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Teo ox Pi-33 accor Odbuctio. Lin Lite pasa. ghemoa. Ae ee imontints Fonts. Ao Pato, 9004. Capitulo — Soxinho no siléncio do seu quarto: por onde 1. Aspectos da exfera ecadémica de comunicaro uni neg pr ts deol ars na concep dele ede nosacpacdade dat antedpaniocljeges,coneapand ies, Gabe de mundo ~ dessa tensao ene vores ‘Dato, ese conse stata isimerosespects que tsa cng quarto enon como meta publica oso Satho,opeepal dele, sem divi, la spe Giles, que temos em mente quando optaros por 6 rds qumtio do ler € bastante complex, pois ide do grupo profisional 8 guem dxgimos novo Pati, deve pensar tam Ta banea examinad, ¢ See msm pot eterna nt uso sins ae toma ve coms gual preseamos dao se leitor que avalia 6, invariavelmente, moti e s invariavelmente, motivo de Brandes preocupagGes para as pessoas que me procutam, Sendo a principal delas quanto ao padrio de eserita acad- mica que se deve seguir. Nesse aspecto, no basta nos in- teirarmos das normas legitimadas nem pensarmos em ves- tc outa oupagem, mal fra para nos comune © que estatia de acordo com a produgio de um texto obe- diente~ fazerreativo ~ endo de urn trabalho feito-pelo-im- puso, como me referi na introdugdo. Além do mais, conce- ber a linguagem como algo exterior a nés, como um mezo instrument de oie de pense provtos& 1.1.1. O que esté em jogo quando decidimos escrever no esfera academia de comunicagao, A defo de gneos do dicuso de Bain 9 pode nos exter soe o esr aera ca ei orgu vag digas dtem nc ruta ora quant cto as us ont ces Intgrantes das diverse exes as svdades haan Seinen ceemerines orem Sohaeaers Segunda o autor, os enunciad sles iados, quaisquer que sejam cles, embor indviduais so repulados pels esferas de wt lizagGo da lingua, as quais elaboram tipos relativamente es- Saas bell mee (pees enact sca reeset et Seer diivimecangen de spesr rss Ea Tienderce Sab ore isa téveis de enunciados, que seriam os géneros do discurso. A idéia que temos da forma do nosso enunciado, isto & de tum gener preciso do discurso,dirige-nos em nosso pro= cesso discursivo,dita-nos @ seu tipo com suas aticulagses ‘composicionais, seu estilo. De fato, quando escrevemos uma cara, ou um e-mail, um amigo proximo, as palavras uem com certaliberda~ fe, a pontuagio que aprendemos na escola vai sendo dei- yada de lado, exageramos nas exclamagies e reticéncias, {damos por suposto que nosso amigo se lembra de aconte- ‘imenios aos quais apenas fazemnos alusdo em frases corta- ‘das ou entrecortadas por noticias noves que Tembram 0s fatos antigos. Também acreditamos que, obviamente,dian- te da felicidade de receber noticias, pouca importancia ele aed aos nossos ertos de portugués. Quando relemos, se é {ue relemos, nosso enunciado, também prvilegiamos 0 fom, e no nos preocupamos em supercorrgir os ertos. Ex- pico: preocupamo-nos mais em comunicar a nosso amigo fim certo estado de espiito do momento, uma disposiga0, lum sentimento do que em exibir nosso dominio das regras do bem-dizet. O erro, nesses momentos, pode até faverecer nossa expressividade, “Mas entio, nesse mesmo dia em que escrevernos a nosso amigo, pecisamos também enviar uma carta ao De- tran solicitando a revisio de uma mulla de trénsito que nos foi imputada injustamente. Nada de relicéncias ou excla- mages, © muito menos de frases pela metade. A ordem & ‘acionar nossos conhecimentos sabre o modo-padrao de fa- Tareom autoridades pablcas, at para melhor convencé-las de nossos argumentos, Vale exbir um certo conhecimento das leis, nam tom contundente, mas respeitoso, de quem fceita es hieranquias da ordem socal , clara, nada de erros de portugués; e, na reeitura, € bom lembrar de usar 0 di- "Em uni mesmo dia, fomos entZo capazes de montat, de criar utlizando recursos jé arquivados dois géneros de discurso completamente diferentes, diigidos a leitores di- versos e com objetivos antag@nicos, Para tanto, langamos ‘mio de conhecimentos dos quais nas apropriamos, © que vvém sendo construidos de longa data, por outros antes de és, por nés e pelos que virdo. Somos, pois, aptos a utlizar com seguranga formas padrao e relativamente estiveis de estratunagto de um fod. Relatos familiares, carta, declaragdes piblicas, modo lte- ririos, formas de exposigdo cientifca sio alguns dos int ‘eros géneros discursivos elencados por Bakhtin (op. cit), #0 ricos e inesgotivels quanto as esferas das atividades rumanas. Estudé-los, portato, ndo étarefa fll, mas, em mini- mizar sua heterogeneidade, o autor classificou-os em pri métios e secundatios, senda que faz pate dos ilimos ois curso cientifco,caracterizado como apatecendo “...em cit cunstancias de uma comunicagio cultural mais camplexa € relativamente mais evoluida” (Bakhtin, op. cit, p 281), Nes- saeesfera de comunicacdo cabe 20 autor define seus intuitos, eleger 0 tema, dando-Ihe um certo acabamento de acordo com a abordagem do problema, do material, dos objetivos a seter atingidos e também do contexta extraverbel © conceito de extraverbal & muito importante, pois compreendemos o sentido global da palavra também con- siderandl a relagio reciproca dos interlocutores,o papelea posigio daqueles para quem dizigimos o que temos a dizer, (© amigo intimo, a autoridade. Bakhtin (1997, p, 283) afiema ainda que, embora 0 enunciado possa refletir a individualidade de quem fala, “nem todos os géneros sio (..) propicios ao estilo indvi- dual”, Obviamente, é no mbito da eriagaoliterdtia que os autores ndo s6 podem como devem se dar grandes liberda- des estlsticas, 0 que néo & posstvel no discursocientfieo. 2. fra ato ho doo win rnb pain erg ‘ebb lene pan egy op paan arp dst, oe Be Sehusrens em ie darn ons nace essepepn eon de panbae anon“ as conos ast Raii fe fa sco au esshar qu tano-sedo dca en ces ett sei, prmelmment pare dos ee aeons cen gs sft om fon eta a oe et onsngio e abernon core a ern deme epta cena formas ret jae ce ace seen ecadpemotekt Seo ne gale dae vcd poem cma ome ha an tuned qu awe ce Theta Nee pls a meas te em conora unr TaD ua gues pera a fie ret Oo a ee eerie compo ta, um posicionamento (ct. Bakhtin, 1997 pp. Sr prt, tm ce co penn vena mara Fe nen gu oe én 2 tec gue Sepa 3a We como forma econo fo areas gnome ae co de um todo acabado, cabe a0 autor ser avo Mr eas mo pode po ol ate ng tect canis gnc» co lan coe mses ra i oe Sei motor ene “tot, que Tespastas suscitam. Quero dizer com isso Wo: ae weer ei cet doles Co uo: rela Sm ed qu ited dics etrentes compen cortame ens a “Trove ser contxtutizadas em stuagSes dialgicas, emt en ca po ae ra aut crear gave pea 80 20 yo ae edo omple wee Fo cru pon aa nm ci oa mem mina cae pulse de compartihar iéias sempre em eonstrugio jf que & fealizam em fungfo do outro, de uma nova e por veses mente diferentes, as vezes até contrésias, | 1.1.2. As mesmas pale 2 plac, euros cones, nim sentidos, ' bes oe depois, o leitor pode ser remetido a um discurso relipis. Ge discus, certamente conti, & incsive ua foe ‘vos, vezes j4 mortos, " 4. won nb bo umpaleb flere crs con wos eon ooeconarne se dors pode or: ‘ra uma baa /8 riot num caste mse bela gan canie Sn ee wre ae ano lizou uma reportagem exatamente com aquelas palavras. (Observers sua inten ‘CNBB S. Em antigo publicada na Fla, dom Aloyso Jost [eal Penna ataca textos em gue 9 zepdier [o proprio autor cla reportage) apontou pecados flantrépicos de entidades ‘atdlicas. odendo :esponder a depoimentos, nvimetos, ct frase dates, oarcebispo, responsive pelo setor de Educacao da CNBB, seu pla tangente ossicaFalou de “cena re Bota” e de “vsbes do.cosmo”, Deus save a lgreja, Ber, 0 objetive do jomalista era denuncia a instituigio por maniptlar dados a fim de continuar sendo favor: ‘economicamente por meio de uma lei federal que isenta en- tidades filantrépicas de determinados impostos. Para 880, (ol inicoe fez uma pravocagéo, utlzando-se de palavras bastante caras nos discursos dos denunciades ~ pecado, i losofia, Deus, salvar, Fgreja ~ para compor sua enunciagio, diga-se, bastante contundente e sagaz. Veja que 0 uso que fez delas foi, partanto, completamente diferente. De fato, a lermos o texto de Josias de Souza, entoa: mos a frase em questo de maneita totaimente diversa da ‘que entoariamos diante de um folheto de missa. Iso porque sizamo-nos diante de uma enunciaga0- logo de inicio, org te acordo com © género discursivo de que faz parte e pre- ‘vemos a maneita como sera articulada 2s palavras e formas 0, ruturagio que serio utilizadas e como ost tipicas de fos recursos retiicos ete Porém, iso ndo muda o fato de que os contextos em «que usamos determinadas palavras so sempre inicos para cada um de nés. Ainda que se repitam, respondemos 2 eles cde maneiras diferentes, pois vemos e percebemos o mundo Aiversamente, sendo gue somos consituldos,justamente, tanto pelo que pademos como pelo que nao podemos ver. ‘Nossa pritica discursva cotidiana é composta de nos- -omunieativas ce momento, como dentunciar, sasinten 4. Spalted np lpi do snot estan a ‘cher cco, np 2p aaa, Jmprimindo um tom iténico e contundente na denincla, corar por meio de um discurso religioso, entre outa. © paradoxo seria entéo: por mais que alinguagern seja comum a todas nés, 0 que temos a dizer, segundo Bakhtin (1997), & sempre irepetivel: “...todos nds partilhamos do que 6 tinico” (Clark e Folquist, op. cit, p. 96). ‘Veja como a tarefa de escever reporta a aspectos com- plexos, a questdes humanas fundamentais. Pensando no tema deste lio ~ 0 texto académico -, & pois a situacio social imediata, qual sja, um determinado campo de saber académico, cam suas condigdes reais de comunicagio, sua histria, o momento pelo qual passa, suas divas e conhe- ‘imentos, suas relagbes hierérquicas, de poder, tanto quan- to omeio social mais amplo (as razdes pelasquais se produz cinia, por exemplo) que vo doterminar a estrutura de nossa entiniagSo, o que equivalea dizer, oto intencional, sempre expressivo, construido por nds (Bakhtin, op. cit). 1.1.3. Leitoramigo,letorinimigo, leitorpar profissional, Istorenaminosorlstororientadr.. vation 4 os amigos einimigs om pares profsonas, com cs quis mantemes una regio mas snr, eo com ponentes da banca eaminador, cm on gis 9 reap, {contro casa. Ese compli conteto ena: eral, esa composigo de forgs noe onenta na labore Sho verbal era vez um aut expt mute caramente esa custo, muita vers conditiosa. Dada a abordagem do Jroblewa da disease propurhao fnberintso en tre dua ees ctinas do sab banca waanaor eta Compost pr im prossona de uma delay pore oe totale sr aaa orl a qu oa sim cnet dt moa oon Sse balho académico fazia parte, Surgiram dificuldades para tender a esses dois leitores 0 primeiro dispensava algu- ras informagies sobre o percutso prfissional do autor exi- findo maior objetividade na arficulaglo de conhecimen- {on os pares profisionais,certamento,entenderiam me- Thor trabalho se aquelas informagbes Ines fossem ofereci- dag mais minuciosamente, E, de fato, um conflto. Sugeri {que o autor nao se estendesse muito em seu percurso pro fissional,atendendo ao leitor-examinador, mas que selecio- snasse alguns dados importantes para contemplaroleitor-par profissional. Se, por acaso, 0 primero fizesse objeges a essa Composigio, 0 autor-avaliado podera argumentar a favor de fa escola, justamente evocando 0 outro leitor para quem a dissertagio era dirigida. ‘Nessas horas é que nos afirmamos com nossos dize- res, assumindo o tisca de fazer escolhas, Embora o poder do examninador seja, de fato, significative, nao potemos Simplesmente nos submeter a ele, sem contra-angumentar, também no podemos ignorar essa relagdes hierérquicas, pois; nesse caso, corremos 0 risco de apresentar um traba~ tho sem lastro, um vo livre que pode terminar em suicdio académico, O ideal é procurar contemplar os diversos lei- tores, ou as mais variadas facetas de cada leitor, sem pre= tender a perfeigdo, mas equilbrando o trabalho com mo~ ‘mentos mais arativos para uns e menos para outros, of recendo diversas portas de entrada no texto. Quando a coneliagdo no for possive,justificar as escolhas, com a preciosa e fundamental contribuicio do orientador, &im- prescindivel “Als, o orientador também 6 um letor que precisa ser conterplad; por iso, a escaha do professor que iré acom- panhar © autor no processo de trabalho exige cuidado. |hlem de se inteirar sobre as condgoes desse profissional de ‘rienté-lo no conteida das idéias, & preciso que 0 orien- tanelo procure se informar sobre a forma de concugio do trabalho, se 0 orientador privilegia mais 2 obediéncia as pte 169 [ET poo anand a msde pera ds ia on sv contro cma aleve ys liagao do material, acolhendo iula cto nl rs ons a i conan operons st coe ey Neu chm js de alr in iO inprtnc quco air Sots ek ‘ccinpaiods dasa Esferaacadémics de comunicagie | Ginero de ctsutso secundi, 1 Comunicag calms comple, i icago curl mais comple # mais evoluia, f= Expresso Ge tama menere de pensay de un porto de vista a patie depalavas que petencers comune Quem ée seu leita? 1 Amigos o qu eva imprimir um tr de cumplidade, ao so de eset de puoninacdo, para ezendaeposconanete, | 1 Inimigos 0 que leva wo uso de tom contundente de estategos ie convenciento, de anecgagso de espostas a posses a ison mais elevado na order hierdiquica do comtoce exarvebar Lembre-se: vocé deve contemplar a todos para tomarseu tl texto insigantee bem argumentado, | 1.2. A arte de dissertar J tendo consciéncia do que significa apresentar 0 seu alive em uma esfera académice, & necessério que o auitor ‘aompreenda © que significa elaborar uma dissertacSo,jus- lumonte o tipo de discurso que circula nessa esera ‘Oteato discertativo tem como fungao expor,apresentar ow leita as ciforentes formas dos saberes, bem como cons tnuos (Dolze Scheu, 199). Para que insira seu trabalho no arsenal de conheci= nvatos disponiveis, que o localize no movimento rofexivo strico da érea em pauta, € preciso que o autor se dispo- nha, entio, a estudar e conhecer outros autores, tanto para eles se diferenciar como para apresentar afinidades de ppensamento ou de pritica, tanto para refuté-los, parcial ou lotalmente, como paza zfezendé-los, ou supers-los em puns aspectos, $6 assim poderd afitmar-se com o seu dizer, Fontbuindo na construgia de saberes, Tamibém & neces Fio que o autor consign analisar,avaliare criticar seu mate: rial empitico e sew objeto de estudo, guardando portanto tistincia suficiente para conseguitfazé-lo. Ou seja 0 gue se protende basicamente em uma dissertacio “é demons- rar uma tose mediante argumentos, apresentagao e carac~ terizagdo dos fatos, das razdes, das provas, examinando-se as razdes contrérias a tese © prevenindo-se de objegSes! (Severino, 2002, pp. 185-6) 1.2.1, Dizer bem dito, dizer com ore Ejustamente a pretensio de dizer bem dito gue faz do dissertar uma arte j6 que abarca tanto a possibilidade de aprender técnicas ¢ procedimentos como de apropriar-se eles imprimindo uma marca pessoal. Pasto-me agui na idgia desenvolvida por Reboul (2000) no lio Introduce & relérce, © autor retoma as origens ¢ fungSes da retdrica para reafirmé-la como "atte de persuadir pelo discurso” (op cp XIV) sendo persasio a capacinde de evar « cerenio ncesaramertedeloare net Mange aon ean ure de maniuare oes enganar?, - Para responde; Reo op. mando gies eta é ume eg ages, ta ono pend foma a histca af. fo sega ue em ua fer qualquer causa & g ‘num tempo em que nao existiann advoga dos ¢ as pessoas precisavamn de preceitos prtios pare se defender diante da justice. ra a retdica judi ddoa qual a capacidade de convencersesobrepte en sendo que slo justamente as piozes causas que neces tam de mator ape etrico’ Nea €poca, olan quedo munava er: “transformar oargumento mais faco no mais fort” (op. ct, p30 que dav ao dscrso um poder so to grande, . vido ema eae objeto 0 nO fica sem referente © no ter i rOptio sucesso: sua aptidai wean deligae peo ema do oan a deer ean ne Portanto, a do discurso, a retérica (Reboul, op. mo _O isuso, net perspec nf em promis aio drones deen des ato inpcsblindoe deri: Seno sain ee Wade des etna na ¢ ncaa ordain ess mia asd alae nine dente oeakg Sinaopoder Rebun ap. slang sedan gemenge rere kk mle ede ls ‘marastos 3 lo inpntnds spumentard qua os fs oprend oni de ‘foment washes eae, me ice paniniocompeeseereLeeesnrtie ns Sects brcope nee inn eernee Todos nds conhecemos muito bem discursos dessena- tuna, pois anda hee tale oje mais do que rnc su lrgamenteutizados em diversas cantestos, um dle ‘cl propaganda, especialmente apotica. Desde as pode twas mages de arto posants, quando o Bras um das swcoists em aidents de rinsitoosincentivos ao vio Je fat quando comprovadamente se sabe que o ciara prjudicna sade af6 a mudanca de visue acompentada tie isersos mas randos por politicos de esquerda e de tire, o que seve éa intense de domingo outro, para saws desse dominio ganhar pode, econdznico elon pol cv, mas no a comporrsso com ocuto 2 respensabiida die de propagareavalar o que acontce na realidad Mas Reba op) cot onan etandoe mages histicas pls quasar passando. A ca cidade de qualquer un pesuadr qualquer um elevou-se 3 uma prtica 56 aeitivel se esivesse causa orestae nobre € que Unenato qualgur outa rca plo mau so qe dl vem alguns” (p11). Mas € com Arstétels, segundo 0 au- to que a retéica dia de serum instrumento neuro © ga hau valor relativo. © flésforeconhece seus inte € mas no que ela 6 indspensiel & condgio humana Mais do que discal pelo prazerdedsculiy de evecare, bolando truques para de vest, como, por cxemplo, ingindo imparcalidade por meio de obeces a0 pro discus, 6 importante seguir certas reese raco Gio eutizar arguments plausives sempre em favor de uma ago social Esa ago soil, no caso do discurso reéric, no €2 da citncia nate, da objetividade, mas sim dente ostos dominios oso, toolgia,publicdade ot), das ciéncias hhumanas, nas quais, mais do que demonstrat trata-se de chega a provas mais ow menos convincentes¢ arazbes mais ou menos razodves,o que dé ugar aartee& 1.2.2. O dizer @ partir do agir _ Mas voltemos ao tema deste iva, De fata, observe que no ratamente o autor do texto académico& tentado a se dis tanciar da tarefa de comunicar que foi possvel aprender dde seu material empirico para apenas impor-se por meio da palavra. O resultado & umm discurso pouco inteligivel,res- tando ao leitor somente constatar re, gue autor erudito, em ver de interagir com o text, conversar com a autor, dis cordando, concordando em parte, elletinda sobre novos aprendizados ‘Sendo assim, considero fundamental que, antes de mais nada, o autor se pergunte qual a sua intengéo a0 produzit conhecimento, para ent3o iniiar a organizaglo de set tra~ balho teafismando-a, discernindo no que sua dissertagioiré contibuir para ocrescimento e desenvolvimento humanos ‘com qual inguagem ird se apresentar a0 leitot Em termos de construgio da dissertagdo, para quem ‘opta por comparilhar um saber, uma estratégiaeficiente & 8 organizacao l6gica ¢ 0 levantamento de argumentos @ Parti da acdo, que seria 0 material empiric. Certa ver, acompanhei a angustia e afligéo de um au: tor que havia elaborado determsinado plano de trabalho, as pectos tesricas que deveria abordar, mas depois, com d ‘versos capitulos jf concluidas, com 9 plana concretizado, douse conta, junto com seu orientadar, de que a disserta ‘io nfo estava ber articulada, traziainimeras aestas que precisavam ser aparada, enfim, nfo desciaredonda’-O inte Fessante nesse episédio fi ofato de justamente o material empitico, um caso clinica, ter dado o alerta de que algo nao 2. rn cone 0s separ pie pag cara i as impo ue enor goon ds cra mcrae & Cero brnnda som dat dun aon cone acc scree ‘soso, Agu i un bom explo rece terion ve orca {Sedalngagem wt wow rng ace valved mana perso ‘eve ov pede lan enon oinecinc ote ve wna Dare ‘ed para ele, dmadeno gran ome vara labo. De fat. tora apresntaa eto vasa qu oe 1 ete permit aver inks com oc cio, Ot 1 clara fede nonnagber trenaren at ‘a se deer do abo, : srg, qoe de mo agus esse po depo vere ee ene hanor gu most na cules rave Ao conan, mas ves rect a retin un puano de tabalho pata eno eejvoumos no can exch. € Pa a ee promo de saboraio deus rt anh na pos de weve muda Shona rasan na Tae gata de convencer pela exbigio de um vasto con ce nfo ve deaina a gue fre obsorado td rie elena aca o Pe dara i= aa rt de que o materia oletado pra anise pres sds apenas ra cota ago 84 aa crane quando na vetade, oe ampin © ch Caos alan se nds sues obser na pr a ore eto apt ee fla arte do te earn aur quart inia tabalo dca er lta tabalar com 85 NPO Pe ato poy ado pores de vata nen eee sponse peer sempre compor Oganict= \nfdlmmere,ainda pereeber que nos cesta presente em nossa sociedade a valorizagio de uma linguagem despojada de vida, que Teluz como ouro fais; impossivel nao nos impregnesmos ela, A questao é mesmo de escotha: ou nos deixamos le {Yar por essa ideotogia do bem-dizer ov, do conto, pre {isamos trabalhar com afinco para superdcla em favor de uuma linguagem mals préxima do que somos. Ou se rais do que parecer discurso, assim como seu autor precisa 21 0 que significa que forma e contetido sao insepariveis € que, Como ressalta Reboul (op cit), arte retdries, ou, no caso deste livmo, mals especificamente, a are de dieerta, do se reduz a um conjunto de attifcios, mas deve see aprendida, pois através dela se pode revelar um pensa mento justo e since ‘Ate recent cxprs, ate em qual ningun se ‘4 ate oy mas simplemente compres Ree ae attend secontnda com ais fp Co paecenaa ce Sc odiscuso ines O areca cinedasne ga gurquena décero,éo ermstaguna quedasaniepoeas rete pose: prebido como ak E edpio coat fr sar despecebid (.) Reboul op cep 228 Escada de a art pasar despercebidaremete, ate tent, didn do todo oginicoem quedeve euler, tendo guco orp to de cto padre pensamento, Nid pols uma sluglo para ox froin uma verdad, segundo Reboul (op ct) regshece soe s6hasica omaricar a ntroatr ates de tae mento, de um conunto de estatagemas. "na mare ewes a verdad 6 extabelaid'tenommente depot de mas dvds, debate, abalhos (3939) For ess razio 6 também a propia ago de isetar 8 mbes cb, a gn de dca Ire am un © aa laren ie popcit do ones ge ane ra prev npn om aachon irene ste ae les ano ere mas oda, tunes adowiste toe athe Imtodboga. Nee our eevar dearer! miucanerons oat upc omo mara ober ie {tote dias ee creo ro ardancs Cent a ene nome pat cw ees eo og "me ce ps een ogi fo eo Fungdes do ginero diserativo 12 Expor presenta cons bers, 1 lnseicctabatho ne arena de conhesimentes 1 Apesenar visio de mundo de autor 1 Dialogar coun kta do pensement, do conhectmento ea ‘Quem éo sou liter? 1 Alguim que vot prelende convencer da partinncia de sev trabalho gu io spies dain pondo im dca 18 Algusmn que vlinterapr com oe dee desde que voot pe rita ua ead note, 1.3. A erganizaséo, a fluéneia @ a clareza do texto Como jae! ateriorment, organiasio de nos no dcursodepende em rane parte de nonos ines toes da imagem que eros doer pa sem digines teow fento cm determina objevee em determina conteto "Sendo asi em pineiolugs quando eaberamos 0 ceputonedtéao de una Gaseato€findamertl que pensemos em gaharastengio do lero que podemas Tree de ina manaia muito simples resatando 8 perinenca de nono tbat, us importa pra ea MCeonheamentoen que est inser no que cles afina tom as pretipacbes Go momento eo que pode scece tarem trmos de eninomentes Tambo 6 sale efcenteaapresentagio do prcuso do ato ars de uma naratva reve gue engi ape nas os acontecmentspertnetes sus apres cme Umeprsentane da cade sabe en quest. 1.3.1. A ordem dos fatores altera © produto De fata escolha do encadeamento ligco de des efouinormagbes€ fundamental (No deed ciao 7) Una fata eomum é quando no ceptlointoxdutiri’, a autor compe o primi pardgafo com une obseragz0 volta 3 abordaro patiuls assim que seabam ocotendo 2 redundandas eas repose. Uma imagem gue pode sudar nessa organizagio & a de ua prdme etd! teremosentfo a ese na paste speror 0 Vrice na inferior Os primis pasate se tina pase superior dessa pimige iver, la neles pode conte por exampla una caraterzagio ge: fal do ter, contetuaizads na histla da ea, Now Se Hosmente para aprofunds lo, Pode sera defngao de tr- tora da re, resgatandoe pritcs eonagradas oa mas tradicionats cf anunclando a mudanga de praia, por exemplo. Mas alguns paras, nae um aflame, vamos nos aproximando do wérce da padi, agul¢ Posse! apresentaraaticuagso ene dreas, por exempl, hovas possbldades de atuagdoeloa de aportsteGreos Gu mesmo a expecfsnglo do objeto da pesgusa, com & explctagdo da pertinénca do estado pasa dee. Pode-se também elaboarpergntas formula ipleses, expla: do ou nzoo pereuso pescoal do autor, desde que ete sia aa luster dtea de stuaco, Ent, chegamos ao pice A pismide um pagrao com o objetivo do esta, no tual também pode ser elated bnevemente esse momen ‘emacs cat mm non cues citados no capitulo da revisio. E preciso criar expectative 1.3.2, Ser claro @ ser preciso Hi tamivém a questi da clareza do discurso. Ressalto que esse aspecto também depend sobremaneira do publi &) pata 6 qual dirigimos nosso trabalho. Se pasticmos do preasuposto de que o letorestdinformado sobre determi haddos pontos que itemos abordar, obviamente nfo seremos mutto minuciosos neses pontos, adiontnd conctsies Postel endo compromete a composgio do baling ses Ino se pode exagerar. ee plc: hi epresste,proceimenos objets espe fos tao ullzaos em determanadas See ote ass lebrando gue moson ites nsseiorcees pares protsionais pode ser de bom-tom, unto ee rosidade, = notas de rodapé explicativas, o Um exemple, Cera ver aomnpanie! cn rabathe que aprsentou esa il O autor um tempeuta atc oe ae tnha Seto de um lira no atendimentte seo aoe fe mostrndo a identengSo deste com 0 personaven da hstéia mas esqueceu qu eer poders oconenes lls o qu imped compreener cocoa aio coma malian feta pelo autor erapauta Segoe ae gue fans una bev stese de hs parva sca Ab ha referencia a jogo, programas de tee personae gue sjam € important explicar, descever sonitencey ainda que bevemente Deveros proceeds nesta an eta com determinados concetose jangoes protien um culdado com o lator que o apron actos Também compromte osspecto de cares 980 ex- vo de coneios de senso comum, potas nets og Bprvto de comploxdade, que std intnamente cers 4 necesidade de ser proc, Por exemploullaaces do Brecsadetnir daramente,no decor: do eso queen, Himettos que fae lca dese uals porto de vista? a — a va otto de sta no podemos esque esti presen teemuma diseragi: on soja sempre seersionca ete, tua do fet, a visto de mand do autor O qos eae deve, porém,éafiradla puta esimplesmente emcee, prometer minimamente com a hsttla do pensamento, do Fonhecimento om foro, com o dldlogo ent os achores No aspecto da clateza tambim eto as divides sobre o tamanho dos pardgrafose das frases: Muitos aconselham fac sompre parka mats criog com frases tube cures pura facta altura, Nao concordo, Contemnparo Kellor ‘ao signifies, necessariament,facitaro trabalho de en tendiment, de interprelagto. Forem, néo podemos dic tar dilogo com o xt, bloquear a toca, impedi a i raglo, Sendo assim o ideal nao se exceder na qual de informagbes, ou idéias, ou conctasdes num mnestno a ‘gro, posse forem mutase novas ao Teor, ee precia Teler muilas vezes,tentando orgaizar urn pensament, ‘quando isso éarefa do autor. Frases cutas podem, de fat, Sucar nessa ora, mas nao ha uma regra a seguir, pols tadas om excess, umas em segulda Bs outras sem quees team lgadas por terms assim dessa fora, consequert mente, poréi, portato, sendo assim.) que indigaem 2 rela entre ab ideas, mostra apenas que 0 autot pOuCo Compreendeu o conteddo que estéapresentando fo estou dizendo que anecessilade de reler um tex to significa, pecesarament, que ele ndoesté bem organ ‘ado, pouco claro, Mutas vezeso que temosa dizer én imo bestante complexe ent a inguagem também o ser Oo que exgté doeiter mais reletucs para apreender o con teddo, E preciso discemiro que é completo, e exige una sila que, mesmo send comp] linguagem complexa 10, poe ser ito de manetra menos abstrata, deforma mais acessivel ao Leiter. E ainda o que ¢ simples deve ser dito de ‘maneira simples; do contrério, mais wma vez cortemos 0 ris- co de cair na armadilha de rebuscar a inguagem ndo para dizer, mas paca afiemar poder. 1.3.3. Quanto mais reformulagéio, mois fluéncia Para abordar o aspecto da fluéncia na consteugiio do discurso cientico, conto aqui um cutto episédio, Cera vez, ‘emma paestra que ministre’ sobre o tema, um dos autores restrandos me relatou que escreva de maneica muito su cinta, 0 que incomodava seu orientador. Como, porémy, esse autor ser sucinto era uma marca esilstica, no conse emer Fxg ds ec: a ea 0 ue para ele nio passara do famigerado ender lng Naccasio, expligelthe oseguite por cular na es fera da ciénca, o texto académico participa na construct de saberes; sendo assin ser extremamente sucinto todo 0 tempo pode comprometer justamente esse principio, pois 0 Ieitor val em busca desse texto justamente para se interar dda maneica como o autor cientista constr aquele conhe- Gimeno, Ness spect no pode usar © kor, rnomizando palavras,informagbes, sonegando o processo da pert quer o aur iar un Sones. No pode, de fto, ser extremamente conciso® o que, esse ca 0, pode comprometer a fuéncia, j que olitorprecisard 0 tempo todo se perguntar o gue se que o autor gus dizer ‘Veja que nao & ume questao de submeter-se simples mente a uma ei mas entender o seu significado naelabo ragdo do texto académico e entio dispor-se a comunica se com o leitor apropriando-se dessa lel. Emais: estilo ndo tem a ver somente com aspectos individuais, mas também coma ees de comuncao esha para publcesto ra Bdseneon se gpl ng setts deren soph, sosigen sae paps Seo ots pure a tinodoepch tenner ne aren arerts erereginceae pa ecmperiecmnscearoen {hl ura row pg tote Goce gab ioe re Bene perse Sins diegoos Garin obec comes ‘lbs ttl nto cu poy digo, our ae, mlasmncicnel nicscpaoter stone heen samo ie Frsnekonats nome coainun ari orschot erste dee pre oem plas ie pod ear men. servo que, de fto, muitos autores acabam por tt icsloetos en compreender a questo da fxéncia 60a! cy Gealmente,cntam que esto to organi- ee rveldos com o taba que jendo conseguem aerate fol dito que ainda pecs serrata, sao do repettvos ou soneganda, sm sabe it 90 ions isp fet enertmento do dade que ee maneizaalgum, dep5e erg tor Na vetdase 0 quefakaqui€ oaprencizado ae er nao de uma peclandade da ei: oie a mec ested, matraliado,o que nos pemiteTe ae acento texto elormula, Tescever eeTjo a rra deve objelvar basicamente dois ee ard de repeigio de ideas efu informa mete das no proceso de const do pesamento es sea tao uso aque una imagem bastante a gipe-se oma azefa ce apresentar tum vstante 8 ae erase moveentada clade em qi voce mora Noct importa plo camino, té qo ele pa para adit 0 sompar ve dar conta, voc coninua 2 cain aa pec peg un den dobra a det, vest a8 er ae gas, abandonando-o, solo e pertido pot o® Soot) Ou ent voce inst em The apontat& (asin reo mvesmo monuient,repetindo informatie Hee eres pee quem ocrou, quando e porque fi cad. ete ecm posstiicae de se isan perder Prd cand diversas ves com minicia ex ‘eed como ee deve fazer pasa peg men anelpan Bede coe deversenconta,mpedindo-o assim dest eens de se ventura, de lia seus proprio woe cans, ce fue lemente estudo, Euma di cursos para desvendar cla cidade. Pern pense em seu texto como algo novo, como wm perc so desconbeeido que seré apresentado ao seu lito: sea ge weropo, nfo o abandone ne meio do caminino; pernita que Clear envolva com sua escrta a ponto de desejar demorae VJeterminado t6pico; procure desvendar os pontos se ‘ou aja, aqueles nos quai e3- testratégions de seu discus de coon ade eu leo e procure nfo aropelilo, rem su Destimar acapaidade dle de cat interpetagoes, de faer rules, de metmoriar © sotpeehe infernaes aa tanto importante que ators pergunte tow se redone, dsconfita acacia de ented ero de ma pea dsr re ghee eo a reptir mts bese mesa? Ou gion aon ee de st” Pl peso stow sponds que me era oso asso a constragio dere ba por sae tnt el ue explicitar mais mimuciosamente meu pensamento? . ‘éje que so dons tagens de tor gue acabam por deterinar a maneita de elabora testo que pre za. organizasio Acxpningo ote ee | otexto desce redondo. 2 Quem &o sen itor? | istante de ams edad descont i, a quetn voct deve cie 1 nformar no medida par qu le lo se pect rs ans © ns desvios. : Respro seu decode democar st em pnts aration 1 Orgntara oem ce presen do mapa da ade, de me tage e peat, pre que ee& conga e erate de suas quasar — 1.4. A pessoa do discurso © quanta se deve ou ndo seguir pétcas logins, © quanto ex seto ou ndo propor novas mancias de abor- see ema precisa, pumeiarente ser aertado com 0 a Aetdoe Mis ainda ass, algo aspects que re- tendo eslarecer 1.4.1. A impessoolidade no trabolho cientifco se a opgio do pesquisador fr segul estitamente 0 que nda Sonsiderado como inguagem Genta ere Secs aopectos, deve observa na eda final a Impes caitindce a cbjetvidade A psmeta pode ser consemuida Siro uso da vou pasiva foi olserond fi se papas do gulacomo pronoe su de res teen moo pee eualablo, a preset es ‘Acouuha desis flo Fear ad pando se em dados cotta, 08 quis se ett argumentae conch” (du, 2002. arS Flbatnos nts objetos em que o autor pretend, + pl, estar now procedimentos de avaiagS0 8 ea jyio ou oueasvafvels, ou eso question © veaaeane, complare quaint dads. Taney Gade ese Cum aspect poléico que fete a question é sted er npesont no mg do alo ent pate acon com Dakin (997, .313) quando wsaes tu pal em determina stacic dalgicn,l So ede minke (nossa) expressvidade”. Sendo 3 ae ae igpemoaldadeftrnao so da vor passa wx ra reat, pos abema im juin de valor da Presi og pensa dev serum baba cient se dé, geralmente, quando @ PPorée, de fato, quando o trabalho se pretende mais ob- jetivo,téenico e informative, o autor acaba por selecionar os Tecutsos lingifsticos pressupondo que os letores estio de coro com seu ponto de vista, 0 que reduz sobremareira sun expressvidade que abdica da tentatva de convencer através do uso de recursos retGricos, grandes responsaveis pelo estilo pessoal de dissetar (ef Bakhtin, 1997, p. 324) 1.42. € pout! sor nota? Nao podemos esquecer, porém, que a agdo de infor- ‘mar nao € neutra. Hi uma tirinha de Laerte (Flha de 5. Paulo, set. 1997) que ilustra o tema: um homem famoso ca minha tranqtilo pela praia enquanto pensa: Nao agiento 0s paparazzi sempre ats de foos indisretas.. ANE que vé estendido na areia um cara passando mal. Debruca-se sobre ele e das No em ninguém por perto! Eu msi oo ‘Te... No quactrinho seguinte, ele faz respraglo boca a boca 1o sujeito, enquanto atrés deles passa uma moto com dois eparazz lotografando avidamente o “casal” Oobjetiva do autor da tiinha era, obviamente brincar com a sede de sangue da chamada imprensa marront, dos ‘meios de comunicaggo que exploram a vida dos famosos. (Mas nela hé tamibém uma sétra a pretensa neutralidade da informagao. Nao é tcl imaginarmos a chamada em letras garrafais que acorpanharia a foto dos papa em revistas de fofocas: EaMOsO ATOR ASSUME PUBLICAMENTE SUA HOMOS- SPXUALIDADE, Mes, em um jornal pretensamente neutro na transmissdo de informagGes, em que o mantal de redagio sugere que as partes envolvidas sejam igualitariamente ou vides, poderiamos encontrar algo como: nesta man, lan de ta, fameso ator da tet brasileira, foi visto tocando crits 12. Specter hos abi: heh predate ade por cnt Sore ltd prc Deu cies opie ‘sect elena entrain ceed, Moy one pene st eS ig alc or ls oe mo ume anchor ‘avcoido Ss earls montar ferose csc edn com outro homer no lita baiano, Sendo o ator, foto publ fits, gue se tran de wma ‘eatasdesnoarsa otima de fame por mei do m= (eae repiragto boc tee Tasers. orem ‘igs que o proprio flo de dvalga a ‘que imprimem ne utralidade a noticia — foi vi c Es stpmte ao Teo ee cm de dels Terie wore, inumerossdo os exemploscolidanos de infom ates valde com enous cifeente, las ve espesto eque asin pretendendo-se nes, acabarn wes Treconaroentendiento, a ntepetaio, 2 reeto We tones Nos palavras de Cvs Ross Fala de SP, 9911991, Opiniaep.2) te ee eae mistress i ee, Si del prea mene cor 6 mesmo poems dtd tet edn, Prt 1 des nel de que bempreopesenar algo sua Sofa uae pe qual no teaetanin 6 un inp ud enmoipon cose mo SRecESe gutstionado a reepeta dela, o autor deve saber LULL 1.4.3. Assumir posicionamentos Também observo autores que e utlizam da vor passi- sou da terra petoa do singulay mas sem pretenderer. Sawa de ntimeros recursos expressvos sabendo qh da pretendem abordé-lo. 7 na rea de humanas, tém permitido, no entanto, fa uso da oF 9 bao 28+ ipoal 2 sentado seu percrso pets em ncorport-lono todo da Fra de confccimento em pauta, Nao sé muitas das ideas Gus traie e pblico haar so isctdas em Ue est eset devdamenteceditadas, com, no geal ela optou Eova.seu tent como seadémico Nos joraisdiamente enconaros exemple des saingingen ri depp ros da go are [Nfo vote em candidatorenhur mas eleigie de 21 ‘ote em Lula no pasado etorg pare au tudo ce (O uso dessa expressio ndo depde contra o aticulista em raz de alguns aspectos:trata-se de um autor de re. rome que jé ter legitimado seu estilo dentro de diversos rsivos, os quais domina muito bem, ¢ escreve permite eros de Em uma determina ere de comeieasso Soe despot, saber a Fol de 5 Plo se oral tem comto propia, conssda pblcamente contemplat tteetsfosetornenor tongue se nay Stach denomtinaa “Opinio” nasa constam ta Demo dona Nela os cults gure posta zem parte co cose eral como €9 caso de Cony) tim Um tverdave mais par fet 9 loge com de- termina lito oa melaey corn ceteminad ets des Sen shin, os ores assidaos dese oral exper ex ontroese tom de conversa cordana tami em as Seg € un esta enpressiva que aaa por aprox ind los de determina toes 13. a hum ac an nisin ont 6.8 ripe tnd SECA acetates lace Sent De fato, no momento em que lemos um texto sabemos de imedtato, em nas pimeiris palavras, pre sentirlheo gbnero,adivinhar Ine 0 volume (.), a dade es trateracompesicional prever theo fn ot seja desde oni to, somos sersiveis 20 todo discursive () (Bakhtin 1997, 302), ‘que reforga a idéia de que nao se deve érustraro itor na cexpectativa de encontrar no texto académico peculiaridades ‘i formas tipicas de estraturacio que the sie inerentes, Sendo assim, no caso do text académico, por mais que a escolha do tema a ser aprofundado seja pessoal, pautada em vivéncias particulares,certamente o movimento da érea de conhecimento em que focalzamos nosso estudotamisém conitibai decisvamente para sua viablizagdo. Nada mais plausivel portanto, que encontrarmos maneitas de dizer iss0 a0 leitor. Fara tanto, certas convengSes nao devem ser des- respeitadas, do contrétio corre-se 6 risco de desvalorizar 0 proprio trabalho 1.4.4, Novas idéios, novos dizeres E preciso considera no entanto que as formas deapre- sentarreflexdes também mudam de acordo com a5 cons tants transformaghes do conteid das dens, ainda que se demore muito para acotaralgum tipo de novidade formal, tanto no que diz respeito aos recursos leas, asso os ¢ gramatiais, como também 3 maneira de compor um tex: to (ef Bagno, 2001. ‘Acredit, porém, que também sj ung, parte do tra batho de quem se dispie a escrever um texto académico, pesquisar novas formas de dizer, sso se o material em foo, D objeto sobre o qual se atm, o exig Asse respeto ai sha Mino de Andrade (1972, apud Perot, Marte Masini, op cit, p. 60): “O vocabuléio contempordneo e 0 estilo tual seriam absolutamenteinitels para Ca ta, gor compos eto, pa saber 1 Mt eon tare quod erste de ca Em sama: por mais impessoalidade que se pretenda manter ao relizar uma pesquisa, no corpo do texte sempre aparecem escolhas pessous,obviamente ancoradas no grt po de eferéncia do qual o autor fz parte. Nese grupo da do orientador, estdo também os outros autores, mais ou mer nos dispostos a seguir padres de escrta académica, wale ou menos maledveis na avaliagio que itéo fazer dos trabe hos apresentados. E por essa razio que diividas come a da pessoa que deve falar no texto precisam ser resolvidas tendo-se coo Parimetro, também, outras dissertagées jd publicadas ra stea cle conhecimento em questio.£ importante, pois, elen (st afinidades, pesquisar nao 86 sobre o contetido des oy balhos jé concluidos mas também sobre as formas como foc am apresentados. Se o autor pretender legitimar uma forma inovadora, rio pode se esquecer de que corte ozisco de set crticade, Iuitas vezes com contundéncia, o que mais uma vez aleria va. o fato de que precisa ter clara e assumir suas inter 8es, pots 6 assim sera capaz de defendé las, Para tanto, porém, é preciso apropriar-se de seu texto, ler reler © que escreveu, retomando objetives, questo. nando proposigdes: Serd que € sso mesino que quero dizer? Sera que estou dizendo da melhor forma? Serd gue ssin, aoe, igo me aproximar de meu lity, instgd-lo.arefletr na dey, ue pretend? Send gue fui capaz de apresentar as inquictapes ‘de minha dren de conhacimento? ‘A pessoa do discurso 11! pessoa do singular efelto de apronimarse da eit, ou flo Gazamente a autoria das dei apresentadas, aconselhivel na apresentas3o de estudos de cass, de pessuisos qua 1m 1¢ pessoa do pla fete de exliciarclarsnente insergio do trabalho mum grupo de pesquiss acanelhvel pra trabalos ‘em que o ortentador eo grupo de teferénciacontibutam t= pessoa do singular com pronome seus da vor pesiv: ef to de distancarse co objeto de estudo e de apretenti-lo ce ‘manera mais abjetvaeipeesonaconelhdvel para pesias ‘Lembre-se: qualquer que soja 2 opso,o Ieitor sempre precisa ser comunicado, no decorrer de text, de que o estudo apresenta o movimento da érea de conhecimienio em foco. Quem & seu liter? 1 Algudm com quom voe8 pretende debater © que precisa ‘convencida da pertinéncis de seu trabalho, 1 Alguém a quem voce quer infor pent de vist Lembrese:nio é nocessiro que vocéescalha uso outro, “Ambos devem sercontemplados no trabalho, ainda que, majortariamente, vocécomponha seu texto visando am deles, Para debater, € preciso informagio; ea informacio | Teva a0 debate.

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