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Bacharelado ‘B’ (bacharelado2009.2@hotmail.

com) Dia 20/08/2009

Encaminhar por e-mail: plano e programa da disciplina; texto de Marilena Chauí.

Questão: O que lhe parece ser Filosofia?

Luiz Henrique = Estudo constante da humanidade, uma reflexão do comportamento social. É


arte. O pensamento filosófico é importante para o desenvolvimento humano em seu convívio;
Aline = eu concordo!
Arthur = Seria a filosofia um estado constante proveniente de nosso saber? A busca por uma
permanente inquietação?
Raquel = Concordo! Fomos domesticados, e a filosofia nos ajuda a pensar.
Jaqueline = porque as pessoas que estão nesta busca, que nunca encontra respostas, terminam
se matando? Terão mente fraca?
Mariana = a gente tenta questionar as coisas, mas desde a casa somos tolhidos a perguntar.
Porque tenho de ir de sapato para a escola? Nunca fui explicada!
Jaidene = Isso parece acontecer com frequência, nas relações de pais e filhos. Mas na filosofia
o pensamento necessita elaborar argumentos explicativos. Muitos de nós, pais, professores,
pouco sabemos ou fomos estimulados a pensar antes de responder. Os cientistas são pessoas
que se destacam por desejar ir mais à fundo com suas curiosidades, a investir com
comportamentos que implicam em contradição.
Herison = estas questão, que leva ao suicídio indica problemas de relacionamento, problemas
sociais.
Ariel = é que estas pessoas chegaram a um estado tão avançado em suas reflexões que
vivenciam angústias caindo em depressão, daí o suicídio.
Mariana = acho que esta seja um questão relativa. Não é porque são pessoas inteligentes que
se matam.
Agostinho = todo suicídio carrega certa carga de desajuste psicológico, uma carga patológica
no estado da homeostase humana.
Raquel = o que é filosofia?
Agostinho = Isto nos leva a pensar, antes, que filosofar exige atitude filosófica. Neste caso o
que nos parece atitude filosófica?
Paulo = é assumir postura crítica sobre as idéias.
Agostinho = filosofar é fazer perguntas?

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Jaidene = qualquer maneira de perguntar?
Jaqueline Faia = filosofia é criar hipóteses!
Mariana = não existe uma verdade absoluta.
Ariel = a verdade é relativa.
Luiz H. = ou é verdade ou não é verdade.
Raquel = filosofia é só fazer perguntas?
Mariana = é sempre a busca de resposta.
Raquel = então não existe uma resposta certa?
Ítalo Rodrigo = depende, isso até pode haver entre eu e você, mas há de chegar uma pessoa
estranha e dizer outra coisa que para ela seja verdade.
Jaidene = algumas coisas foram colocadas e que precisamos pensar melhor, aprofundar mais.
Filosofia é arte, é ciência? Arte e ciência são uma mesma coisa? É verdade? O que é verdade?
Aline = a verdade é relativa?
Raquel = não entendi porque a filosofia é arte.
Luis H. = para mim a filosofia não é uma ciência exata, daí que ela se utiliza da arte, da
subjetividade que podemos elabora.
Ariel = você vê a sua verdade que pode ser diferente da imagem que o pintor desejou passa.
Implica em opiniões de vida, sempre vaia haver resistências.
Arthur = a questão é consenso. Não existe esta coisa de verdade absoluta, verdade relativa, a
questão é de consenso.
Paulo = mas muitas vezes a pessoa não é sincera.
Raquel = por que se fala que filosofia é mãe de todas as ciências.
Ariel = acho que seja porque em todas as ciências estamos buscando explicar as coisas. Então,
justamente por a filosofia está associada a respostas de perguntas, tem relação com a filosofia.
Jaidene = na história, a filosofia se separa da religião e dela vão emergindo as ciências.
Raquel = era por isto que vai haver confrontos entre os homens? A filosofia, a religião, a
ciência e a arte.
Jaidene = a filosofia não perde relação coma as outras áreas de conhecimento. Daí ser a mãe
de todas as outras. Como é que a filosofia se vincula com as outras formas de conhecimento?
Agostinho = as ciências se diferenciam do agir filosófico na medida em que se busca a
comprovação dos argumentos como modo de rigor científico. O método experimental foi
ponto de partida, hoje, as ciências foram assumindo outras maneiras de fazer reconhecimento
da verdade.
Jaidene = hoje as ciências se misturam entre métodos quantitativos e qualitativos. Uns se

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dedicam a pensar sobre o quanto de, enquanto outros estão orientados ao entendimento
qualitativo dos problemas. Há ainda as pesquisas de levantamento de opinião. Qual é o tipo de
vínculos que a filosofia tem com as outras ciências?
Raquel = até agora só via relação da filosofia com as outras ciências pela condição de
questionar.
Luis H. = mas também de responder.
Jaidene = o texto que vocês vão lê vai ajudar a compreender a estas questões. No momento
em que compreendemos em que medida ela pode servir as outras ciências, iremos entender
com mais facilidade o que é filosofia e qual sua contribuição.
Agostinho = o que mais inquieta a vocês até agora?
Luis H. = a conexão entre filosofia e ciência, além dessas questões que ela levanta?
Jaidene = a filosofia tem este papel o de exercer a crítica? Será esta característica algo que
serviria à ciência?
Ariel = sem crítica não há como evoluir.

Debate sobre o filme Para que serve a filosofia?

Uma vida não examinada não vale ser vivida. O que isto significa? Será evolução? É
se questionar, diria que sem questionamento a vida não se reveste de sentido. As pessoas em
situação difíceis, diante da seca, da fome, da miséria, ficando fora da vida cai no estado de
sobrevida. Isto não é viver. Viver é dar sentido a vida. Exige a busca de elementos com os
quais possamos delimitar objetivos, metas, construirmos sentido à vida. Uma vida que não é
refletida, que não é pensar é sobrevida.
Então agente via viver sem vida? Qual será o ponto final?
Eu acho que não tem ponto final! O que há são verdades percebidas ao longo das
relações de que participamos. A vida é verdadeira quando atribuímos sentido, significado a
vida. A função de tudo isto está em está sempre se perguntando sobre tudo, sobre as coisas.
Mas, é uma coisa de ficar perguntando e perguntando? Será que é a questão de fazer pergunta
e mais pergunta? Para que vamos querer saber a origem da vida? Para que as perguntas?
Quais as perguntas? Será que não estamos perdendo tempo com tantas perguntas cujas
respostas estão distantes quase sem sentido para o coletivo? Perguntas que ficam longe do
social?
Acho que cada um tem seu mundo, sua cabeça e mesmo que seja acomodada se
satisfaz com o pouco. Há outras pessoas que são especiais e que por isso se destacam e vão

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além dos demais. Outras pessoas ficam no tempo, não buscam aprofundar suas questões.
Outras aprofundam com questões mais elaboradas e se destacam.
Na aula passada falamos do cotidiano e do senso comum. Algo que fica mais rasteiro,
sem a necessidade de encontrar explicações ao problema. Outras pessoas, vivendo o
cotidiano, se identificam com curiosidades mais profundas e se destacam dos demais. Será
uma questão de tudo ou nada? Uma questão de busca pela inquietação? Neste sentido, o que
vai diferenciar as pessoas, umas das outras, será o modo como decide viver. A maneira com a
qual as pessoas transitam no tempo com a dinamicidade de quem se percebe inacabada,
redescobrindo-se, reinventando o cotidiano.
De certa forma estas coisas decorrem de crenças silenciosas... Será que a vida se reduz
à eterna perseguição consciente, à busca da verdade lógica? Seremos seres do absoluto? Não
estamos diante do entendimento de que viver seja algo cuja demanda nos possibilita pensar a
dialeticidade entre contrários com os quais a vida se faz vivência? Ir a Marte não é
possibilidade? Algo em que passa pelo entendimento de que ‘ir a’ expressa uma anterioridade
delimitada por quem não lá foi? Ao mesmo tempo, não ir perpassa pela idéia de que algo pode
ser realizado e a decisão foi por não ir? Com isso, será que podemos assumir a afirmação de
que somos pessoas absolutas de crenças silenciosas e outras de atitudes críticas?
Provavelmente a nossa busca seja pela compreensão de que se somos espécie
diferenciada pela capacidade inteligência, neste sentido, a vida sugere expressão de nossa
competência de nos tornarmos pessoas pensantes, hábeis em sentir, em emocionar-se, em
criticar, em agir diante da diversidade de realidades do cotidiano. A violência infantil, até que
ponto pode ser identificada como algo da infância? Não estarão aí contidas idéias de que
sendo a violência infantil condicionada à pessoa criança está, igualmente, associada ao
contexto do adulto, dos problemas sociais, das políticas, da economia, assim como da mídia,
dos instrumentos de comunicação, da educação?

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