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PESQUISA
A aula por nós observada foi de futebol de salão, na qual o professor procurou
trabalhar da seguinte forma:
Inicialmente foi realizado um alongamento visando alcançar um certa mobilidade nos
membros inferior com o intuito de aumentar a flexibilidade e a elasticidade dos músculos. A
aula tinha como tema os fundamentos do passe. O professor orientou a formação de duas
colunas paralelas, onde um aluno realizava o movimento do passe lançando a bola para o
aluno da coluna oposta, com a alternância da perna que executa o passe. O segundo exercício
consistia em uma simulação de ataque, no qual o jogador avançando para o gol adversário
tocaria a bola para o pivô, e este devolveria o passe preparando para o chute. Após a prática
dos exercícios propostos, foi realizado um jogo coletivo para a fixação dos conhecimentos
apresentados em aula.
O CRESCIMENTO
O crescimento não é dado de forma contínua, e sim, de forma salteada. Os segmentos
esqueléticos têm crescimento em épocas distintas, sendo que as mãos e os pés amadurecem
mais cedo que a perna e o antebraço, que por sua vez amadurecem mais cedo do que os
braços e a coxa.
Na puberdade, época de grande aceleração do crescimento que dura aproximadamente
dois anos, ocorre uma série de fenômenos muito ligados à ativação do sistema hormonal
(endócrino). Exemplo:
APARELHO LOCOMOTOR
O aparelho locomotor pode ser dividido em:
a) aparelho locomotor ativo — termo que se refere aos músculos.
b) aparelho locomotor passivo — termo que se refere aos ossos, articulações, ligamentos e
tendões.
Embora ambos tenham adaptação positiva ao treinamento “bem” planejado, ocorre uma
diferença na velocidade em que essa adaptação acontece, sendo que a assimilação
compensatória (adaptação) da carga de esforço é mais rápida nos músculos (aparelho
locomotor ativo).
Esse dado é importante, pois caracteriza a necessidade de maior cuidado no carácter
progressivo do treinamento, não devendo o professor mirar-se apenas nas respostas
musculares e devendo o treinamento progredir sim, mas com menor velocidade quando
comparado aos adultos, evitando dessa maneira lesões por excesso de treino no aparelho
locomotor passivo.
O CRESCIMENTO E O EXERCÍCIO
No período infantil existe uma maior tendência no sentido de que as crianças gostem
mais de esportes coletivos (futebol, basquete, vôlei), sendo, na maioria das vezes os esportes
individuais mais tediosos.
“Os exercícios físicos e o esporte, de uma maneira geral, são importantes para um bom
desenvolvimento físico, psíquico e social da criança.”
Duarte e Alfieri, 1993
Segundo Duarte e Alfieri (1993), o número de casos de úlcera péptica é maior em
crianças que praticam esporte - devido ao fato, de na maioria das vezes, os pais procurarem
viver nos filhos os seus fracassos desportivos, procurando fazer com que o filho faça aquilo
que não conseguiram - em função do estresse (excesso de cobrança, excesso de treinamento)
enfrentado por elas no esporte /competição.
E importante ressaltar que nesse período os esforços são eminentemente aeróbios.
Devido à agitação comum nessa época o treinamento deve ser bastante variado e dinâmico,
evitando-se a monotonia tão abominada pelas crianças.
Com no treinamento ocorre maior liberação de hormônio do crescimento é válido
lembrar que a liberação desse hormônio vai diminuindo com o decorrer dos anos.
“Com níveis de exercício sucessivamente mais intensos, observa-se uma produção mais
acentuada na ‘fabricação’ de hormônio do crescimento (GH) e na secreção total. Esta
constituiria, certamente, uma resposta benéfica para o crescimento dos músculos, ossos e
tecido conjuntivo. A relação exata entre a síntese de GH, intensidade e duração do exercício
ainda não foi estabelecida”
McArdle, 1992
JUSTIFICATIVA FINAL
A atividade física contribui para:
1. Estimular o aumento da estatura (crescimento longitudinal do osso);
2. Estimular o crescimento em espessura do osso;
3. Melhorar o controle do peso corporal (obesidade infanto juvenil) — crianças ativas têm
menor percentual de gordura corporal, quando comparadas a crianças inativas;
4. Aumentar a força muscular;
5. Aumentar a flexibilidade;
6. Hipertrofia muscular;
7. Maior resistência cárdio - respiratória;
8. Níveis mais baixos de colesterol e triglicerídios no plasma - prevenção de doenças cárdio -
circulatórias.
IV) Conclusão
Para aulas de Educação Física existem duas concepções segundo Celi Taffarel:
• Formal, técnico, com ensino centrado nos conteúdos, com predominância no caráter
competitivo e sempre valorizando os resultados, sem questionar como ele foi atingido.
• Busca de novos valores que apareçam na prática pela sua orientação não formal e voltada
as necessidades de todos. Orientação segundo princípios educativos e recreativos. Tem
como objetivo a socialização e a comunicação, o conhecimento. Com atividades variadas,
vivências e experiências de movimentos e formas de jogo.
O profissional da área de educação deve estar sempre reciclando, buscando trazer para
suas aulas novas ações, tentando incentivar o aluno sempre a crescer, a buscar novas
experiências e expandir seus conhecimentos.
Em um quadro de educação geral, a Educação Física poderá ser considerada de
fundamental importância. Isto, porque trabalha no coletivo, descartando a individualidade. O
lazer é considerado um meio de entretenimento físico, de divertimento e também de
enriquecimento cultural, necessário ao equilíbrio do homem que vive em permanente
evolução. A Educação Física é resumida em demonstrar como, pelas atividades físicas,
esportivas e de lazer é possível contribuir para grande parte da educação da juventude. O
jovem tem direito a prática esportiva em todos os colégios até na universidade.
E o esporte pode com certeza ajudar a formar este cidadão que necessita de satisfação,
saúde, segurança, tranquilidade, progresso e lazer.
Para um adolescente o esporte faz parte da vida. É quase impossível encontrar uma
pessoa que não se identifique com algum esporte, seja ele qual for. E a fase da vida em que
aprendemos a gostar de um time, de eleger um ídolo, ou de torcer apaixonadamente por nossa
equipe quando entra em campo. Em nosso país quantos jovens estão discutindo sobre futebol
neste momento? A paixão por times e ídolos é normal e saudável, tanto quanto a prática de
esportes. A prática de esportes nesta fase é muito importante para o desenvolvimento físico,
psíquico e social do adolescente. Pode evitar complexos físicos como obesidade, excesso de
altura, como a magreza, ajuda na melhora de algumas doenças e na melhor promoção da
saúde, e também a formar grupos de amigos em função do esporte.
Deve haver um interesse maior de nossas autoridades competentes em divulgar o
esporte e a sua prática em todas as classes sociais, disponibilizando assim professores
responsáveis pela propagação e participação dos jovens em relação ao esporte. Desta
maneira, poderemos conduzir os jovens a uma prática saudável do esporte, com orientação de
um profissional preparado para passar as orientações necessárias aos adolescentes, para evitar
seu envolvimento no tempo ocioso com más companhias que podem levá-lo a caminhos
errados.
¾ Emancipação: este princípio leva o aluno a buscar a sua independência, conhecer os seus
limites e trabalhar o seu lado criativo. Cada participante é motivado a expressar-se de
forma espontânea, com liberdade e responsabilidade. É uma busca consciente, com
criatividade, para tentar formar sua independência, pode formular suas idéias e passá-las
para outras pessoas, sempre respeitando seus limites.
¾ Totalidade: trabalhar como se fosse um todo, com a emoção, sensação e com o
pensamento. Fortalece a unidade do homem consigo, com o próximo e também com o
mundo. Processo de auto- conhecimento, auto- estima e auto- superação. O princípio da
totalidade tem por obrigação mostrar aos alunos uma visão total, e não parcial, da
realidade.
¾ Regionalismo: respeito, proteção e valorização das raízes e heranças culturais. Cada lugar
tem suas características de brincadeiras de línguas, de culturas e isto tem que ser
preservado. É um resgate do conhecimento e das experiências de todos os participantes do
grupo, propondo uma recriação de diferentes atividades. É uma ligação do que é regional
ao que é universal.
V) Bibliografia
COSTA, Marcelo Gomes. Ginástica Localizada. Rio de Janeiro 1998. Editora Sprint.
SOUZA, Giovanni Guevara Ramon Lima de. Influência das Aulas de Educação Física
na Melhoria da Auto - Estima do Aluno de 2° grau. Brasília 1997. Coordenação de
Pesquisas e Pós-Graduação. Monografia de Especialização. Faculdade de Educação
Física da Universidade de Brasília.
ANAIS NESTLÉ. Adolescência. Volume 55. São Paulo 1998. Nestlé Nutrition Services.
Publicado por Nestlé Indl. E Coml. Ltda.