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N.

o 133 — 11-6-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2825

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, Artigo 2.o


DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS Produtos veterinários homeopáticos

1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se por


Decreto-Lei n.o 146/97 produto veterinário homeopático qualquer produto de
uso veterinário que, contendo uma ou mais substâncias,
de 11 de Junho
seja obtido a partir de produtos ou composições deno-
minadas «matérias-primas homeopáticas», de acordo
A regulamentação em matéria de produção, distri- com o processo de fabrico homeopático descrito na far-
buição ou utilização dos produtos veterinários homeo- macopeia europeia ou, quando dela não conste, nas far-
páticos deve ter como principal objectivo garantir a pro- macopeias actualmente utilizadas de modo oficial nos
tecção da saúde humana e animal. Estados membros.
Apesar da grande diferença de estatuto das medicinas 2 — Os produtos veterinários homeopáticos são clas-
alternativas, deve ser garantida a livre escolha da tera- sificados quanto às suas características em medicamen-
pêutica, nomeadamente o direito de acesso aos produtos tos veterinários homeopáticos e preparados veterinários
veterinários homeopáticos. homeopáticos.
Relativamente a estes produtos, importa fornecer 3 — Os produtos veterinários homeopáticos carecem
prioritariamente aos seus utilizadores indicações muito de autorização para serem introduzidos no mercado,
claras quanto ao seu carácter homeopático e garantias bem como para serem objecto de detenção ou posse.
bastantes quanto à sua qualidade e inocuidade.
As regras relativas ao fabrico, controlo e inspecções Artigo 3.o
dos produtos veterinários homeopáticos devem ser har-
monizadas em toda a Comunidade. Medicamentos veterinários homeopáticos
Dadas as características específicas destes produtos,
nomeadamente o seu reduzidíssimo teor de princípios 1 — Entende-se por medicamento veterinário homeo-
activos e a dificuldade de se lhes aplicar a metodologia pático qualquer produto homeopático destinado a ser
estatística convencional dos ensaios clínicos, afigura-se aplicado aos animais no tratamento ou prevenção das
aconselhável prever um procedimento de registo sim- doenças e dos seus sintomas, na correcção ou modi-
plificado especial para os produtos veterinários homeo- ficação das funções orgânicas ou ainda quando admi-
páticos tradicionais, colocados no mercado sem indi- nistrados de forma adequada no diagnóstico médico.
cações terapêuticas específicas e sob uma forma tera- 2 — Ao fabrico, processo de autorização de introdu-
ção no mercado, suas alterações e renovação, comer-
pêutica e uma dosagem que não apresentem riscos para
cialização, rotulagem, folheto informativo e publicidade
o animal.
dos medicamentos veterinários homeopáticos e respec-
À luz dos conhecimentos actuais parece difícil admitir, tivo regime contra-ordenacional é aplicável o regime
de acordo com um procedimento de registo simplificado jurídico previsto para os medicamentos veterinários,
especial, a colocação no mercado dos produtos desti- incluindo, no que respeita à autorização de introdução
nados a ser administrados a animais produtores de ali- no mercado, as disposições relativas à prova de efeito
mentos destinados ao consumo humano. terapêutico.
Por outro lado, no que respeita aos produtos homeo-
páticos veterinários com indicações terapêuticas e para Artigo 4.o
animais produtores de alimentos, devem ser aplicadas Preparados veterinários homeopáticos
regras de autorização de introdução no mercado dos
medicamentos veterinários. Entende-se por preparado veterinário homeopático
O presente diploma transpõe para a ordem jurídica o produto homeopático veterinário que reúna cumu-
nacional a Directiva n.o 92/74/CEE, do Conselho, de lativamente as seguintes condições:
22 de Setembro, que preconiza para os medicamentos
veterinários homeopáticos disposições particulares. a) Seja destinado a ser administrado a animais de
Assim: companhia ou a espécies exóticas cuja carne ou
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 201.o da outros produtos não sejam destinados a con-
Constituição, o Governo decreta o seguinte: sumo humano;
b) A via de administração se encontre descrita na
farmacopeia europeia ou, na falta desta, nas far-
Artigo 1.o macopeias actualmente utilizadas oficialmente
nos Estados membros;
Objectivos e âmbito de aplicação c) Se verifique a ausência de indicações terapêu-
ticas específicas no rótulo ou em qualquer infor-
1 — O presente diploma estabelece as normas a que mação relativa ao produto veterinário;
devem obedecer os produtos veterinários homeopáticos. d) Tenha um grau de diluição que garanta a ino-
2 — São excluídos do campo de aplicação deste cuidade do produto; em especial, o preparado
diploma: não pode conter nem mais de uma parte por
10 000 da tintura-mãe nem mais de 1/100 da mais
a) Os medicamentos veterinários imunológicos; pequena dose eventualmente utilizada em alo-
b) Os produtos veterinários homeopáticos prepa- patia para as substâncias activas, cuja presença
rados de acordo com uma fórmula oficial ou num medicamento alopático acarreta a obriga-
magistral. ção de apresentar uma receita médica.
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Artigo 5.o e) Autorização de fabrico das preparações em


questão;
Procedimento de registo simplificado especial
f) Cópia dos registos ou autorizações eventual-
1 — Os preparados veterinários homeopáticos care- mente obtidos para as mesmas preparações nou-
cem de uma autorização de introdução no mercado, tros Estados membros;
concedida pelo director-geral de Veterinária. g) Uma ou mais amostras ou reproduções do
2 — Ao processo de autorização de introdução no modelo para venda das preparações a registar;
mercado dos produtos referidos no número anterior é h) Informação relativa à estabilidade do produto.
aplicável um procedimento de registo simplificado espe-
cial, de acordo com o disposto no artigo seguinte. 4 — O resumo das características do produto referido
na alínea a) do número anterior inclui as seguintes
3 — Com excepção da prova de efeito terapêutico,
informações:
ao processo de registo simplificado especial são apli-
cáveis os critérios e as normas de procedimento cons- a) Denominação do produto;
tantes da legislação em vigor respeitante aos medica- b) Denominação científica das matérias-primas,
mentos veterinários. seguida do grau de diluição, utilizando os sím-
4 — As alterações dos termos da autorização de intro- bolos da farmacopeia adoptada, em conformi-
dução no mercado carecem igualmente de uma auto- dade com o previsto no n.o 1 do artigo 2.o;
rização concedida pelo director-geral de Veterinária. c) Forma farmacêutica e apresentação;
d) Propriedades farmacológicas;
e) Espécies de destino;
Artigo 6.o f) Posologia, modo e via de administração;
g) Precauções especiais quando da sua utilização,
Pedido de autorização
se for caso disso;
1 — Os pedidos de autorização referidos no artigo h) Interacção com outros medicamentos e ou outras
anterior são apresentados pelo requerente, sediado no formas de interacção e eventuais incompati-
território da União Europeia, ao director-geral de Vete- bilidades;
rinária, em requerimento do qual conste: i) Contra-indicações e efeitos secundários;
j) Sobredosagem;
a) Nome ou designação social e domicílio ou sede l) Advertências especiais para uma correcta admi-
do requerente e do responsável pela preparação nistração e conservação, se for caso disso;
ou fabrico do preparado homeopático vete- m) Prazo de validade;
rinário; n) Natureza e conteúdo do recipiente;
b) Número atribuído pelo Registo Nacional de o) Precauções especiais relativas à eliminação do
Pessoas Colectivas e ou junção de documento produto não utilizado ou dos seus resíduos;
comprovativo de que os produtos veterinários p) Nome ou denominação social e domicílio ou
homeopáticos provêm de fabricantes devida- sede social do responsável pela introdução no
mente autorizados e sujeitos às normas de boas mercado e do fabricante.
práticas de fabrico;
c) Nome do preparado veterinário homeopático; Artigo 7.o
d) Forma farmacêutica, composição no que res- Renovação da autorização
peita a princípios activos e via de administração.
1 — A autorização de introdução no mercado referida
2 — No caso do n.o 4 do artigo 5.o é exigido ainda no artigo 5.o tem a validade de cinco anos, renováveis
que sejam explicitamente referidas as alterações pre- por iguais períodos.
tendidas. 2 — O pedido de renovação deve ser apresentado
3 — O pedido de registo simplificado especial pode pelo responsável pela introdução no mercado pelo
abranger um conjunto de preparações obtidas a partir menos 90 dias antes do termo da autorização, sem o
que esta caducará, sendo acompanhado da documen-
das mesmas matérias-primas homeopáticas e deve ser
tação complementar actualizada que demonstre a adap-
acompanhado de: tação ao progresso técnico e científico do preparado
a) Resumo das características do produto, nos ter- anteriormente autorizado e obedecendo à forma pro-
mos do n.o 4 do presente artigo; cessual prevista no artigo anterior.
b) Denominação científica ou outra denominação
constante de uma farmacopeia das matérias-pri- Artigo 8.o
mas homeopáticas com menção das várias vias Suspensão e revogação da autorização
de administração, apresentações e graus de
diluição que se pretendem registar; 1 — Em casos excepcionais e sempre que seja indis-
c) Processo que descreva o modo de obtenção e pensável uma acção urgente por razões de saúde
o controlo das matérias-primas e que funda- humana, animal ou ambiental, e até que seja adoptada
mente o seu carácter homeopático, com base uma decisão final, o director-geral de Veterinária pode
em bibliografia homeopática adequada; no caso suspender a comercialização ou a utilização em terri-
dos produtos veterinários homeopáticos que tório nacional de um preparado veterinário homeo-
contenham substâncias biológicas, uma descri- pático.
ção das medidas tomadas para assegurar a ine- 2 — O director-geral de Veterinária pode revogar a
xistência de quaisquer agentes patogénicos; autorização de introdução no mercado de um preparado
d) Processo de fabrico e controlo de todas as apre- veterinário homeopático quando:
sentações e descrição dos métodos de diluição a) Se torne necessário assegurar a protecção da
e de dinamização; saúde pública ou dos animais;
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b) Não tenham as composições qualitativa ou d) O modo de administração e, se necessário, a


quantitativa declaradas; via de administração;
c) Não seja levado a efeito o controlo de qualidade e) O prazo de validade (mês, ano);
constante das alíneas c) e d) do n.o 3 do artigo 6.o f) A forma farmacêutica e apresentação;
g) Precauções específicas de conservação, se for
Artigo 9.o caso disso;
h) As espécies de destino;
Fabrico, suspensão e revogação i) Qualquer advertência especial, no caso de o pro-
1 — Para efeitos do presente diploma, o fabrico dos duto assim o exigir;
produtos veterinários homeopáticos está sujeito a auto- j) O lote de fabrico;
rização prévia do director-geral de Veterinária, salvo k) O número de registo.
se o estabelecimento já for titular de autorização de
fabrico concedida pelo INFARMED. Artigo 12.o
2 — A autorização referida no número anterior é soli-
citada em requerimento do qual conste a especificação Fiscalização
do produto, forma farmacêutica e local de fabrico.
Compete à DGV e às direcções regionais de agricultura
3 — O requerente deve dispor, quer para o fabrico
assegurar a fiscalização do cumprimento das normas cons-
quer para a importação, de direcção técnica e equi-
tantes do presente diploma, sem prejuízo das competên-
pamento adequado e cumprir as boas práticas de fabrico.
cias atribuídas por lei a outras entidades, designadamente
4 — Os requisitos previstos nos números anteriores
à Inspecção-Geral das Actividades Económicas, na sua
devem ser objecto de confirmação pela Direcção-Geral
qualidade de autoridade fiscalizadora e de órgão de polícia
de Veterinária, adiante designada por DGV.
criminal.
5 — Os titulares da autorização podem encomendar
a terceiros a realização da totalidade ou de certas fases Artigo 13.o
do fabrico a terceiros, desde que devidamente auto-
Contra-ordenações
rizados.
6 — O director-geral de Veterinária pode suspender 1 — No que respeita aos preparados veterinários homeo-
ou revogar a autorização de fabrico dos preparados vete- páticos, constitui contra-ordenação, punível com coima de
rinários homeopáticos, quando não for cumprido o dis- 100 000$ a 750 000$ ou até 9 000 000$, consoante o agente
posto nos n.os 1, 3 e 5. seja pessoa singular ou colectiva, a infracção ao disposto
nas seguintes disposições:
Artigo 10.o
a) N.os 1 e 4 do artigo 5.o;
Prazos b) N.os 1, 3 e 5 do artigo 9.o;
1 — O prazo para a concessão da autorização de c) Artigo 11.o
fabrico é de 90 dias seguidos a contar da data de entrada
do pedido e de 30 dias seguidos se se tratar de um 2 — Nas contra-ordenações previstas no número
pedido de alteração de autorização de fabrico anterior- anterior são puníveis a negligência e a tentativa.
mente concedida. 3 — Às contra-ordenações previstas no presente
2 — Sempre que sejam solicitadas informações ou o diploma aplica-se subsidiariamente o disposto no Decre-
cumprimento de requisitos adicionais, o prazo é sus- to-Lei n.o 433/82, de 27 de Outubro, e suas alterações.
penso até ao seu cumprimento.
3 — Quando não haja resposta dentro do prazo refe- Artigo 14.o
rido no n.o 1, o requerimento considera-se indeferido.
Instrução, aplicação e destino das coimas
o
Artigo 11. 1 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
Rotulagem e folheto informativo pete ao director-geral de Veterinária.
2 — A entidade que levantar o auto de notícia reme-
1 — O fabricante e o importador de preparados vete- terá o mesmo à direcção regional de agricultura da área
rinários homeopáticos são responsáveis pela inclusão na em que foi praticada a infracção para instrução do com-
embalagem exterior, no recipiente e no folheto infor- petente processo.
mativo de informações escritas em língua portuguesa 3 — A afectação do produto das coimas cobradas em
sobre as características e precauções a observar na uti- aplicação do artigo 13.o far-se-á da seguinte forma:
lização do produto.
2 — A rotulagem e, eventualmente, o folheto infor- a) 10 % para a entidade que levantou o auto;
mativo devem conter, obrigatória e exclusivamente, as b) 10 % para a entidade que instruiu o processo;
seguintes menções: c) 20 % para a entidade que aplicou a coima;
d) 60 % para os cofres do Estado.
a) A indicação «Preparado Veterinário Homeopá-
tico» aposta em maiúsculas, de forma bem visí-
vel e legível, em fundo amarelo; Artigo 15.o
b) A denominação científica das matérias-primas, Sanções acessórias
seguida do grau de diluição, utilizando os sím-
bolos da farmacopeia adoptada, de acordo com Simultaneamente com a coima pode ser determinada,
o n.o 1 do artigo 2.o; nos termos da lei geral, a perda de objectos pertencentes
c) O nome e endereço do responsável pela intro- ao agente e a interdição do exercício da actividade ou
dução no mercado e do fabricante; profissão.
2828 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 133 — 11-6-1997

Artigo 16.o Augusto Carlos Serra Ventura Mateus — Fernando


Manuel Van-Zeller Gomes da Silva.
Taxas
Promulgado em 27 de Maio de 1997.
1 — Os encargos resultantes dos actos relativos aos
procedimentos previstos no presente diploma e dos exa- Publique-se.
mes laboratoriais constituem encargo dos requerentes, O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
nos termos de tabelas próprias, aprovadas por portaria
do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural Referendado em 30 de Maio de 1997.
e das Pescas.
2 — Relativamente aos medicamentos veterinários O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
homeopáticos, mantêm-se em vigor os montantes e Guterres.
demais disposições legais relativas às taxas dos medi-
camentos veterinários.
3 — Relativamente aos preparados veterinários
homeopáticos, por cada pedido de introdução no mer- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
cado, respectivas alterações e renovações são cobradas
as seguintes taxas:
Decreto-Lei n.o 147/97
a) Autorização de introdução no mercado — de 11 de Junho
100 000$;
b) Alteração da composição qualitativa, quando A educação pré-escolar constitui a primeira etapa da
não incidente sobre os princípios activos — educação básica, destinando-se a crianças com idades
40 000$; compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso
c) Alteração da composição quantitativa — 60 000$; no ensino básico.
d) Alteração da forma farmacêutica — 60 000$; O Programa de Expansão e Desenvolvimento da Edu-
cação Pré-Escolar, que o Governo lançou, em cumpri-
e) Alteração da apresentação — 40 000$;
mento da Constituição da República, da Lei de Bases
f) Alteração do nome — 40 000$; do Sistema Educativo e do seu Programa, visa apoiar
g) Alteração do responsável pela introdução no as famílias na tarefa da educação da criança, propor-
mercado, do fabricante ou do local de fabrico — cionando-lhe oportunidades de autonomia e socializa-
40 000$; ção, tendo em vista a sua integração equilibrada na vida
h) Alteração das indicações fornecidas na rotula- em sociedade e preparando-a para uma escolaridade
gem e folheto informativo — 50 000$; bem sucedida, nomeadamente através da compreensão
i) Alteração das especificações de fabrico — da escola como local de aprendizagens múltiplas.
50 000$; Estamos perante uma tarefa de alcance educativo e
j) Renovação quinquenal — 50 000$. social da maior importância, que constitui para o nosso
tempo um factor decisivo de modernização e desen-
4 — O produto das taxas aplicadas ao abrigo do volvimento, desde que orientada por objectivos de qua-
número anterior destina-se a suportar os encargos lidade e pelo princípio da igualdade de oportunidades.
decorrentes da prestação de serviço respectivo e cons- É objectivo do Governo elevar, até ao final do século,
titui receita própria da DGV. a oferta global de educação pré-escolar em cerca de
20 %, de modo a abranger 90 % das crianças de 5 anos
de idade, 75 % das de 4 anos de idade e 60% das de
Artigo 17.o 3 anos de idade, alargando a possibilidade de frequência
a mais 45 000 crianças nesta faixa etária.
Norma transitória
Torna-se, pois, fundamental mobilizar energias no
sentido de ampliar a rede nacional de educação pré-
1 — Os produtos veterinários homeopáticos comer- -escolar, nomeadamente através do investimento directo,
cializados no mercado à data da entrada em vigor do da garantia da tutela pedagógica e técnica, do incentivo
presente diploma devem ser registados no prazo de um à iniciativa autárquica e do apoio financeiro a iniciativas
ano a contar da data da entrada em vigor do presente sociais e privadas, dando prioridade às que se situem
diploma e em conformidade com o mesmo. em zonas de oferta diminuta.
2 — Os produtos a que se refere o número anterior A educação pré-escolar tem vindo a adquirir, pro-
podem continuar a ser comercializados até à notificação gressivamente, uma relevância significativa no âmbito
da decisão sobre o pedido. das políticas educativa, social e económica dos países
da União Europeia. Esta tendência associa-se a resul-
Artigo 18.o tados positivos da frequência da educação pré-escolar,
comprovados em pesquisas científicas recentes, desig-
Norma revogatória nadamente o desenvolvimento equilibrado da criança
numa idade em que esse processo é decisivo, uma esco-
É revogada a alínea d) do n.o 2 do artigo 3.o do regu- larização bem sucedida, confirmada pela redução do
lamento aprovado pelo Decreto-Lei n.o 387/87, de 28 número de retenções no percurso escolar, uma socia-
de Dezembro. lização integrada, que permite a redução do abandono
escolar, a responsabilização e o sucesso na vida activa,
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 3 bem como o envolvimento das famílias, e o reforço de
de Abril de 1997. — António Manuel de Oliveira Guter- um clima de humanização e um melhor conhecimento
res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco — das capacidades e das dificuldades da criança, viabi-

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