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DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO

Que futuro para a Educação em Portugal?

10 MEDIDAS PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO

A Juventude Popular da Maia realizou no passado dia 23 de Outubro, um debate sobre


Educação, cujos oradores principais foram o Dr. Diogo Feyo (Deputado e Líder Parlamentar do
CDS-PP) e a Dr.ª Alcídia Lopes (Deputada do Partido Socialista). A moderação do debate esteve
a cargo da Sr.ª jornalista, Isabel Moreira (Semanário PRIMEIRA MÃO).

O debate, pautado pela qualidade já reconhecida dos oradores, foi acima de tudo uma
oportunidade de análise e de reflexão sobre o estado actual da Educação em Portugal e sobre
a perspectiva do que poderá ser a Educação no futuro. Esteve a cargo da Dr.ª Alcídia Lopes a
“defesa” dos actuais moldes governamentais do Ministério da Educação e a cargo do Dr. Diogo
Feyo a retrospectiva do que foi a actuação do anterior governo em relação ao tema e a opinião
sobre um conjunto de medidas que o CDS-PP defende na Assembleia da República como
essenciais para a educação.

De realçar a grande mobilização de militantes da Juventude Popular, e ainda a representação


de algumas estruturas locais do Partido Socialista, transferindo assim, em alguns momentos
o debate para o público que participou activamente.
Marcaram também presença no debate o presidente da Câmara Municipal da Maia, Eng.º
António Bragança Fernandes, o presidente da Comissão Política Nacional da Juventude
Popular, Pedro Moutinho, e a presidente da Comissão Política Distrital do Porto da
Juventude Popular, Vera Rodrigues.

Após a primeira intervenção dos oradores, a Juventude Popular da Maia apresentou as suas 10
medidas para melhorar a educação em Portugal, que servem como síntese e reflexão sobre a
campanha até agora realidade pela JP Maia sobre o tema. Aproveitando o “Cheque-Ensino”
como método de financiamento num novo modelo de ensino, a JP Maia apresentou um
modelo alternativo, e um conjunto de medidas a serem postas em prática nesse mesmo
modelo, cujo conceito principal assenta na Liberdade de escolha das escolas, alunos e
encarregados de educação.
1. Estabelecer o principio da liberdade de educação, concedendo aos estabelecimentos
de ensino uma ampla autonomia, dentro de uma rede pública de educação e não da
dependência directa da ideia quase falida da escola pública do Ministério da Educação.

2. Possibilitar a liberdade de escolha do estabelecimento de ensino, acabando com a


obrigatoriedade de frequência na escola da zona de residência ou de trabalho do
encarregado de educação.

3. Transferir, através da limitação das disciplinas nucleares obrigatórias, a


responsabilidade curricular e pedagógica para as escolas, bem como a liberdade para
estabelecer os seus próprios critérios e modelos de avaliação dos alunos.

4. Implementar o Cheque-Ensino como forma de financiamento das escolas, conferindo


a cada uma delas uma total liberdade e autonomia financeira e orçamental.

5. Entregar a gestão das escolas inseridas na rede pública de educação a conselhos


administração devidamente eleitos pela comunidade escolar, que, no âmbito das
suas competências pedagógicas e administrativas, teriam liberdade para estabelecer
as parcerias que achassem adequadas.

6. Proceder à privatização da gestão do pessoal não docente e dos serviços de apoio


das escolas, através, nomeadamente, da subcontratação.

7. Acabar com o sistema central de colocação de professores, oferecendo às escolas a


possibilidade de contratarem livremente os docentes que desejam e necessitam.

8. Manter um sistema de exames nacionais sob responsabilidade do Ministério da


Educação, cujo impacto na avaliação final do aluno corresponda ao determinado
livremente por cada escola. Assim, estes serviriam essencialmente para fins
estatísticos e como diferencial na entrada no Ensino Superior, nas instituições que,
livremente, optem por utiliza-las para o efeito.

9. Introdução de um sistema de avaliação de desempenho de professores,


administradores e serviços de cada escola inserida na rede pública de educação,
levada a cabo por uma entidade externa, e cujos resultados devem ser tornados
públicos.

10. No seguimento dos pontos anteriores, levar a cabo uma significativa redução de um
“polvo inibidor” da liberdade de escolha - o Ministério da Educação – começando por
lhe cortar alguns tentáculos, como as Direcções Regionais de Educação.

Maia, Sede Concelhia, 24 de Outubro de 2008


Juventude Popular da Maia
Comissão Politica Concelhia

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