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A Relação da Antropologia com a Engenharia

A relação da engenharia com a antropologia é direta, quando é desenvolvido um projeto para a criação
de um produto, seja ele, uma garrafa de bebida, uma janela, e até mesmo um veículo automotor, são
levados muitos fatores de estudo social em conta, ou seja, a engenharia é feita para homem usufruí-la
da forma mais eficiente.

O engenheiro tem que ter uma ideia a partir de um público alvo. O estudo das pessoas está diretamente
relacionado a gostos, preferencia, religião, cultura, etc. Quem faz melhor esse estudo tem muito mais
chances de desenvolver uma ideia de sucesso ou causar um grande problema.

Um exemplo é a relação de marchas do câmbio de um veículo, um carro de corrida não usa o mesmo
câmbio de um veículo popular, porque cada um tem um objetivo, cada um é adaptado ao
comportamento de quem o usará. Além disso, há outros fatores não diretamente ligados à antropologia,
que devem ser levados em conta, como valor, durabilidade, qualidade, transporte da peça e viabilização
de logística global das peças.

Em geral tudo que criamos na Engenharia visa facilitar e melhorar a vida do homem, a Antropologia está
em tudo na Engenharia, com um melhor conhecimento sobre os dois assuntos podemos tornar nossas
criações cada vez mais úteis e adequadas ao homem

Engenharia e a Sociedade Brasileira: a Importância Desvalorizada do Engenheiro na Sociedade Atual

Muitas pessoas, ao longo do seu cotidiano, não reparam que quase tudo ao seu redor foi obra do
trabalho da Engenharia. Ela está contida em quase tudo que vivenciamos e utilizamos, mas muitas vezes
passa despercebida pelos indivíduos da sociedade. Abaixo, leia um artigo, na íntegra, de Denis L.
Balaguer, sobre o papel do engenheiro na sociedade:

"Na cadeia da inovação, a engenharia se apóia nos conhecimentos da ciência, acrescenta o seu lado de
arte, através da experiência, percepção e criatividade, e cria a tecnologia, expressa em um novo
produto, serviço ou processo
No dia 11 de dezembro de 1933, foi baixado o Decreto nº 23.569 regulamentando o exercício das
profissões do engenheiro, arquiteto e do agrimensor.

Em homenagem a esta data, atualmente no dia 11 de dezembro comemora-se o 'Dia do Engenheiro e


Arquiteto'. Entretanto, com exceção dos órgãos que congregam os profissionais, como o sistema
Confea-Crea, a data parece não chamar muita atenção da sociedade.

Por mais contraditória que seja, a aparente invisibilidade dos engenheiros na sociedade se dá
justamente em virtude de que suas obras perpassam todo o corpo social e são onipresentes à vida
cotidiana. Porém devemos, enquanto sociedade, refletirmos permanentemente sobre a relação entre a
engenharia e a sociedade.

Grande parte dos objetos com que interagimos durante um dia comum são o resultado de um processo
engenheirado - desde o despertador até o nosso carro, dos alimentos matinais à internet, passando pela
televisão, as ruas e os prédios e até as roupas que vestimos.

Todos estes objetos, que nos são tão prosaicos, são o resultado do engenho humano, personificado no
profissional 'Engenheiro'. Todos estes objetos surgiram após noites de reflexão e semanas, meses ou
anos de experimentos, testes, desenvolvimentos e aperfeiçoamentos, momentos de profunda técnica e
de sublime paixão, até que estivessem prontos para nos servir.

Mais do que dispor para a sociedade objetos que facilitam a vida e trazem lazer, a engenharia é um dos
elos de uma cadeia virtuosa, que a partir da revolução industrial, vem dando a humanidade um
desenvolvimento econômico e social sem precedentes na história; trata-se da cadeia da inovação.

Na cadeia da inovação, a engenharia se apóia nos conhecimentos da ciência, acrescenta o seu lado de
arte, através da experiência, percepção e criatividade, e cria a tecnologia, expressa em um novo
produto, serviço ou processo.

Segunda a teoria econômica, neste momento se opera a mola propulsora do crescimento econômico. Só
há crescimento econômico quando há inovação tecnológica.

No Brasil a necessidade de crescimento econômico é dramática, por isto, no dia 11 de dezembro,


devemos refletir, engenheiros ou não, no papel que a engenharia vem desempenhando na sociedade.

Somente desta reflexão pode emergir o entendimento de que tipo de sociedade, certamente próspera e
justa, queremos atingir, e como devemos trabalhar na consecução de nossos objetivos.

Por fim, para iluminar nossas reflexões, invoco o Juramento da Engenharia: 'Prometo que, no
cumprimento do meu dever de Engenheiro, não me deixarei cegar pelo brilho excessivo da tecnologia,
de forma a não me esquecer de que trabalho para o bem do Homem e não da máquina. Respeitarei a
natureza, evitando projetar ou construir equipamentos que destruam o equilíbrio ecológico ou poluam,
além de colocar todo o meu conhecimento científico a serviço do conforto e desenvolvimento da
humanidade. Assim sendo, estarei em paz Comigo e com Deus.'"

Denis L. Balaguer é engenheiro mecânico e jornalista científico. Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail"

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