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Outro fato a destacar é que o próprio Espírito Santo cooperou para que não
houvessem barreiras na comunicação da Verdade, pois Ele deu a cada
israelita estrangeiro a oportunidade de ouvir na sua própria língua o
testemunho dos discípulos. No envio de Pedro à casa de Cornélio, por obra
do Espírito - que convenceu o apóstolo reticente e lhe possibilitou
compreender que o Evangelho era igualmente destinado aos gentios -
encontramos outro exemplo de que o próprio Espírito Santo ensina o
caminho da contextualização.
Assim, não resta dúvidas de que um dos pontos altos da pregação de Paulo
era sua habilidade em contextualizar-se para alcançar a relevância junto a
seus ouvintes. Podemos ainda destacar com relação à pregação apostólica
registrada no Novo Testamento, que era essencialmente bíblica, referindo-
se fartamente a textos do Antigo Testamento, que era Cristocêntrica, pois a
cruz de Cristo era o ponto central, além de flexível em sua forma.
Isto também é observado por Orlando Costas, ao afirmar que todo pregador
necessita ter em conta a cultura de seus ouvintes se é que deseja comunicar-
se eficazmente. Ele nota nos pregadores bíblicos a capacidade de refletir
profundamente sobre a cultura de seu tempo e cita como exemplos os
apóstolos Paulo e João:
Paulo se acerca dos filósofos estóicos em Atenas fazendo uso das próprias
categorias deles, lhes fala do deus desconhecido e capta sua atenção. Daí
passa ao problema básico dos gregos: a ressurreição dos mortos, e
especificamente, a ressurreição de Cristo (Atos 17).
Este freio de ouro na boca do teu cavalo, este aro de ouro no braço do teu
escravo, estes adornos dourados em teus sapatos, são sinal de que estás
roubando o órfão e matando de fome a viúva. Depois de morreres, quem
passar pela tua casa dirá: "Com quantas lágrimas ele construiu este palácio?
Quantos órfãos se viram nus, quantas viúvas injuriadas, quantos operários
receberam salários injustos?" Assim, nem mesmo a morte te livrará dos
teus acusadores.
Antes de sua conversão fora mestre de retórica; por isso em suas obras
podem ser encontradas muitas instruções quanto à oratória, especialmente
na obra De Proferendo, um dos quatro livros que constituem a sua
Doctrina Christiana. Dela podemos retirar o conceito de "ótimo pregador"
de Agostinho: "É aquele de quem a congregação ouve a Verdade,
compreendendo o que ouve". Para Agostinho a vitória do pregador
consistia em levar o ouvinte a agir. A pregação atraente devia ser
temperada de sã doutrina e gravidade.
Segundo Zórzoli, alguns fatores que contribuiram para este declínio foram
a corrupção do clero, o crescimento das formas litúrgicas (que substituíram
o lugar da pregação), a elevação da função sacerdotal sobre a do pregador,
as controvérsias doutrinais, e o declínio no conteúdo da pregação pelo uso
extremo da alegorização bíblica.
O bom pregador deve saber ensinar com clareza e ordem. Deve ter uma boa
inteligência, uma boa voz, uma boa memória. Deve saber quando terminar,
deve estudar muito para saber o que diz. Deve estar pronto a arriscar a vida,
os bens e a glória, pela Verdade. Não deve levar a mal o enfado e a crítica
de quem quer que seja.
Com relação a João Calvino (1509-1564), que foi pastor da Église St.
Pierre, em Genebra, na Suíça, podemos destacar sua obra literária que foi
amplamente distribuída e lida em todas as partes da Europa e que
influenciou grandemente o movimento reformador.
Outro grande pregador deste período destacado por Perry e Sell é Phillips
Brooks (1835-1893). Referem-se a Brooks como tendo sido um pregador
"extraordinariamente sensível para com as necessidades humanas". Contam
que ele costumava investir suas tardes em visitas ao seu povo,
especialmente os pobres, doentes e atribulados. Transcrevem um
comentário feito por um adimirador, de nome Bryce: "Brooks fala ao seu
auditório como um homem fala ao seu amigo".
Outro grande pregador deste período destacado por Perry e Sell é Phillips
Brooks (1835-1893). Referem-se a Brooks como tendo sido um pregador
"extraordinariamente sensível para com as necessidades humanas". Contam
que ele costumava investir suas tardes em visitas ao seu povo,
especialmente os pobres, doentes e atribulados. Transcrevem um
comentário feito por um adimirador, de nome Bryce: "Brooks fala ao seu
auditório como um homem fala ao seu amigo".
No intento de demonstrar a preocupação com a contemporaneidade por
parte de ilustres pregadores, citamos como exemplos dois dentre estes mais
destacados, Finney e Spurgeon.
Recife-2005