentes para atingir essa meta, seus
gestores sabem que os concorrentes também estão visando isso e para ganhar
essa “batalha”, é preciso contar com a ajuda dos melhores, a Maximus entrou
nessa pois vê como uma oportunidade de ouro, para crescer e atingir outras
empresas. Veremos as cenas dos próximos capítulos a seguir, esperamos que
com final para ambos.
PALAVRAS-CHAVE: Número um; Atingir; Batalha

ABSTRACT
Le Petit focuses on being number one in the retail sector in supermarkets in Brazil,
and hired Maximus Consultoria, to achieve this goal, the company has great
professionals in the logistics sector, but an outside look can see perspective different
ways to achieve this goal, its managers know that the competitors are also aiming for
this and to win this "battle", it is necessary to count on the help of the best, Maximus
entered this because it sees it as a golden opportunity, to grow and reach other
companies. We will see the scenes of the next chapters below, hopefully with an
ending for both.
KEYWORDS: Number One; Reach; Battle

SUMÁRIO

Introdução 1
Capítulo I 2
Caracterização da empresa: 2
1.1 – Gestão da demanda, dos Estoques e armazenamento 4
Demanda: 4
1.2 – Gestão da distribuição logística e dos Transportes 5
1.3 – Gestão de Suprimentos: 10
Capítulo II 13
2.1 – Administração da produção e operações 14
2.2 – Gestão de custos logísticos: 17
2.3 – Processos e projetos logísticos: 24
Capítulo III 27
3.1 – Gestão da Qualidade e Logística Reversa 27
3.2 – Comércio Exterior e Logística Internacional 32
3.3 – Logística de Serviços 33
Referências bibliográficas: 35
Introdução
O presente trabalho busca soluções para o hipermercado Le Petit, e através
desses conhecimentos desenvolver soluções ágeis, eficiente e eficaz para o
projeto de e-commerce que o hipermercado deseja abrir, tem por finalidade
apresentar os estudos realizados junto à empresa para levantamento de falhas ou
pontos possíveis de melhoria em seu sistema.

O Hipermercado Le Petit Comércio de Alimentação limitada, localizado em São


Paulo e obtendo 400 lojas por diversos estados do Brasil é a maior empresa de
varejo do segmento de alimentação de nacionalidade francesa trata-se de uma
empresa de grande porte, tem como objetivo oferece soluções eficientes e
inovadoras, A empresa valoriza e respeita seus colaboradores, e se preocupa com
a satisfação de seus clientes.

A consultoria é um serviço profissional especializado de aconselhamento pessoal,


empresarial, governamental ou organizacional, é uma atividade que auxilia os
gestores nas tomadas de decisões, esta "ajuda" muitas vezes pode ser
considerada como uma vantagem competitiva para a organização.
Capítulo I

Caracterização da empresa:
Razão Social: Centro de Consultoria Maximus LTDA.

Nome Fantasia: Maximus Consultoria.

Sede Principal: Rodovia Anhanguera, km 114, Jardim Dall’orto, Sumaré, São Paulo.

Missão: Oferecer opções de consultoria para nossos clientes, prezando sempre a


organização e qualidade.

Visão: Buscar sempre se reinventar a cada dia, visando sempre a qualidade e o


respeito.

Valores: Inovação, qualidade e ética nas relações com clientes e colaboradores.

Fundação: A Maximus consultoria surgiu em 8 de janeiro de 1967, com a iniciativa


de 2 irmãos, Lourenço e Afonso que sempre ajudavam seus amigos com problemas
particulares durante a infância, e com o passar do tempo perceberam que os seus
métodos detalhistas tinham muita eficiência, e com isso decidiram abrir um negócio
próprio. Com mais de 50 anos no mercado, a Maximus consultoria conta com uma
equipe de 200 colaboradores de extrema qualidade espalhados em cerca de 8
estados do Brasil (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo)
Logotipo:
Figura 1 - Logotipo Maximus

Fonte: Autoria própria (2022)

Significado da Maximus consultoria

Leão: Simboliza o domínio, sabedoria e segurança.


Maximus: Estar acima de todos, buscando sempre se manter no topo.
Slogan: Zelar sua empresa ao extremo.
Cor laranja: Cor que retrata ânimo, energia e dinamismo
Cor preta: Dignidade e autoanálise.
1.1 – Gestão da demanda, dos Estoques e armazenamento

Demanda:
É um conjunto de práticas que permite prever e atender a demanda do mercado
pelos bens ou serviços da empresa, permitindo que se encontre um equilíbrio entre
oferta e demanda existente.

Demanda são desejos por produtos ou serviços específicos, porém respaldados


pela habilidade e disposição de comprar. É a quantidade de produtos que os
consumidores desejam adquirir por "certo" preço.

A gestão da demanda emerge nos campos de conhecimentos da gestão


da cadeia de suprimentos e de marketing. Busca-se a rápida e adequada
integração das necessidades originadas do mercado na direção dos
fornecedores, de modo a balancear e alinhar estrategicamente a
demanda com a capacidade operacional ao longo da cadeia de
suprimentos. (MELO, ALCÂNTARA, P4, 2011).

Podemos definir o que é gestão de demanda como um conjunto de ações que são
tomadas no sentido de reconhecer as necessidades que a empresa precisa
atender, seja de seu público interno ou externo.

Armazenamento:

A armazenagem é um conjunto de funções e técnicas, que são empregadas desde o


recebimento, descarga, carregamento, organização, planejamento, controle e
conservação de matérias-primas, produtos acabados, ou semiacabados, que
serviram em algum momento as atividades das empresas, abrange inúmeras
rotinas, desde o recebimento de mercadorias e insumos para produção, até o início
do despacho. Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre
os custos e a melhor solução para as empresas.

Armazém é o local apropriado para guarda materiais e produtos que as


empresas utilizam para facilitar o fluxo de entrada e saída de suas
matérias-primas e dos produtos acabados. Deve ser um meio de redução
de custos, e de tempo no atendimento ao cliente e facilidades no apoio ao
processo de venda e pós-venda. (PAOLESCHI, p.14 2014)
A armazenagem é utilizada para acumular estoques e principalmente, garantir
melhores níveis de serviço, e obter economias de transporte e produção.

Consultoria:
A gestão da demanda é um conjunto de práticas que pode prever e atender as
demandas do mercado, pelos serviços da empresa, fazendo com que mesma
encontre um equilíbrio entre oferta e demanda. Para que isso possa acontecer a
empresa precisa ter uma boa organização e fornecedores de grande competência.
Viana (2009, p.117) defende que:

A gestão é um conjunto de atividades que visa, por meio das respectivas


políticas de estoque, o pleno atendimento das necessidades da empresa
com máxima eficiência e ao menor custo, através do maior giro possível
para o capital investido em materiais. VIANA (2009, p.117)

Nessa consultoria priorizamos como melhor meio de transporte para o


hipermercado o modal rodoviário, com serviços terceirizados de alta eficiência e
melhores rotas, reduzindo tempo de espera da mercadoria. Os estoques têm de
estar nos lugares certos, ter o tamanho certo, proteger de forma adequada seu
conteúdo e permitir entregas e colocação eficientes nas prateleiras. As empresas
devem analisar o custo e efetivar o uso do espaço, provendo um acesso adequado
ao material estocado.

1.2 – Gestão da distribuição logística e dos Transportes


A distribuição é um processo em que se trata da atividade que engloba os
procedimentos adotados, os serviços, o transporte de matérias e produtos, a fim de
suprir as necessidades/desejos dos clientes com qualidade, agilidade com o menor
custo e não se prende apenas ao transporte de matérias primas ou produtos.
Os centros de distribuição são grandes depósitos automatizados e possuem
estruturas como paletes, estantes, etc., separados por corredores sinalizados que
dão acesso às mercadorias. Estes depósitos são projetados para receber produtos
de várias fábricas e fornecedores, servem para colocar os produtos em movimento,
além de armazená-los, e variam de acordo com a necessidade do cliente ou
produto.

Como podemos observar a distribuição nada mais é do que


o recebimento de mercadorias essa mercadoria é separada
colocadas em áreas específicas, classificadas para que na
hora que for necessário carregar seja de fácil acesso.
Entende-se como objetivo geral da distribuição física, como
meta ideal, é o de levar os produtos certos, para os lugares
certos, no momento certo, com o nível de serviço desejado,
e pelo menor custo possível. (NOVAES, 2014, P. 278).

Figura 2 - Distribuição Logística

Fonte: Transporte e distribuição logística - Armazéns Gerais Trianon (armazenstrianon.com.br)

Transportes:

A parte de transportes é o coração da empresa, todas as outras áreas podem estar


indo muito bem, mas se esta não estiver saudável, as chances da empresa obter
sucesso são praticamente nulas.

De acordo com Scopel (2018)

O transporte tem papel fundamental dentro da logística empresarial sendo


responsável por 2/3 (dois terços) do custo logístico. Por meio do transporte
a logística agrega valor ao cliente por colocar as coisas fisicamente no local
por ele esperado, com qualidade, garantia sobre a integralidade da carga e
confiança dos prazos. SCOPEL, Ezequiel. Gestão de Transporte e
Infraestrutura. Maringá PR: UniCesumar, 2018.

Modais de transportes:

Transporte aéreo: Apesar de ser um dos mais caros é um dos mais eficientes e
seguros, hoje em dia utilizado em diversas formas de veículos como Aviões,
Helicópteros e Drones.

Transporte rodoviário: Muito difundido pela capitalização na indústria


automobilística o transporte rodoviário se tornou sendo o mais utilizado por sua
facilidade de acesso aos mais diversos pontos, portanto se comparado ao transporte
Hidroviário e Ferroviário sua capacidade de transporte de carga é relativamente
baixa.

Transporte dutoviário: O transporte dutoviário consiste em um sistema de


tubulações interligadas que funcionam através de sistemas de gravidade, pressão
ou hidráulicos levando desde mercadorias sólidas a líquidas como por exemplo
petróleo ou produtos recicláveis.

Transporte aquaviário: Conhecido como aquaviário e também como hidroviário,


esse modal de transporte consiste em movimentações aquáticas funcionando em
três tipos de modalidades sendo elas o marítimo (oceanos), fluvial (rios) , Lacustre
(Lagos e Lagoas).
Transporte Ferroviário: O transporte ferroviário é um dos meios mais utilizados
para transporte de alto volume em quantidade, porém com baixo valor agregado,
também muito utilizado para o transporte de pessoas no dia a dia como por exemplo
trens ou metrôs.

As atividades de comércio e a necessidade de interação com outras localidades


revelam a importância do transporte de mercadorias e pessoas no desenvolvimento
de uma região. A zona produtora precisa distribuir seus produtos para a zona de
consumo. A utilização racional dos meios de transporte oferecidas a preços
razoáveis influi significativamente na competitividade dos produtos comercializados.
RODRIGUES (2002) detalha o transporte como o deslocamento de pessoas e pesos
de um local para outro. Na logística podemos definir transporte como, a
movimentação de produtos entre regiões geográficas ou área de comércio, elevando
o nível de serviço do sistema logístico, buscando-se entender e analisar todas as
variáveis envolvidas para melhor atender às complexas necessidades decorrentes
das transações comerciais locais, regionais e internacionais. Na escolha do meio
mais adequado ao transporte, é necessário estudar todas as rotas possíveis,
estudando os modais mais vantajosos em cada percurso.

(CASTIGLIONI, MATTOS, PIGOZZO, 2014, p.13) citam que “os modais são meios
de movimentação de transbordo de materiais. Quanto à sua circulação, existem
cinco modais ou sistemas de movimento”.

A gestão de transporte utiliza sistemas avançados de comunicação e informação, o


que permite a recolha de dados que servem para melhorar as operações de
veículos e instalações.

Consultoria:
A melhor opção é usar o modal rodoviário, visando o mercado em que atende e os
tipos de produtos que vende.

Negocie os custos de transporte com antecedência; ajuste com o cliente ou o


fornecedor a quantidade adequada de produtos.

O transporte representa a maior parte dos custos em uma estratégia logística, cerca
de 60% das despesas na maioria das organizações. As funções principais do
transporte em uma estratégia logística são a capacidade de carga, a utilidade do
lugar e o ganho de tempo.

● Investir em sistemas de gestão.


● Fazer um planejamento prévio de estoque
● Elaborar roteiros e mapas de entrega.
● Fortaleça
parcerias
● Disponibilizar o rastreio no e-commerce;
● Cumprir os prazos;
● Implementação de sistemas automatizados de controle.

Proposta:

Figura 3 - Otimização da Gestão de Transportes


Fonte:http://deverhum.com.br/blog/7-dicas-para-otimizar-a-gestao-de-transporte-da- sua-empresa/

1.3 – Gestão de Suprimentos:


Gerencia dentro e fora da empresa o fluxo de produtos, se constituem desde os
fornecedores de matéria-prima ainda não processados e chegam até o cliente final
utilizando produtos e serviços oferecidos pela cadeia. Uma cadeia de suprimentos
interliga diversas organizações pelas quais fluem produtos e informações. O
processo logístico se entende da aquisição de matéria-prima até a entrega do
produto acabado para clientes.

Todos os distribuidores, prestadores de serviços e até os clientes são


considerados elos da cadeia de suprimento.

A gestão da cadeia de suprimento é um conjunto de abordagem que


integra, com eficiência, fornecedores, fabricantes, depósitos e pontos
comerciais de forma que a mercadoria é produzida e distribuída nas
quantidades corretas, aos pontos de entrega e nos prazos corretos, com
objetivo de minimizar os custos do sistema sem deixar de atender as
exigências em termos de nível e serviço. (SIMCHI-LEVI, KAMINSKY,
SIMCHI-LEVI, 2010 p.33)

Gestão de suprimentos é um processo que consiste em sistema de organização,


atividades, informações, pessoas e recursos envolvidos no processo de transportar
produtos ou serviços dos fornecedores até o cliente. Que tem como objetivo
garantir a satisfação dos clientes, atendendo no menor tempo possível com foco na
redução de custos e aumento na qualidade do produto ou serviço final.

Cadeia de suprimentos - que é o conjunto de atividades que vão desde produção,


movimentação, armazenamento e expedição até transporte, trabalhando de forma
integrada, com a finalidade de diminuir custos e prazos de entregas em busca de
um lucro maior. (PAOLESCHI, B. 2014, p.13).

Para gerenciar a gestão de suprimentos de forma correta, a empresa precisa


entender bem os tipos de demanda, nível do serviço requerido pelos clientes e sua
distância, os custos envolvidos, entre outros pontos que seja relevante para cada
tipo de negócio. Então podemos afirmar que a cadeia de suprimentos é a junção de
determinados processos, que juntos fabricam ou comercializam produtos ou
serviços, esses processos são: fornecedor de insumos ou matéria prima, indústria,
distribuidor, varejista e consumidor final.

Isso é a cadeia de suprimentos é garantir a satisfação dos clientes fazendo com


que eles recebam o que foi pedido de forma satisfatória, e para isso é preciso
planejar e controlar muito bem cada parte do processo da cadeia.

Os processos chaves de uma cadeia de suprimentos podem ser descritos em 4


passos através de uma visão macro.

Produtor: O produtor da matéria prima tem o papel inicial dentro de uma cadeia de
suprimentos, é ele que fornece os insumos para a fabricação do produto final,
lembrando sempre do transporte desde o primeiro momento, sendo a peça chave
para fazer o intermédio entre todas as outras partes do processo.

Fabricante: O fabricante é o responsável por desenvolver os produtos, testá-los e


garantir que estarão prontos para o uso do cliente, além de desenvolver
embalagens para o transporte minimizando a porcentagem de danificação ou
avaria.

Distribuidor: O distribuidor fica responsável pelo repasse das mercadorias até os


pontos de vendas direcionados aos clientes finais, assim tendo que garantir suprir a
demanda dos lojistas em um determinado prazo de tempo para não ocorrer
rupturas nos PDVS.

Supermercadistas: Também conhecidos como lojistas, são responsáveis por fazer


a venda diretamente aos clientes finais, sendo a última parte do processo dentro de
uma visão macro na cadeia de suprimentos.

Figura 4 - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Fonte:http://gerenciamentodacadeiadesuprimentos.blogspot.com/2013/05/introducao

-da-cadeia-de-suprimentos-e.html

Consultoria:
A Le Petit possui enorme variedade de produtos e marcas o que resulta em uma
grande quantidade de fornecedores com diferentes tamanhos e que estão
espalhados em diversas regiões, essa pluralidade de fornecedores faz com que a
empresa trabalhe com diferentes prazos de entrega e pagamentos e sistema de
estocagem.
A Le Petit tem sofrido com alguns problemas como falta de mercadorias
ocasionados pelo efeito "forrester" ou efeito chicote (que se trata de ter
instabilidade na comprar, horas vende-se muito, outras muito pouco), em relação a
compras onlines.

A cadeia de suprimentos (Supply Chain) da Le Petit tem passado por muitas


mudanças ao longo dos anos, para atender a entrega do produto ao consumidor
final, atualmente é pautado em tecnologia do EDI para troca de informação com
seus fornecedores. O EDI é um formato eletrônico padrão que substitui os
documentos com base em papel, como ordens de compra ou faturas, que tem
como função criar um padrão de comunicação entre empresas e sistemas.

Proposta:
Para a melhorar a supply chain da Le Petit será necessário primeiro ter controle
sobre os fornecedores, os organizando por tipo de estocagem, por exemplo,
perecíveis devem ter atenção redobrada, deve-se exigir certificações de
qualidade, constante qualificação e práticas sustentáveis, solicitar algumas
referências, estabelecer um comparativo dos preços ofertados; além disso será
necessário melhorar processos internos, buscar soluções para aumentar a
produtividade, reduzir os desperdícios e custos, eliminar etapas desnecessárias e
adotar melhores práticas, uma boa ideia seria usar uma plataforma de e-
procurement (business to business, ou B2B) como da “IBID It Solutions” que
permite encontrar os melhores fornecedores para insumos, alcançando mais
qualidade pelo custo-benefício, por último é preciso aprimorar o controle de
estoque, fazer inventários do mesmo constantemente, treinar colaboradores para
executar a gestão do estoque, estabelecendo uma margem de danos e perdas
definido e sempre buscar se manter dentro dessa meta, calculando custos de
armazenagem.

Capítulo II
2.1 – Administração da produção e operações
Com o avanço da competitividade industrial aumentando ao decorrer dos tempos,
uma indústria que consiga produzir determinados bens ou serviços com uma alta
qualidade e no menor tempo possível, sai na largada para a fidelização de um
cliente.

A administração da produção trata da maneira pela qual as empresas produzem


bens e serviços. É a transformação de entradas (inputs) em saídas (outputs). É uma
área responsável pelo planejamento e supervisão de processos de fabricação, nela
trabalha-se previsão, planejamento, organização, coordenação e controle. Ela tem
como principal objetivo estudar e analisar quais são as melhores técnicas de gestão
que a organização pode utilizar para desenvolver bens e serviços com a qualidade
certa, quantidade certa, no momento certo e com custo mínimo.

De acordo com Marques, entende-se que a administração de produção:

É uma área da administração geral, porque nela trabalha-se previsão,


planejamento, organização, coordenação e controle, mas a função particular
desta área é desenvolver o sistema produtivo da organização, estudar a
origem e objetivos que cada empresa possui, dar suporte para entender a
maneira perfeita de se controlar um meio de produção empresarial.
(MARQUES, 2011, p. 07).

Além da administração da produção, uma outra atividade que anda em conjunto são
as operações, que permitem a criação de bens e serviços por meio da
transformação de matérias-primas e insumos em produtos acabados, buscando
excelência e otimização. Ela deve conseguir atender a demanda de seus clientes,
gerando valor e garantindo a satisfação do consumidor.

Processos produtivos:

Embora todos os processos de produção de bens e serviços sejam similares na


forma de transformar inputs, eles diferenciam em quatro aspectos conhecidos como
os 4VS, que são eles: Volume de seu output; A variedade de seu output; A variação
na demanda por seu output; E o grau de visibilidade que os clientes possuem da
produção do seu output.
Dimensão volume:

A produção de hambúrgueres da rede McDonald 's é um exemplo, tem implicações


importantes na organização da sua produção, e percebido o grau de repetições de
tarefas, e faz sentido uma especialização para cada tarefa designada. Isso
possibilita a sistematização do trabalho, com procedimentos padrões que serão
estabelecidos em um manual com o passo a passo de como cada função deve ser
feita.

Dimensão variedade:

Um serviço especializado em transporte, com o táxi por exemplo, oferece grandes


variedades de serviços, estando preparado para levar seus clientes para qualquer
lugar, com a roteirização totalmente de acordo com aquilo que o cliente deseja,
contudo tem o seu preço. O custo será mais alto do que o de uma frota de transporte
público que trabalha com uma roteirização fixa.

Dimensão Variação:

A dimensão de variação tem por sua característica a possibilidade de ter uma


flexibilidade de acordo com uma demanda específica. Um exemplo disso é um resort
que chama a atenção de clientes em determinadas partes do ano, com isso, a sua
possibilidade de ter uma flexibilidade é muito maior que a de um hotel onde as suas
atividades não se alteram.

Dimensão Visibilidade:

A dimensão de visibilidade se diz a respeito do grau de contato com o consumidor,


quanto maior for a visibilidade, maior deverá ser o tempo de resposta ao cliente.
Lojas físicas são um exemplo claro de contato com o consumidor, onde o foco é não
perder o seu cliente, tendo assim, que agilizar os seus processos ao máximo,
diferente de uma loja online, onde seus clientes tem pouco contato com vendedores.

Na imagem a seguir, podemos entender claramente como funciona um processo de


transformação e o que é necessário para que ocorra de uma forma correta.
Figura 5 - Processo Produtivo

Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Modelo-basico-de-um-processo-produtivo-com-
seus-principais-elementos_fig1_329697065

Diagnóstico:

Dentre as operações listadas da empresa “Le Petit” onde podemos identificar a


transformação de insumos em produtos tangíveis e intangíveis (serviços), dentro de
uma visão macro podemos identificar variados tipos destes processos dentro dos
mercados da empresa, porém podemos listar os seguintes setores fazendo a
transformação de insumos ou preparação de produtos para o cliente final, açougue e
padaria onde recebem matérias primas brutas e dentro destes setores são
desenvolvidos processos tanto de transformação de insumos na padaria quanto na
preparação dos cortes de carne para o cliente (serviço) onde chegam o resultado do
produto final.

Padaria: Podemos analisar que os processo de transformação de insumos na


padaria resulta em um produto final para o cliente assim sendo um produto tangível.

Açougue: No Açougue podemos citar já o preparo de cortes serviço prestado pelo


açougueiro como intangível, porém resultando em um produto final para o cliente.

A empresa “Le Petit” visando entregar um padrão de qualidade baseado na NBR


ISO 9000, a empresa investe muito na parte de atendimento e desenvolvimento de
seus colaboradores para que estejam aptos a desenvolver um trabalho com
qualidade e eficiência dentro de seus padrões impostos para atender a expectativa
de satisfação dos clientes.

Até um pouco antes da pandemia a empresa “Le Petit” conseguia se manter com
seu estoque estável, porém logo após o surto de contaminação a empresa teve uma
perda alta em sua parte de produtos perecíveis por conta da queda de vendas na
parte de perecíveis, totalizando 4,5% dentro o total de 8% de perda, mais da metade
de cargas secas.

Obtendo uma visão macro, da mesma forma que tiveram perdas também
aumentaram seus ganhos em outros pontos de carga seca totalizando 18,34% de
aumento, assim equilibrando seu faturamento e diminuindo o impacto destas perdas
no capital da empresa.

Proposta:

Sabendo que a maioria das perdas da empresa “Le Petit” foram causadas por
influências externas, as formas de se prevenir destes imprevistos seriam com ações
de marketing promocional, visando reduzir as perdas dos produtos na empresa, em
último caso trabalhar com produtos em margem zerada recuperando o custo que foi
pago na mercadoria visando em diminuir as perdas, afinal seria mais interessante
para a empresa recuperar o valor que foi pago ao invés de perder o valor total do
produto.

2.2 – Gestão de custos logísticos:


Níveis dos custos: Existem vários níveis de custos logísticos, é necessário a
empresa saber diferenciar cada um para melhor gestão de onde se está acertando e
errando, por exemplo, ao se ter consciência que certo tipo está acima do valor
desejado, pode-se criar medidas com mais eficiência para evitar gastos na empresa.
Custos Primários: Os primários tratam-se basicamente da matéria-prima e da mão
de obra direta, por exemplo em uma montadora de carros, podem tratar-se dos
metais que irão compor os automóveis.

Custos de Transformação: São os custos ocasionados pela produção, excluindo


as matérias-primas, por exemplo, embalagens e outros acessórios que vão junto
com o produto.

Custos Fixos: São custos que estão sempre presentes independentemente do


volume de produção, por exemplo energia elétrica, conta de água.

Custos Variáveis: Ao contrário dos fixos, estes se alteram conforme a quantidade


de produção. “Somente são apropriados aos produtos os custos variáveis, ficando
os custos fixos separados e considerados como despesas do período, indo
diretamente para o resultado. Para os estoques, só irão, como consequência, custos
variáveis” (MARTINS, 2010, p. 198).

Custos Diretos: Todos os custos gerados no processo produtivo, seja matéria-


prima, seja mão de obra direta, por exemplo, salários dos operários da fábrica.

Custos Indiretos: Gastos com qualquer coisa, que não esteja diretamente ligada à
produção ou fabricação de algo, por exemplo, a água usada para levar as máquinas
da produção.

Custeio por Absorção: De acordo com Martins (2010, p. 37):

Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos


princípios de contabilidade geralmente aceitos. Consiste na
apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e
só de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção
são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos [ Martins
(2010, p. 37)
Martins (2010, p. 38) menciona também que o custeio por absorção, apesar de não
ser totalmente lógico e de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é
obrigatório para fins de avaliação de estoques e, no Brasil, o imposto sobre a renda
o utiliza.

Trade-off:
Muito utilizado na economia define as situações em que existem conflitos de
escolha. Este conceito aborda o resultado de uma escolha comparando o que foi
selecionado em detrimento daquilo que se abriu mão.

Um dos exemplos mais comuns está presente em nossos hábitos de consumo.


Quando optamos por um produto ou serviço abrimos mão das outras opções que
temos, onde ele aparece.

O trade-off é abordado em muitas teorias econômicas e está presente em todas as


suas áreas.

Para tomar as melhores decisões, o trade-off é expresso em "custos de


oportunidade", uma medida teórica que representa o custo daquilo que se deixou de
escolher.

Segundo o conceito, as melhores decisões são aquelas que envolvem menores


custos de oportunidade, em que se obtém um maior benefício com a escolha.

Este é um dos conceitos-base das ciências econômicas, que busca entender as


melhores formas de utilizar os recursos que temos à disposição. Ex:

● Um indivíduo tenta decidir entre comprar uma nova casa ou realizar uma
grande reforma na casa onde mora;
● Uma empresa pondera deixar de produzir certo produto e passar para uma
empresa terceirizada;

Nos transportes, a empresa tem que fazer a escolha de qual melhor modal a ser
utilizado, é necessária uma análise de custos, localização da empresa, velocidade a
ser entregue ao cliente, área de atuação da empresa, entre outras. Essa escolha é
de fundamental importância para o negócio, se mal escolhida, pode-se tornar as
operações tão custosas, que pode tornar a empresa inviável financeiramente.

Exemplos para esclarecer melhor a ideia:


● No transporte de gases e de petróleo e outros líquidos semelhantes, a melhor
opção é o dutoviário;
● O transporte de um medicamento que precisa ser utilizado com máxima
rapidez e prioridade, o melhor é o aéreo;
● Produtos com grandes volumes no serão entregues em outro estado ou
cidade, o ferroviário é o indicado;
● Já os que também tem grandes volumes, mas que tem que ir para outro país
ou continente, o aquaviário é necessário;
● E por fim o rodoviário que é o mais utilizado no Brasil, que é o melhor quando
se fala de entregas que não são tão volumosas, como as vendas de uma loja
de móveis, por exemplo.

Métodos para gerir os estoques:

Método PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai)


Segundo Ferreira (2007), o método PEPS (acrônimo de Primeiro que entra, primeiro
que sai) é utilizado para fins de avaliação de estoques e resulta em um custo de
produção reduzido, com a apuração de um estoque final maior. Alguns exemplos
das vantagens de usar o método PEPS nas empresas são: Numa empresa que
trabalha com alimentos perecíveis, uma entrada e saída correta, pode reduzir os
níveis de deterioração do produto. É possível ter um controle de estoque muito
melhor, conseguindo saber quais produtos apresentam mais custos e lucros em todo
segmento.

Método da média ponderada:

Conforme Lorentz (2016), no critério média ponderada, a cada entrada de unidades


no estoque é somado o valor correspondente ao total da entrada, e mais o valor total
existente em estoque, ocorrendo o mesmo com as quantidades. É necessário dividir
o valor total no estoque pelo total de quantidades, descobrindo o valor unitário,
chamado de valor médio. Para dar baixa de estoque, é preciso fazer dar baixa na
unidade levando em conta o custo médio ponderado, calculado pela ficha de
controle de estoques. De acordo com Garrison, Noreen e Brewer (2013), o método
PEPS se diferencia do critério da média ponderada mediante dois fatores: a) na
maneira de calcular as unidades equivalentes; b) na forma como os custos dos
estoques iniciais são tratados.

Custo por unidade equivalente:

Segundo Garrison, Noreen e Brewer (2013), primeiramente as unidades que foram


transferidas são segregadas em duas partes. Uma dessas partes corresponde às
unidades dos estoques iniciais que foram finalizadas e transferidas, e a outra parte
se refere às unidades que foram iniciadas e finalizadas no decorrer do período
vigente. No cálculo das unidades equivalentes, segundo Garrison, Noreen e Brewer
(2013, p. 192), “considera-se integralmente a quantidade de trabalho realizado
durante o período corrente nas unidades nos estoques iniciais de produção em
andamento, além de nas unidades nos estoques finais”.

Custo de armazenagem:

A maioria dos custos no armazém são fixos sendo eles o seu aluguel, água, luz,
telefone, gás, IPTU, internet, etc.

Existem também os custos de depreciação com os equipamentos, guindastes e


empilhadeiras, etc. Os custos também se caracterizam por serem indiretos fazendo
com que o gestor tenha um certo trabalho para repassá-los no valor do produto final.
De acordo com Castiglioni e Nascimento (2014, p. 29), “[...] armazenar significa
disponibilizar espaço físico, recursos e procedimentos necessários para que os
materiais sejam acondicionados corretamente, evitando perdas e demora no fluxo
logístico”. Castiglioni e Nascimento (2014) dividem os custos de armazenagem em
três partes, conforme mostra a Figura 6.
Figura 6. Elementos que constituem os custos de armazém, manuseio de estoques
e pessoal.

Fonte: Castiglioni e Nascimento (2014, p. 41)

Custos da distribuição logística e dos transportes:

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, 63,5% dos
custos logísticos totais são custos com transporte, conforme mostra o gráfico da
figura 7:

Figura 7 - Custos da Distribuição Logística e dos Transportes

Fonte: Https://www.fdc.org.br
Essa é uma área em que necessita ter bastante planejamento, pois sem ele fica
quase impossível se manter no mercado, devido ao seu custo altíssimo, cálculos
orçamentários são precisos. Para Frezatti (2009), o orçamento é a última etapa do
planejamento, capaz de conduzir as metas e os objetivos anteriormente dispostos e
elencar as prioridades que a empresa deve seguir.

Só de a empresa comprar um veículo novo, já se perde com a depreciação do


mesmo, além disso, é preciso verificar o melhor modal, para aquela empresa em
específico e também é necessário calcular qual combustível é o mais barato, pois ao
acertar a melhor opção, pode-se economizar muito, existem também custo com
pedágios, manutenção dos veículos e mão de obra. Muitas vezes ocorre de a
empresa calcular as melhores opções financeiras, mas perde tudo isso, ao ter
profissionais de baixa qualificação.

Existem cinco modais de transporte, rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e


aeroviário. No caso da Le Petit, a melhor opção seria escolher a rodoviária, pois
seria a mais viável aos custos, velocidade e quantidade de mercadoria a ser
transportada.

Diagnóstico:

A Le Petit investe muito pouco em armazéns e estoques, fazendo com que os custos
que existem nesses sistemas, representem uma parcela muito alta da receita de seu
e-commerce. A empresa não entra de cabeça nessa área por medo de ter gastos
muito altos com um retorno baixo, mas se quiser realmente obter sucesso nessa
parte, vai ser necessário mais investimento, ela é bem grande e tem bastante
retaguarda financeira e pode “sofrer” um pouco diferente de micro e médias
empresas. Claro que vivemos em um país imediatista que quer retorno rápido, mas
se a Le Petit pensar a longo prazo, pode-se ter excelentes resultados, a cultura
francesa pode ajudar nisso.

Proposta:

A Le Petit precisa adquirir novos armazéns e CDs, grandes e espaçosos o suficiente


para comportar sua área de e-commerce, pois para valer a pena, as vendas
precisam compensar os custos fixos existente, como o aluguel do mesmo, por
exemplo, além disso é necessário utilizar programas que administram os estoques
de forma mais eficiente, fazendo com que o tempo armazenado seja diminuído,
criando uma maior rotação de mercadorias, poupando gastos de estoque, além de
evitar perdas da mesma.

2.3 – Processos e projetos logísticos:


Processos é o facilitador das relações entre a produção e o movimento de produtos
priorizando tempo, custo e qualidade, sendo assim processos bem definidos dentro
de uma empresa agregam valor, facilitam o desenvolvimento da empresa e das
pessoas que trabalham nela.

Uma empresa atenta aos seus processos logísticos consegue acompanhar,


controlar e melhorar sua produtividade. E quando se fala sobre produtividade
ligamos a produção, armazenagem, venda e consumo. Mas é necessário se atentar
também às diversas variáveis externas que determinam o custo de transporte. Já os
projetos logísticos, digamos que sejam as habilidades técnicas de conhecimentos
para a execução de projetos organizacionais de forma eficiente, a satisfazer as
necessidades do cliente.

Gestão da inovação:

A inovação, tanto organizacional como de produtos ou processos, pode implicar


mudanças de estruturas e processos convencionais já fixados na empresa. Isto
ocasiona uma transição no modo como é gerado o valor da empresa, aumentando a
competitividade da mesma.

A flexibilidade na gestão empreendedora de projetos na área de cadeia de


suprimentos tem um papel importante em apoiar o estabelecimento de times de
projetos ágeis e os relacionamentos entre pessoas, permitindo o fluxo do
conhecimento pela cadeia como um todo, garantindo o sucesso do mesmo.
A comunicação eficiente, o gerenciamento de mudanças e de requisitos, a
preparação para enfrentar riscos e o suporte da alta administração aumentam a
probabilidade de os projetos atingirem o sucesso.

Mapeamento de processos:

O mapeamento de processos busca o resultado do seu desempenho nas atividades


e no fluxo de informação entre elas. Para o resultado final deste fluxo não ser
prejudicado, o esforço dado a um dos processos deve ser o mesmo esforço dado
aos demais pois se um não atingir o objetivo desejado afetará a conclusão dos
demais elos.

Segundo Albuquerque; Rocha; 2007

O mapeamento de processos pode ser um meio pelo qual se pode


efetivamente focar a organização em seus clientes, garantindo qualidade e
produtividade nos principais processos, obtendo maior agilidade e
objetividade nas decisões e, por fim, transformar radicalmente a
organização no sentido de torná-la, de fato, mais
competitiva (ALBURQUERQUE; ROCHA, 2007).

As atividades se unificam de forma a adquirir um resultado inovador para o mercado


e para as outras áreas da empresa.

Falando também em mapeamento de processos como um recurso visual, temos


como principal ferramenta o fluxograma: nele é possível acompanhar o sistema
produtivo e organizar as atividades conforme sua ordem de funcionamento.

Processos e atividades da Le Petit:

De acordo com o Fluxograma, é possível observar duas maneiras de o produto


chegar até seu consumidor: de forma presencial em nossos caixas e caixas rápidos
e também através do comércio eletrônico. Para chegar a essa etapa é necessário
manter toda uma cadeia de suprimentos equilibrada, do fornecedor até seu envio
final. A figura 8 exemplifica isso:

Figura 8 - Fluxograma da Cadeia de Suprimentos

Fonte: elaborado pelos autores

Diagnóstico:

A era da tecnologia exige profissionais adeptos a mudanças e inovações


tecnológicas. É necessário se atentar a compra e venda através do comércio
eletrônico e qual segmento melhor funcionará, e se a forma escolhida é rentável.
Quais mudanças, por exemplo, serão necessárias para um bom funcionamento dos
estoques e do controle dos pedidos.

Proposta:

Pensando em uma proposta To Be, esse modelo envolve uma decisão mais
complexa referente às encomendas, pois as empresas compradoras já sabem
exatamente qual produto é necessário e sua quantidade, nesse caso, se espera um
bom planejamento financeiro para receber e atender propostas e negociações. No
mercado do e-commerce, por exemplo, com sua alta expansão, se planejar
organizacionalmente para controlar os níveis de estoque permite compreender até
qual momento poderá saciar o que o cliente necessita.

Um canal online bem preparado desenvolve uma melhor gestão dos estoques e do
acompanhamento das redes, assim fazendo com que o fluxo da demanda alcance
sua estabilidade.

Sendo assim, dentro da atual situação econômica, um bom planejamento estratégico


é necessário para cativar seu consumidor e trazer benefícios ao mercado virtual.

Capítulo III

3.1 – Gestão da Qualidade e Logística Reversa

A logística reversa tem como base o fluxo reverso da logística convencional – em


que se busca entregar o produto aos clientes. Nesse caso, o produto é fornecido
pelo cliente, ou seja, começa ao lado oposto.

Com o crescimento do e-commerce, a exigência com que as empresas tenham uma


postura mais focada com relação aos produtos só aumenta, levando com que a
necessidade de ter uma logística reversa mais eficaz, com isso, a logística de pós
venda e pós consumo entram em ação.

Pós venda

A pós-venda se inicia quanto o produto retorna ao seu distribuidor antes mesmo de


ser utilizado ou ter sido manuseado por um curto período. É aplicado em casos
como defeito de fabricação, arrependimento do cliente e compras incorretas.
Figura 10 – Logística Reversa de Pós Venda

Fonte: Logística Reversa de PÓS-VENDAS – Prof. Luiz Roberto (professorluizroberto.com)

Pós consumo

Já o pós consumo se dá quando o produto é descartado pelo consumidor tanto pelo


produto ter terminado sua vida útil quanto a sua validade ter chegado, como pneus,
pilhas, baterias e eletrônicos.

Figura 11 - Logística Reversa de Pós Consumo

Fonte: Logística Reversa de PÓS-CONSUMO – Prof. Luiz Roberto (professorluizroberto.com)

Política dos 3’Rs

O aumento do consumo traz consigo uma grande geração de resíduos sólidos


urbanos, e na maioria das vezes o gerenciamento destes resíduos são realizados de
forma incorreta, por isso os 3’Rs são fundamentais, tanto para empresas quanto
para a sociedade, pois a forma com que produtos são descartados afetam
drasticamente a sustentabilidade.
Reduzir

Reduzir o máximo de lixo possível é necessário para minimizar o impacto ambiental,


ações que contribuem para a redução são o uso de descartáveis, redução do
consumo de energia, não desperdiçar alimentos e uso consciente da água.

Reutilizar

Utilizar o máximo possível do produto é uma das vantagens para evitar o descarte
em massa, tanto sacolas, embalagens e retornáveis

Reciclar

A reciclagem é fundamental para a recuperação de matéria prima, por isso é


necessário a reciclagem de papel, plásticos, vidros, e embalagens de alumínio.

Figura 12 - Política dos 3R’s

Fonte: Política dos 3R’s. Definição da política dos 3R’s - Mundo Educação (uol.com.br)

Gestão da qualidade:

Nos dias atuais, muito se fala em sustentabilidade e mesmo assim o mundo ainda
continua sendo vítima da exploração, que está levando a natureza a um colapso.
Mais do que destruir o planeta, estamos nos autodestruindo, e é necessário tomar
uma atitude diante desta situação, e cabe às empresas terem uma grande parcela
de responsabilidade. Saber utilizar os recursos com inteligência para que eles não
se acabem, e ao mesmo tempo atendam às necessidades das futuras gerações é a
prioridade.

Para Luiz Henrique Viana, 2022

Sustentabilidade, por definição, é ter a capacidade de criar meios para


suprir as necessidades básicas do presente, sem que isso afete as futuras
gerações. É a qualidade ou propriedade do que é sustentável, ou seja, do
que é necessário à conservação da vida. (Luiz Henrique Viana, 2022)

Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo crescimento desordenado


nos últimos tempos, os consumidores estão se atentando na defesa do meio
ambiente, a busca por produtos e serviços ambientais cresce a cada dia. Durante
muito tempo se acreditou que a sustentabilidade custasse caro, mas essas ideias
estão ultrapassadas, ser social e ambientalmente responsável tem se tornado uma
vantagem altamente competitiva, pois ao adotar práticas sustentáveis, ocasiona em
ações como redução de custos e a preferência dos consumidores, por este motivo
que ser sustentável é fundamental para o planejamento de uma empresa que quer
garantir seu futuro e sucesso.

Consultoria:

A Le Petit busca o quanto antes a implementação da PNRS (Política Nacional de


Resíduos Sólidos), com o foco inicial na construção de um centro de triagem
exclusiva para produtos sólidos, levando a uma expansão na sua gestão de
qualidade critérios como a responsabilidade social e a política sustentável do meio
ambiente. Dentre elas:

● Reciclagem do lixo sólido


● Criação de projetos educacionais voltados para a preservação do meio
ambiente
● Adquirir fornecedores que trabalhem com embalagens de materiais
recicláveis
● Sacolas biodegradáveis.
Proposta:

Pensando na parte da logística reversa para a empresa e trazendo benefícios


ambientais e financeiros, a empresa pode separar em locais adequados todos os
tipos de embalagens, caixas e plásticos utilizados após o abastecimento dentro de
suas lojas, a partir dessa área de triagem feita por um colaborador específico para
isto ele separa os recicláveis os armazena em bags (Grandes bolsas) para a
movimentação do conteúdo, após separada e alocada nos bags o conteúdo é
carregado em carretas com empilhadeiras e organizada dentro por outros
funcionários dando o apoio para isto, as carretas são carregadas somente com estes
resíduos e os matérias são destinados ao armazém onde serão compactados e
vendidos para empresas terceirizadas onde usam os para o reaproveitamento de
outros produtos.

Figura 13 - Análise SWOT

Fonte: elaborado pelos autores


3.2 – Comércio Exterior e Logística Internacional
Comércio exterior e logística internacional são processos vitais dentro da área de
Supply-Chain, visando dentro dos processos a redução de custos e a agilidade na
produção e distribuição de mercadorias desde o produtor da matéria prima até a
consumação do cliente final. Este mercado pode abrir muitas portas para uma
empresa, fazendo ela sair de um patamar intermediário, fazendo com que se torne
uma empresa realmente grande, abre-se todo um horizonte de novos negócios.

“É fundamental que a empresa independente do porte, esteja ciente de que é


necessária uma avaliação interna, uma análise em sua estrutura funcional, a fim de
conceber de fato uma ideia, um projeto, para realizar uma ou mais importações.

Essa necessidade tem origem nas tarefas operacionais a serem executadas desde o
momento da pesquisa por um produto, mercadoria, bem, ou serviço no exterior, bem
como quais são as opções que a empresa tem nos quesitos de fornecedores locais
para prestação de serviço, além dos parceiros e fornecedores no exterior, tanto o
exportador, quanto os parceiros logísticos.” (ANDRADE, 2020, p. 17).

Consultoria:

O principal desafio da empresa é exportar, como trata de um supermercado, ou seja,


sendo do setor terciário adentrar nesse mercado é bastante complicado, já os
benefícios de se importar, é comprar produtos com o preço mais acessível,
principalmente pela força da moeda e revendê-los no país, por um preço maior, é
um empresa de grande porte, conta com CD’s bem espaçosos, que podem
armazenar os produtos adquiridos em grande quantidade. além disso, por se tratar
de uma multinacional, com filiais em outros países, a Le Petit, tende a ter uma
vantagem na hora de fazer negócios em outras partes do mundo, por exemplo, ao
importar produtos de outros países, ela pode entrar em contato com uma filial de
outra região para se informar melhor sobre os fornecedores e fechar mais parcerias
por ter um nome muito forte, que é conhecido naquele país de que se quer importar.
Proposta:

Baseado nos dados de pesquisa cedidos, a empresa Le Petit está investindo na


importação de bebidas para a revenda nacional, já que o Brasil foi o país menos
influenciado negativamente durante a pandemia tendo crescido 18,4% no setor de
bebidas, por isso pensamos na importação vindo de países onde seu custo é inferior
ao real, por exemplo, Chile e Argentina e produtos como whisky e vinho.

Apesar de o processo ser muito burocrático, porém visando a lucratividade, a


importação traz novos desafios para a empresa, como por exemplo, indicadores
para acompanhamento do tempo de deslocamento da mercadoria de seu país de
origem até o ponto final de vendas, que seria destinado diretamente ao cliente no
varejo e seus estoques preparados para a distribuição via e-commerce, através
deste acompanhamento e análise de dados de transporte seria identificado onde
seria ideal dar mais ênfase no processo de transporte para poder diminuir o tempo
de deslocamento da mercadoria.

3.3 – Logística de Serviços


A logística de serviços é vital e muito importante dentro da logística, atuando em
todos os processos da área.

De acordo com Casas (2007) o serviço é qualquer atividade ou benefício que uma
parte possa oferecer a outra, que seja essencialmente intangível e não resulte na
propriedade de qualquer coisa. Já para Lima (2007) a definição de serviços é um
emblema, uma vez que constituem uma amplitude e complexidade, pois abrange
desde os serviços de caráter pessoal até os serviços relacionados a produtos, como
entrega em domicílio e os serviços de suporte.

Os aspectos que caracterizam os serviços, são divididos em: intangível, não


estocáveis, simultaneidade, ausência de propriedade, participação do cliente,
heterogeneidade. A logística de serviços tem início desde a matéria prima, até o
cliente final, fornecendo agilidade e maior competitividade para as empresas, que
devido ao aumento da circulação de mercadorias, a pressão constante por redução
de custos, pelo aumento de vendas e clientes que exigem mais e mais serviços,
fizeram com que as empresas incluíssem em suas agendas a logística como
questão urgente e fundamental para a competição dos novos tempos.

Consultoria

A empresa Le Petit utiliza-se de serviços de transporte para o deslocamento de seus


produtos do centro de distribuição até onde está localizada a empresa. Desde o
fornecedor até chegar às gôndolas do supermercado.

Devido a muitas complicações e problemas com fornecedores e entregas, o


transporte da empresa passou a ser terceirizado. O uso de tecnologia para uma
troca de informações entre seus fornecedores, de forma colaborativa permitindo
assim que a cadeia não trabalhe de forma isolada, ocasionando um aumento dos
problemas de planejamento: efeito “forester” resultando em falta de materiais ou
mercadorias paradas.

Com as complicações geradas pela covid19, houve muitas crises e problemas com a
manutenção de estoques da Le Petit, e para conseguir reverter a situação foi
utilizado o uso de novas tecnologias, juntamente com o sistema PEPS (primeiro que
entra primeiro que sai) entre outras técnicas e treinamentos de seus funcionários. O
rigoroso controle por parte dos compradores em avaliar e selecionar os
fornecedores, sempre mantendo entre três e cinco fornecedores diferentes para
evitar riscos de escassez de suprimentos e rupturas das gôndolas.

A reformulação do layout, para o ajuste do fluxo de compras foi outra otimização da


empresa para melhorar a venda e saída de produtos, evitando estoque parado e
perda de produtos por conta da validade, e quedas das vendas durante a pandemia.
Com as contingências causadas pela covid19, o processamento de pedidos da Le
Petit apresentava erros de pedidos, o que por sua vez gerava atrasos e prejuízos
por falta de produtos nas gôndolas, após a implementação de tecnologia e
processos baseados em um sistema de fluxograma: início, compras, recebimento,
estoques e armazenagem, preparação, embalagem, área de vendas e fim.

A Le Petit conseguiu reduzir gargalos e aprimorar seu sistema de processamento de


pedidos, através da tecnologia, preparação de seus funcionários e estratégias de
Supply Chain.
Considerações Finais

Chegamos ao fim do projeto de consultoria da Maximus para a Le Petit, foi bem


desafiador e grandioso esse desafio mas com um final feliz para ambos, onde a
consultora e seus funcionários/alunos conseguiram apresentar boas soluções a Le
Petit, nessa jornada obtiveram bastante crescimento, afinal quem se propõe a
ensinar algo, sempre acaba reforçando seus conhecimentos, já para a rede de
supermercados ficam-se os ensinamentos e muitas soluções, agora é só os seus
gestores colocarem as propostas em prática, será preciso sabedoria aos mesmos,
pois será necessário por vezes colocar a mão no bolso e gastar para obter os
resultados, mas fazendo tudo direito é certo que a Le Petit conseguirá vencer a
“batalha” de que está travando com seus concorrentes.

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https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/8365544.pdf

https://www.scielo.br/j/rae/a/pVwkZGwxy4pSsvHzBfqbb6d/?format=pdf
Atividade 1 - Log - Gestão de Transporte e Infraestrutura-Div | PDF (scribd.com)
Transportes: o que são, tipos, evolução, problemas - Brasil Escola (uol.com.br)

https://www.intelipost.com.br/blog/as-especificidades-da-logistica-no-e-commerce-
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CASAS, A. L. L., Marketing de serviços. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2007

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https://www.ibccoaching.com.br/portal/importancia-da-logistica-reversa-para-
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Política dos 3R 's. Definição da política dos 3R’s - Mundo Educação (uol.com.br)

A vez da sustentabilidade (agas.com.br)

Metadados da fonte: A gestão da demanda em cadeias de suprimentos: uma


abordagem além da previsão de vendas (ibict.br)

Biblioteca Virtual (bvirtual.com.br) p.2

IZIDORO, CLEYTON, logística reversa, ELT Importado Pearson, 19 out. 2016, p. 2

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