Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE ELEMENTOS CLASSICISTAS
NA ESTTICA LUKACSIANA
Carla Milani Damio*
Cdamiao@hotmail.com
Quando se recorda a bela natureza que envolvia os gregos antigos; quando se reflete
sobre quo intimamente esse povo podia viver com a natureza livre sob seu cu feliz;
quo mais prximos estavam da natureza simples seu modo de representar, sua maneira
de sentir, seus costumes, e que reproduo fiel dela so suas obras poticas (...).1
*
1
Kriterion 112.p65
311
10/2/2006, 11:32
312
Os bons tempos da arte grega e a idade de ouro da ltima Idade Mdia se foram. As
condies do tempo presente no so favorveis arte. O prprio artista j no
apenas desviado e influenciado por reflexes que ouve formular cada vez mais alto
sua volta, por opinies e juzos correntes sobre a arte, mas toda nossa cultura lhe torna
impossvel, mesmo fora de vontade e deciso, abstrair-se do mundo que [est]
sua volta e das condies em que se encontra o sujeito, a no ser que recomece a sua
educao e se retire para um isolamento onde possa encontrar seu paraso perdido.2
Bem-aventurados os tempos que podem ler no cu estrelado o mapa dos caminhos
que lhes esto abertos e que tm de seguir! Bem-aventurados os tempos cujos caminhos
so iluminados pela luz das estrelas!3
Kriterion 112.p65
312
10/2/2006, 11:32
313
Kriterion 112.p65
313
10/2/2006, 11:32
314
Cf. LWY. Para uma sociologia dos intelectuais revolucionrios. Segundo Lwy, Lukcs segue a tradio
sociolgica iniciada por Tnnies, que teria primeiro formulado a oposio entre comunidade (Gemeinschaft)
e sociedade (Gesellschaft): a primeira correspondendo ordem social tradicional, pr-capitalista, baseada
nos costumes e vnculos pessoais; a segunda, ordenao social do capitalismo, baseada no clculo e
na racionalidade, distanciada dos vnculos pessoais. A partir de Tnnies, Simmel formula a dicotomia
cultura (Kultur) e civilizao (Zivilazation): a primeira como o reino do esprito, plena de valores ticos e
estticos; a segunda como o progresso tcnico materialista que destri o aspecto cultural.
LUKCS. A teoria do romance, p. 28.
Kriterion 112.p65
314
10/2/2006, 11:32
315
Kriterion 112.p65
315
10/2/2006, 11:32
316
Kriterion 112.p65
316
10/2/2006, 11:32
317
Kriterion 112.p65
317
10/2/2006, 11:32
318
Kriterion 112.p65
318
10/2/2006, 11:32
319
Kriterion 112.p65
319
10/2/2006, 11:32
320
Kriterion 112.p65
320
10/2/2006, 11:32