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O Modelo de Auto-Avaliação

das Bibliotecas Escolares:


Metodologias de Operacionalização
(parte I)

Gregória Maria Barata Rosa


Prata
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares:
metodologias de operacionalização (parte I)

A avaliação da biblioteca deve basear-se em várias estratégias,


simultaneamente, dependendo das necessidades que o bibliotecário sente
de obter determinados dados, para a elaboração dos seus relatórios de
planeamento, gestão e organização dos serviços.

“As bibliotecas precisam conhecer que investimentos (imputs)


produzem que serviços (outputs) com o objectivo de determinar a
qualidade (…) e o impacto (outcomes) desses serviços/recursos”.

Bertot (2003)
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares:
metodologias de operacionalização (parte I)
Introduçã
Decidi
o
escolher o “Domínio B – Leitura e
Literacia” porque é aquele em que a biblioteca da
minha escola está a investir, isto, porque a leitura
está na base do desenvolvimento de todas as
competências que se pretende que os alunos
desenvolvam.
A aplicação do Modelo de Auto-Avaliação da
Biblioteca Escolar, pressupõe a informação, a
motivação e o empenho de toda a equipa que o
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Escolares:
metodologias de operacionalização (parte I)
 
comunicar ao Conselho Pedagógico, de acordo
com uma calendarização adequada, quer o
processo em si e o modo como cada agente
educativo será nele envolvido, quer os resultados
e respectivas implicações.
Saliento que, ainda não testei o modelo e por
isso não revelo qualquer experiência na sua
implementação. O plano que a seguir apresento
resulta da análise que faço aos documentos e
daquilo que me parece ser essencial para o pôr
“Desenvolver um plano de avaliação para garantir que o seu programa de
avaliações seja realizado de forma eficiente no futuro. Note-se que os bancos
ou financiadoras podem querer ou beneficiar de uma cópia do plano.

Certifique-se de seu plano de avaliação está documentado para que você


possa, regular e eficazmente, realizar suas actividades de avaliação.”

Carter McNamara,1997-2008
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Plano de avaliação
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“O ponto de partida pode derivar de uma


primeira avaliação diagnóstica breve, da
indicação de uma área de interesse já
identificada em processos de avaliação
anteriores, da selecção de uma área de interesse
ou considerada prioritária face às metas da
própria escola e que se pretende reforçar, do
conhecimento geral dos pontos fracos e fortes da
biblioteca ou de uma recomendação externa (da
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Avaliar. Porquê?
“O propósito da auto‐avaliação é apoiar o
desenvolvimento das bibliotecas escolares e
demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino
e aprendizagem, de modo a que ela responda cada
vez mais às necessidades da escola no atingir da
sua missão e objectivos.
A avaliação deve ser encarada como uma
componente natural da actividade de gestão da
biblioteca, usando os seus resultados para a
melhoria contínua, de acordo com um processo
cíclico de planeamento, execução e avaliação:
1)Escolher
O Modeloentre
de os quatro domínios
Auto-Avaliação o que
das Bibliotecas
pretenda avaliar. Escolares:
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Etapas opara
2) Identificar tipo aplicação
de evidências do que é
necessáriomodelo
recolher. (segundo o texto da sessão)

3) Analisar as evidências recolhidas através da


utilização dos instrumentos.

4) Decidir em qual dos níveis de desempenho se


situa a biblioteca nesse domínio ou subdomínio.

5) Registar no Quadro ‐ Síntese, o tipo de


evidências recolhidas, o nível atingido e as
formas como se pensa melhorar o nível de
desempenho.

6) Registar os resultados da auto‐avaliação


realizada no Relatório Anual da Biblioteca
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A aplicação do modelo implica um planeamento atempado das fases do
processo

Calendarização:

♦ Novembro/Dezembro - avaliação diagnóstica, elaboração


do perfil da BE, do Plano de Avaliação, selecção do domínio a
avaliar, preparação dos instrumentos e levantamento de
recursos necessários. Divulgação do Plano de Avaliação ao
Conselho Pedagógico/ Departamentos.

♦ Janeiro a Junho - Recolha de dados


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♦ Maio a Junho - Tratamento e análise dos dados


♦ Julho - Elaboração do relatório preliminar e reunião com a
Direcção para avaliação dos resultados obtidos.
Apresentação dos resultados ao Conselho Pedagógico e
definição de acções para a melhoria

♦ Setembro - Divulgação dos resultados e elaboração de um


Plano Estratégico de melhoria
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Selecção do domínio e
subdomínio
Domínio seleccionado: Leitura e Literacia
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Selecção de dois indicadores

Indicador de processo

B.1 – Trabalho da Biblioteca ao serviço da


promoção da leitura na
escola/agrupamento.

Indicador de impacto

B.3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes e


competências dos alunos, no âmbito da leitura e
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Avaliar. O quê?
No domínio B.1:

A actualização permanente da colecção (se esta é variada e adequada aos


gostos e interesses dos utilizadores);

O carácter sistemático de actividades de promoção da leitura;


•A existência de actividades e de acções quotidianas que desenvolvam a


leitura informativa em articulação com as actividades formativas ou
curriculares;

Apoio aos projectos de promoção de leitura como o PNL;


A Aquisição de obras do PNL;


A Vinda de escritores à escola, como forma de promoção da leitura;



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.Incentiva a leitura em ambiente digitais e as possibilidades


facultadas pela WEB ;

.A dinamização de um Clube de Leitura;

.A BE incentiva a criação de redes de trabalho a nível externo, com


outras instituições/parceiros, através do desenvolvimento de
projectos.
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No domínio B.3:

-Se os alunos usam o livro e a BE para ler de forma


recreativa, para se informar ou para realizar
trabalhos escolares;

-Se os alunos manifestam progressos nas


competências de leitura, lendo mais e com maior
profundidade;

-Se os alunos desenvolvem trabalhos onde


interagem com equipamentos e ambientes
informacionais variados, manifestando progressos
nas suas competências no âmbito da leitura e da
literacia;
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Intervenientes

O modelo deve ser trabalhado pelo Professor Bibliotecário


com o apoio da respectiva equipa e da Direcção com o envolvimento
e mobilização de:

-utilizadores (docentes e alunos …);

-pais/encarregados de educação.
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Recolha de evidências

Estatísticas da BE:

Requisição, circulação no agrupamento e uso de recursos relacionados com a


leitura;

Utilização informal da BE;

Actividades de leitura programada/articulada com outros docentes;

Registos de actividades/projectos;

Questionário aos docentes, alunos e encarregados de educação;


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 Requisição domiciliária;

 Observação da utilização da BE;

 Trabalhos realizados pelos alunos;

 Análise diacrónica das avaliações dos alunos;

 Plano de Acção para quatro anos;

 Plano de Actividades da BE;

 Página da escola;
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Recursosda equipa, assim
Será da responsabilidade
como da auxiliar de acção educativa a recolha de
evidências.
Os recursos materiais serão as folhas de
questionário, as fichas de inscrição nas várias
actividades usadas pelos alunos e professores,
as grelhas de observação e computador.
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Análise crítica e tratamento dos


Os momentos de tratamento e análise dos dados
dados
decorrerão no final de cada período lectivo.
Os resultados da avaliação serão objecto de análise e
reflexão em Conselho Pedagógico para que sejam definidos
rumos estratégicos e acções para a melhoria, sempre em
conformidade com o Projecto Educativo da
Escola/Agrupamento e a missão e objectivos da BE.
Pretende-se que a auto-avaliação ajude a melhorar o
desempenho e a utilização da BE, promovendo a sua
importância na comunidade educativa.
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Identificação do nível de
desempenho

Situar a BE num dos níveis de desempenho definidos pelo


documento da auto-avaliação concebido pela RBE.
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Divulgação dos dados


Elaboração de um relatório, no final do ano
lectivo, sendo apresentadas as conclusões no
último Conselho Pedagógico. Os dados serão
também divulgados através do placard de
informações da BE e da página da escola.
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Acções para melhoria

Identificação das acções de melhoria dos pontos fracos


identificados, de modo a obter o comprometimento e apoio
da escola a essas acções.
As acções a introduzir constarão do Plano Anual de
Actividades para o ano seguinte.
O Modelo
pessoas de Auto-Avaliação
acreditam das Bibliotecas
que a avaliação é uma
Escolares:
actividade inútil que
metodologias degera grandes quantidades
operacionalização (parte I)
Concluindo….
de dados aborrecidos com conclusões inúteis.
Contudo, eu concordo que “avaliar a biblioteca
significa avaliar a sua acção em determinados
aspectos e os resultados obtidos com esse
trabalho, de acordo com os objectivos
previamente definidos, tendo porventura em
consideração o referencial (Indicadores e
Factores críticos de sucesso) à luz dos quais
esses objectivos poderão já ter sido
estabelecidos, partindo do princípio que os
orientam uma ideia geral de melhoria e
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metodologias de operacionalização (parte I)
Bibliografia

Texto da sessão

Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: instrumentos de recolha de dados


.McNamara, Cárter (1997-2008). Basic Guide to Program Evaluation, em


http://www.managementhelp.org

.Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, em


http://www.rbe.min-edu.pt

.Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: instrumentos de recolha de


dados, em http://www.rbe.min-edu.pt

.Modelo para o relatório de avaliação da BE, disponível em linha, em


http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt

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