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Escola Básica 2/3 Monte de Caparica

2009/2010

Plano de Avaliação

Nota Prévia

• A maioria da população escolar provém de famílias de fracos recursos económicos, com baixos níveis de escolaridade e grande número de
situações de risco social.

• Entre os objectivos do Projecto Educativo do Agrupamento encontram-se os seguintes:


_ Desenvolver a utilização das tecnologias de comunicação e informação nas práticas escolares.
_ Incentivar o interesse e o gosto pela leitura, familiarizando o aluno com o livro e a literatura.
_ Promover a melhoria das relações sociais e do clima de escola, combatendo a indisciplina e as incivilidades.
_ Enriquecer o nível cultural dos alunos, através de iniciativas, projectos e momentos de convívio que promovam a cooperação, o
civismo e o respeito pelas diferenças pessoais e culturais.

Analisando os dois factores acima mencionados e sendo a biblioteca escolar o local mais confortável e aprazível da escola, onde grande número
de alunos se refugia nos seus tempos livres (por aí encontrar o que muitas vezes não encontra noutros locais do seu quotidiano), poderá esta ter
um papel relevante no crescimento dos utentes quer como “estudantes” quer como “pessoas”. Daí a escolha do domínio a avaliar.

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Domínio C. Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade

Subdomínio C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

Indicadores C.1.2 Dinamização de actividades livre, de carácter lúdico e cultural na escola/agrupamento (indicador de processo)
C.1.4 Disponibilização de espaços e recursos para a iniciativa e intervenção livre dos alunos (indicador de impacto)

C.1.2 Este indicador de processo,( uma vez que se centra nos serviços que a BE oferece aos seus utentes), subdivide-se em dois itens.
O segundo item deste indicador não levanta grandes questões e verifica-se que na EB 2/3 do Monte de Caparica já há algum
trabalho desenvolvido nessa área. Na BE ocorrem com regularidade pequenas exposições, celebrações de efemérides e concursos
variados. As propostas do MAA, apresentadas neste indicador, são apelativas e diversificadas, especificando um grande número
de actividades que normalmente não se realizam, com regularidade, nas nossas bibliotecas. Uma outra ilação deve ser tirada: A
BE não tem, necessariamente, que funcionar somente no seu “pequeno” espaço. Pode e deve “invadir” outros espaços da escola.
Falamos, por exemplo, de espectáculos, exposições e teatros, entre outras iniciativas.
Quanto ao primeiro item as propostas do MAA são ambiciosas. Ao não enumerar actividades possíveis de executar dá liberdade
à equipa mas fá-la reflectir mais e procurar soluções engenhosas e exequíveis.
Todo o trabalho se revelará mais fácil e produtivo se for pedida a colaboração dos professores e entidades externas à escola.

C.1.4 Este indicador de impacto, (porque centrado em competências, atitudes, valores, bem-estar, inclusão dos alunos), subdivide-se
em três itens cuja avaliação se anuncia mais complexa. Preconiza a formação de monitores, que já começa a ser feita nesta
escola, mas ainda de uma forma incipiente e desorganizada. Os alunos ao sentirem que participam da vida da Biblioteca, tornam-
se utilizadores mais conscientes e mais aptos a funcionar noutras bibliotecas (municipais, de colectividades…), dão bom
exemplo aos outros alunos e recrutam utilizadores entre os seus pares.
Recomenda o apoio à criação de clubes (na nossa escola os clubes existentes estão dissociados da BE). De salientar, que as
escolas integradas na Rede, tiveram verbas para aquisição de materiais que podem ser aproveitados para estes apoios -câmaras de
vídeo, câmaras fotográficas e gravadores de som.
O estádio mais avançado deste domínio está contemplado no primeiro item. Já não é a biblioteca que “empurra” os alunos, são os
alunos que obrigam a biblioteca a mover-se, são eles que desencadeiam as actividades e acções. Os alunos preparam-se assim
para lá fora, serem empreendedores, activos e a não ter medo de participar.

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Problema/Diagnóstico

As estatísticas da Biblioteca/Centro de Recursos quanto à presença voluntária de alunos nos vários espaços (12425 no ano lectivo de 2008/2009)
atestam a importância dada a este local pela comunidade. Mas duas perguntas nos surgem: As actividades aí desenvolvidas são de qualidade, em
número suficiente e do agrado dos utentes?
Estamos a promover a autonomia dos alunos, a sua livre expressão?

Indicador Factores Críticos de Sucesso Evidências Intervenientes Calendari- Acções Para a Melhoria
C.1.2 Aspectos a Avaliar zação
● Plano de ● Aumentar a participação da
● Os alunos encontram na BE um actividades da BE. Equipa da BE BE na dinamização de
conjunto de propostas de actividades (Recolha e actividades culturais.
Dinamização visando a utilização criativa dos seus ● Registos sobre a análises dos
tempos livres, que lhes permitem preparação, o dados) ● Diversificar as iniciativas
de desenvolver a sensibilidade estética desenvolvimento e culturais e recreativas.
e o gosto e interesse pela artes, a avaliação das No final de
actividades ciências e humanidades. actividades. Alunos cada período ● Envolver os vários
departamentos pedindo
livres, ● Os alunos usufruem de um ● Questionário aos sugestões de actividades e
programa de animação cultural, alunos (QA3). colaboração.
de regular e consistente, traduzido num Professores
conjunto de iniciativas, de que são ● Rentabilizar as iniciativas
carácter exemplo: exposições, espectáculos, Questionário aos programadas, partilhando-as/
palestras, debates, sessões de departamentos aprendendo com
lúdico poesia, teatro, concursos, jogos, (A elaborar pela outras escolas e BE.
e celebração de efemérides, ciclos de equipa da BE)
música e de cinema, outros. ● Actualizar o Fundo
cultural Estatísticas de documental a nível da BD,
participação dos revistas para jovens, música e
alunos nas filmes.
actividades da BE.
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Indicador Factores Críticos de Sucesso Evidências Intervenientes Calendarização Acções Para a
C.1.4 Aspectos a Avaliar Melhoria

● Envolver os
Disponibiliza ● Os alunos propõem e organizam ● Registos de alunos mais assíduos
ção autonomamente projectos e actividades/ e responsáveis na
de espaços, actividades. Projectos organização,
tempos e promovidos pelos Até Maio dinamização e
recursos para ● Os alunos são apoiados na criação alunos. Equipa da BE (antes do final das divulgação de
a iniciativa e de núcleos/clubes onde podem (Recolha e análises actividades lectivas actividades culturais
intervenção promover a sua livre expressão dos dados) para o 9º ano) e recreativas da BE.
livre dos (rádio, fotografia, jornal, outros).
alunos. ● Plano de ● Valorizar mais e
● A formação de monitores é actividades da BE. divulgar melhor o
incentivada, bem como o apoio dos trabalho organizado
alunos mais velhos aos mais jovens e realizado
resultando numa saudável autonomamente
entreajuda. ● Questionário aos Alunos pelos alunos.
alunos (QA3).
● Criar e apoiar a
figura do “aluno
● Informal feedback colaborador”

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Recolha e tratamento de informação Calendarização

• Definir a equipa de avaliação; Setembro

• Decidir sobre os instrumentos para recolha da informação;


• Elaborar instrumentos de recolha adaptados á realidade da escola; 1º período

• Recolher evidências; A partir do final do 1º período

• Tratar os dados;
Final do 3º período
• Analisar os dados e identificar o nível de desempenho das BE;
• Preencher as tabelas e quadros síntese;
• Elaborar o relatório (elaborar Plano de acção).

Divulgação dos resultados Calendarização

• Entrega do Relatório de Auto-avaliação à Directora da escola;


• Apresentação do Relatório de Auto-avaliação em Conselho Pedagógico para discussão e
aprovação e respectivo Plano de Acção, Julho
• Afixação na sala dos professores para consulta de todos os interessados, após aprovação.

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Limitações

• Pouca prática no exercício da auto-avaliação;


• Desinteresse da comunidade escolar;
• Poucos elementos na equipa/ horas distribuídas pela equipa para a recolha e tratamento de evidências;
• Dificuldade em construir instrumentos de recolha de evidências adaptados à nossa realidade.

Trabalho elaborado com base:

Texto da Sessão -O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) disponibilizado na
plataforma
McNamara, Carter, Basic Guide to Program Evaluation, http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345
MAA, http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=10137

Formanda: Ana Maria de Sousa Filipe

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