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O Serviço de Apoio Domiciliário constitui uma Resposta Social organizada a que as pessoas
em situação de dependência podem ter acesso para satisfação de necessidades básicas e
específicas, apoio nas actividades instrumentais da vida quotidiana e actividades sócio-
recreativas. Este conjunto de serviços é prestado no domicílio habitual de vida do cliente,
contribuindo para a promoção da sua autonomia e a prevenção de situações de
dependência ou do seu agravamento.
Os serviços que os clientes do Serviço de Apoio Domiciliário solicitam, têm vindo a sofrer
alterações na medida em que as situações de dependência pela sua complexidade, afectam, na
maioria dos casos, várias dimensões da pessoa, exigindo em muitos casos o estabelecimento
de parcerias que capacitem esta resposta social para a concretização da sua missão.
Esta resposta é considerada por muitas pessoas em situação de dependência como uma
forma de continuarem inseridas no seu meio habitual de vida, rodeadas dos seus afectos e
pertences, com possibilidade de novos relacionamentos facultados pelos colaboradores,
incluindo voluntários que se deslocam ao domicílio, podendo constituir para muitas dessas
pessoas o único elo de ligação com o exterior, donde a qualidade da intervenção dever ser
uma exigência a ter em conta permanentemente na gestão desta Resposta Social.
• Desenvolver os cuidados ao nível da qualidade das relações que o cliente vai estabelecer
com os colaboradores do serviço de apoio domiciliário e entidades parceiras
• Pensar o cliente como um ser afectivo e activo que gosta de ser respeitado na sua
maneira de ser e estar;
• Criar um ambiente calmo, flexível e responsável que possa ser adaptado aos
interesses e necessidades de cada cliente, promovendo o acesso a um leque de
oportunidades de escolhas e que lhe permita continuar o seu desenvolvimento
individual, de forma confiante e com iniciativa;
Introdução
Tendo por base as diferentes tipologias das entidades e organizações que prestam o Serviço
de Apoio Domiciliário, independentemente do número de clientes e da natureza dos cuidados,
considera-se ao nível do modelo organizacional a existência dos seguintes serviços:
• Administrativos;
• Cuidados Pessoais;
• Actividades Socioculturais;
• Produção alimentar;
• Higiene, Segurança e Limpeza.
Introdução
DIRECÇÃO
Área da
Qualidade
Direcção Técnica
Quadro 1.
Serviços da Resposta Social Serviço de Apoio Domiciliário
Para que uma organização funcione de forma eficaz, necessita de identificar e gerir
numerosas actividades de forma interligada.
1. Candidatura;
2. Admissão;
3. Plano de Desenvolvimento Individual;
4. Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais;
5. Cuidados Pessoais e de Saúde;
6. Nutrição e Alimentação;
7. Apoio Psicossocial
8. Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
• Impressos com o duplo objectivo de serem por vezes instrumentos de trabalho e registos
das acções realizadas.
IMP01.IT01.PC01
Informação Disponibilizada ao Cliente
IT01.PC01
Atendimento
IMP02.IT01.PC01
Ficha de Inscrição (Parte A e B)
IMP03.IT02.PC01
PC01 Carta de Aceitação da Inscrição
IT02.PC01
CANDIDATURA Selecção e Priorização das
Candidaturas IMP04.IT02.PC01
Carta de Não Aceitação da Inscrição
IMP05.PC01
Lista de Espera
IT01.PC02
Contrato e Processo Individual do
Cliente
IMP02.IT03.PC02
Lista de Material Fornecido pelo Cliente
IT03.PC02
Programa de Acolhimento Inicial
IMP03.IT03.PC02
Programa de Acolhimento Inicial
PC03
PLANO DE IT01.PC03 IMP01.IT01.PC03
DESENVOLVIMENTO Plano de Desenvolvimento Individual Plano de Desenvolvimento Individual
INDIVIDUAL
IMP01.IT01.PC04
PC04 Plano de Actividades Socioculturais
PLANEAMENTO E IT01.PC04
ACOMPANHAMENTO DAS Plano de Actividades Socioculturais
IMP02.IT01.PC04
ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS
Registo de Presenças
IMP01.PC05
Cuidados Pessoais e de Saúde
IT01.PC05
Cuidados de Higiene e Imagem
IT03.PC05
Cuidados de Enfermagem
IMP03.IT04.PC05
Medicação e Indicação Terapêutica
IT04.PC05
Assistência Medicamentosa IMP04.IT04.PC05
Indicação Terapêutica –
Informação Genérica
Manual dos Processos-Chave
Apresentação Global da Documentação
IT01.PC06
Elaboração de Ementas
IMP01.IT02.PC06
Controlo de Recepção de
IT02.PC06 Matérias-Primas
Recepção, Armazenamento e
Conservação dos Produtos Alimentares
IMP02.IT02.PC06
PC06 Controlo da Validade dos Produtos
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
IMP03.IT03.PC06
Registo de Equipamento
IT03.PC06 Entregue/Recebido
Peparação e Confecção de Alimentos
IMP04.IT03.PC06
Controlo de Óleos de Fritura
IT04.PC06
IMP05.IT04.PC06
Transporte, Distribuição e Apoio nas
Recolha de Amostras de Testemunho
Refeições
PC07 IMP01.IT01.PC07
IT01.PC07
Serviços Prestados no Apoio
APOIO PSICOSSOCIAL Programa de Apoio Psicossocial
Psicossocial
IMP01.PC08
Apoio nas Actividades Instrumentais
de Vida Quotidiana
IT01.PC08
Higiene Habitacional
PC08
IT02.PC08 IMP02.IT02.PC08
APOIO NAS ACTIVIDADES
Tratamento de Roupa Ficha de Registos da Lavandaria
INSTRUMENTAIS DA VIDA
QUOTIDIANA
IT03.PC08
Adaptação do Espaço e Reparações
no Domicílio
IT04.PC08
Acompanhamento ao Exterior e
Aquisição de Bens e Serviços
PC01.
Documentação
IMP01.IT01.PC01
Informação Disponibilizada ao Cliente
IT01.PC01
Atendimento
IMP02.IT01.PC01
Ficha de Inscrição (Parte A e B)
IMP03.IT02.PC01
PC01 IT02.PC01 Carta de Aceitação da Inscrição
CANDIDATURA
Selecção e Priorização das
Candidaturas IMP04.IT02.PC01
Carta de Não Aceitação da Inscrição
IMP05.PC01
Lista de Espera
PC01 Candidatura
PC01. Processo de Candidatura
PC01
Processo de Candidatura
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo de Candidatura .PC01
4. MODO OPERATÓRIO
Início Atendimento
1. Recepção do Cliente
O cliente e/ou pessoa próxima (representante legal, familiar ou outro
designado pelo cliente), adiante designado como CLIENTE, são recebidos
pelo Responsável de Atendimento (RA), dentro de um horário previamente
1. estabelecido e num local específico para o efeito, no qual estão afixados,
Recepção do cliente
visivelmente, os documentos obrigatórios por lei, previstos no ponto 1 da
instrução de trabalho IT01.PC01- Atendimento.
O espaço de recepção ao cliente deve contemplar características como
conforto, ambiente calmo, luminosidade adequada, climatização apropriada,
entre outras. Por exemplo, o espaço deverá possuir cadeiras que permitam
aos clientes estarem sentados enquanto aguardam a vez.
O atendimento é sequencial por ordem de chegada.
2.
Prestação da informação
2. Prestação da Informação
No atendimento do cliente são disponibilizadas informações sobre o
funcionamento da Organização e que constam no ponto 2 da instrução de
trabalho IT01.PC01- Atendimento.
3. Visita às Instalações
É sempre proporcionada ao cliente uma visita geral às instalações do
3.
Visita às instalações
estabelecimento, sem perturbar o regular funcionamento do mesmo,
cumprindo as normas de higiene e segurança dos diferentes espaços.
3
PC01. Processo de Candidatura
7. Entrevista Pré-Diagnóstica
Após a selecção, é realizada ao cliente uma Entrevista, a qual deverá
ocorrer no domicílio do mesmo e de acordo com o estabelecido no ponto 2
10. Sim
da instrução de trabalho IT02.PC01 – Selecção e Priorização das
Gestão da Lista
de Espera
Candidaturas. Os objectivos da entrevista são: proceder a uma avaliação
sumária das condições sociais, de autonomia e de habitação do cliente;
identificar as necessidades e expectativas do cliente e/ou pessoa próxima
relativas aos serviços que pretendem contratualizar na admissão.
12. Arquivo
Fim
4
Processo de Candidatura .PC01
• Pedidos de informação
Entrada • Pedidos de Inscrição
(Input)
• Capacidade do SAD
• Critérios de Selecção e Priorização dos Candidatos
• Lista de espera
• Serviços a contratualizar - necessidades e expectativas dos clientes
• Legislação aplicável
Atendimento
• • • • IT01.PC01 –
Atendimento
• Informação disponibilizada
ao cliente (IMP01.IT01.PC01)
• Ficha de Inscrição – Parte A
(IMP02.IT01.PC01)
Selecção e
Priorização das • • • • • IT02.PC01 –
Selecção e Priorização
• Carta de Aceitação da
Inscrição (IMP03.IT02.PC01)
• Carta de Não Aceitação da
Candidaturas
das Candidaturas Inscrição (IMP04.IT02.PC01)
• Ficha de Inscrição - Parte B
(IMP02.IT01.PC01)
Gestão da Lista
de Espera
• • • • Lista de Espera
(IMP05.PC01)
5
n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / D - Director(a) / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AD - Administrativo
PC01. Processo de Candidatura
IT01.PC01
Instrução de Trabalho –
Atendimento
elaborado: data:
aprovado: data:
2. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO
IT02.PC01
Instrução de Trabalho –
Selecção e Priorização das Candidaturas
elaborado: data:
aprovado: data:
Sempre que necessário, são realizados contactos com o cliente, no sentido da obtenção de
mais esclarecimentos sobre os dados facultados na ficha de inscrição, para uma melhor
apreciação da candidatura.
2. ENTREVISTA PRÉ-DIAGNÓSTICA
10
IMP01.IT01.PC01
Informação Documento
Tipo de Informação
disponibilizada disponibilizado
Regulamento interno
Encargos do cliente
Nome do cliente:
Contacto:
Data: / /
IMP02.IT01.PC01 • pág. 1 de 6 Identificação do Estabelecimento
Nome Completo:
Morada:
BI N.º: Telemóvel:
Nº de Contribuinte: Email
Vive com
o cliente Rendimento
Nome Idade Parentesco Meio de vida principal (1)
Mensal (2)
Sim Não
€
Cliente
(2) Aplicável a estabelecimentos das Redes Pública e Solidária); campos a serem obrigatoriamente
preenchidos com os dados do cliente e dos familiares que compõem o seu agregado.
Tem alguém que seja da sua relação próxima a frequentar este estabelecimento?
Sim n Quem?
Não n
IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição • Parte A / pág. 2 de 6
. . € . . €
Consumos de água, electricidade,
Pensão
gás e telefone
Outros . . € Outros . . €
Total: . . € Total: . . €
Nome:
Morada:
Código Postal:
Telefone: Ocupação:
Nome:
Morada:
Código Postal:
Telefone: Ocupação:
Sim n Não n
Diário e permanente n
Diário pontual n
Pontual n
Inexistente n
IMP02.IT01.PC01 • Ficha de Inscrição • Parte A / pág. 3 de 6
Centro de dia n
Centro de convívio n
6. DEPENDÊNCIA DO CLIENTE
Totalmente dependente para a satisfação das necessidades básicas (alimentação, higiene, etc) n
Deficiência
(assinale com uma X)
Mental n
Visual n
Motora n
Auditiva n
7. MOTIVO DO PEDIDO
8. VISITA ÀS INSTALAÇÕES:
Sim n
Sim n Não n
Ponderação: Pontuação:
n Idade do cliente
n Grau de dependência
1. HABITAÇÃO
Infraestruturas
(assinale com uma X)
3. SERVIÇOS SOLICITADOS
(assinale com uma X)
Cuidados de Higiene n n n n n n n n n
Cuidados Pessoais n n n n n n n n n
Cuidados de Imagem n n n n n n n n n
Fornecimento de alimentação n n n n n n n n n
Apoio na alimentação n n n n n n n n n
Cuidados de Médicos n n n n n n n n n
Cuidados de Enfermagem n n n n n n n n n
Cuidados de Reabilitação n n n n n n n n n
Assistência Medicamentosa n n n n n n n n n
Apoio Social n n n n n n n n n
Higiene Habitacional n n n n n n n n n
Tratamento de Roupas n n n n n n n n n
Acompanhamento ao Exterior n n n n n n n n n
Actividades Socioculturais n n n n n n n n n
Actividades Desportivas n n n n n n n n n
Actividades Quotidianas n n n n n n n n n
. . €
Assinaturas
Cliente Data: / /
Estabelecimento Data: / /
IMP03.IT02.PC01
VERSÃO 1 - AO CLIENTE
É com agrado que informamos Vossa Excelência que se encontra em situação de poder vir a usufruir dos
É com agrado que informamos Vossa Excelência que o Sr/ Sr.ª se encontra
em situação de poder vir a usufruir dos serviços prestados por esta Instituição
fim de realizar uma entrevista para identificar e avaliar os serviços que pretende contratualizar.
Atenciosamente,
(Nome)
IMP04.IT02.PC01
VERSÃO 1 - AO CLIENTE
Serve o presente para informar V. Exa. que não se encontra em situação de poder vir a frequentar este
Serve o presente para informar V. Exa. que o Sr/ Sr.ª não se encontra
Neste sentido, salvo orientação contrária de V. Exa., ficará automaticamente inscrito em lista de espera1.
Para qualquer informação/esclarecimento complementar ou outro assunto, poderá entrar em contacto com o
Sr. , no telefone .
Atenciosamente,
(Nome)
1 Parágrafo a ser incluído nas situações em que o estabelecimento não possua vaga e os clientes reunam as condições de admissão.
IMP05.PC01 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Lista de Espera
FICHA DE INSCRIÇÃO PESSOA DE CONTACTO
Pontuação dos Ponto Situação
Critérios de da Ficha de
Data de
Nº de Entrada Nome do Cliente Telefone Telemóvel Nome Telefone Telemóvel Selecção Inscrição
Entrada
Assinatura do responsável:
PC02.
Documentação
IT01.PC02
Contrato e Processo Individual do
Cliente
IMP02.IT03.PC02
Lista de Material Fornecido
IT03.PC02 pelo Cliente
Programa de Acolhimento Inicial
IMP03.IT03.PC02
Programa de Acolhimento Inicial
PC02 Admissão
PC02. Processo de Admissão
PC02
Processo de Admissão
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo de Admissão .PC02
1. Contrato
3
PC02. Processo de Admissão
Há acordo com o
Cliente?
5. Relatório de avaliação do Programa de Acolhimento Inicial
6. Rescisão do Contrato
7. Arquivo
7.
Arquivo
Fim
4
Processo de Admissão .PC02
Contrato e Processo
Individual do Cliente
• • • • • IT01.PC02 –
Contrato e Processo
Individual do Cliente
Entrevista de
Avaliação Diagnóstica • • • IT02.PC02 –
Entrevista de Avaliação
• IMP01.IT02.PC02 –
Ficha de Avaliação Diagnóstica
Diagnóstica
Acolhimento inicial
• • • IT03.PC02 –
Programa de Acolhimento
• IMP02.IT03.PC02 –
Lista de Material Fornecido
Inicial pelo Cliente
• IMP03.IT03.PC02 –
Programa de Acolhimento
Inicial
• Contrato
Saída
(Output) • Processo Individual
• Aprofundamento das necessidades e expectativas identificadas
• Programa de Acolhimento Inicial
n n
5
Responsável pela actividade / Interveniente na actividade / D - Director(a) / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AD - Administrativo
PC02. Processo de Admissão
IT01.PC02
Instrução de Trabalho –
Contrato e Processo Individual do Cliente
elaborado: data:
aprovado: data:
1. CONTRATO
1.1. Elaboração
Após a decisão de admissão do cliente, é estabelecido um contrato escrito entre a gestão do
estabelecimento e o cliente.
Para assinatura do contrato é obrigatória a entrega de:
• Cópia do BI do cliente;
6
Processo de Admissão .PC02
IT01.PC02 / Instrução de trabalho – Contrato e Processo Individual do Cliente
1.2. Assinatura
O contrato é assinado em duplicado pelo representante do estabelecimento, pelo cliente e/ou
pessoa(s) próxima(s).
Após a assinatura entre ambas as partes, é entregue uma cópia ao cliente e/ou pessoa(s)
próxima(s) e a outra fará parte integrante do processo individual do cliente.
O Processo Individual do cliente é constituído por um conjunto de documentos que se inicia com
a aceitação da Ficha de Inscrição – Parte –A, à qual é atribuído um número provisório que é
alterado para um número definitivo depois da celebração do contrato.
Fazem parte deste processo, entre outros:
• Ficha de Inscrição – Parte A e B;
• Contrato;
• Identificação, endereço e telefone da pessoa de referência do cliente (familiar, representante
legal, ou outro);
• Dados facultados pelo cliente no processo de candidatura (p.e. declaração de rendimentos, BI,
nº de contribuinte);
• Dados de identificação e sociais do cliente e residência;
• Identificação do profissional de saúde de referência e respectivos contactos em caso de
emergência;
• Identificação e contactos da(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente (familiar, representante legal,
ou outro) em caso de emergência/necessidade;
• Informação médica (dieta, medicação, alergias e outros);
• Identificação e contactos dos médicos que acompanham o cliente;
• Fichas da Entrevista Pré-Diagnóstica e de Avaliação Diagnóstica;
• Resultado do Programa de Acolhimento inicial;
• Plano de Desenvolvimento Individual;
• Relatório(s) de monitorização e avaliação da implementação do PDI;
• Registos da prestação dos serviços e participação nas actividades (p.e. livro/ folhas de
registo);
• Registos das ocorrências de situações anómalas (p.e. livro/folhas de registo);
• Registos de entrada e saídas da casa do cliente;
• Registos de reclamações;
• Registos da cessação da relação contratual, com a indicação da data e motivo da cessação e,
sempre que possível, anexados os documentos comprovativos, por exemplo documento de
rescisão do contrato, cópia da certidão de óbito, ou outros.
8
Processo de Admissão .PC02
IT02.PC02
Instrução de Trabalho –
Entrevista de Avaliação Diagnóstica
elaborado: data:
aprovado: data:
Após assinatura do contrato, o gestor do processo marca uma entrevista com o cliente e/ou
pessoa(s) próxima(s) no seu domicílio, com a finalidade de aprofundar um conjunto de
informações pertinentes sobre as necessidades, hábitos, expectativas e desenvolvimento da
situação do cliente, assim como avaliar as suas capacidades funcionais e determinar com maior
precisão o grau de dependência.
No final deverão estar identificados os seguintes itens:
• Projecto de vida do cliente;
• Capacidades funcionais e cognitivas do cliente;
• Diferentes necessidades e interesses do cliente ao nível quotidiano, social, intelectual, cultural,
emocional, saúde, físico, económico e espiritual;
• Hábitos, estilo de vida, preferências e expectativas sobre as actividades quotidianas do cliente
- alimentares, higiene pessoal, habitacional, ocupação do tempo - ou outras actividades -
lúdicas, culturais - especialmente sobre aquelas que se relacionam com os serviços a prestar;
• Descrição das condições de vida do cliente e/ou agregado familiar, incluindo uma avaliação do
domicílio, que identifique por exemplo necessidades de reparações/modificações;
• Necessidades de apoio sócio-económico, formação ou outras, à(s) pessoa(s) próxima(s) do
cliente (família ou outros);
• Ajudas técnicas que promovam a autonomia e qualidade de vida do cliente (caso se verifique);
• Nome do médico assistente e unidade de saúde a que pertence;
• Relatório médico com indicação da história clínica, situação actual e indicação terapêutica;
• Cuidados de enfermagem, de fisioterapia, terapia da fala, ocupacional, e/ou outras, (caso se
verifique);
• Participação/envolvimento do cliente, pessoa(s) próxima(s) ou outros cuidadores,
evidenciando o grau de co-responsabilização de cada interveniente.
9
PC02. Processo de Admissão
IT02.PC02 / Instrução de trabalho – Entrevista de Avaliação Diagnóstica
A origem étnica, cultura, religião, língua, orientação sexual, género, idade e capacidade física,
são variáveis a identificar nesta fase, servindo como orientação para a preparação do plano de
desenvolvimento individual do cliente, bem como dos planos subsequentes.
Caso o cliente tenha usufruído de outros serviços ou respostas, a avaliação diagnóstica deve
considerar as informações provenientes desses serviços, especialmente quando se tratem de
clientes com elevados graus de dependência ou doenças crónicas (p.e. serviços de saúde,
hospital).
A Entrevista de Avaliação Diagnóstica afigura-se como um processo crucial para a elaboração do
plano de desenvolvimento individual do cliente (IMP01.IT01.PC03 - Plano de Desenvolvimento
Individual).
Nesta Entrevista, devem estar presentes o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (familiar, o seu
responsável legal ou outros), que detenham conhecimentos relevantes sobre o mesmo.
A Entrevista de Avaliação Diagnóstica é sustentada por um guião semi-estruturado dirigido ao
cliente e/ou pessoa(s) próxima(s).
Esta entrevista, poderá ser ainda suportada por:
a) registos de observação do comportamento do cliente e pessoa(s) próxima(s);
b) escalas de avaliação geriátricas ou outras, aplicadas e analisadas, quando necessário, por
técnicos com habilitações e competências adequadas para o efeito. A título meramente
indicativo, refiram-se as seguintes: Índice de Barthel; Escala de Lawton e Brody; Mini Exame
Cognitivo; Escala de Recursos Sociais; Avaliação do Meio Físico.
O colaborador responsável por esta avaliação deverá:
• informar o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) da pertinência de uma avaliação diagnóstica
sobre o seu desenvolvimento global por técnicos especialistas (p.e. psicólogo, terapeuta
da fala, fisioterapeuta);
• disponibilizar contactos de eventuais técnicos especialistas à família ou colocar à sua
disposição, caso existam no estabelecimento.
Para obtenção de um melhor resultado, esta Entrevista, poderá ser realizada de forma faseada e
completada durante o desenvolvimento do Programa de Acolhimento Inicial. Isto porque, poderá
ser mais fácil a sua aplicação e importância da informação recolhida, à medida que os vários
colaboradores vão tendo um maior conhecimento do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e,
simultaneamente, estabeleçam uma relação de maior confiança com os mesmos.
Algumas das dimensões da Entrevista de Avaliação Diagnóstica podem e devem ser revistas
sempre que se registem alterações profundas nas necessidades e/ou expectativas dos clientes
pelo menos de dois em dois anos.
A informação recolhida nesta entrevista é registada no impresso IMP01.IT02.PC02 - Ficha de
Avaliação Diagnóstica e deve constar no Processo Individual do Cliente.
10
Processo de Admissão .PC02
IT03.PC02
Instrução de Trabalho –
Programa de Acolhimento Inicial
elaborado: data:
aprovado: data:
O Programa de Acolhimento Inicial diz respeito ao período de adaptação acordado com o cliente
e/ou pessoa(s) próxima(s), não devendo ser superior a 30 dias.
O processo de integração do cliente é preponderante para o êxito da prestação do serviço. Neste
período, deve dar-se especial atenção às questões relacionais, com vista a estabelecer laços de
relação e proximidade, facilitadores deste processo.
O processo de integração no SAD é desenvolvido no domicílio do cliente, preferencialmente na
presença de pessoa(s) próxima(s). Neste sentido, devem ser previstas e criadas condições para
que a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente participem na implementação deste programa, através
da sua co-responsabilização no envolvimento e acompanhamento num conjunto de actividades e
acções.
No primeiro dia da prestação dos serviços, deve estar presente o(a) Director(a) Técnico(a) do
SAD que, com o colaborador responsável pelo cliente, deverá desenvolver as seguintes funções:
• Realizar o inventário dos bens do cliente (p.e. objectos de higiene pessoal, entre outros), que
o cliente fornece para a prestação dos serviços e acordados na contratualização
(IMP02.IT03.PC02 – Lista de Material Fornecido pelo Cliente);
11
PC02. Processo de Admissão
IT03.PC02 / Instrução de trabalho – Programa de Acolhimento Inicial
Ainda durante este período, os colaboradores responsáveis pelo acolhimento do cliente podem
desenvolver, observar ou aprofundar alguns aspectos da Entrevista de Avaliação Diagnóstica,
completando ou alterando, sempre que necessário, o conteúdo da Ficha de Avaliação
Diagnóstica – IMP01.IT02.PC02.
Após os 30 dias de acolhimento, é elaborado um relatório final sobre o processo de integração e
adaptação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s), utilizando para o efeito o impresso
IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial, a ser arquivado, posteriormente, no
Processo Individual do Cliente. Nessa altura, são prestadas informações ao cliente e/ou
pessoa(s) próxima(s), sobre a forma como decorreu a integração do cliente na resposta social.
Se durante este período o cliente não se adaptar, deve ser realizada uma avaliação do Programa
de Acolhimento Inicial, identificando os indicadores que conduziram à inadaptação do mesmo e
procurar superá-los estabelecendo se oportuno novos objectivos de intervenção. Se a situação de
inadaptação persistir, é dada a possibilidade ao cliente de rescindir o contrato.
12
IMP01.IT02.PC02 • pág.
Ficha1de
deAvaliação
13 Diagnóstica • pág. 1 de 13 Identificação do Estabelecimento
Motivo da Saída:
Nome:
Indique qual foi a sua última profissão Com que idade deixou de trabalhar?
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 2 de 13
Nacionalidade e Língua
Compreende bem o Português (caso seja imigrante)? Sim n Não n Mais ou menos n
Sente dificuldades em expressar-se em Português (caso seja imigrante)? Sim n Não n Mais ou menos n
Não n
2. CONTEXTO HABITACIONAL
Sim n Qual?
Sim n Qual?
Não n
3. SAÚDE
Grupo Sanguíneo:
N.º de SNS:
Contacto:
Alergias:
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 3 de 13
Problemas de Saúde
Hipertensão n Depressivos n
HIV/SIDA n Auditivos n
Diabetes n Visão n
4. NÍVEL COGNITIVO
Orientação Temporal
Orientação no Espaço
Atenção e cálculo
Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3. Depois ao número encontrado volta a tirar 3 e repete o processo até eu lhe
dizer para parar. 27 n 24 n 21 n 18 n 15 n
O cliente:
ACTIVIDADES CORPORAIS
Alimentação
Alimenta-se normalmente n
Higiene pessoal
Usa normalmente n
Vestir-se
Eliminação
Micção normal n
Defecção normal n
Usar a sanita
Usa normalmente n
ACTIVIDADES SENSORIAIS
Fala
Visão
Normal n
Má n
Audição
Normal n
Má n
Muito má (surdez) n
ACTIVIDADES LOCOMOTORAS
Transferência
Efectua normalmente n
Impossibilidade de deslocação n
Deslocação no domicílio
Efectua normalmente n
Impossibilidade de deslocação n
Deslocação no exterior
Efectua normalmente n
Impossibilidade de deslocação n
Limitado ao domicílio n
Limitado à cama n
Trabalho doméstico
Faz normalmente n
Refeições
Faz normalmente n
Ir às compras
Faz normalmente n
ACTIVIDADES MENTAIS
Memória
Normal n
Amnésia n
Comportamento
Normal n
Humor
Normal n
Agressividade n
OUTRAS ACTIVIDADES
Administrar o dinheiro
Sem ajuda n
Usar o telefone
Sem ajuda n
Tomar medicamentos
Sem ajuda n
Actividades
Hábitos Gostos e Interesses
Tipo Variáveis
• Horários
Refeições • Espaço
• Forma de servir
• Horários
Higiene pessoal • Tipo de produtos
• Tipo de higiene
Cuidados
• Tipo de cuidados
pessoais e
• Frequência
imagem
• Diária
Higiene • Semanal
habitacional • Semestral/anual
• Tipo de produtos
• Tipo de alimentos
Alimentação
• Dieta
• Frequência de lavagens
Roupa • Passar a Ferro
• Produtos utilizados
Isolamento/
• Com quem comunica?
comunicação
• Como e onde?
afectiva e
• Frequência
social
Qual a satisfação que possuí retirar quanto aos relacionamentos que estabelece? (assinale com uma X )
1. 2. 3. 4. 5.
Actores
Insatisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Nr
Familiares n n n n n
Representante legal n n n n n
Amigos n n n n n
Vizinhos n n n n n
Outras pessoas? n n n n n
Refeições/alimentação
Higiene pessoal
Higiene habitacional
Compras no exterior
Passear
Outras
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 9 de 13
8. REPRESENTAÇÕES
Procura-se conhecer as representações do cliente admitido sobre o envelhecimento, o seu projecto de vida, as suas necessidades e
expectativas relativamente aos serviços e colaboradores da resposta social.
Como acha que os seus familiares ou pessoas próximas vêem a pessoa idosa?
Actualmente, qual é o seu projecto de vida? (Ou actualmente, qual é o seu objectivo de vida?, actualmente, o que procura fazer no
seu dia-a-dia?)
O que espera do SAD? Como acha que os serviços oferecidos podem contribuir para o seu projecto de vida, assim como para satis-
fazer as suas necessidades?
Quais as expectativas em relação aos colaboradores do SAD? (Ou: O que espera dos colaboradores do SAD?)
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 10 de 13
9. CONTEXTO HABITACIONAL
Condições habitacionais
10. SAÚDE
Orientação no Espaço
Verbalização
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 11 de 13
Alimentação
Ajudas técnicas
IMP01.IT02.PC02 • Ficha de Avaliação Diagnóstica • pág. 12 de 13
Refeições
Higiene pessoal
Higiene habitacional
Alimentação
Compras no exterior
Roupa
Desportivas
Passear
Idas ao médico
Mobilidade
Relação familiar
Nome do cliente:
Assinaturas
Previsão de
Produtos Quantidade Data Entrega Observações
nova entrega Pelo
Pelo Cliente
Estabelecimento
IMP03.IT03.PC02 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Relacionamento
Adequação dos Serviços Prestados
Data Colaboradores
Adaptação ao
Com os Espaço
outros Higiene Pessoal Refeição (tipo de Cuidados de
Cuidados Cuidados Actividades de
clientes (horário, alimentação, Enfermagem e/ou Actividades Tratamento de Higiene Acompanhamento Aquisição de
Pessoais e Médicos e de Apoio Psico-
adequação aos horários, apoio, Assistência Sócio-Culturais Roupas Habitacional ao Exterior Bens e Serviços
Imagem Reabilitação sociais
hábitos, ...) entre outros) Medicamentosa
Notas:
• Esta folha pode ser fotocopiada tantas vezes quantas as necessárias
• É objectivo deste instrumento avaliar a adaptação do Cliente. O Programa de Acolhimento Inicial reporta-se ao período de tempo estabelecido no contrato com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) como o período experimental em que, de acordo com a identificação das necessidades, a equipa do SAD assegura a sua integração e os
cuidados pessoais.
• A 1ª parte deste instrumento destina-se ao preenchimento diário das ocorrências durante o período de adaptação. A 2ª parte do instrumento destina-se a uma síntese desse período de adaptação.
* Referenciar todos os elementos que se encontram em contacto com o cliente durante a prestação dos cuidados
IMP03.IT03.PC02 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Relacionamento com *
Relacionamento com *
Relacionamento com *
Relacionamento com *
Relacionamento com *
Relacionamento com *
Adequação do Serviço
Adequação do Serviço
Adequação do Serviço
Adequação do Serviço
* Referenciar todos os elementos que se encontram em contacto com o cliente durante a prestação dos cuidados
(1) Na identificação das situações de adaptação, importa referir essencialmente aquelas em que se verificou uma maior inadequação ao conjunto de estratégias implementadas pela Equipa de SAD, evidenciadores de alguma inadaptação. Neste contexto, importa ter em especial atenção a 1ª semana de integração do Cliente.
(2) Na identificação das medidas tomadas, importa ter em etenção todas as estratégias e acções implementadas pela Equipa do SAD tendentes a uma maior adaptação. Exemplos de medidas tomadas: reformulação do Plano de Desenvolvimento Individual e renegociação/cessação do contrato, referindo-se quais os aspectos mais
relevantes, os recursos afectados (humanos, materiais, logísticos), bem como o papel da família na reformulação do PDI.
PC03.
Documentação
PC03
PLANO DE IT01.PC03 IMP01.IT01.PC03
DESENVOLVIMENTO Plano de Desenvolvimento Individual Plano de Desenvolvimento Individual
INDIVIDUAL
PC03 Plano de
Desenvolvimento
Individual (PDI)
PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual
PC03
Processo
Plano de Desenvolvimento Individual
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03
Sim
2. Recorrer a entidades/colaboradores externos e aquisição
de material
3
PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual
A 4. Implementação do PDI
5. Reformulação do PDI
4
Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03
5
n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AAD - Auxiliar de acção directa
PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual
IT01.PC03
Instrução de Trabalho –
Plano de Desenvolvimento Individual
elaborado: data:
aprovado: data:
• Considerar que a ocupação quotidiana do tempo por parte do cliente depende do seu projecto
de vida, competências e potencialidades, hábitos de vida e lazer, bem como dos estímulos
oferecidos pelo SAD;
6
Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03
IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual
• Outros.
1.4 Estrutura
O PDI contém, pelo menos, os seguintes elementos (ver Plano de Desenvolvimento Individual -
IMP01.IT01.PC03):
• Diagnóstico síntese;
Formar, num mês, a pessoa próxima do cliente • % de conhecimentos adquiridos pelo familiar;
(filho) para a utilização de técnicas adequadas
• Capacidade do familiar executar tarefas
na prestação dos cuidados de higiene pessoal
suportadas por ajudas técnicas
ao cliente
8
Processo Plano de Desenvolvimento Individual .PC03
IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual
• Acompanhar o cliente uma vez por semana a realizar compras, informando-o das actividades
culturais e recreativas da zona;
• Ensinar e apoiar a pessoa próxima do cliente (filho) durante 15 dias a fazer a cama do
pai/mãe, através das ajudas técnicas adequadas;
• Ensinar e apoiar o cliente a utilizar as ajudas técnicas no banho, para que no final de um mês
o consiga fazer sozinho.
Para cada acção devem estar identificados os seguintes itens: hábitos, expectativas e gostos
do cliente; periodicidade; número de vezes que a acção deve ocorrer; riscos associados;
acções preventivas/correctivas; responsáveis pela execução e supervisão e recursos a
afectar. A título exemplificativo, ilustram-se um conjunto de acções associadas a algumas
actividades tipo:
• Cuidados pessoais - levantar-se; lavar-se; tomar banho; fazer a barba; maquilhar-se; pentear-
se; calçar-se; passear pela casa; comer; subir e descer escadas.
• Tarefas domésticas- elaborar ementas; comprar alimentos; cozinhar; pôr a mesa; fazer as
camas; limpeza da casa (móveis, chão, portas, janelas, despejar lixo, etc,); lavar a roupa,
estender a roupa; passar a roupa a ferro; guardar a roupa nos armários.
• Cuidados especiais - mobilizar (na cama ou sofá) para prevenir escaras e melhorar a
sensação de conforto; transferências (da cama para a cadeira, da cadeira para a sanita,
outras); fazer a cama com a pessoa deitada; higiene de incontinentes; mudança de fraldas;
mudança de bolsas e colectores de urina; higiene das pessoas imobilizadas; exercícios de
orientação temporo-espacial; alimentação especial.
O PDI é monitorizado mensalmente, através dos registos diários efectuados pelos colaboradores
nos impressos e outros instrumentos criados para o efeito.
O PDI é avaliado e revisto, semestralmente e/ou sempre que necessário, através do
envolvimento de todos os intervenientes (colaboradores directos e indirectos, família, cliente,
outros), com vista a melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades dos
clientes que, ao longo do tempo, vão surgindo.
9
PC03. Processo Plano de Desenvolvimento Individual
IT01.PC03 / Instrução de trabalho – Plano de Desenvolvimento individual
O objectivo da avaliação é medir a eficiência e a eficácia do plano e o impacte que este está a
ter no cliente e pessoa(s) próxima(s) (familiar ou outro). Por conseguinte, a avaliação deverá
permitir medir:
• se os objectivos gerais de intervenção e específicos foram alcançados;
• a adequação dos objectivos gerais de intervenção, objectivos específicos, actividades e
acções às necessidades e expectativas do cliente;
• a satisfação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) com o desempenho da execução das
actividades e acções;
• a adequação dos recursos utilizados e os custos envolvidos na realização do plano;
• o impacte dos serviços na melhoria e promoção da autonomia e qualidade de vida do cliente,
i.e. se os objectivos gerais de intervenção, objectivos específicos, actividades e acções
promoveram a autonomia e qualidade de vida do cliente.
10
IMP01.IT01.PC03 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Indicador(es)
Diagnóstico 1 Domínios 2 Objectivos Gerais de Intervenção
Definição Fonte
1.
Saúde
2.
3.
4.
Económico 5.
6.
7.
Familiar 8.
9.
10.
Relacional
11.
Abr
Jan
Mai
Jun
Out
Fev
Mar
Ago
Nov
Dez
Higiene Pessoal
Imagem pessoal
Refeições
Médicas
Assistência medicamentosa
Reabilitação
Enfermagem
Domésticas
Quotidianas
Socioculturais e desportivas
Desportivas
Formativas
De Apoio Psicossocial
Outras
IMP01.IT01.PC03 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Observações
Local 1
Hábitos, gostos e
Outro
N.º de vezes
Acções expectativas do
Cliente
Familiar
Periodicidade 2
Execução
Quem
Output
cliente
Treinar
Acções
Quando
Parcerias
Humanos
Colaborar
Materiais/ I
Financeiros
nstrumentais (AT)
Riscos Associados
Preventivas/Correctivas
1 - Espaço Habitacional; Espaço Exterior (qual)
2 - Diária; semanal; quinzenal; mensal; semestral, anual
INFORMAÇÕES GERAIS
IMP01.IT01.PC04
PC04 Plano de Actividades Socioculturais
PLANEAMENTO E IT01.PC04
ACOMPANHAMENTO DAS Plano de Actividades Socioculturais
ACTIVIDADES SOCIOCULTURAIS IMP02.IT01.PC04
Registo de Presenças
PC04 PLANEAMENTO E
ACOMPANHAMENTO
DAS ACTIVIDADES
SOCIOCULTURAIS
PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais
PC04
Processo de Planeamento e
Acompanhamento das Actividades
Socioculturais
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04
Sim
3. Recorrer a entidades/colaboradores externos e a aquisição
de material
5.
4. Validação do PAS
É necessário rever o Sim
Reformulação do PAS
PAS? O PAS é analisado pelo cliente e/ou pessoa próxima, restantes
colaboradores internos e externos envolvidos na sua
implementação, com vista à sua aprovação.
3
PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais
6.
As alterações ao Plano, devem resultar da concordância do
Implementação do PAS cliente e de todos os intervenientes. No entanto, quando assim
não é possível, o gestor do processo deve proceder às
reformulações necessárias e assegurar que todos têm
conhecimento das mesmas e as aceitam, condição necessária à
sua implementação.
7.
Monitorização e revisão 6. Implementação do PAS
do PAS
A implementação do Plano é realizada através da execução das
actividades socioculturais, conforme previsto na instrução de
trabalho IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais.
Nas situações em que o SAD esteja inserido numa Instituição
com outras respostas sociais (p.e. Centro de Dia ou Lar), e com
vista a optimizar e potenciar recursos, o gestor do processo deve
Fim
articular os Planos de Actividades Socioculturais de cada resposta
social, constituindo um Plano único, bem como integrar e articular
com os projectos de Animação Sociocultural.
É da responsabilidade do cliente, a decisão de participação nas
actividades planeadas/previstas.
Quando solicitado pelo cliente, deve ser proporcionada a
possibilidade de participação em actividades não previstas.
Para cada actividade planeada deverá estar sempre previsto o
modo de actuação em situações de emergência.
4
Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04
5
n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / ET - Equipa técnica / AAD - Auxiliar de Acção Directa
PC04. Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais
IT01.PC04
Instrução de Trabalho –
Plano de Actividades Socioculturais
elaborado: data:
aprovado: data:
6
Processo Planeamento e Acompanhamento das Actividades Socioculturais .PC04
IT01.PC04 / Instrução de trabalho – Plano de Actividades Socioculturais
1.4 Estrutura
O PAS, que tem início com o diagnóstico, deve sistematizar de forma simples, segundo cada
actividade sociocultural tipo, a seguinte informação:
• Necessidades, expectativas e interesses do conjunto dos clientes do SAD;
• Objectivos gerais de intervenção e específicos a alcançar nas actividades lúdicas, culturais e
outras previstas nos diversos PDI;
• Resultados de monitorização e avaliação desenvolvidas em anos anteriores;
• Recursos internos e externos já identificados.
Um PAS, poderá incorporar um projecto de animação sociocultural. Este último deverá conter as
seguintes informações: denominação do projecto; natureza do projecto; descrição do projecto;
fundamentação ou justificação; finalidade do projecto; objectivos; metas; beneficiários; produtos;
localização física e cobertura espacial; especificação operacional das actividades e tarefas a
realizar; métodos e técnicas a utilizar; determinação dos prazos e calendários de actividades;
determinação dos recursos necessários (humanos, materiais, técnicos, financeiros, estrutura
financeira e calendário financeiro); cálculo de custos de elaboração e execução do projecto;
coordenação do projecto; indicadores de avaliação do projecto; factores externos e
condicionantes ou pré-requisitos para o sucesso e impacto do projecto.
O Plano deverá ser definido no impresso IMP01.IT01.PC04 – Plano de Actividades Socioculturais.
A participação dos clientes em cada produto desenvolvido, deve ser registada no
IMP02.IT01.PC04 – Registo de Presenças, que prevê o registo da data, local, actividade tipo (p.e.
cultural, desportiva), hora, assinatura do cliente e/ou da(s) pessoa(s) próxima(s).
O PAS é monitorizado mensalmente através dos registos efectuados pelos clientes e/ou
colaboradores nos instrumentos criados para o efeito.
O PAS é avaliado e revisto anualmente e/ou sempre que necessário, através do envolvimento de
todos os intervenientes (colaboradores directos e indirectos, família, cliente, outros), com vista a
melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades e expectativas dos clientes.
O objectivo da avaliação, é medir a eficiência e a eficácia do Plano e o impacte que este está
a ter no cliente e pessoa próxima. Por conseguinte, a avaliação deverá permitir medir:
• se os objectivos definidos por actividade sociocultural tipo foram alcançados;
• a adequabilidade dos objectivos de cada actividade sociocultural tipo e produtos ao
diagnóstico síntese, nomeadamente no que se refere às necessidades, expectativas e
interesses do(s) cliente(s);
• a satisfação do cliente e/ou pessoa próxima no desempenho e produtos oferecidos por
actividades tipo;
• a adequabilidade dos recursos utilizados e o custo envolvido na realização do Plano;
• o impacte dos serviços na melhoria da autonomia e qualidade de vida dos clientes.
Sempre que sejam envolvidos outros serviços e/ou intervenientes (externos ou internos) com
responsabilidade na prestação directa ou indirecta do PAS, estes têm conhecimento, em tempo
útil, das revisões e alterações ao Plano.
Para a revisão do Plano devem ser considerados os seguintes elementos:
• Resultados da monitorização mensal;
• Resultados obtidos no relatório de avaliação do PAS;
• Resultados das Entrevistas de Avaliação Diagnóstica;
• Avaliação dos Planos de Desenvolvimento Individual do Cliente;
• Informação proveniente da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) e
colaboradores (p.e. resultados dos questionários de avaliação de satisfação, resultados das
reuniões com o cliente/famílias).
9
IMP01.IT01.PC04 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Lúdico-recreativas
Culturais
Desportivas
Espiritual/religioso
Intelectual/formativo
Quotidianas
Sociais
Outra
(1) Sintetizar a informação, preferencialmente por tipo de cliente. Para tal, adoptar a tipologia mais adequada face ao conjunto de clientes: grau de dependência; género; idade, entre outras
IMP01.IT01.PC04 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Calendarização
Objectivos específicos
Actividades sócioculturais
tipo
Jul
Set
Abr
Jan
Mai
Jun
Out
Fev
Mar
Ago
Nov
Dez
Definição Indicador(es)
Lúdico-recreativas
Culturais
Desportivas
Espiritual/religioso
Intelectual/formativo
Quotidianas
Sociais
Outra
IMP01.IT01.PC04 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
(3)
Principais hábitos
(4)
Produtos e expectativas dos Tarefas
(5)
clientes
a abranger
N.º de vezes
Anual
Execução
Semanal
Estimativa de custo
Indicação (2)
Quem
Output
Quando
Materiais
Capacidade de Clientes
Parcerias
Humanos
Período do dia
Financeiros
A.
B.
C.
D.
E.
F.
G.
H.
I.
J.
Observações
Calendarização
Abr
Jan
Mai
Jun
Out
Fev
Mar
Ago
Nov
Dez
A.
B.
C.
OUTRAS.
Data: Responsável:
IMP02.IT01.PC04 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Actividade Tipo:
Registo de Presenças
Produto:
Data: / /
Local:
Hora:
IMP01.PC05
Cuidados Pessoais e de Saúde
IT01.PC05
Cuidados de Higiene e Imagem
IT03.PC05
Cuidados de Enfermagem
IMP03.IT04.PC05
Medicação e Indicação Terapêutica
IT04.PC05
Assistência Medicamentosa
IMP04.IT04.PC05
Indicação Terapêutica –
Informação Genérica
PC05 CUIDADOS
PESSOAIS E
DE SAÚDE
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
PC05
Processo de Cuidados Pessoais e
de Saúde
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
Estabelecer as regras gerais para a gestão dos cuidados de higiene e imagem, saúde e
reabilitação dos clientes em SAD.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplica-se aos colaboradores e serviços responsáveis pela prestação dos seguinte cuidados:
higiene e imagem; médicos; enfermagem; reabilitação; assistência medicamentosa.
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05
4. MODO OPERATÓRIO
3. Cuidados de Enfermagem
4. Assistência Medicamentosa
3
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
Entrada • Entrevista de avaliação diagnóstica das necessidades e expectativas dos cuidados pessoais
e de saúde
(Input)
• Resultados do Programa de Acolhimento Inicial
• Plano de Desenvolvimento Individual
• Ocorrências
Cuidados de
Higiene e Imagem • • • • IT01.PC05 – Cuidados de
Higiene e Imagem
• Cuidados Pessoais e de Saúde
(IMP01.PC05)
Cuidados de
Enfermagem • • • • IT03.PC05 –
Cuidados de enfermagem
• Cuidados Pessoais e de Saúde
(IMP01.PC05)
Assistência
Medicamentosa • • • • • • IT04.PC05 – Assistência
medicamentosa
• Cuidados Pessoais e de Saúde
(IMP01.PC05)
• Medicação e Indicação Terapêutica
(IMP03.IT04.PC05)
• Indicação Terapêutica - Informação
Genérica (IMP04.IT04.PC05)
Indicadores • % de cuidados prestados de acordo com as metas e objectivos definidos nos PDI’s do cliente,
por cada tipo de serviço
• % de serviços prestados de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes, por
cada tipo de serviço
• % de serviços prestados de acordo com o planeado
• % de reclamações (serviços de cuidados de higiene e imagem; serviços médicos; serviços de
enfermagem; serviços de reabilitação)
• % de medicamentos administrados de acordo com o programa estabelecido
• % de clientes com escaras
• % de clientes indiciando maus tratos
• % de clientes indiciando má higiene
• % de clientes apoiados com dificuldades de controlo de esfíncteres
IT01.PC05
Instrução de Trabalho –
Cuidados de Higiene e Imagem
elaborado: data:
aprovado: data:
Na prestação dos cuidados de higiene e imagem, cada cliente tem de ser tratado com respeito
pela sua identidade, hábitos e modos de vida e ser-lhe assegurada privacidade, autonomia,
dignidade e confidencialidade, sob pena de se estar a violar os direitos dos indivíduos e,
consequentemente, não se garantir a qualidade dos serviços.
A prestação dos cuidados de higiene e imagem é aproveitada como ocasião privilegiada para
estabelecer relação com o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) e promover-lhes a aquisição de
competências. Por conseguinte, os cuidadores devem actuar evitando uma protecção excessiva,
nomeadamente nas situações que as condições físicas ou psíquicas do cliente impeçam que este
seja auto-suficiente.
5
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem
A higiene pessoal é decisiva no que respeita a factores pessoais e ambientais que incidem na
saúde física e mental dos clientes. Por este motivo, os cuidados de higiene exigem uma atitude
integral e globalizadora que valorize as condições físicas, psicológicas, sociais e funcionais de
cada cliente.
Quando os colaboradores apoiam os clientes nos cuidados de higiene e auto-imagem devem
proceder de forma tranquila e calma, procurando efectuá-los no mesmo horário e seguindo os
mesmos procedimentos por ordem sequencial.
Sempre que os serviços de higiene e imagem estejam contratualizados, os colaboradores do
SAD devem garantir, pelo menos, os cuidados essenciais de higiene, tentando sempre que
possível adequá-las aos hábitos e rotinas dos clientes.
Os clientes devem ser incentivados ao auto-cuidado ou sempre que necessário apoiados na sua
execução, nomeadamente quanto a:
• preparar os utensílios e instrumentos de suporte à acção, como por exemplo, escolha da roupa
a vestir, as toalhas e esponja a utilizar, entre outras;
• lavar as mãos e os dentes;
• pentear o cabelo;
• trocar de roupa sempre que a mesma se suje;
• lavar o cabelo, pelo menos uma vez por semana, secando com uma toalha ou com o secador
a temperatura adequada;
• despir/vestir;
• tomar banho ou duche, pelo menos dia sim, dia não, sendo que no caso de pessoas
acamadas, o mesmo deve ser diário;
• entrar e sair da banheira para evitar possíveis quedas;
• após o banho:
• aplicar leite corporal, à excepção nos dedos dos pés;
• vestir roupa limpa, confortável, adequada aos gosto pessoais do cliente e à época do ano;
• no caso de pessoas acamadas, aproveitar para mudar a roupa de cama (troca de lençol e
resguardo descartável).
Tomar banho ou duche implica uma série de operações que podem ser muito complexas para as
pessoas dependentes, sobretudo para as que estão afectadas por demência ou têm graves
problemas de mobilidade, pelo que não é habitual que se verifique uma forte adesão na hora de
planear o banho ou o duche. Nestas ocasiões, é imprescindível que a instalação sanitária esteja
6
Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05
IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem
adaptada para diminuir as dificuldades do cliente e, para além disso, seguir as seguintes
indicações:
• Preparar previamente todos os equipamentos, instrumentos e utensílios necessários que
suportam a tarefa do banho: tapetes antiderrapantes, toalhas, esponjas, sabonetes, pentes,
manápulas (corpo e genitais), luvas descartáveis, balde de plástico e saco para o lixo, etc.
• Convidar a pessoa a tomar banho ou duche conversando com ela calmamente;
• Em situação de demência, escolher o momento do dia em que o cliente está menos confuso,
respeitando ao máximo os seus hábitos anteriores;
• Verificar a adequabilidade da temperatura da instalação sanitária e da água na banheira/
poliban.
No caso do cliente de SAD ser uma pessoa idosa, as pregas da pele requerem um cuidado
especial. Os colaboradores na prestação de cuidados de higiene devem vigiar as pregas
no/s(a/s): pescoço; axilas; virilhas; espaços entre os dedos, especialmente dos pés; regiões
retroauricular, sub-mamária infra-abdominal; interglútea.
7
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem
CUIDADOS DE IMAGEM
Os cuidados de imagem são fundamentais para a promoção da auto-estima dos clientes. Existe
uma diversidade de cuidados de imagem e que decorrem das representações, valorização,
hábitos, género, entre outras aspectos, dos clientes. Considerando não ser possível elencar
exaustivamente os cuidados de imagem que os clientes deverão ter, bem como a sua
periodicidade, indica-se apenas alguns dos cuidados para os quais o SAD poderá ter de planear
um conjunto de acções para prestar o serviço ou apoiar para que outros o prestem, a saber:
• Ter a barba ou bigode feitos;
• Ter as patilhas, pêlos do nariz/ouvidos arranjados;
• Estar maquilhado;
• Estar perfumado;
• Ter a depilação feita;
• Ter as unhas das mãos e pés arranjadas;
• Ter o cabelo arranjado (cortar, pintar, entre outras);
• Estar sempre vestido com roupa limpa e adequada à estação;
• Ter acessórios (brincos, colar, entre outros);
• Entre outros.
ADAPTAÇÃO DO VESTUÁRIO
Os colaboradores devem manter uma higiene pessoal e imagem cuidada, lavando as mãos como
rotina (p.e. depois da muda de fralda, antes e depois de apoiar ou prestar a higiene diária ao
cliente, maquiar, entre outras).
Os colaboradores usam vestuário e calçado, adequados e confortáveis à realização das
actividades com o cliente.
Por razões de higiene e segurança, os colaboradores na prestação de cuidados de higiene ao
cliente devem:
• Ter uma apresentação sóbria, ou seja não podem estar excessivamente maquilhados;
• Ter o cabelo apanhado, caso o tenham comprido;
• Estar sem acessórios pessoais, tais como colares, anéis ou pulseiras;
• Usar sempre luvas descartáveis, tal como recomenda a Organização Mundial de Saúde
(OMS), sempre que se entre em contacto com sangue, urina, fezes, suor ou outros fluídos
corporais. As luvas não devem ser reutilizáveis;
• Explicar ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) (familiar ou outros) a razão de determinados
procedimentos de higiene, como por exemplo o uso de luvas, máscara, entre outros.
8
Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05
IT01.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados de Higiene e Imagem
9
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
IT02.PC05
Instrução de Trabalho –
Cuidados Médicos e de Reabilitação
elaborado: data:
aprovado: data:
O SAD deverá definir um responsável pela supervisão dos cuidados de saúde (médico e técnico
de reabilitação) de cada cliente.
Para cada cliente, o SAD tem definidos e identificados os serviços médicos e de reabilitação a
prestar, assim como o gestor do processo, os colaboradores internos e externos na prestação
dos serviços, em ambas as áreas de saúde.
Em função dos resultados da avaliação geriátrica de cada cliente, o gestor do processo define as
regras para a coordenação e articulação dos cuidados médicos e de reabilitação a prestar pelo
SAD e pelos serviços externos em ambos as áreas.
Todas as acções e tarefas executadas no âmbito dos cuidados médicos e de reabilitação, são
registadas no IMP01.PC05 – Cuidados Pessoais e de Saúde, datadas, assinadas e integradas no
processo individual do cliente.
10
Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05
IT02.PC05 / Instrução de trabalho – Cuidados médicos e de reabilitação
com outros colaboradores e/ou parceiros, deve aferir mecanismos que permitam alterar a
situação e o acesso do cliente a estes serviços.
O SAD deve identificar as acções médicas e psicossociais a desenvolver, com vista a prestar
cuidados paliativos aos clientes que se encontrem numa fase terminal. No caso do apoio
psicossocial ver Processo PC07 – Apoio Psicossocial.
No âmbito da reabilitação, o SAD poderá ter de definir para o cliente, em função da avaliação
geriátrica, um plano de intervenção de terapias (p.e. ocupacional, fisioterapia), o qual:
• Deve ser elaborado por uma equipa interdisciplinar ao nível do PDI;
• Deve constituir-se após a fase de avaliação diagnóstica (nos domínios clínico; funcional;
cognitivo; social), avaliação de resultados e revisão da intervenção do cliente;
• Poderá incorporar terapias para as seguintes situações, entre outras: quedas; síndromas de
imobilidade; deterioração cognitiva; transtornos afectivos; incontinência urinária; patologias
neurológicas; AVC; doença de Parkinson; processos de osteo-articulares, traumatológicos e
outros; artrites; artroses; osteoporose; fracturas; doenças respiratórias; vasculopatias
periféricas;
• Pode requerer a adequação do ambiente domiciliário do cliente, no sentido de dotar o espaço
de ajudas técnicas. O SAD deve dar todo o apoio possível para esta adequação.
11
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
IT03.PC05
Instrução de Trabalho –
Cuidados de Enfermagem
elaborado: data:
aprovado: data:
12
Processo Cuidados Pessoais e de Saúde .PC05
IT04.PC05
Instrução de Trabalho –
Assistência Medicamentosa
elaborado: data:
aprovado: data:
13
PC05. Processo Cuidados Pessoais e de Saúde
IT04.PC05 / Instrução de trabalho – Assistência Medicamentosa
14
IMP01.PC05 — CUIDADOS PESSOAIS E DE SAÚDE • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Tarefas a executar (1) 2ª Responsável 3ª Responsável 4ª Responsável 5ª Responsável 6ª Responsável Sáb. Responsável Dom. Responsável Observações (2)
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Cuidados de Higiene e Imagem
Cuidados de Higiene
Cuidados de Imagem
Actividades de Reabilitação
Cuidados de Enfermagem
Assistência Medicamentosa
SOS
Nome: Data:
Intervenientes possíveis Situações SOS Nome Local Horários Telefone Fixo Telemóvel(is) Fax Observações
Familiar 1
Familiar 2
Amigo
Vizinho
Médico Família
Médico Especialidade
Fisioterapeuta
Hospital
Bombeiros
Contactos
Situações Tipo Procedimentos Observações
Intervenientes Contactos
Contactos úteis
Hospitais Bombeiros
Nome: Data:
Horário / Dose
Nome dos Medicamentos Observações
Jejum Peq. Almoço Almoço Lanche Jantar Deitar
Nome: Data:
IT01.PC06
Elaboração de Ementas
IMP01.IT02.PC06
Controlo de Recepção de
IT02.PC06 Matérias-Primas
Recepção, Armazenamento e
Conservação dos Produtos Alimentares IMP02.IT02.PC06
PC06 Controlo da Validade dos Produtos
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
IMP03.IT03.PC06
Registo de Equipamento
IT03.PC06 Entregue/Recebido
Peparação e Confecção de Alimentos
IMP04.IT03.PC06
Controlo de Óleos de Fritura
IT04.PC06
IMP05.IT04.PC06
Transporte, Distribuição e Apoio nas
Recolha de Amostras de Testemunho
Refeições
PC06 NUTRIÇÃO
E ALIMENTAÇÃO
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
PC06
Processo
Nutrição e Alimentação
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
2.
A elaboração de ementas segue o previsto no ponto 1 da instrução
Elaboração das Ementas
de trabalho IT01.PC06 – Elaboração de Ementas.
Deve obedecer à avaliação nutricional do cliente, às dietas prescritas
pelo médico, aos hábitos e interesses/preferências dos clientes e às
regras de uma alimentação equilibrada previstas no ponto 2 da
instrução de trabalho IT01.PC06 – Elaboração de Ementas.
3
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
Fim
4
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
Elaboração das
Ementas • • • • IT01.PC06 – Elaboração
das Ementas
Elaboração do plano
HACCP •
Recepção,
Armazenamento e
Conservação de
• • • IT02.PC06 – Recepção,
Armazenamento e
Conservação de Produtos
• IMP01.IT02.PC06 –
Controlo de Recepção de
Matérias-Primas
Alimentares • IMP02.IT02.PC06 - Controlo
Produtos Alimentares
da Validade dos Produtos
na Refeição
Indicadores • Taxa de execução de refeições servidas (n.º de refeições servidas/n.º de refeições planeadas)
• Taxa de execução de refeições apoiadas por um colaborador (n.º de refeições apoiadas/
n.º de refeições previstas a serem apoiadas)
• N.º de ocorrências
• N.º de reclamações
• Grau de cumprimento do Plano de Inspecção às Instalações
n Responsável pela actividade / n Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / EQ HACCP – Equipa HACCP /
AAD - Auxiliar de Acção Directa / CZ - Cozinheiro / N - Nutricionista 5
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT01.PC06
Instrução de Trabalho –
Elaboração de Ementas
elaborado: data:
aprovado: data:
1. ELABORAÇÃO DE EMENTAS
Uma alimentação saudável e equilibrada é uma das condições necessárias para que se viva uma
vida longa e com qualidade.
De acordo com as regras de uma alimentação saudável, a elaboração da ementa deve ser:
• Equilibrada, variada e rica nutricionalmente, respeitando o contexto sociocultural dos clientes a
que se destina;
• Diversificada e de acordo com as necessidades de cada cliente;
• Atenta às preferências de cada cliente;
• Elaborada com a colaboração de todos os responsáveis, no estabelecimento, por este processo
(director do estabelecimento, cozinheiro), incluindo o nutricionista ou o seu aconselhamento;
• Elaborada, no mínimo, semanalmente, pelos responsáveis por este processo, no
estabelecimento;
• Composta por dietas especiais, em caso de necessidade.
A ementa e respectivas dietas especiais são divulgadas e os clientes são informados em tempo
útil das eventuais alterações às mesmas.
O responsável pelo fornecimento de refeições tem conhecimento, atempadamente, de:
• Ementa;
• Número de refeições a confeccionar;
• Tipo de dietas e respectivo número.
6
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT01.PC06 / Instrução de Trabalho – Elaboração de Ementas
No caso do cliente ser uma pessoa idosa, na elaboração da ementa/dieta dever-se-á ter em
atenção ainda aos seguintes aspectos:
• Hidratos de carbono – entre 50-60% do valor calórico total, representando cerca de 250-280g
por dia, à excepção das pessoas diabéticas.
• Proteínas – cerca de 60% devem ser de origem animal (leite, ovos, peixe e carne). Os
restantes 40% devem ser de origem vegetal.
• Gorduras - evitar gorduras animais e consumir preferencialmente gorduras do tipo vegetal.
• Alimentos a limitar - sal, condimentos fortes e bebidas alcoólicas.
• A dieta deve ser atractiva e de fácil mastigação.
7
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT01.PC06 / Instrução de Trabalho – Elaboração de Ementas
Saltar refeições
• Pequeno Almoço
Começar o dia sem tomar o pequeno almoço é um erro alimentar muito frequente. As
consequências mais significativas são hipoglicemias matinais, falta de atenção, diminuição do
rendimento intelectual na escola e no trabalho, entre outras.
• Intercalares (merendas da manhã e da tarde)
Contribuem para a perda de massa muscular, que é consumida para produzir a glicose
essencial ao funcionamento das células, nomeadamente dos neurónios.
A alimentação deve ser muito variada e ter em conta as recomendações emanadas da Roda dos
Alimentos Portugueses.
Existem algumas doenças em que a dieta tem um papel importante no tratamento médico de um
cliente, pelo que a sua mudança deve ser prescrita apenas pelo médico assistente. A título de
exemplo mencionam-se alguns tipos de dieta, cuja composição é da responsabilidade do médico
ou nutricionista:
• Dieta hipocalórica – indicada para excesso de peso;
• Dieta pobre em sal – dirigida a situações de hipertensão arterial, insfuciência cardíaca, edema,
cirrose hepática, insuficiência renal, etc.;
• Dieta depressora de colestrol – destinada ao controlo do colestrol;
• Dieta para diabéticos – indicada a pessoas diabéticas;
• Dieta protectora gástrica – dirigida a doentes com gastrite, úlceras gástricas ou duodenais;
• Dieta branda – destinada a doentes com incapacidade de tolerar a dieta sólida.
8
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT02.PC06
Instrução de Trabalho – Recepção,
Armazenamento e Conservação
de Produtos Alimentares
elaborado: data:
aprovado: data:
RECEPÇÃO DE PRODUTOS
9
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT02.PC06 / Instrução de Trabalho – Recepção e Armazenamento de Produtos Alimentares
DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS
Regras de armazenagem:
• O armazém deve ser um local seco e fresco;
• O armazém deve estar fechado e o seu acesso deve ser restrito e controlado;
• O armazém permite uma higienização fácil e eficaz;
• Todos os produtos alimentares estão protegidos do sol/calor, chuva e pragas;
• As zonas de armazenamento devem estar arejadas e em boas condições de conservação
(sem fendas ou outros possíveis abrigos de roedores) e limpeza;
• As embalagens primárias não chegam a entrar na zona de armazenamento, sendo deitadas ao
lixo logo na recepção;
• Todos os produtos alimentares devem ser aprovisionados em material adequado à natureza do
produto;
• Os produtos alimentares não podem estar em contacto directo com o chão ou paredes;
• Os produtos alimentares são aprovisionados de forma separada e identificados;
10
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT02.PC06 / Instrução de Trabalho – Recepção e Armazenamento de Produtos Alimentares
REFRIGERAÇÃO
CONGELAÇÃO
A câmara de congelação deve estar sempre limpa, sem gelo e sem excesso de alimentos no
interior (1/4 livre).
11
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT03.PC06
Instrução de Trabalho –
Preparação e Confecção de Alimentos
elaborado: data:
aprovado: data:
Todas as pessoas que trabalham na cozinha fazem exame médico completo ao iniciar a sua
actividade e regularmente de acordo com a legislação em vigor.
12
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
VESTIÁRIOS
• Possuir chuveiro;
• Estar sempre limpo e arrumado;
• Os objectos pessoais devem estar guardados dentro dos respectivos cacifos pessoais;
ARMAZENAMENTO
13
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos
• Todos os materiais, utensílios e equipamentos que entram em contacto com os alimentos, são
mantidos limpos;
• São fabricados com materiais adequados (plástico resistente e inox) e mantidos em boas
condições de arrumação e em bom estado de conservação, limpeza perfeita e desinfecção,
sempre que necessário;
• Estão instalados de modo a permitir a limpeza adequada da área circundante.
RESÍDUOS ALIMENTARES
• Os resíduos, alimentares ou outros não devem ser acumulados em locais onde são
manipulados alimentos, excepto na medida em que tal seja inevitável para a execução
adequada do trabalho;
• Os resíduos alimentares devem ser depositados em contentores fechados e mantidos em
condições que permitam fácil limpeza e desinfecção.
• Os funcionários da cozinha efectuam a remoção dos resíduos, após terem sido servidas as
refeições.
• Os resíduos são armazenados em locais que permitam boas condições de limpeza e em local
próprio no exterior das instalações do estabelecimento. A recolha dos resíduos é efectuada pelas
entidades competentes.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
DESCONGELAÇÃO
Os alimentos devem ser descongelados em microondas ou sob água corrente fria (nunca quente)
ou à temperatura ambiente, isolados por saco de plástico, mesmo nas situações de emergência.
14
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos
Os produtos descongelados são utilizados durante as 24h seguintes à sua descongelação. Estes
nunca são recongelados, nem arremessados para serem separados.
Existem quatro zonas de trabalho diferentes: carnes cruas, peixe cru, vegetais crus e produtos
confeccionados.
Quando forem utilizadas estas zonas, é realizada a limpeza e desinfecção entre as operações.
Existem quatro cores diferentes dos materiais a utilizar, de acordo com as diferentes zonas de
trabalho.
Existem dispositivos adequados para a lavagem dos alimentos, designadamente tinas, cubas ou
outros equipamentos similares, devidamente limpos, feitos com materiais anti-corrosivos e
abastecidos de água potável quente e fria.
Etapas:
• Eliminar sujidade e partes não comestíveis;
• Lavar com água abundante
• Desinfectar utilizando:
• Pastilhas de desinfecção de legumes e frutos. Ter em conta o rótulo – tempo de reacção e
dosagem correctos;
• Lixívia neutra (sem detergente e a 3% de Cl activo) na proporção de 1 dl de lixívia, para 10 l
de água. Submergir os alimentos durante 15 min. Ver tabela abaixo, para conversões:
Água Lixívia
10 l 0,1 l ou 1 dl ou 10 cl ou 100 ml
CONFECÇÃO DE REFEIÇÕES
15
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT03.PC06 / Instrução de Trabalho – Preparação e Confecção de Alimentos
TEMPERATURA
• Só são sobras os alimentos que foram confeccionados em excesso e não chegaram a ser
servidos. As sobras que podem ser reaproveitadas são:
• Conservadas abaixo de 6ºC;
• Separadas de molhos ou sucos;
• Protegidas, isoladas e identificadas;
• Reaquecidas a uma temperatura superior a 75º C antes de consumidas;
• São consumidas em 24horas.
16
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT04.PC06
Instrução de Trabalho – Transporte,
Distribuição e Apoio na Refeição
elaborado: data:
aprovado: data:
1. TRANSPORTE DE REFEIÇÕES
AUTOCONTROLO
b) Identificação das fases das operações em que se podem verificar riscos alimentares;
e) Revisão periódica, e sempre que haja alterações dos processos da empresa, da análise de
riscos alimentares, dos pontos críticos de controlo e dos processos de controlo e
acompanhamento.
17
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição
MEIOS DE TRANSPORTE
As caixas de carga e os contentores não devem ser utilizados para o transporte de quaisquer
outras substâncias que não sejam géneros alimentícios, sempre que disso possa resultar a sua
contaminação.
A colocação e protecção dos géneros alimentícios dentro das caixas de carga e dos contentores
deve reduzir ao mínimo o risco de contaminação.
Os géneros alimentícios a granel no estado líquido, na forma de grânulos ou em pó, devem ser
transportados em caixas de carga ou contentores-cisternas reservados ao transporte de géneros
alimentícios.
Sempre que as caixas de carga e os contentores forem utilizados para o transporte de quaisquer
outras substâncias que não sejam géneros alimentícios ou para o transporte simultâneo de
géneros alimentícios diferentes,e para evitar o risco de contaminação:
• Separar devidamente os produtos, sempre que necessário;
• Proceder a uma limpeza adequada entre os carregamentos.
Sempre que necessário, para assegurar a segurança e salubridade dos géneros alimentícios, as
caixas de carga e os contentores utilizados para o transporte devem estar equipados de forma a
manter os géneros alimentícios a temperaturas adequadas e serem concebidos de forma a
permitir que essas temperaturas sejam controladas.
• As funcionárias que realizam esta tarefa apresentam a bata e touca rigorosamente limpas;
• Os manipuladores não tocam directamente nos alimentos;
• Utilizam-se utensílios e recipientes apropriados para géneros alimentícios e devidamente
higienizados;
• Nunca provar com colher e colocá-la novamente dentro da panela, nunca espirrar para cima
dos alimentos, nunca pegar em alimentos confeccionados com as mãos, nunca limpar as mãos
ao avental;
• Para cada prato e travessa existem utensílios para retirar os alimentos.
• Os pratos frios são conservados no frio (temp. ≤6ºC);
• Os pratos quentes são mantidos em banho-maria (temp. ≥65ºC).
18
Processo Nutrição e Alimentação .PC06
IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição
AMOSTRAS DE TESTEMUNHO
Em cada refeição (de todos os pratos confeccionados) são efectuadas recolhas de amostras
testemunha, que se guardam durante 72h (3 dias ), seguindo os seguintes passos:
• É realizada antes de servir;
• Recolhe-se no mínimo 100 g de alimentos no total, que devem incluir todos os que constituem
a refeição;
• Fecham-se os sacos hermeticamente (sacos descartáveis próprios);
• Colocam-se etiquetas com a descrição de todos os ingredientes no interior, data e hora.
No caso de intoxicação alimentar mandam-se analisar por laboratório reconhecido. Depois de
conhecidos os resultados, tomam-se as acções correctivas necessárias, que devem ser
registadas e acompanhadas relativamente à sua implementação e eficácia.
As refeições devem ser sempre entregues pessoalmente ao cliente e/ou pessoa próxima que o
esteja a apoiar na actividade.
As refeições devem ser momentos de prazer e dadas com segurança ao cliente. A sua entrega é
um dos momentos privilegiados para lembrar o cliente de beber líquidos com frequência ao longo
do dia.
O responsável pelo processo deve definir as regras para o apoio na alimentação, segurança e
promoção da autonomia dos clientes. As regras definidas, deverão considerar as diversas
necessidades e tipos de clientes.
Sempre que o cliente se encontre incapacitado para tomar uma refeição, os colaboradores do
SAD, devem:
• Preparar cuidadosamente o espaço da refeição;
• Promover a autonomia do cliente e respeitar as suas preferências e necessidades individuais;
• Aquecer os alimentos que não se encontrem à temperatura indicada ou que não satisfaçam o
cliente;
• Garantir, nas situações de doentes acamados, que o cliente se encontra num posicionamento
correcto (90º), i.e. sentado para tomar a refeição, para que este não se engasgue ou sufoque;
• Apoiar, se necessário, na toma dos alimentos. Nesta tarefa, o colaborador deve possuir uma
atitude calma e pausada, não apressar a refeição e colocar pouca comida no garfo ou colher
para salvaguardar uma boa mastigação e deglutização dos alimentos.
• Limpar a boca do cliente, sempre que necessário, e posicionar-se de frente para o cliente,
mantendo uma conversa permanente.
• Socorrer-se de ajudas técnicas /instrumentos de apoio para alimentar o cliente, sempre que
necessário;
• Aumentar a consistência dos líquidos (p.e chá, café, sumos, sopas, etc), sempre que o cliente
tenha dificuldades em engolir, através de espessantes, ou seja de produtos de preparação fácil
e instantânea, sem paladar e que mantenham constante a espessura dos líquidos ao longo do
tempo, não lhe retirando o seu aspecto atractivo;
• Apoiar o cliente após a refeição na higiene básica (p.e. limpar mãos e cara...) e na higiene oral,
assim como garantir que este permaneça sentado pelo menos 30 minutos.
19
PC06. Processo Nutrição e Alimentação
IT04.PC06 / Instrução de Trabalho – Transporte, Distribuição e Apoio na Refeição
Quando a alimentação é feita por sonda naso-gástrica, normalmente indicada no caso de doentes
com incapacidade de ingestão ou assimilação de alimentos, para que a sonda não se entupa,
deve-se introduzir água na mesma antes e após cada refeição. Também nesta situação, a
administração da refeição dever ser feita de forma calma e conversando-se com o cliente.
O gestor do processo deve também definir a forma de actuação dos colaboradores em situações
de emergência, relativas à ingestão de alimentos, como por exemplo intoxicações alimentares,
mau estar, indigestão, engasgamento, entre outros.
20
IMP01.IT02.PC06
Não Conforme/
Característica a controlar Conforme
Motivo
Prazo de entrega
Hora de entrega
Condições de transporte
Condições de descarga
Rotulagem
Embalagem primária
Embalagem
Temperatura
Validade
Características organolépticas
Fornecedor:
Devolvidos:
IMP02.IT02.PC06
Data do controlo:
Mais se declara, que foram dadas instruções ao funcionário sobre o seu uso e manutenção.
Anualmente será revisto o material que agora se entrega, no sentido de assegurar que o mesmo se mantém adequado
ao uso.
, / /
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
O mesmo compromete-se a utilizá-lo correctamente e conservá-lo nas devidas condições de manutenção, higiene e
limpeza.
, / /
IMP04.IT03.PC06
Substituição
Data Data Data
Estado Ass.
óleo novo de utilização de verificação
Não Sim
IMP05.IT04.PC06
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Data: Ass:
PC07.
Documentação
IMP01.IT01.PC07
PC07 IT01.PC07
Serviços Prestados no Apoio
APOIO PSICOSSOCIAL Programa de Apoio Psicossocial
Psicossocial
PC07 APOIO
PSICOSSOCIAL
PC07. Processo Apoio Psicossocial
PC07
Processo
Apoio Psicossocial
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. INDICADORES DO PROCESSO
2
Processo Apoio Psicossocial .PC07
4. Validação do PAS
A B
3
PC07. Processo Apoio Psicossocial
A B 5. Reformulação do PAPS
6. Implementação do PAPS
É necessário 5.
Sim A implementação do programa é realizada através da
rever o PAPS? Reformulação do PAPS
execução das actividades e acções psicológicas e sociais,
conforme previsto na instrução de trabalho IT01.PC07 –
Programa de Apoio Psicossocial.
Todas as acções de âmbito social e psicológico, previstas ou
Não não previstas por cliente, devem ser assinaladas no impresso
IMP01.IT01.PC07 – Serviços Prestados no Apoio Psicossocial.
Quando solicitado pelo cliente, deve ser proporcionado, se
possível, a possibilidade de apoio em actividades não
previstas.
6.
As alterações ao programa devem resultar de contributos do
Implementação do
PAPS cliente e de todos os intervenientes. No entanto, quando
assim não é possível, o gestor do processo deve assegurar
que todos têm conhecimento e aceitam as alterações
propostas.
Para cada actividade planeada deverá estar sempre previsto o
modo de actuação em situações de emergência.
7.
Monitorização e 7. Monitorização, Avaliação e Revisão do PAPS
Avaliação e Revisão
do PAPS O programa é monitorizado, avaliado e revisto, sempre que
necessário, com todos os actores envolvidos (cliente,
pessoa(s) próxima(s), colaboradores directos e indirectos) e
conforme o estabelecido no ponto 2 da instrução de trabalho
IT01.PC07 – Programa de Apoio Psicossocial.
Fim
4
Processo Apoio Psicossocial .PC07
Indicadores • % de serviços prestados de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes, por
cada tipo de serviço
• % de cuidados prestados de acordo com as metas e objectivos definidos nos PDI’s dos
clientes
• % de clientes apoiados em serviços sociais
• % de clientes alvo de avaliação e intervenção psicológica
IT01.PC07
Instrução de Trabalho –
Programa de Apoio Psicossocial
elaborado: data:
aprovado: data:
1. CONDIÇÕES GERAIS
6
Processo Apoio Psicossocial .PC07
IT01.PC07 / Instrução de Trabalho – Programa de Apoio Psicossocial
Para uma eficaz aplicação do programa definido, o gestor do processo deverá garantir:
• A gestão das parcerias institucionais e as redes de suporte - p.e identificar grupos de
auto–ajuda, aconselhamento jurídico, linhas de ajuda, etc.
• A informação, orientação e formação aos diversos intervenientes, p.e. colaboradores, cliente e
pessoa(s) próxima(s) do cliente.
As actividades que fazem parte do Apoio Psicossocial ao cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) são,
entre outras, as seguintes:
• Avaliação e intervenção psicológica, p.e. promover a auto-estima dos clientes, avaliar
perturbações comportamentais e emocionais, apoio emocional e psicológico;
• Acompanhamento social - preconiza o apoio em todas as acções que promovam e garantam
o acesso aos direitos, bens e serviços;
• Apoio informativo e formativo - informar, orientar e formar o cliente e/ou família, no sentido de
compreenderem e adaptarem-se à nova situação e consequentes alterações;
• Apoio nos cuidados Post-Mortem.
Para cada actividade, existe um conjunto diversificado de acções e tarefas a desempenhar pelos
vários colaboradores do SAD, sendo que cabe ao gestor do processo identificá-las, envolvendo
todos os colaboradores intervenientes.
O gestor do processo deve definir as regras e condições de actuação gerais do SAD para cada
actividade/acção. A título exemplificativo apresentam-se algumas regras globais quanto ao apoio
nalguns cuidados Post-Mortem:
Informação do óbito
• Deve ser efectuada à(s) pessoa(s) próxima(s) (familiar ou outro) pelo(a) Director(a) Técnico(a)
ou membro da Direcção;
• Deve ser efectuada só após confirmação do médico assistente ou delegado de saúde pública;
• Deve ser transmitida de forma calma e tranquila e num espaço reservado;
• A pessoa encarregue de transmitir a notícia, deve efectuar uma abordagem prévia e
contextualizada, para minimizar o impacto da informação, assim como disponibilizar-se para o
Apoio Psicossocial, procedimentos administrativos (p.e, facultar informação e contactos de
serviços funerários, e outras informações), entre outros;
• O Director(a) Técnico(a) deve informar os restantes colaboradores, conferindo especial atenção
àqueles mais próximos do cliente;
• Na situação de ser a família a informar o SAD do falecimento do cliente, o(a) Director(a) Técnico(a)
disponibiliza-se para o apoio nas dificuldades que forem evidenciadas.
Apoio nos cuidados Post-Mortem
• Se o colaborador estiver presente no falecimento do cliente, os cuidados post-mortem são da
sua responsabilidade. No entanto, deve procurar obter, sempre que possível, o envolvimento
da família.
• No caso do falecimento de clientes sem referência de pessoas próximas, deve o Director(a)
Técnico(a) assegurar-se do cumprimento das últimas vontades do cliente, caso tenham sido
expressas, providenciando os procedimentos inerentes ao acto fúnebre e zelar pela dignidade
do acto;
• O Director(a) Técnico(a) ou membro da Direcção, preferencialmente, ou outro elemento da
equipa, devem estar presentes na cerimónia fúnebre e apresentar as condolências dos
colaboradores e Direcção da Instituição.
• Apoio psicológico à família no luto.
7
PC07. Processo Apoio Psicossocial
IT01.PC07 / Instrução de Trabalho – Programa de Apoio Psicossocial
Todas as acções e tarefas executadas em cada actividade de apoio psicossocial devem ser
registadas no IMP01.IT01.PC07 – Serviços Prestados no Apoio Psicossocial, que prevê o registo
das actividades, acções e tarefas a executar, data, hora e responsável pela realização dessas
actividades.
Sempre que sejam envolvidos outros serviços e/ou intervenientes (externos ou internos) com
responsabilidade na prestação directa ou indirecta no programa, estes têm conhecimento, em
tempo útil, das revisões e alterações ao mesmo.
Para a revisão do programa devem ser, entre outros, considerados os seguintes resultados:
• Monitorização mensal;
• Relatório de avaliação;
• Entrevistas de Avaliação Diagnóstica;
• Informação proveniente da avaliação da satisfação dos clientes e/ou pessoa próxima e
colaboradores (p.e. resultados dos questionários de avaliação de satisfação, resultados das
reuniões com o cliente/famílias, entre outros).
8
IMP01.IT01.PC07 • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO Identificação do Estabelecimento
Actividades, acções e
2ª Responsável 3ª Responsável 4ª Responsável 5ª Responsável 6ª Responsável Sáb. Responsável Dom. Responsável Observações (2)
tarefas executadas (1)
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Avaliação e Intervenção Psicológica
Apoio/Acompanhamento Social
IT03.PC08
Adaptação do Espaço e Reparações
IT04.PC08
Acompanhamento ao Exterior e
Aquisição de Bens e Serviços
PC08 APOIO NAS
ACTIVIDADES
INSTRUMENTAIS
DA VIDA
QUOTIDIANA
PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
PC08
Processo
Apoio nas Actividades Instrumentais da
Vida Quotidiana
elaborado: data:
aprovado: data:
1. OBJECTIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplica-se aos colaboradores e serviços responsáveis pela prestação dos seguinte serviços:
higiene habitacional; tratamento de roupa; adaptação do espaço e reparações no domicílio;
acompanhamento ao exterior; apoio na aquisição de bens e serviços.
3. INDICADORES DO PROCESSO
12
Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
4. MODO OPERATÓRIO
1. Higiene Habitacional
1.
Higiene Habitacional A instrução de trabalho IT01.PC08 – Higiene Habitacional,
define as regras gerais relativas: a) aos cuidados de higiene
no domicílio (limpeza e arrumações); b) aos colaboradores.
2. Tratamento de Roupa
4.
2.
Acompanhamento ao A instrução de trabalho IT02.PC08 – Tratamento de Roupa,
Exterior e Aquisição Cliente Tratamento
de Roupa define as regras gerais relativas à recolha, verificação e
de Bens e Serviços
selecção, lavagem, secagem, reparação, engomagem e
distribuição da roupa dos clientes.
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PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
Higiene Habitacional
• • • • IT01.PC08 –
Higiene Babitacional
• IMP01.PC08 –Apoio nas Actividades
Instrumentais da Vida Quotidiana
Tratamento de Roupa
• • • • IT02.PC08 –
Tratamento de Roupa
• IMP01.PC08 –Apoio nas Actividades
Instrumentais da Vida Quotidiana
• IMP02.IT02.PC08 – Ficha de Registos
da Lavandaria
Adaptação do Espaço e
Reparações no • • • • IT03.PC08 –
Adaptação do Espaço e
• IMP01.PC08 –Apoio nas Actividades
Instrumentais da Vida Quotidiana
Domicílio Reparações no Domicílio
Acompanhamento ao
Exterior e Aquisição de
• • • • IT04.PC08 –
Acompanhamento ao Exterior e
• IMP01.PC08 –Apoio nas Actividades
Instrumentais da Vida Quotidiana
Aquisição de Bens e Serviços
Bens e Serviço
• Revisão do PDI
Saída
• Programa/Plano de Actividades de Apoio Doméstico
(Output)
• Programa de Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços
• Resultados da monitorização e avaliação das actividades de apoio doméstico
• Revisão dos programas de higiene e limpeza, tratamento de roupa, acompanhamento ao
exterior e aquisição de bens, adaptação dos espaços e reparações no domicílio
n n
14
Responsável pela actividade / Interveniente na actividade / DT - Director(a) Técnico(a) / AAD - Auxiliar de Acção Directa / CD - Cuidador(es)
Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
IT01.PC08
Instrução de Trabalho –
Higiene Habitacional
elaborado: data:
aprovado: data:
1. CONDIÇÕES GERAIS
A higiene e limpeza do domicílio é um serviço que visa promover o bem estar, conforto e
qualidade da vida do cliente.
O SAD pode assumir a higiene e limpeza no domicílio, sempre que o cliente o solicite, devendo
dar especial prioridade nas situações em que este, independentemente da causa, se veja
impossibilitado de assegurar tal actividade.
O gestor do processo deve assegurar-se que a prestação do serviço cumpre e respeita:
• o plano acordado com o cliente, assim como a sua privacidade, confidencialidade, propriedade,
necessidades, hábitos, preferências e expectativas;
• as normas e regras em vigor relativas à higiene, limpeza e segurança habitacionais.
Sempre que o SAD recorra a serviços externos, o gestor do processo é responsável pela
supervisão da qualidade dos serviços subcontratados.
De acordo com o estabelecido no PDI, o SAD deve elaborar um programa de higiene e limpeza
do domicílio do cliente, no qual devem constar, pelo menos os seguintes elementos:
• o âmbito, espaços de limpeza e arranjo da casa, e respectivas tarefas e periodicidade;
• responsáveis pela execução e supervisão;
• horários diários de prestação do serviço;
• recursos necessários, p.e. utensílios/instrumento de apoio às acção e/ou tarefa produtos de
higiene ambiental, entre outros;
• participação e grau de implicação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) nalgumas tarefas.
O programa de higiene e limpeza no domicílio do cliente deve estar adequado às necessidades e
expectativas dos clientes, respeitar os serviços contratualizados com o cliente e/ou família, assim
como a privacidade, hábitos, confidencialidade e segurança do cliente.
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PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
IT01.PC08 / Instrução de Trabalho – Higiene Habitacional
Limpar e higienizar
• varrer;
• aspirar;
• limpar o pó;
• limpar bancadas, vidros, espelhos;
• lavar sanitários, paredes, azulejos, electrodomésticos, janelas;
• polir superfícies e objectos que o exijam;
• instalações sanitárias e cozinha;
• remover manchas simples das instalações sanitárias ou demais espaços habitacionais.
Arrumar
• arejar a casa;
• mudar a roupa e fazer a cama;
• recolher e deitar o lixo fora;
• mudar e repor peças de roupa, p.e. toalhas na(s) instalação(ões) sanitária(s), roupa de cama
entre outros;
• arrumar gavetas, armários, etc;
• retirar e recolocar os pertences do cliente nos espaços definidos.
Inspecionar o domicílio
• verificar a aparência e a qualidade do espaço, após a finalização do serviço de arrumação e
limpeza;
• conferir o consumo da água ou outros bens alimentícios;
• conferir a integridade das instalações, o escoamento de água e a ausência de algum item;
• verificar o funcionamento dos interruptores de luz, televisor, rádio, telefone, ar condicionado,
janelas, portas, gavetas, chuveiro, entre outros;
• detectar a presença de odores, insectos e outros animais (p.e. roedores, baratas, ...), propôr
e/ou assegurar um plano de desinfestação.
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Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
IT01.PC08 / Instrução de Trabalho – Higiene Habitacional
FUNÇÕES A DESEMPENHAR
Os colaboradores do SAD, na actividade de higiene e limpeza habitacional, deverão ser capazes
de executar no domicílio do cliente, entre outras, as seguintes funções e respectivas tarefas
associadas:
• limpar e higienizar;
• arrumar;
• inspeccionar;
• operar equipamentos (p.e. aspirador, micro-ondas, etc);
• assegurar a satisfação do cliente, através, entre outros aspectos, da criação de um ambiente
agradável, atender às solicitações e queixas do cliente, saber lidar com situações
constrangedoras;
• zelar pela segurança e a privacidade do cliente;
• fazer a articulação entre o cliente e outras áreas do SAD;
• efectuar controlos e registos (p.e. controlar stocks de produtos de higiene ou outros; registar o
tempo gasto na arrumação e limpeza; registar eventuais anomalias).
COMPETÊNCIA
É aconselhável que os colaboradores possuam a competência necessária para alcançar os
resultados esperados, devendo possuir, entre outros, os seguintes conhecimentos, habilidades e
atitudes:
• Conhecimentos - em técnicas de limpeza; arrumação e higienização aplicáveis a instalações
e equipamentos de uso habitacionais e áreas sociais; técnicas de arrumação de cama;
requisitos de higiene pessoal e segurança no trabalho adequados à ocupação; operação dos
equipamentos e aparelhos de uso mais comum nas unidades habitacionais; procedimentos
para assegurar a privacidade e segurança do cliente; primeiros socorros;
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PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
IT02.PC08
Instrução de Trabalho –
Tratamento de Roupa
elaborado: data:
aprovado: data:
1. CONDIÇÕES GERAIS
De acordo com o estabelecido no PDI, o SAD deve elaborar um programa para o tratamento de
roupa onde conste, pelo menos, os seguintes elementos:
• o âmbito de actuação (lavagem, secagem, engomagem, reparação) e respectivas tarefas;
• espaços de realização da actividade, p.e. domicílio do cliente, lavandaria da Instituição,
lavandaria de uma entidade externa;
• identificação do tipo de roupa, quantidade e periodicidade (semanal, quinzenal, outra);
• responsáveis pela execução e supervisão;
• participação e grau de implicação do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) nalgumas tarefas.
No caso desta actividade ser realizada no domicílio do cliente ou na lavandaria do SAD, os
colaboradores devem, sempre que possível, respeitar os hábitos e preferências do cliente e o
gestor do processo deve definir com o cliente os métodos e regras relativas aos seguintes itens:
• Recolha – p.e. método de recolha e identificação da roupa;
• Verificação e selecção – p.e. verificação do tipo de nódoas, material e selecção do tipo de
lavagem aconselhado;
• Lavagem – p.e. programa, temperatura e detergente;
• Secagem – p.e. métodos de secagem possíveis ou aconselhados;
• Armanezamento –p.e. local;
• Reparação – p.e. arranjos;
• Engomagem – p.e selecção das temperaturas.
18
Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
IT02.PC08 / Instrução de Trabalho – Tratamento de Roupa
Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Apoio
nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana, com indicação da data, hora e responsável
pelas acções.
2. CONTROLO DE ROUPAS
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PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
IT03.PC08
Instrução de Trabalho – Adaptação
do Espaço e Reparações no Domicílio
elaborado: data:
aprovado: data:
20
Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
IT03.PC08 / Instrução de Trabalho – Adaptação do Espaço e Reparações no Domicílio
2. REPARAÇÕES NO DOMICILIO
Os colaboradores do SAD devem, sempre que necessário, orientar e apoiar o cliente e/ou pessoa
próxima para algumas reparações/modificações no espaço habitacional, com vista a permitir
maior segurança, conforto ao cliente e funcionalidade das acções e tarefas a desempenhar.
A título exemplificativo, enunciam-se alguns tipos de orientações e/ou apoios passíveis de serem
prestados:
• Pequenas reparações – mudança de uma lâmpada; concerto de uma torneira; reparação de
um electrodoméstico, entre outras;
• Grandes reparações – mudança de soalho; arranjo e/ou pintura de uma divisão da casa;
alargamento de portas; adaptar o pavimento a rampas; entre outras.
O plano é previamente acordado entre todas as partes interessadas, tais como o cliente, SAD,
família, empresa de serviços.
O gestor do processo deve assegurar que a prestação do serviço cumpre e respeita o plano
acordado com o cliente, assim como a sua privacidade, confidencialidade, propriedade,
necessidades, hábitos, preferências e expectativas do cliente.
Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Apoio
nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana, com indicação da data, hora e responsável
pelas acções.
21
PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
IT04.PC08
Instrução de Trabalho – Acompanhamento
ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços
elaborado: data:
aprovado: data:
1. ACOMPANHAMENTO AO EXTERIOR
O acompanhamento ao exterior visa promover a qualidade de vida do cliente, bem como apoiá-lo
nas suas necessidades.
O acompanhamento ao exterior pode ser assegurado por um elemento da equipa do SAD ou por
outro colaborador, nomeadamente voluntário.
22
Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana .PC08
IT04.PC08 / Instrução de Trabalho – Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços
As regras e condições de acompanhamento ao exterior devem ser validadas junto do cliente e/ou
pessoa(s) próxima(s), bem como dos colaboradores.
Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador para executar
o serviço, na medida em que deve ser adequado às necessidades e expectativas do cliente. É
aconselhável que o colaborador possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos:
conhecimentos em primeiros socorros; tranquilidade, paciência e diálogo permanente com o
cliente; equilíbrio emocional perante situações constrangedoras de doença, de SOS ou outras;
segurança no relacionamento interpessoal.
Com vista a aferir o impacto que a actividade teve no cliente, no final da mesma, o colaborador
deve avaliar o seu resultado e registá-lo em impresso próprio.
Sempre que as saídas ao exterior envolvam o transporte de pessoas, o SAD deverá definir as
regras de utilização, condições de higiene, segurança e bem estar. Estas regras devem estar de
acordo com a legislação em vigor relativa à segurança e transporte de passageiros, em especial
de pessoas com mobilidade reduzida.
Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Apoio
nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana, no qual está também indicada a data, hora e
responsável pelas acções.
23
PC08. Processo Apoio nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana
IT04.PC08 / Instrução de Trabalho – Acompanhamento ao Exterior e Aquisição de Bens e Serviços
Com vista a salvaguardar e garantir a relação de confiança entre o cliente e o SAD, o gestor do
processo deve definir as regras e as condições gerais de segurança que os seus colaboradores
devem seguir na aquisição de bens e serviços para o cliente, por exemplo:
• Sempre que possível, o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s) escolhem o responsável pela
execução desta actividade;
• Todas as acções, envolvendo transacções financeiras realizadas pelos colaboradores em nome
do cliente têm de ser registadas, sustentadas por comprovativo e entregues ao cliente e/ou
pessoa legalmente responsável;
• Sempre que necessário, o estabelecimento adianta a verba financeira para a aquisição de
bens, previamente autorizados e no final do mês, juntamente com o valor da mensalidade, o
cliente regulariza a situação;
• Sempre que o cliente entregue dinheiro em mãos ao colaborador, este verifica-o contando à
sua frente;
• Sempre que o colaborador faz uma compra em dinheiro, deve entregar ao cliente o talão de
compra e troco, quando existe, contado-o à sua frente e, se necessário, referenciar a quantia
que o cliente lhe havia entregue;
• O colaborador deverá devolver sempre o dinheiro, ao cliente ou à Instituição, sempre que, por
razões de força maior, não lhe seja possível realizar o serviço;
• Estarem identificadas as situações em que o colaborador recebe dinheiro directo do cliente;
• Estarem identificadas as situações em que o SAD gere o dinheiro do cliente.
As regras e condições de aquisição de bens e serviços devem ser validadas junto do cliente e/ou
pessoa(s) próxima(s), bem como dos colaboradores.
Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador para executar
o serviço, na medida em que este deve ser adequado às necessidades e expectativas do cliente.
É aconselhável que o colaborador possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos:
conhecimentos para assegurar a autonomia, privacidade e segurança do cliente; honestidade em
relação aos pertences do cliente; segurança no relacionamento interpessoal.
Todas as acções e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08 – Apoio
nas Actividades Instrumentais da Vida Quotidiana, no qual está também indicada a data, hora e
responsável pelas actividades.
24
IMP01.PC08 — APOIO NAS ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA QUOTIDIANA • SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO • pág. 1 de 2 Identificação do Estabelecimento
Actividades, acções e
2ª Responsável 3ª Responsável 4ª Responsável 5ª Responsável 6ª Responsável Sáb. Responsável Dom. Responsável Observações (2)
tarefas executadas (1)
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
HIGIENE HABITACIONAL
Limpeza e Higienização
Arrumação
Inspecção
OUTROS
Actividades, acções e
2ª Responsável 3ª Responsável 4ª Responsável 5ª Responsável 6ª Responsável Sáb. Responsável Dom. Responsável Observações (2)
tarefas executadas (1)
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
Horário
TRATAMENTO DE ROUPA
Acompanhamento ao Exterior
Registos
Descrição Descrição do Estado de Conservação
QT Peso
Almofadas
Cobertores
Colchas
Edredons
Lençóis
Roupa de Casa
Resguardo de Cama
Panos de Cozinha
Toalha de Banho
Toalha de Rosto
Toalha de Bidé
Toalha de Mesa
Cortinados
Tapetes
Batas
Blusas
Calças
Calções
Camisas
Camisa de Dormir
Pijama
Camisola
Camisola interior
Roupa Individual
Soutiens
Combinações
Cuecas
Ceroulas
Collants
Meias
Peúgas
Lenços de Mão
Saia
Vestidos
Casacos de Malha
Casacos de Fazenda
Parka
/ / / /
/ / / /
Anexos
Anexos
ANEXO A
Relacionamento
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A parceria entre o cliente, pessoa(s) próxima(s) e colaboradores (internos, externos) deve ser
caracterizada por uma partilha activa de informação e co-responsabilização na realização e
implicação de todos os intervenientes em actividades/acções conjuntas, com a finalidade de
proporcionar um maior benefício ao cliente, assim como a melhoria contínua dos serviços
prestados. O cliente e/ou a(s) pessoa(s) próxima(s) devem ainda participar na gestão da
Resposta Social, contribuindo com o seu conhecimento e capacidades para enriquecer os
serviços a desenvolver na Resposta Social.
• Respeita e promove os direitos fundamentais dos indivíduos, tais como o direito à cidadania,
autonomia, participação, privacidade, confidencialidade, individualidade, paz, entre outros;
• Promove a igualdade de oportunidades ao nível dos serviços e actividades propostas aos
clientes e/ou pessoa(s) próxima(s);
• Respeita as diferenças de género, socio-económicas, religiosas, culturais, sexuais dos
clientes e/ou pessoa(s) próxima(s);
• Respeita o projecto de vida definido por cada cliente, bem como os seus hábitos de vida,
interesses, necessidades e expectativas;
• Capacita os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) para o desenvolvimento pessoal, capacidades
funcionais e cognitivas;
• Trate com equidade os clientes e/ou pessoa(s) próxima(s);
• Promove o envolvimento dos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) na definição de normas e
gestão da resposta social, p.e. planificação de actividades e definição de normas gerais de
funcionamento;
2
Anexos
• Estabelece de forma continuada a troca de informação relativa ao cliente, com o mesmo e/ou
pessoa(s) próxima(s);
• Incentiva o envolvimento de técnicos especializados, da comunidade e de voluntários no
acompanhamento dos clientes;
• Organiza sistematicamente espaços formais e informais para que os colaboradores reflictam,
individualmente e entre si, sobre as suas atitudes e comportamentos para com os clientes
e/ou pessoa(s) próxima(s), com vista a ajustar práticas;
• Disponibiliza recursos diversificados para abranger os diversos tipos de clientes e respectivas
necessidades e expectativas;
• Utiliza estratégias de formação destinadas aos clientes e/ou pessoa(s) próxima(s) com
necessidades específicas de aprendizagem, p.e. identificação e utilização de ajudas técnicas;
• Possui um sistema de gestão das reclamações e de sugestões dos clientes, da(s) pessoa(s)
próxima(s) e dos colaboradores que é divulgado às diferentes partes interessadas. As
reclamações e sugestões apresentadas são consideradas aquando da planificação das
actividades anuais da Resposta Social.
1. Comunicação
• É confidencial e respeita a identidade e individualidade do cliente, independentemente do grau
de dependência;
• É estabelecida de forma calma, amável, carinhosa/humana, segura e competente;
• Utiliza uma linguagem adequada, simples, clara e adulta (nunca infantilizante);
• É específica e sensível aos sentimentos do cliente;
• O cliente é o centro, independentemente do canal de comunicação utilizado (palavras, gestos,
sons, olhar, outro);
• Sustentada numa conversação sobre assuntos do interesse ou necessidade do cliente;
• Estimula o desenvolvimento das capacidades funcionais e cognitivas do cliente;
• As mensagens são realizadas na 1ª pessoa (p.e. “Estou disponível para o apoiar...”);
• Existe um equilíbrio entre o ouvir e o falar;
• Valoriza o contacto visual, sendo que a comunicação não-verbal é consistente com a
comunicação verbal (p.e. expressões faciais concordantes com a linguagem corporal e com o
que está a ser dito);
• As alterações no conjunto de procedimentos e serviços do estabelecimento são dadas por
escrito antes da sua implementação, incluindo aquelas que não impliquem uma alteração no
quotidiano do cliente e/ou pessoa(s) próxima(s);
• Existe a oportunidade para a troca de informação de forma privada.
3
Anexos
1. Comunicação
• É regular, confidencial e sustentada num plano específico e formal, com vista a informar sobre
o quotidiano do cliente;
• O estabelecimento está preparado para se relacionar e comunicar com a(s) pessoa(s)
próxima(s) do cliente que tenham relações e papéis diferenciados, assim como sejam de
meios sócio-económicos, culturais e linguísticos diferentes;
4
Anexos
2. Condições gerais
• O estabelecimento possui um programa para cada período do ano que permite o contacto
formal entre os colaboradores e as pessoa(s) próxima(s) do cliente, procurando maximizar a
sua participação na planificação das actividades e no quotidiano do estabelecimento;
• A(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente participam na elaboração, implementação, monitorização
e avaliação do Plano de Desenvolvimento Individual, Programa de Acolhimento Inicial, assim
como na Entrevista de Avaliação Diagnóstica e nos diferentes instrumentos que regulam a
actividade do estabelecimento;
• As estratégias de condução de actuação, para cada cliente e pessoa(s) próxima(s), são
discutidas entre estes e os colaboradores, de forma individual e construtiva, procurando-se
garantir, sempre que possível, uma continuidade dos cuidados prestados no estabelecimento
e os praticados no seio do agregado familiar;
• Os colaboradores demonstram um interesse genuíno e assertivo quando falam com as
pessoa(s) próxima(s) do cliente, nomeadamente no que diz respeito à sua cultura, hábitos,
necessidades e expectativas;
• É promovido espaço para que a(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente se co-responsabilize(m) ou
seja(m) envolvida(s)/implicada(s) nas actividades diárias ou outras do cliente. Neste sentido,
é/são sempre incentivada(s) a colaborar em actividades específicas do estabelecimento ou a
partilhar(em) experiências específicas com os clientes, em especial na execução dos
cuidados de higiene e imagem pessoal, cuidados de saúde, refeições, nas actividades
socioculturais e instrumentais da vida quotidiana;
• O estabelecimento promove oportunidades para contactos informais entre a(s) pessoa(s)
próxima(s) do cliente e os seus colaboradores, que ocorrem durante o ano em função das
suas necessidades e expectativas.
5
Anexos
situações de negligência, abusos e maus tratos aos clientes, (p.e. regulamento interno de
funcionamento do estabelecimento);
• Devem ser criados espaços de comunicação para que o cliente e/ou pessoa(s) próxima(s)
informe(m) os responsáveis pela Instituição da existência de situações de negligência, abuso
de direitos e maus tratos dos colaboradores;
• Sempre que sejam detectadas situações de negligência, abusos de direitos e maus tratos ao
cliente por parte dos colaboradores, os responsáveis pela Resposta Social devem auscultar
todas as partes envolvidas, garantir que os direitos do cliente não são postos em causa neste
processo e accionar junto dos colaboradores os mecanismos de sanção previstos, de acordo
com cada situação;
• Sempre que sejam detectadas situações de negligência, abusos de direitos e maus tratos ao
cliente por parte das pessoas que lhe são próximas, os colaboradores devem informar os
responsáveis pelo estabelecimento. Estes últimos, devem avaliar a situação em causa,
auscultando o cliente e pessoa(s) próxima(s). De acordo com a situação, os responsáveis
devem informar, formar e apoiar o cliente e a(s) pessoa(s) próxima(s) a superar a situação ou,
em casos extremos, accionar os meios legais ao dispor, com vista a salvaguardar a
integridade e segurança do cliente;
• Cada estabelecimento pode proceder a uma avaliação interna do comportamento dos seus
colaboradores e sistema de gestão, por forma a verificar e corrigir situações de negligência,
abusos de direitos e maus tratos ao cliente. De acordo com os resultados, poderá
desenvolver, entre outras, as seguintes acções:
• Avaliar a sensibilidade dos colaboradores para esta problemática;
• Identificar as necessidades de formação dos colaboradores para a problemática e
promover a sua participação em acções de formação;
• Realizar projectos que qualifiquem os serviços;
• Identificar boas práticas que previnam situações de violência institucional e sejam
disseminadas pelos colaboradores e processos de gestão;
• Assegurar a rotação regular dos colaboradores perante tarefas mais pesadas ou difíceis,
com vista a reduzir os riscos de burnout;
• Encorajar os colaboradores a realizarem pausas de 5 minutos quando se sentem mais
tensos ou cansados e que afecta o modo humano e compreensivo de lidar com os clientes.
• A Resposta Social deve assegurar que haja um despiste compreensivo e uma resposta
imediata, assim que existam suspeitas de ocorrência de uma situação de violência.
• Os responsáveis pelo estabelecimento devem providenciar a capacidade de gestão de
conflitos e atitudes em situação de crise, para todos os colaboradores.
Dimensões Indicadores
6
Anexos
Dimensões Indicadores
Higiene pessoal - Abrir material esterilizado sem ser na altura imediatamente prévia aos cuidados
- Banhar vários clientes com a mesma água
- Deixar os clientes sujos (fezes e urina) durante longos períodos de tempo
- Uso de toalhas, esponjas, escovas de dentes e pentes comuns
- Não lavar na totalidade clientes acamados, durante longos períodos de tempo
- Não ter atenção ao pudor dos clientes
Saúde - Não procurar ajuda médica aos clientes, sempre que necessário
- Não informar o staff clínico e/ou pessoa(s) próxima(s) do cliente sobre alterações do
estado de saúde
- Não providenciar, facilitar ou alertar para a necessidade de ajudas técnicas
- Não providenciar cuidados preventivos, p.e. cuidar da pele de pessoas incontinentes
- Ignorar situações em que os clientes se queixam de dores
- Não limpar dentaduras, óculos e outras próteses externas do cliente
- Não respeitar as medicações prescritas
- Usar medicamentos de origem opiácea e semelhantes, sem ordem médica
7
Anexos
Dimensões Indicadores
Fonte: op.cit adaptada de IDS (2002), Prevenção da Violência Institucional perante pessoas idosas e pessoas em situação de
dependência, pp.47-50, IDS, Lisboa.
8
Anexos
9
Bibliografia
AFNOR CERTIFICATION (2001), Règlement de certification de la JUAN, S. (1995), “Os níveis de análise sociológica dos sistemas de
marque: service aux personnes a domicile. representações e práticas” in Sociedade e Território, n.º 21.
BESSON, Christiane et GUAY, Jérôme (2000), Profession MATOSEVIC, Tihana et al. (2001), Domiciliary Care Providers in
travailleur social : savoir évaluer, oser s’implique, Paris, Gaetan the Independent Sector, UK, Nuffield Institute for Health and
Morin Éditeur. Personal Social Services Research Unit