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VILA VELHA/ES
2009
FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
VILA VELHA/ES
2009
GESTÃO ESCOLAR E RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Ercilia Costa Toneti
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo fazer uma breve reflexão em torno da gestão escolar democrática. Para esse
trabalho, utilizou-se a pesquisa bibliográfica. Esse texto foi construído com o objetivo de discutir as práticas de
gerenciamento escolar, investigando a influência do gestor na configuração do perfil das relações de uma
instituição educacional, considerando que estas relações refletem na prática docente, na aprendizagem dos alunos
e, conseqüentemente, na formação do sujeito do futuro. Neste trabalho falaremos da gestão democrática na
escola, em que a comunidade participa das decisões pertinentes à melhoria e o desenvolvimento do grupo
escolar, bem como o trabalho direcionado, pelo diretor, em uma escola, baseado em um plano de ação – o PDE
(Plano de Desenvolvimento da Educação), que confirgura-se um grande aliado, pois, na medida em que é
elaborado por todos, pais, professores, alunos e servidores, que estabelece metas de forma coletiva, sempre
direcionadas ao desenvolvimento do alunado, mostra o melhor caminho a ser seguido para o efetivo processo
ensino/aprendizado. O resultado dessa discussão aponta que a gestão democrática é o caminho a ser trilhado para
os que desejam melhorar cada vez mais o processo ensino/aprendizagem. É por meio da democracia que as
visões dos diversos segmentos da escola se integram se enriquecem e se efetivam no espaço escolar.
Introdução
A gestão escolar pode ser caracterizada tanto como democrática como não democrática.
O diretor caracteriza-se como gestor democrático quando possibilita abertura para diálogo e
permite que a comunidade escolar opine sobre as questões da escola, dando sugestões ou
participando das deliberações.
http://comunicagestao.blogspot.com/2007_11_01_archive.html
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/conselhosdeescola.htm,
Entretanto, para que isto seja viável, é necessário que o diretor reconheça que sua
escola está inserida concretamente em uma comunidade e que ela influencia e é influenciada
pela escola. É necessário reconhecer que a escola precisa da ação da comunidade para
melhorar o seu desenvolvimento, e conseqüentemente a qualidade do ensino. Ao inserir a
comunidade na escola, deve-se, então estimular a discussão e a reflexão, para compreender
de forma mais ampla e dinâmica a realidade e os caminhos possíveis para viabilizar melhorias
na qualidade de vida de todos. Cabe ao gestor o desafio de desenvolver estratégias que
quebrem resistências e, gradativamente, promover o desenvolvimento de grupos, com a
finalidade de estabelecer entre eles, vínculos e identidades coletivas. Trilhar esse caminho
somente é possível num processo de gestão democrática, cujas ações apontam para o diálogo,
a descentralização de informações e decisões e a busca e manutenção de acordos e parcerias.
O gestor possibilita aos indivíduos a admissão de papéis sociais dentro da escola, colaborando
no desenvolvimento de ações coletivas, assumindo com ele, responder com comprometimento
por essas ações.
A gestão democrática mostra-se muito mais fácil para o gestor no que diz respeito a
distribuição de tarefas de funções e divisão de responsabilidades, otimizando na prática,
melhor gasto de tempo e de energia em tarefas que, numa gestão autoritária, é sua tarefa
exclusiva. Porém, não é nada confortável discutir problemas e mediar conflitos. A busca do
consenso exige demasiada energia, e muitas vezes, promove rupturas durante o processo.
Porém, somente por esse caminho é que se desenvolve a reflexão crítica, a avaliação e a
reorganização da ação pedagógica por todos os envolvidos, condições fundamentais para o
processo de inovação e mudança no interior da escola.
Disponível em:
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=10246&chapterid=9498. Acesso em <02 de novembro de
2009.
Conclusão
O que encontramos nas escolas atualmente, sobretudo nas públicas, é uma grande falta
de motivação. Nesse sentido, a gestão democrática pode configurar um quadro de motivação
quando participa e possibilita a participação de todos e quando valoriza a educação dos
alunos.
A gestão democrática aponta dois lados: um que faz com que nos indignemos diante das
condições concretas das escolas brasileiras e diante dos resultados do trabalho docente. De
outro lado, as conquistas da humanidade em nossos dias, os avanços do conhecimento
humano sobre a aprendizagem e inteligência e as experiências concretas na educação
brasileira, coordenadas por processos competentes de efetiva democratização, que criam
novas perspectivas na educação.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartaz a quem ousa ensinar. São Paulo;
Olho D´água, 1993.