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Ze Miranda de Barroca
Ze Miranda de Barroca
LITERATURA DE CORDEL
A zunha dum sevad
Vvi os cotco, as gimba
Uzi ingu a cacimba
A min agua dot
O pbe do cortad
O pbe do cambitro
Se ispia no tabulro
Mde cort o sinz
Impi e ajunt
Nu mai dus sufrimento
Pra no lombo dum jumento
O produto carreg
E o jumento cambitro
Tem trinta arte du co!
Quando ele d de mo
De amu no terrro
Ele passa o dia intro
Na pi pertubao
Fica possesso patro
Pode grit di isprudi
Faz csca sacudi
Bat do sangue avu
Que ele num si do lug
Morre mair num sai dali.
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LITERATURA DE CORDEL
O bicho ficava tso
Parece qui incorporava
Quanto mais peso butava
Ele oiva cum disprezo
Mais nu dia qui virava
As pata da mo pra bunda
Ningum na sua cacunda
Uma cangia butava!
Dava a gota encoiva
Andava de trais pra frente
Dava r ringia ur dente
Peidava feito o diabo
Coava o zvo cum rabo
Fincava as pata no cho
Se o caba passasse a mo
Ai qui ficava brabo
E ai , num adiantava
Anch-lhe a cara de tapa
Qui nem pur rde do papa
O Juriti trabaiva
O bicho quando amuava
Ningum mudava seu tino
LITERATURA DE CORDEL
Fazia quge tris hora
Tentano niguci
E a peste do animar
Cum cara de no agora
Z cutuc na ispra
Deu na cara cum vergio
Xing uns vinte cario
E o jumento: mais qu!!
S fazia rifung
Cum tom du rei do serto
Como quem diz: hoje no
Home dia de forg!
Z Miranda invocado
Veno aquela perdedra
Um gio de catingura
Deu no jumento amuado
Jurit dissimulado
Fingio qui nem sinto
Lambeu o p dus vazio
deu uns peido fedorento
troceu o rabo aban
Cuma quem diz:no sinh
Num quebro meu juramento
LITERATURA DE CORDEL
Quando essa peste amu
s cumpdi inrol
Um cigarro bem daqueles
Met no fiof dele
quero v ele num and!!
Z , Rapais Chi di isperana
Fis um cigarro grosso
Feito um cabo de formo
E acendeu na lambana
E foi alisano a pana
De Juriti cum coidado
No fiof du danado
Infi sem piedade
v li diz meu cumpdi
ai a coisa inveig!!
Juriti si avir
A macho ! num deu ta
Foi um coice to da Gta
Qui o casco discol
Foi um coice to agrste
Qui disloc a quexda
A lngua fic travada
Um i pu s um pu leste
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LITERATURA DE CORDEL
Da profisso s sobr
Foi a imbrema da patada
A buchecha carimbada
E quto dente quebrado
I si num caso insolado
Si v ele purai
Num prunucie: JURIT
Qui ele morre infartado.
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