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empreendedorismo
ma~inc um lugar cm que existe
IJma empresa para cada 14 pes-
soas. E onde. apesar da rerra.ção
d3 economia. foram .lbcnos 532
gócios cr.ue j:meiro c setembro des-
ano - no mesmo período de 2002
ram 4S 1. O empreendedonsmo pa-
::c estar no DNA. dos 3bO OOj.habi-
ntcs oe CaxiJ...<;do Sul. a metrópole
.Serra Gaúcha. localizada a ]30 qui··
meffi1S de Pono Alegre. FunctJ.da por
IÍgrdIltC., Iwi:JnO'S ào Vênclo. da Lom-
~dia c ,10 Pi-:rnonte. que chegaram
n 1875. Ceda.<; tI:msfonnou-se I:lpi-
JJlCllll~num dos lrrtis ímpon;uHcs pó-
s econônucos do sul do país. A vo-
.ç.10 emprcccldedolõl dos caxicn:ics
TOU até urna anedota qut' circula en-
: os cmpre<.;á.rios locnb. Se~"t1ndo ela.
AMl:/12 DE NOVEM8RO DE 2003
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quem nasce na C<1pitalcostuma pergun-
tar qual faculdade vai cursar e em q12l
empresa vai tr-.lbalhar. Já para os nas-
cidos em Caxias. que abriga UITL.1. uni-
versidade com 32 000 alunos. a ques·
tão que se coloca é que negócio deve-
rá abrir ql1.:lndoCTe.."C'er.
"Encomrei aqui
um espírilo empreendedor que não VI
em ourro lugar"', diz José Rubçns De
L1 Rosa. pauüstano quc há seis anos é
dircwí-geral da Marcopolo. um do:;:
rnaiores f:1bric:mtes mun(1iais de ôni-
bus. "As pe:-;soas fazem acontecer. E.
talvez. W1U das únicas cid~d~ que não
p~.ram P.O Carnaval."
t\ economia dl~C:Lxia....Caf""JCleriza-
~;epor uma enorme di'vcP.>ltLtde.Num
ambiente em que ;l.'\ p:-opriedaJcs ruo
rais sIio pequenas. a indúsU"Ja pn:domi-
na - Caxias sedia cerca de 2 <XX) em-
presas de setores dinâmicos. como o
automotivo. o metal-mccànico e o ele-
troeletrônico, que empregam 30000
funcionários. Na contramão da econo-
mia brasileira. Caxi~ é lima cidade emi-
nentementc industrial: suas fábricas res-
pondem por 60% da nqueu local. No
pai:;. a indústria rcpn..:scnt.:J.
339'c do PIB .
Produz-se prarjca.meme de rudo no
IX310 regional liderado por Caxi~L<;. on-
de vivcm ~OO 000 pessoas. fomlado
por cidades como Bemo Gonçalves.
huroupiU1a. Carlos Barbosa.. Ganbal-
dl e !lores da Cunha. 1"\ rcgião é berço
de nomes fort~~ do varejo, como Lo-
jas Colombo e Lojas Amo. Abriga os ,
QGs lk empresas com atllaç30 inter-
nacional, a ~Xr;mplo d'-l ,\larcolX'lo, da
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Randon e da Tramontina.. É endereço
de fabricantes de móveis do porte de
Todeschini. Horense.. DeU' Anno e Soc-
caro. Pfl."XÍuzos vinhos nacionais mais
conhecidos. como Miolo, Valduga, Sal-
ton e Aurora. "A diversificação deixa
a região menos suscetível ao sobe-e-
de...'Ceda economia· .••diz Olívio Viec-
celi. diretor e.xecutivo da Câmara de
Indústria. Comércio e Serviços de Ca-
xias do Sul. "Aqui produzimos de pa-
rafusos a caminhões fora-de-estrada
Somos uma rníní São Panlo."
Só em Caxias, há 25 (XX) empresas.
que garantem l07 000 empregos com
carteira registrada a seus moradores -
.;;em contar os das cidades vizinhas.
Um punhado delas. como a Randon..
fabncame de carrocerias para cami-
nhões. com 5 200 funcionários. ou a
\hrcopo!o. com 9 000. seria conside-
rado grande em seus setores em qual-
quer lugar do mundo. Mas o que pre-
domina mesmo na cidade são as mi-
era e pequenas empresas. que consti-
tuem 989é dos negócios.
Por trás delas há um exército de em-
preendedores anônimos, como Gilber-
to Fonseca. Ele é dono da Perfiline. fa-
bricantC' de perfis e6pcciais de ir.ox P-
açu carbono utilizados nos setores mo-
\'elciro. autornctivo. de {ransportes e
da construção civil. Em 2001. Fof1.Sl:-
ca, fOm1ado em engenharia mecinica.
deixuu para trás um emprego de 11
anos na Ghcta1. empresa de equipa-
mentos para a construção civiL para
montar a Pertiline. de olho nas opor-
tunidad~s geradas pela tcrcciri:z.açáo,
uAs c:mpre5as Jocais eram muito veni-
A8
no México, na África do Sul. na Co-
lômbia e na China - as receitas ex-
ternas corresponderam no ano passa-
do a 62% de seu faruramento de 1.5
bilhão de dólares. A Marcopolo fez es-
cola: atualmente, as exponações re-
presentam 14% do faturamento das in-
dústrias de Caxias - a média nacio-
~ naI é 8%. Esse caminho é seguido por
~ empresas de menor porte, como a For-
~ ma Inox. fabricante de utensílios para
fondue e utensílios domésticos, dona
calizadas e começaram a repassar mui- de um faturamento anual de 15 milhões
tas de suas atividades", diz Fonseca. de reais. Com 70 empregados. autorna-
Hqje com 14 funcionários. a Pertiline tizada e informaúzada. a Forma lnox
deve dobrar de tamanho em relação ao coma. em seu portfólio com clientes até
ano passado. com receita de 1 milhão da Suíça, a pátria da fondue. atraidos
de reais. "Estava com 52 anos c resol- pelo design de suas peças. "lá vende-
vi aproveitar as oporrunídades que Ca- mos mais de 50 000 aparelhos de fon-
rias oferece", afirma Fonseca_ due aos suíços", diz José Antônio We-
1ão arraigada quanto o empreende- ber. proprietário da Forma.
dorismo é a vocação de imernaciona- Inovação e design, por sinal, são dU3S
palavras em voga no vocabulário dos
empreendedores de Caxias. "lJrna re-
gião expomdora não pode copiar". diz
o arquiteto Paulo Benuss!. especialis-
[a é:m design industrial. Esse rr.anàa.-
mento é seguido até por quem ainda
não ultrapassou ac; fronteiras nacionais.
como a Coza.. que produz lu.rniúárias.
anigos de decoração e :.tteftsí!jos do-
mésticos de plástico. Durante muito
tempo. u Coza investia a:xnas na fun- .
c:ionalidade de seus produtos. Essa si-
tuação começou a.mudar há três anos.
quando as irmãs Crisrina, Daniela e
Manuela. da segunda geração dü famí-
lia Zatti. controladora da empres2... as-
sUIniram o comando. A jJrioridade ao
desigll deu frutos: da chegada. da. mn-
ca à direção. a Coza já coaquistou ~-
te prêmios nacionais de d~ign. Ao mes-
mo tempo. seu fatur.:unenlO se mulu-
plicou por 10.chegundo aos 14 mi1,C>es
de reais pre\iiSlO~ para este ano. O mí-
mero de empregados tarnhém cresceu
lização das empresas caxicnscs. Em - de 25 paro 70. "Já poderíamos el>tar
alguns caso~.li(eralmcnle !illcando fi- expon.1J1do.mas ainda não damos con-
liais lá fora. Uma das pioneiras. a Mar- ta do mercado interno", diz Daniela.
cepolo abriu sua primeira fábrica no respom;ávcl pela administrução e CÇ>-
exterior em 1991. em Portugal. Hoje mcmcli~ão da Coza.
seus ônibus são produzidos também • WIANA twOfTCH
EXAN.E/12 DE NOVEMBRO Df 2003