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@ (Senha o ‘Ano Xill- Cunhary 61 = Juho-Saterbro/2005 25 anos de educacao popular feminista gREDE MULHER SDE EDUCACAO Apoiando mulheres e fortalecendo a cidadania Pagina 3 Pagina 2 Pagina 4 Pagina 8 A corrup¢ao eo Assembleia Geral da Gestao da compromisso politico RME oficializa gestao comunicacao das mulheres mais democratica na EaD Neste momento histérico, a ‘A Assembiéia Geral Orcinéria TTese de doutorado enfoca AMB (Articulagao de Mulheres legaliza Colegiado Gestor, uma cldlogo entre os campos da oo- Brasieiras) langa uma Carta & instancia mais democratica de municagao e educago na mo- Sociedade Brasileira, defenden- divisto de poder e responsabil- dalidade da Educagie Superior do profundas mudangas no sis- dades, que jé vinha sendo exer- ‘a Distancia, visando compreen- ‘tema polticobrasilero,apartirde citada hd alguns anos. Tambem der como a interagdo @ 0 dese- umprocesso amploedemocréti- aumenta 0 quadro de educa- inho pedaaésico se relacionam ©. dor@s para 34 integrantes. comas TICs. @ ‘concuso atno-americano concurs latino-americano w Fecrscos por ws ~S "soon por oe Os 30 projetos inscritos, vindos de doze Estados brasileiros, evidenciam as lutas e as conquistas de mulheres empreendedoras. © ETS Carta a sociedade brasileira - a corrupgao e o compromisso politico das mulheres - Nos, feministas da Articulagao de Mulheres Brasileiras, di- ante ca atual crise pela qual passa o Brasil, vimos a publico reafirmar nosso compromisso politico com a defesa de uma sociedade democratica, usta e igualtaia Por acrecitarmos na democtacia e em suas instituigdes, seguiremos firmes na defesa de um Estado soberano, laico @ promotor de transformagdes socials atraves de politicas que ‘contribuam para a superacao das desigualdades © que forta- legam o bem-estar de todas as cidadas e cidadaos. Unimo- ‘nos, pottanto, a outros movimentos sociais que tém se mani- festado em defesa destes principlos. Reconhecemos que a vitalidade do movimento que levou ‘a0 impedimento do ex-presidente Collor nao fol suiciente para bbarrara onda neoliberal, nem frear a corrupgao.em nosso pais. Muitos foram os casos, nestes ultimos anos, que nao deixam vidas sobre a insuficléncia do sistema politico para enfrentar a comupeao. Comprometidas com a transparéncla @ com a ética nas re lagies politicas, consideramos a corrupgao a forma aguda @ pperversa de usurpacao do poder e das bens publicas e a re- pudiamos em todas as suas formas. Exigimos, assim, uma profunda Investigagao das denincias apresentadas e a punl- (940 de 1odas as pessoas envalvidas, sejam elas cortuploras ucorruptas. Repelimos qualquer tentativa de abafar ou acor- dar mites em relagao as investgagées e punigdes, a exem- plo das propostas feltas pelo atual presidente da Camara ‘Afirmamos que a corrupeao se combate com a participa (940 popular e;nos aliamos as/aos que relvingicam a efetivag0 de mecanismos de democracia partcipativa e direta - as con- sultas, 05 referencos ¢ os plebiscitos - para questdes amplas, ‘que nao sejam de foro intima. Neste momento historico, nés nos somamos as/aos que detendem profundas mudangas no sistema poiltico brasileiro. Nao acreditamos em solugSes superficiais, tampouco casuisticas ou imediatistas, ‘Areforma politica 6 necesséria endo pode se restringlr a uma reforms eleitoral, que responda apenas ao calor da crise. Defendemos que a reforma aconteca a partir de um process, ‘ampio e democratico, com capacidade de promover mudangas Significativas e estruturais nas relagoes de poder, alterando a vida e a pratica politica, a poltca partidaria ¢ aeleltoral. Neste [processo, é preciso garantir a participagao dos movimentos que sempre foram excluidos das decistes poliicas, como 0 (aahow Uma Publicagao da APOIO: NOVIEVHOLANDA de Morais, Kleber Carrilho © Maria da Tiragem: 3.000 exemplares.- Distribu entidades publices e privadas. Rede Mulher de Educagao Rua Coriolano, 28 (5047-000 - Sao Paulo!SP Fone: (11) 3873-2803 - Fax: (11) 3862-7050 E-mail: rimulher@redemulher.org.br wwredemuther.org.br movimento de mulheres, 0 movimento negro e de mulheres negras, o movimento LGBT, organizagoes Ge Jovens e povos Indigenas. ‘critica & hierarquizagao das lutas, dos sujeitos e das es- truturas politicas é uma firme bandeira e um principio caro aa feminismo, critica esta que agora se revigora, frente a um ‘contexto no qual praticas comuns nos processos politicos patigarlos mais uma vez se evidenciam. Reiteramos também nossas denuncias contra um modelo de sociedade estruturado pelo patriarcado, pelo racismo, pela cexploragao do trabalho e pela mercantiizagao da vida, © rea- firmamos a necessidade da sua transformagao, (© sistema politico brasileiro ainda nao fez rupturas com suas bases pattimonialstas eo atual govemno, ao garantir os Interesses do meroado e do capital financeira - em detrimento das polticas redistributivas, universalistas de a¢So afirmatl- va - seguiu um caminho semelnante ao trihado por seus antecessores. Este governa deu sequéncia as paliticas de ajuste estrutural, estabelecendo patamares recordes de supe- ravi primazio, e caminhou na reprodugao do projetoneoli-beral, ‘20 contrério do que hstoricamente defenderam os movimentos socials, que viram suas expectativas frustradas. A revelia dos compromissos com estes movimentos, o atual {govemo tem se pautado, desde o inicio, por um projeto polt- co marcado pela reprodugao de praticas comuns aos grupos conservadores td bem representados na esfera publica. AS alternativas encontradas a esta crise repetem decisbes que historicamente prejucicaram a populagao, em particular a nos mulheres. Como exemplo denunciamos a carta co presidente Lula a Conferéncia Nacional de Bispos do Brasil, pelo seu teor ~antidemocratico quando nega a civersidade religiosa existen- te neste pais, quando fere os principios do Estado laico e ‘compromete o governo com um projeto cistao, endo de defesa de direitos e da cidadania de todos/as os/as brasileiros/as, Acrise nos desafia com preméncia historica a repensar & ‘avangar'na nossa capacidade de critica e de agao como movi- ‘mentos socials, atuando pelo aprofundamento do debate so- bre um projeto politico de transformagao social, que caminne para a efelivacao dos direitos das mulheres, do diteito a igualdade e justia para toda a populagao. ‘Setembro/2005 [AM (ARTICULAGAG DE MULHERES BRASILEIRAS) Euligdo: Vera Vieira Encarte: Beatriz Cannabrava Colaboradoras: Ademilde Sartori, Camila Chrispiniano, Cida Lima, Clair Ribelro Ziebell, Danizi Dagmar Penha Nascimento Campos. ‘iliados, Ong's, nacionais e internacion: ‘GESTAO 2005/2008 Colegiado Gestor: Beatriz Cannabrava (representants legal) Hida Fadiga, Mara José Lde Souza Maria Ruth F Takahashi ‘Adrana G Medina, Cia Ribe/o Zlebel, Maria da Penha Nasci- ‘mento Campos e Felicia M Soares. Conselho Fiscal: Denise Gomide, Sandra R Montero, Madalena R dos Santos e Luciene Siva: Coordenagio Executiva: Vera Viera, Rede Mulher celebra 25 anos apoiando mulheres e fortalecendo a cidadania Foina noite do die 29 de julho, no Espaco da Cidadania, ‘em S80 Paulo, que aconteceu a ceriménia de comemora- 20 dos 25 anos da RME, contando com a presenca das educadoras da entidade que atuam Brasil afora e convida- das/os. O evento intagrou as diversas acées realizadas pala centidade, durante um ano, visando focar a monsagem de colebragao na importéncia de se investir em projetos com mulheres. © apoio foi de Dasenvolvimento © Paz, do Ca- nada, ¢ Novib, da Holanda. Um estudo do Banco Mundial mostra que as nagdes que promover os direitos das mu- lhores t8m menores taxas de pobreza, crescimento oconé- rmico mais répido @ menos corrupgao, do que paises em qu as mulheres sao tratadas com maior desigualdado Portanto, esses investimentos signficam a promogao da igualdade com justiga social, por meio da valorizagao ® par- ticipagao das mulheres. E esse 6 o trabalho da RME, uma ONG que, desde 1980, desenvolve projetos educacionais para a transformagao das relagées sociais entre mulheres @ homens, através das s6cias-educadoras e seus grupos focais em diversos estados brasiieiros, da area urbana rural. Com atividades de formagao, pesquisa, comunica- 40 e articulagao, utliza uma metodologia baseada na pro- mogao da auto-estima @ na partcipagao critica e criativa de cada pessoa, interrelacionando o saber local com 0 Global, @ vice-versa. Educacdo em Género, Cidadania ¢ Lideranga 6 0 titulo do programa goral da entidade, com 116s programas especificos: Formagao, Educomunicagao e Empoderarents patter agens As primeiras homenageadas foram todas as educado- ras do atual quadro ofcial, num reconhecimento do impor- tante papel de liderancas multipicadoras que desempe- rnham, além da equipe administrativa (ver quadro ao lado). ‘Algumas pessoas quo, direta ou indiretament, tiveram um Papel de destaque na trajetdria da entidade, também foram homenageadas: Astrid Kuchemann, Alzira Rufino, Ana Ma- ria Brasileiro, Ana Dias Colita Eccher, za Berbom, Elza Sirqueira, Iiza Motta, Marcelo Grondin, Marcos Sorrentino, ‘Schuma Schumaher, Maria Cristina C3, Maria José Rosa- do Nunes, Marta Buriola, Raquel Trajber, Regina Festa, Silvana Coser, Silvia Pimentel, Thais Corral, Vera Lucia Vaccari,além do Marisa Sanomatsu e Adriana Medina que atuaram especificamente nas atividades do projeto dos 25 E foi com um misto de alegriae tristeza, que a entidade prestou homenagens péstumas a Bill Smith (da agéncia Desenvolvimento @ Paz, que apoiou primeiro projeto), Kate Young (mestra da questo de género), Maria Aparecida Segura (grande lideranga do Grupo Mulhares da Terra de ‘Sumaré/SP), Mauricio Tragtenberg (incentivador da RME), [Menchu Ajamil (consutora espanhola que teve papa! crucial nna formatagao da entidade), Niza Correia (que exercou papel relevante na época da Constituinte), Onoris Ferreira Dias (participante dos movimentos populares da Zona Leste de S40 Paulo), Paulo Freire (figura emblematica, que foi a baso na questéo da educacao popular) © Rogina Estola (fominista © ex-membro da diretoria da RME). Ahistéria dessas 25 anos também foi contada através de um video musicado com fotos dos principais momentos dessa trajetéria, produzido por Claudia Ferreira. Ao final, {as possoas prosentos dosfrutaram de um coquetel regado a misicas interpretadas pela belissima voz da cantora Adiel, acompanhada por Renato Consorte @ Luiz Bastos. Este ¢ 0 aniversdrio de todas as mulheres que se entre- lagam nesta Rede! As educadoras atuais Alvaiza Cerquetra (Bahia)); Beatriz Cannabrava (de SP, € também uma das fundadoras da entidade); Clair R Ziebell (Rio Grande do Sul}; Denise Carreira Soares (SP); Denise Gomide Carvalho (SP); Felicia de Morais Soares (Ru); He- lena Maria Ferrari (Qsasco/SP); Hilda Fadiga de Andrade (SP); Jacy Vanz Perin (PR); Luciiene Cruz da Siva (Sumaré! ‘SP); Madalena Rodrigues dos Santos (MT); Maria Aparecisa Renovato Olivelra (Sumaré/SP); Maria Jose Lopes Souza (SP); Maria da Penha Nascimento (SP); Maria Ruth F. Takahashi (SP); Marla Nina Magalhdes (DF); Marla do So- corto Teixeira Lima (TO); Moema Libera Viezzer (do PR, fol a Idealizadora e uma das fundadoras da entidade); Norma H.Barros (PR); Ralmunda Gomes da Silva (TO); Sandra Regina Monteiro (TO); Valeria Barreto (MG) e Vera Vieira (de SP, é também coordenadora-executiva desde 97). Nota: ver pagina 5, com matéria sobre a reestruturago do quadro em Assembleia Geral, para o period de 2005-2007. Asecretaria da sede Walkiria Lobo (secretaria) e Edna Sirqueira Santana (recepei- onista), Rede Mulher avanga em modelo de gestao e desenho de funcionamento Visando atuar com base em uma pratica mais condizente coma realidade cotidiana, bem cama avangar no pracesso de democratizagao do poder e das responsabilidades, a Assem- biéia Geral da entidade, realizada em 29 de julho, em S80 Paulo, aprovou o novo Estato Social, para 0 periodo 2006- 2008, que também se adequou a nova legislagao brasieira {As principais mudangas de funcionamento - que ja estavam em pratica informal desde o ano 2000, apos recomendagdes contidas em duas avallades externas e em amplo processo participativo - estdo relacionadas a oficialzago do Colegiado Gestor, que participa cotidianamente das decisées da RME. ultra alteragao esta relacionada 2o aumento do numero de associd@s-educador@s que passa a ter 34 integrantes e da ‘mudanga da relagdo dess@s com seus grupos focais sem ne- Ccessidade de vinculo institucional (antes, cada educadora vin- culava-se a apenas um ponto focal, com personalidade jurii- ca, oficializado em contrato). Tambem foi aprovado 0 Regimento Intemo, gestado coletivamente e que reflete omado de agir em comum com que tod@s se comprometem. A As- ssembiéia, aberta por Beatiiz Cannabrava, ent presidenta do Gonselho de Administragao, contou com uma detalhada ex- posigao dos projetos e agées da ultima gestao, apresentada por Vera Vieira, coordenadora-execulva ‘Adaptando as nevessidades reals e as exigéncias da le- gislagdo, as instancias da Rede Mulher passam a ser as se- guintes: 1) Assembléia Geral (6rgao soberano de deliberacao, composto pelo conjunto d@s associad@s-educador@'s que aluam como muliplicador@s em dez Estados brasieiros: Adriana GMedina, Alvaiza Cerqueira da Cruz, Beatriz Cannabrava, Carolina Cerveira, Clair R Ziebell, Danizi Dagmar de Morais, Denise Gomide, Dina Almeida de Oliveira, Emidio Gil Carvalho, Fatima Cristina da Silva, Felicia de Morais Soa- res, Glaucia Matos, Gongalo Dias Guimaraes, Helena Ferra Hilda Fadiga, Jacy Vanz Perin, Lucilene Cruz da Silva, Madalena Rodrigues dos Santos, Maria América C.Pires, Ma- ria Aparecida Cotti Silva, Maria Aparecida A.Lima, Maria Aparecida Renavato Oliveira, Maria das Dores do Rosario Almeida, Maria José L.Souza, Maria da Penha Nascimento Campos, Maria Ruth F.Takahashi, Maria Nina Magalhaes, Neusa Cardoso de Melo, Norma H.Barros, Sandra R. Monteiro, ‘Selma Yuk Ishi, SirieiAp A Siva, Valéia Barreto e Vera Vie'ra: 2) Colegiada Gastar (6rgao de coordenagao superior, A (0s novos modelos foram ofcaizados apés prtica informal bem- sucedida e amplo processo partpatvo, desde 0 ano 2000. composto por oito associadas-educadoras: Benita Beatriz, Accioli Cannabrava - que € tambem a representante legal - Hilda Fadiga de Andrade, Maria José Lopes Souza, Maria Ruth Freitas Takahashi, Adriana Galvao Medina, Clair Ribeiro Ziebell, Maria da Penha Nascimento Campos e Felicia de Morais Soares); 3) Caordenaco-Executiva (responsavel pela ‘coordenagao © execugdo dos Planos e Projetos, atva conjun= tamente com 0 Coleglado Gestor; foi reafiimiado o nome de \Vera Vieira); 4) Consetho Fiscal (responsavel pela fiscaliza- .:40 da gestao financeira, € compasto por quatro associadas- Educadoras: Denise Gomide Carvalho, Sandra Regina Monteiro, Madalena Rodrigues dos Santos Vieira e Lucilene ‘Cruz da Siva). A Assembléia também aprovou como assoc ‘adas-honorérlas os nomes de Moema L.Viezzer, Ralmunda Gomes da Silva, Maria Aparecida Segura (in memorian) © Menchu Ajamil (in memorian), Aborto: um tema em debate utra atividade muito importante que aconteceu por ccasiao do Encontro Nacional da RME foi a oficina de capacitagao, no dia 31/7, focada na polémica tematica do direito a0 aborio legal e seguro, ministrada por Alcilene Cavalcanti, da ONG Catdlicas pelo Direito de Decidi. “Ao ouvir a palavra aborto, qual é a primeira palavra que Ihe vem & cabeca?”, pergunta Lucilene as participantes. As respostas répidas e contraditérias, tals como, dor, medo, dificuldade, direito, problema, culpa, crime, liberdade, morte, escolha, confirmam o caréter polémico da tematica € 0 acerio na metodologia da oficina ao centrar a discus- 20 no fato de que “a proibicao do aborto nao impede a sua pratica e que, em paises onde ele foi legalizado, re- duziu-se o nlimero de abortamentos”. No Brasil, ocorem cerca de um milh&o de abortos por ano, em sua maioria de forma insegura, comprometendo a satide e a vida das, ‘mulheres pobres, principalmente. Foi apresentado o video Aborto: um tema em Debate, com enfoque aberto e fundamentado, produzido pelas Catdlicas pelo Direito de Decidir, no marco das Jomadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, férum que integra cer- ca de 40 entidades brasileiras. ‘clone Cavalcanti enfatiza que a fematca do aborto vai muito ‘lém do fato das pessoas serem conte ou favor Fundamentalismos, poder politico e comunicagao. ‘ste foi o tema do Encontro da Sub-Regido Brasil da WACC (Associacao Mundial para a Comunicacao Crista), que aconteceu em Sao Leopoldo/RS, no periodo de 23 a 25/09, AWACC 6 uma das redes mais ativas em temos dos direitos comunicagao e justiga social, com ‘grande poder revitalizador de contetido, levando em conta demandas das novas realidades que se apresentam. O Brasil conta com a coordenagao de Luciano Sathier, que da Universidade Metodista de Sao Paulo, ARede Mulher, que € associada @ WACC, esteve representada nesse Encontro, pela educadora Clair Ribeiro Ziebell No fim da tarde de 23 de setembro, alguns membros participaram do langamento do livro © que é 0 Isla, de Metanie Michi, da Editora Sinodal, na Biblioteca Publica de S20 Leopoldo. Foi realizado um debate com membros, da comunidade palestina radicada em Porto Alegre, quando se discutiu uma versao diferente da questao, al- temativa a visto dos meios de comunicagao de massa. Apalestra inicial do dia 24 ficou a cargo do Prof. Dr. sobre Fundamentalismo Religioso ¢ Po- ltica. Ele fez uma revisao histérica, a partir de 1970, res- saltando que em varios campos havia uma certa linea- ridade, onde a cidade secular era um espago de liberda- de, sem referéncia aos concsitos religiosos que se res- tringiam a subjetividade humana. Em 1970, no entanto, houve uma ruptura; um novo discurso religioso toma for- ma, n8o para se adaplar aos novos valores seculares, mas sim para dar valor & sociedade ¢ modifca-la se ne- ‘cessério. Ele apontou que o fundamentalismo poderia estar relacionado as religides que quiseram se “ocidenta- liza" @ se modernizaram, mas que se frustraram. Alguns fatos que sustentariam a afirmacao: 1977 — derrota do trabalhismo em Israel que permitiu o avanco do movimento, sionista; 1978 — escolha do Papa Karol Wojtyla movimentos que colocam um freio no modemismo do Vaticano ll; 1979 — retorno do Aiatola Ruhollah Khomeini, {que significou a desaceleracdo da modemizagao do Ira a maneira capitalista. Explicou que, numa perspectiva so- ciolégica, a relacao de desestruturacao das redes se

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