Você está na página 1de 8
MIXAGEM | Fabio Henriques bddsdsas Oe es O BASICO badiaiss TF ponte 05 trastes a0 longo do braco e 2 ponte reta diferenciam o violo da familia dos violinos esta regido consequentemente & captada em exces so durante uma gravacdo. € por isso que durante {8 mixagem teremos inicialmente uma tendéncia @ atenuar a regido em toro de 180 Hz. Isto no quer necessariamente dizer que o violBo fol mal gravado, mas provém de uma caracterstca do instrument. (€ por isso que se deve evitar apontar um microtone para a boca do violso, pois isso acentua ainda mais a captacdo dessa ressonéncia.) Em termos de notas fundamentals, a mals aguda com a primeira corda solta é um mi de 329,63 Hz “Tocando essa corda na décima-segunda casa, temos lum mi de 659,26 Hz. Ou seja, as fundamentals do violdo encontram-se tipicamente na regido das mé~ dias balxas. Curiosamente, quando inserido em um ceoantexto de grupo ou banda, utilizaremos uma ca~ racteristica acistica interessante do violfo, que é a alta Intensidade de seus harménicos, fazendo com que o instrumento tenna grande presenca na regio das médias, tendendo as médias atas, Isto é ainda ‘mais pranuneiad nos vialBes com cordas de ago. (© VIOLAG DE NYLON Obviamente, quando dizemos "violéo de nylon" nBo estamos nos referindo a sua construgio, mas a0 tipo de cordas que utiliza. Estas, porém, & excecdo das trés mais agudas, no s8o totalmente feltas deste ‘material, sendo as mais graves enroladas com flos de liga metdica sabre um nucleo de nylon 02 violBes de nylon, 90 longo do tempo, Rearam restritos & musica cldssica na maioria das culturas ~ donde 0 nome “classical guitar’, em inglés ~ exceto no caso da cultura hispénica, de onde derivou a por- ‘tuguesa e consequentemente a brasileira. Moderna mente entdo a misica popular de apenas dois paises manteve 0 violBo de cordas de nylon com grande destaque: a espanhola e a brasileira, Além disso, as das trinaram carninnos aiversos, cada uma ado- tando sua identidade. Provavelmente, o fendmeno da bossa nova fol 0 ele- ‘mento condutor da reentrada do viol8o de nylon no cendrio da misica pop internacional, em que as di- retrizes so notoriamente estabelecidas pelos mer- cados americano e inglés. ‘Neste ponto @ leltor pode questionar © que isso tudo tem a ver com mixagem, e a resposta é simples. Por cause disso tudo € que os brasileiros somos (s6 pra lembraro velho exempio escolar de silepse de pessoa) craques em gravar e mixar classical guitars. Uma vez recebl um predutorjaponés que velo ao Brasil apenas ara aravar os violées de um disco de bossa nova/ Detathe de um Epiphone SST, com cordas de nylon eso misao » CO exempto de violéo de nylon bem gravados mixados rg ‘samba que gravava com uma cantora nipo-brasilera, 58 que segundo ele “sé of brasleros gravar viol80 como deve ser”. Assim, se por um lado 36 dispomos {e um talento inato pare mixar um viele, 20 mesmo tempo a cobranga & maior, pois se espera que um bom mixador saiba extrale um born Unie ue wilBo Como referénclas, mesmo sende dificl destacar no~ mes dentre as dezenas de virtuosos violonistas bresi- leis, ndo posso deixar de citar os CDs Suite Leopo!- dina, do Guinga, Colsa de Chefe, do Claucio Jorge, & (0 Samba da Minha Terra, €o Marco Pereira, © VioLAo DE AGO Mais uma vex, 0 que é feito de aco sio as cordas € rio o instrumento, As cordas de aco Implicam maior tensdo e isso afeta toda a construgdo do instrumen: to. © corpo geralmente é de malores dimensBes € (0$ seus reforsos internos s8o colocados de forma di- ‘em maior brlno (presenga mais forte de harménicos altos) © mals volume, Repare também que se no ViolSo de nylon a escala & construida de forma que © brago encontre o corpo na altura do 12° traste, no lolfo de ago isso ocorte na altura do 14° trast, coraas de aco implicam tensio no instrumento | to mina trp Seno violBo de nylon nés somos os tas, j8 no de aco 3 ver 4 dae gringas. Como 0 instrumento canhou muita popularidade nos EUA através da misica folk do blues, eles acabaram se tornando especialistas fem sua fabricacao, execucso e, consequentemente, ravagio e mixagem. outro panto interessante & que, enquanto no violBo de nylon as cordas S80 quase sempre feridas com fs detios, no de aco usa-se freaventemente ume palheta, Isto se deve & maior tenséo das cordas e também contribui para realgar as caracteristicas de timbre e volume: Como sugesta de ausigdo do que se pode obter com Lum ville de ago, sugio: So Much to Say, do album Crash, de Dave Matthews Band, producso de Steve Litywhites tudo do Michael Hedges, especialmente o CD Oracle e, se 0 leitor quiser entender onde tudo ‘comecou, as gravagies de Robert Johnson de 1936 (5 Gnicas da vida dele, por sina. EQUALZANDO [Antes de mais nada, voltaremos a0 velho conceito ‘de que um bom som comeca com um bom instru mento e cordas boas, Um instrumento de sonoridade inferior tem pouca contetide harménico e uma fun amental muito forte e sintonizada. Cordas velhas, por sua vez, também apresentam pouco conteddo harménico, Consequentemente, 20 retirarmos 0 ex- ‘eesso de frequéncias na regido da ressonéncia natu ral de um violfo desses, vemos sobrar pouquissima coisa Util. Nestas horas pode ser vantajoso 0 uso de lum Aural Exciter, tal como o Aphex, para inserirhar= rménicos, mas mesmo assim as chances de se obter um saneio na mixagem so minimas. Como diria © Alésofo José Siméo, “o otimista é um pessimista mal informado”, e, como nBo sabemos ual 0 violfo teremos para mixar, sejamos otimis: tas e imaginemos que temos um bom instrument com cordas novas, captado com bons micofones, posicionados carretamente e gravados com nivel su ficiente ~ 20 que chamaremos doravante de "Cond ‘Bes Otimas de Gravacio" , ou COS. Mesmo para um violfo em COG, precisaremos atenuar a regido da ressondncia natural do corpo, Como jé vimos. Essa atenuagSo pode ser feta por aes Gli a Um Aural Exciter, como este da Aphex, harménicos | ajudar a insei um equalizador independente e deve ser localizada antes de uma eventual compresséo. A frequéncia, 0 valor de Qe atenuacSo adequados obviamente dependerso de cada caso. Existern agore trés situagies distintas que poder ocor- rer quanto ao papel de um viol8o em uma mixagem. Primeiro, ele pode ser solsta (ou praticamente um) & rmanter-se assim a0 longo de toda a cangéo. Segundo, ele & um membra de um grupo ou bande, © perma rece assim ao longo de toda a cangéo. E,finalmente, [um misto dos dois casas, em que o viol6o geraimente iniia @ misica como solista, passando 2 fazer parte de uum grupo ou banda ao longo éa cancko. Quando © violdo ¢ solsta ou quase-solsta, a ele c2- berd preencher todo o espectro de frequéncias pos sivel,€ portanto tentaremes equalizé-o de forma 2 {que © som fique © mais bonito possivel. (Estou falan do de soista no sentido de “tocando sozinho". Falare~ ‘mos sobre “solos de viol, algo totalmente cistinto, ‘mais adiante.) Devemos antes de mais nada estudar 2 sonoridade original do Instrumente, realcando suas ceracteristicas prOprias, sem tentar usar 2 equalize- ‘oho para recriar seu timbre, descaracterizando-0 Geralmente uma leve realcada com um shelving 2 partir de uns 2 kHz ou um peaking de Q largo por volta de uns 3 kHz ajudam a trazero brilho e a per~ Cussividade, Ao mesmo tempo, uma ligeira acentu- agdo abaixo de 120 Hz com um shelving e um fitro Ge graves em uns 60 Hz trardo os bordbes e 0 peso sem contaminar o som com ruldos de captacSo gra ves. O Unico culdado é observar se o violdo néo esté prejucicando a sonoridade da voz, se for 0 caso. Vor @ violgo devem somar em termos de equalizacso, sem que um prejudique o outro, Nas situagSes em que o violgo faz parte de um grupo ‘ou banda (0 segundo caso acima), devemos levar ‘em conta que em termos de espectro ele também deverd se incorporar a um grupo. No adianta, como 48 vimos em outras oportunidades, embelezer de- mais o violo, pols iss0 custaria plorar o som de ou: ‘ros instrumentos, NNormalmente somos obrigados a escolher uma regi8o o violfo que sobressaia na mixagem sem grandes d- Ficuldades e esta normalmente a regio de médias- médias altas ~ de 2 a 4 kt (um pouco acima para o violio de aco). Ent8o faz sentido deixar essa regio mais presente e atenuar as outras. Muito bom senso deve ser usado nessa hora, porque, por exemplo, se fo existe um instrumento no grupo que use bem as ‘médias balxas, o violBo pode fcar pleno ai, sem ne- cessidade de atenuagSo. Portanto, vale a pena pesqul- Ser para que se atenuer o minimo possivel as regies no-producentes do violo. Uma boa referéncia neste caso é a Dave Mathews Band, onde a formagdo menos ortodoxa dos instrumentos da banda (viol6o, baie, bateria, sax e violin) permite um vazio de mécias bai- xas perfeto para 0 violio preencher. No terceiro caso acima, temos ento um misto das ues situagies anteriores. © violfo agora comeca como solista € termina como memibro do grupo. E ‘agora? Bem, se 0 violfo comeca como solista, en- to ele tem bastante valor no arranjo, mesmo que a bande venha juntar-se a ele depois. Assim, pode- ‘mos valorizé-lo no inicio como se fosse solista. Mas fe depois, quando a banda entrar? A primeira solu {¢do Sbvia € automatizar a equalizacBo do violso para Tudar quando a banda tocar. Confesso que no gos- to nada dessa hipétese. 0 cérebro do ouvinte no é nada bobo e vai perceber, dando um ar de falsidade ‘sua mix, Para resolver essa questo, vamos recor rer ento a0 aspecto da naturalidade. (© que acontece quando ouvimos um concerto acis- tico (sem amplifcacdo eletrBnica) onde 0 violgo 0s gringos sio | experts em violao de aco; um exemplo é © disco Crash, da Dave Matthews Band “ comeca sozinho depois & acompanhado por uma forquestra ou grupo? Inicialmente temos 0 seu som pletio © quando ele e junta aoc outros instruments Sua sonoridade resultante muda, sendo agora um resultado da emissio propria mais os mascaramen- tos provocados pelos outros. Nosso cérebro, por jé ter assimilado @ sonoridade do violéo do inicio da musica, se encarregaré de situé-lo conceitualmente mesma com apenas partes de seu espectro proprio. Aplicando este concelto em nossa mix agora, debxa- tus o equalizepso do viola plena no inicio da musica € simplesmente trabalhamos 0 seu volume pare que, ‘0 entrarem os outros instrumentos, ele se integre & sonoridade geral. Em resumo, existe um plano de vo ume em que ele s0aré bem junto aos outros instru- mentos. A mudanca de equalizagdo entlo seré feita pelo nosso cérebro, através dos mascaramentos. Um erro comum & tentar permanecer ouvindo o som lero Uo vielBo junto & banda, 0 que acaba deixando seu volume alto demais, fazendo-o soar artifiial~ rmente fora da banda, Lembre entao: quando 2 gen- te quer nossa mix soando naturaimente & preciso entender como as coisas funcionam naturaimente, fe tentar adaptar 0 nosso jeito ndo-natural de gravar fe mixar para que soe assim. Como referéncia desta terceirasituagao recomendo 0s CDs Samba da Minha Terra e Cameristico, do Marco Pereira, em que no alterei em nada o som de violSo entre os momentos Ge solo e os de conjunto. (Convém lembrar que nes~ te caso, © em muitos outros, 0 préprio jeito de tocar {do misico muda quando ele se integra a um grupo, alterando @ sonoridade justamente para compensar a diferenca, 0 que ajuda muito 0 mixador.) DINAMCCA E COMPRESSAG ‘Sem de inicio nos preocuparmos com as particula~ Fidades de cada estilo, normaimente a compressio ‘seré itl quando 0 violao cumprir 0 papel de ins- trumento de base, ou seja, em grupo. Neste caso 8 compressdo dard aquela estabilidade de volume ‘Bo conveniente para nossa mixagem. Lembre que (© violdo tem como caracterstica notas de ataque forte e curto. Assim, se voc usar um compressor Tent ~ uin valvuledo com senzor ético, por exemple = acabard comprimindo o volume das ressonéncias mas deixande altos os ataques, o que resuitaré em lum sam mais magro. ae rise erro Compressores mais répidos e com ataques curtos poderdo ser mais itels se a intengio ¢ aumentar 0 ‘lume geral e conferir mais peso. Quando os ata- {ques esto muito fortes, a colocagdo de um limi ter pode ser benéfica. O violdo de ago que funciona como elemento de base permite maiores compres s6es que 0 de nylon De modo geral, se a idéia & manter a sonoridade na- tural, deve-se tomar cuidado para que a compressa0, ro fique audivel, evitando ajustes muito radicais fe entio © threshold. Experimente usar um limiter para aparar as pontas e, em seguida, um compres- Sor com ratio eve (tipo 2:1) e um threshold alto (tal {que a redugao de ganho fique entre 3.2 4 68). Como sempre, apés a compressio seré itl dar um ganho Geral. Mais uma ver, por seu uso mais frequente em ‘miisica pop/rock, 0 viol8o de aco permite malores ‘excessos que o de nylon. Quanda 0 violKo for solista, porém, prefira traba~ thar nas automagies de volume e confie no masic. Eventualmente pode ser usado um limiter bem leve 6 pra garantir que o volume maximo néo ultrapasse ceterminado ponto. SOLOS DE VIOLA ‘einai de prandsito para um item separado @ ques- ‘Bo dos solos de viol, porque eles aparece mul tas vezes em cangées como um elemento tinico, sem que houvessem tocado até entio. Certamente, tanto no aco quanto no nylon, existem ois aspectos extremamente importantes do ponto Ge vista do mixador,Primeiro a inconsisténcia de vor lume. 0 que se encontra normalmente so variagbes fenarmes de nivel dentro de um mesmo solo. Além disso, ocorre também que o solista muitas e muitas ‘vezes usa o fraseado do solo vindo desde as cordas mais graves até as mais agudas. Embora isso tenha um aspecto muito interessante Go lado da técnica musical, para 0 mixador é uma grande dor de cabega. Juntando as duas caracte- Fisticas, vejamos a difculdade. Facamos uma ana. logia rom outra situacéo, a do solo de contrabaix acistico em um trio de Jazz. Quem jé assistiu a tal evento péde observar que devido @ seu baixo volu- ‘me natural, na hora de solo de contrabalxo os de- mais membros do trio de jazz passam a tocar mals beixo, faciitando a mixagem natural da mésica Voltando @ nosso caso, temos agors em misica pop uma bande tocando a pleno vapor e de repen: te um violdo entra para solar ~ e @ banda continua tocando no mesma nivel, Cabe a nés arranjar uma Soluvdu. Para os Gesavisodes, no adianta abaixar @ volume do resto da banda, porque soara artificial (eles no tocaram assim, no €2). 0 que precisa mos fazer & ajustaro nivel do solo para que todas as suas notas quem aucivels. ortanto, numa situagBo dessas, em que 0 arrenjo no suavizou para a entrada do solo de um instru- mente com naturalmente menos volume, somos ob Ge se manter 2 audibildade. Portanto, limiter nele So tenha medo de usar change gain ou similares para obter a maior canstncia possivel de volume. ‘Ao mesmo tempo, #8 0 fraseado do solo inciul um passeio das cordas graves até as agudas seré neces Sério muitas vezes tamibém comprometer @ equali- zagSo - ou até mesmo mudé-a para trechos di enter do tole. lember que no final 0 artista € 0 produtor esperam que 0 som do violbo de solo que Sensacional!Portanto, muna-se de paciénciae este- 5a pronto para trabalhar bastante num caso desses. ny CR DCS Aigunsexempios de cords nacional eeatrangeiras | Porém quendo 0 arranjo dé uma aliviada para 2 fentrada do solo a tendéncia € que tudo seja mais simples e acabe soando melhor. PAN Muitas vezes recebo violbes gravados em dois ca nais (em estéreo) e também com uma dobre (exe utado novamente da mesma forma). Numa situa {Bo dessas costumo escolher o melhor som de code tim dos dois estéreas e uso um para cada lado. Isso porque normalmente uma dobra bem felt fornece uma imagem estéreo muito mais interes sante do que 2 microfonacéo estéreo. Neste caso, procure manter o maximo de semelhanga de nivel f timbre entre os dois canais, para que o estereo se dé pelas difer rengas de afinagao e tempo. quando 8 hé um vielBo gravado em estéreo, pro: ‘euro equalizar cada um dos microfones para que soem bem semelhantes ¢ ento mantenho-0s 100% abertos na mixagem, Para um 6 violdo gravado ‘que compensar sua abertura para um lado no pan, procuroerlar um falso estéreo usando um delay en tre 15 a 25 ms de um lado e som direto do outro (conforme jé vimos no primeiro volume deste Gula TO © plug-in Doubler, da Waves, ajuda na hora de fazer 0 pan RUIDOS CConheca os ruidos mais comuns do viola ‘SQUEAKS 0 ruido mais comum nos violdes & aquele pro: duzido pela friceSo da mBo esquerda com as cordas quando ela muda de posicdo, Ocorre principalmente com cordas mais novas, e tende ' acontecer mals com umas pessoas com que ‘outras. Tornam-se bastante audivels quando imasico executa multo suavemente o instrumen- to, f que o volume deste ruido no depende da forga com que se toca. Muito frequentemente & chamado de *squeak’ Esse ruido pode ser extremamente incomoao, tembora conceda uma certa naturalidade 8 exe ‘cso, Uma caracterstca interessante é que, na majoria das vezes, como ocorre entre mudancas ‘de posigdo da mao esquerda, acaba acontecendo ‘onde néo ha nota nenhuma soando, tornando- se fécil diminulr sua intensidade apenas através de um change gain. Nao se assuste se for obi {do a atenuar mais de 12 dB para obter bons resultados. Lembre-se sempre de nao elimina: lo totalmente, para que sua saida completa nBo toms rie {de Mixagem). Alternativamente, um chorus multo teve (emnbéi pude ser Usedo pare abrir um viele ‘gravade em mono, N3o deixe de experimentar, se possve!, 0 plug-in Doubler, da Waves. Bons candidatas para compensar a abertura do vio Io no pan s80 obviamente outros instrumentos de cordas, como bandolim, guitarra, cavaquinho e ban- 40, ¢ eventualmente plano e teclados em geral. REVERBS E DELAYS possivel conseguir bons resultados com pratica mente qualsquer algoritmos de reverb nos voles, provoque buracos sonares. Além disso, @ nota ‘que compe 0 ruide ¢ sempre 2 mesma. Porém, no tente corté-lo com equalizaclo, pois 0 con- serta se tomnaré audivel TRASTEUADA (FRET NOISE} Neste caso no hé praticamente nada que pos- samos fazer na mixager exceto mescardro com ‘algum outro instrumento ou trocar as notas onde ‘ocorrem trastejadas por outras em que no te- ‘nham ocarri, Felamente, muitos masicos con- sideram uma “levissima” trastejada como parte fundamental do som dos vilbes de aco. RUIDOS Do MUSICO quando 0 desenvolvimente Wo udio digital abaixou 0 nivel de ruide do gravador @ pon- tos inaudivels, comecamos a descobrir que ‘os masicos respiram, as barrigas roncam, as cadelras rangem, as roupas rocam nos instr mentos, etc. Mais uma vez, na mixagem no ha muito que passamas fazer. Na maloria das vezes acabamos creditando esse tipo de ruido 8 naturalicade da execugdo. Eventualmente & ossivel procurar trectos sinilares na cangBo {que sejam livres de ruido e substitutes. dependendo da situagio. Para viol6es solistas em situagies mals, feruditas, use um Hall. Para pop music, em violdes de base, use @ mesma sala em que situar 0s Outros instrumentos. Para solos, os Plates sio bem interessantes. Cuide para que a parte grave do violio no faca 0 reverb soar embolado demais. Se necessério, equalize a mandada do violBo, favorecendo a ida das médias e dos agudes. Pesquise também situacdes em que delays possam ser interes- ‘santes. Bons candidates si0 0s violdes de base dedilhados, mas culdado para que os ecos no provoquem choques de harmonia. \VIOLOES GRAVADOS EM LINHA Alguns poucos violbes de nylon e @ maioria dos violbes de ago pos- ‘suem amplficacdo eletrénica e a possibilidade da sua gravacso em linha. Embora isso seja muito interessante ao vivo, quando as con- dicdes de captacio s3o bem mais adversas, normaimente a sonori- dade acistica é muito superior, e tendemos @ quase sempre usé-la, dispensando 0 som em linha Existem, no entanto, dols casos em que o uso da linha se tora importante e até necessério. Primeiro, existem alguns modelos de violdo feitos especificamente para tal, ou onde 0 som de linha ‘tem grande identidade (0 caso do Godin, por exemplo). Segundo, quando se esté mixando um show ao vivo em que a linha fol usada (o som Ue linha sas acisticos & um eldssico © um contra-censo) (© som de linha jé no apresenta aquela forte ressonéncia em 180 Hz, porém deve ser fortemente filtrado abaixo de 80 Hz, por apresentar grandes ruidos de baixa frequéncia (puffs) ~ co~ uns quando 0 misico prende a corda com 0 dedo, cessando seu movimento. [No mais, guardadas as devidas diferencas de timbre, para se tra- balhar com o som de linha vale tudo 0 que vimos até aqui Fibio Henriques &oengeneirs responsive pela Gravadara Cango Nove fo autor do Guin de Mixagem, da eitra Misica« Tetnlogia. 0 site ‘www fabiheniqus.com br fiaalnene est dando apleno vapor.

Você também pode gostar