REFRIGERADOR: HISTÓRIA, PRODUTO E

PROCESSOS.

Edson José da Silva
Anhanguera Educacional
edson.jose2004@ig.com.br
Frederico Augusto Fogolin Pereira
Anhanguera Educacional
tfred2@hotmail.com
José Wagner da Costa Miranda
Anhanguera Educacional
jwcmiranda@hotmail.com
Marcos P. Montebelo
Anhanguera Educacional
marcos.montebelo@yahoo.com
RESUMO
Com a necessidade de se conservar por mais tempo os alimentos, o
homem criou a geladeira. Trata-se de uma invenção muito antiga, onde
em sua versão primitiva, constituía-se de um armário de madeira com
um compartimento para se colocar neve. Os lugares que não tinham
gelo tinham que exportá-los em grandes caixas através de navios e
separados então em caixas menores. Diante disso, em 1850 Gorrie, um
pesquisador resolveu pôr em prática seus conhecimentos de Física
construindo uma máquina a vapor que movia um pistão dentro de um
cilindro. Nosso objetivo é mostrar as etapas de produção da montagem
dos refrigeradores, cada processo em cada nível de montagem,
informando os diversos tipos de materiais.
Palavras-Chave: Refrigerador, processos e materiais.

Robson Augusto G. Leite ABSTRACT

Anhanguera Educacional
robsongleite@uol.com.br With the necessity of if conserving for more time foods, the man
created the refrigerator. One is about a very old invention, where in its
primitive version, it’s made of a wooden closet with a compartment to
place snow. The places that did not have ice had that to export them in
great boxes through separate ships and then in lesser boxes. Ahead of
this, in 1850 Gorrie, a researcher decided to put in practical its
knowledge of Physics being constructed a machine the vapor that inside
moved a piston of a cylinder. Our objective is to show the stages of
production of the assembly of the coolants, each process in each level
of assembly, informing the diverse types of materials.
Word-Key: Coolant, processes and materials.
Anhanguera Educacional S.A.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 2000
Valinhos, São Paulo
CEP. 13.278-181
rc.ipade@unianhanguera.edu.br
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: dd/mm/yyyy
Avaliado em: dd/mm/yyyy
Publicação: dd de mmm de 2008
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 REFRIGERADOR: HISTÓRIA, PRODUTO E PROCESSOS.

1. INTRODUÇÃO

Com a necessidade de se conservar por mais tempo os alimentos, o homem

criou a geladeira. Trata-se de uma invenção muito antiga, onde em sua
versão primitiva, constituía-se de um armário de madeira com um
compartimento para se colocar neve. Mas com o tempo se percebeu que os
alimentos se encharcavam pelo derretimento do gelo, então tiveram a idéia
de isolar o gelo dentro da caixa. E assim foi até chegarem em 1784, onde
Em 1784, Willian Cullen cria a primeira geladeira, mas somente foi começar
a ser fabricada em 1927 pela General Eletric.

Os lugares que não tinham gelo tinham que exportá-los em grandes caixas
através de navios e separados então em caixas menores.

Era difícil conseguir gelo em grandes quantidades, então Frederic Tudor, um

mercador resolveu a questão armazenando gelo dos lagos durante o
inverno para depois vendê-lo nas cidades quentes no verão. Sua
conservação era feita em silos isolados com serragem. Mas não se tinha
uma entrega regular, o preço era muito alto e a quantidade era pouca.

Nome da Revista • Vol. V, Nº. N, Ano 2008 • p. 7-13

Edson José da Silva, Frederico Augusto Fogolin Pereira, José Wagner da Costa Miranda,
Marcos P. Montebelo e Robson Augusto G. Leite

Diante disso, em 1850 Gorrie, um pesquisador resolveu pôr em prática seus

conhecimentos de Física construindo uma máquina a vapor que movia um
pistão dentro de um cilindro.Com a compressão e expansão alternada do
vapor de água, que por sua vez retirava calor do meio externo - o recipiente
de água e sal - para passar do estado líquido ao gasoso. Quando a água
salgada não tinha mais calor para ceder ao gás, os dois se resfriavam. O ar
então era liberado e enquanto a água salgada congelava outro frasco de
água doce era colocado no recipiente. Assim, de uma só tacada Gorrie tinha
inventado o ar-condicionado e a geladeira. Que se deu por meados de 1850.
Mas embora tenha sido uma invenção maravilhosa, os banqueiros não
concederam-lhe o empréstimo necessário para formar uma fábrica. Anos
depois, foi encomendada à Carl von Linde, talentoso engenheiro alemão,
uma máquina refrigeradora que permitisse a fabricação da cerveja o ano
inteiro e não só nos meses de inverno, pois o processo utilizado exigia
semanas e com temperaturas próximas a zero. Von Linde aperfeiçoou a
invenção e utilizou amônia, que quando é comprimido, torna-se líquido,
sendo forçado a circular por um condensador. Começou aí o grande sucesso
da refrigeração, Linde em 1891 vendeu cerca de 12 mil aparelhos.

2. OBJETIVOS

O trabalho tem por objetivo mostrar as etapas de produção da montagem

dos refrigeradores, cada processo em cada nível de montagem. Informando
os diversos tipos de materiais e as inúmeras formas de consegui-los.

3. MATÉRIA PRIMA

Os refrigeradores consistem hoje em diversos componentes básicos:

o armário e a porta exterior, o armário ou o forro interno, a isolação
introduzida entre os dois, o sistema refrigerante, e os dispositivos elétricos.
O armário e a porta são feitos de metal da chapa de aço ou de alumínio,
que são pré-pintados às vezes. O metal é comprado geralmente em uma

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bobina que seja alimentada diretamente no processo de manufatura ou o

corte para fazer sob medida. O armário interno é feito de chapa ou plástico.
A isolação que enche a abertura entre os armários internos e exteriores
consiste na fibra de vidro ou espuma. Os componentes do sistema
refrigerante (compressor, condensador, bobinas e aletas) são feitos de
alumínio, cobre ou uma liga. A tubulação é geralmente de cobre, por causa
da sua ductilidade e habilidade desse metal se dobrar sem quebrar. O gás
Freon permanece o refrigerante mais usado, e quase todos os grandes
dispositivos elétricos interiores (forros da porta e do armário) são feitos de
plástico. Os dispositivos elétricos menores (compartimentos da manteiga e
bandejas do ovo) são comprados em partes pré-formados.

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4. PROJETO

Os refrigeradores funcionam removendo o calor do ar de

dentro dos seus compartimentos interiores e retransmitindo esse calor ao
ar de fora. O líquido refrigerante (freon) realiza esta transferência
passando através de um circuito, denominado evaporador e condensador.
O evaporador, que se encontra no interior da porta ta está isolado e o
freon é aquecido. Ele então absorve o calor de dentro do refrigerador e só
então é distribuído ao condensador. Neste jogo de bobinas de cobre
(montadas geralmente na parte traseira ou na parte inferior do
refrigerador), o freon condensa e retorna a seu estado líquido que
transfere seu calor para o exterior. Após refrigerar, o freon retorna então
ao evaporador, onde mais uma vez é aquecido e começa a absorver o
calor do alimento armazenado dentro do refrigerador. Às vezes, para
aumentar sua área de superfície (e para facilitar assim transferência
térmica), o evaporador e o condensador são acrescidos à aletas de metal.

5. PROCESSOS

Fundição

É o processo definido como um conjunto de atividades para dar

forma aos materiais por meio da sua fusão, conseqüente liquefação e seu
escoamento ou vazamento dentro de moldes.

Este por sua vez já deve estar preparado previamente para receber
o material derretido, que se dá a elevação da temperatura de um material
até seu ponto de liquefação, e uma vez despejada no molde, após o
resfriamento, a peça toma forma.

Os moldes por sua vez, são na maioria feitos em areia de fundição,

terras especiais e adicionadas alguns aditivos como argila e aglutinante.
Podem ser recuperáveis.

Os moldes devem seguir alguma normas, por exemplo, serem um

pouco maior que o modelo original, já que se deve levar em conta a
contração tridimensional. Deve-se respeitar os ângulos mínimos em

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relação ao modelo e canais de respiro e alimentação também devem ser

adicionados.

Laminação

Após a fundição das placas, corte da ponta inferior e do rechupe,

elas passam para um processo de conformação mecânica, que consiste
em deformar plasticamente o material através de rolos giratórios, em
sentidos opostos, onde sofrem grandes esforços de compressão.

Esse processo pode ser repetido quantas vezes forem necessárias, desde
peças pequenas com poucos quilos até algumas chapas com toneladas.
Devido ao seu tamanho, realiza-se um tratamento térmico para
homogeinização estrutural.

Pode ser feito à quente ou à frio, dependendo do acabamento desejado.

Extrusão:

É um processo de produção de componentes mecânicos de forma

semi-contínua onde o material é forçado através de uma matriz aquirindo
assim a forma pré determinada pelo projetista da peça.

Em geral a configuração das formas, chamadas de matrizes de

extrusão, são transversais e vazadas, mas também podem ser cheias.

Podem ser feitas à quente ou à frio, tem um ótimo acabamento, não

precisando de retrabalho. Os produtos feitos através de extrusão são
tubos, chapas, placas, trilhos e sua durabilidade é muito grande.

Estampagem:

Processo de conformação de chapas, realizado geralmente a frio,

que compreende um conjunto de operações por meio das quais uma
chapa é submetida de modo a adquirir uma nova forma. É o processo em
que uma chapa plana ("blank") adquira a forma de uma matriz (fêmea),
imposta pela ação de um punção (macho).

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Basicamente compreende: corte, dobramento e encurvamento,

estampagem profunda e prensagem. A prensagem pode ser plena ou
compacta, quando o material é levado à fluência (prensagem entre
moldes, como acabamento de peças já prensadas); ou prensagem côncava
de peças em chapas (placas).
Para melhorar o rendimento do processo, é importante que se tenha boa
lubrificação. Com isso reduzem-se os esforços de conformação e o
desgaste do material.

Armário e porta exteriores

As partes de metal são de chapas soldadas ou rebitadas, processo

onde 2 partes são frisadas juntas sob pressão. Se a peça do armário é
visível, será soldada e voltada para baixo, mostrando apenas uma parte. A
extensão a que o processo da solda é automatizado depende da
companhia e do número de refrigeradores que estão sendo produzidos.

Se a chapa de metal não foi comprada pintada, agora é o momento.

Alguns fabricantes usam um pulverizador para que o revestimento seja
uniforme no metal. Outros mergulham as partes em uma cuba de pintura.

Armário interno

O armário interno é feito às vezes da chapa e é muito similar ao

processo anterior. Todas as emendas são calafetadas para melhorar a
isolação e o acabamento. Alguns fabricantes e alguns modelos usam o
plástico para forros internos; por exemplo, a porta interna é feita quase
que exclusivamente de plástico hoje em dia. Porta essa que é feita através
da moldagem por vácuo. Neste processo, uma parte grossa de plástico
ligeiramente maior do que a parte terminada tem suas bordas exteriores
comprimidas aquecidas. O plástico quente em seguida é puxado pelo
vácuo em um molde e refrigerado. Após a aparagem, a parte resultante
está pronta para o conjunto. O armário interno é introduzido no armário
exterior, e os dois fixados antes que os dispositivos elétricos sejam
introduzidos. Um dispositivo distribuidor (operado às vezes por robôs)
introduz a espuma entre as paredes. Quando aquecida em um forno, esta
espuma expande para adicionar a rigidez e a isolação necessária.

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Sistema refrigerante

Os componentes da refrigeração são unidos ao armário usando-se

parafusos e grampos. A tubulação é soldada junta, e um revestimento
protetor é pulverizado nas junções, só aí é feita a união ao refrigerador
como uma unidade.

Testando e adicionando acessórios

Os fabricantes realizam testes a partir daqui. A unidade é testada

com nitrogênio (um gás seguro que compõe aproximadamente 79% do ar)
onde passa pela tubulação e está carregada com o refrigerante e sujeita a
um teste adicional. Em seguida, os acessórios (prateleiras, bandejas de
gelo, etc.) são adicionados. A geladeira então está pronta e vai para o
empacotamento e posterior transporte.

6. REFERÊNCIAS

Halliday, D., Resnick, R., Walker, J.: Fundamento de Física 2. Rio de Janeiro, 1996
Wylen, V.G., Sonntag, R., Borgnakke, C.: Fundamentos da Termodinâmica Clássica.
São Paulo,
1995

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