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fez-se observagdes em comisios ¢ nos eomités, além de breves entrevistas com as candidatas. Na pesquisa sor realizada, busca-se, fundamentalmente, desvendar o context fail, socal politica em que ocorrem essas eandidatures,procurando compreender com essts mulheres transitam de lderangas a candidat 5.3 BUSCANDO RECONSTITUIR TRAIETORIAS: A ESCOLA DOS PRO- CCEDIMENTOS MeTODOLOGICOS No perio da pesquisa do CNPa, jd reerda, foi possvel obser a maior parte dos dados que serio utilizados, Nessa oeasifo, foram _aplicades questionsrios com os prsidentes de assoviagdes de moradores tde Fortaleza, com 0 objetivo de tragar © perfil politco-cultral das liderancas “populates”. Deum total de 47D associagbes, fran esolhidas 60, distrbuidas nos diversos baits do Fortaleza, Esse nimero foi determinad pela amosia calcula pelo Laboratério de Esatstice © Matemtia Aplicada da UFC, o qual uilizou a enica de amostragem sual simples com slegoproparcinal ao almera deasccagdesexistetes, Enire os 60 questionitios aplicados, 26 foram fetos com homens «© 34.com mulheres. Vale resaltar que este questionio & composto por 443 perguntas, das quais pretendo analisar 12, que dizem respeito especificamente ao tema da pesquisa. Além de questées relativas & ttajetoria da lideranca, motivagio para os trabalhos comunitirios & conceppo de ideranga, sero analisadasaquelas refeente paticipagio da mulher na politica, tais como: + Voeé acha que ma vida social homens e mulheres tém os mesmos Aicitos? + Por gua? + Voc€acha que uma candidata tem possibilidade de ter mice apoio de eleitores do sexo masculino, eminino ou de ambos os exas? {nésadjetivos para identifica uma lideanga feminina, / * xem bani qu npedem priate damulber aa pie? + Voe# sentiu alguma discriminagio no trabalho comunitario ou partdério? Sesim, quis? Por ocasito daaplicacio dos questionrios, fo posivel identifcar 1s liderangas femininas que se candidataram a vereadoras, © cujas ‘ampanas eleitorais foram aeompanhadas’ ANODA A eae BaIRRO [canpipaTura| PARTIDO ‘Asroindia | 1992 € 1996 PSDB farm Guanabanl 1996 Pr = Granja Portugal | 1996 POE ‘Seen 1996 PRL Parque Sto fat | 1996 PSC retende-se realizar entrevista em profundidade com essa cinco liderencas porque aeredita-e que suas expetiencas possam mostrar de rmaneita elara como se dé a participagio politica de mulheres que ‘alent o espage pblica através dos movimentos de batrs. “As entrevists incluiio quests importantes para a reconstruc da trajetoria sociale politica dessas Liderangas. Vale lembrar que ‘nogio de trajetria aqui empregada diz respeito a relagto de toca de txperigneias entre 9 mundo privado e © mundo piblic. Portanto, a Ullizagdo desse termo pretends enfocar o percurso feito por essas Tidorangas desde o momento de entrada no espago pablico, através das snubilizagdes nos bairos, tentand, inclusive, para o momento especifieo de transig da vida privada para vida piblica ~ quando decidem sar de ‘casa eseengajam nos movimentos de bai, passando pela expeiéncias tudgiridas com as tas implemenadas.no barr. Sera considerado, ainda, ‘9 momento em que as atividades dessas liderangas passam a ser ‘econheidas, dando legtimidade parao ingresso na politica institucional Referéncias Bibliogrifieas ARENDT, Hannah, Condigdo humana. Traducio de Roberto Raposo. Ria de Ianiro: Forense Universitiria 1993. BARREIRA, Inys Alencar Fimo, Q Reverso das vitrines: confites ‘urbanos ¢ cultura politica, Ro de Janceo: Rio Fundo, 1992. 8s A represents como Espelo: niverso clu polic das Sanda populares. 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Pretende-se também avalae a adequago dessa aliemativa metadologiea ao estuda de representa sociais sobre sae, tomando como exenpo sua apicasao a campo das relapSes entre sade fe trabalho, propasta em projeto de pesquisa elaborado pela autora Finalmente, este texto destaca algumas orientagScs priticas para 0 pesquisador que pretende apicar as tnicas das relatos ors. 6.1 HIsTORICO DO Uso DE RELATOS ORAIS NA Pesquisa SociaL ‘Ao reconstruir a historia dos relatos orais, PEREIRA DE. QUEIROZ (1988) parte de um ponto muito interessante: o papel que cles desempenharam, através dos séculos, na transmissio © na ceonservagio do conhecimentae, portato, como foste de dados para as cigncins em geral: “9 relato oal esti na base da obtengio de toda sorte e informagdes eantecede a outras tcnieas de obtenso e eonservagao {o saber palavra parece ter sido seni a primeira, pelo menos uma das mais antigas tenicas utilizadas para tal. Desenho e eserita Ihe sucederam” (PEREIRA DE QUEIROZ, 1988, p.16) lo en de ig ity oats Link Gk cn Ibs, coardnados dh dcp Mtodslazin ds (nveatiguso Clentifea no Mad em co deh pcs cine poset ete bc poo ot Avuizat de elt os somo tenia dol de dads or cients soi ents a0 fn oslo 20%, com estos anioplopens one fngage and ule, Fene Bono negro ein scnon Komay lad BASTIDE (152) sim a ongt de Gono de ston de ie sola KOSMINSRY sp 1). Narn en seal 20% repsasoo eabaios sls de DOLLARD (1935) ed sel Chg ns or gues dese cba de THOMAS & ZNANIECKI (1927 agua uso conan, ane decane pesos ee dit) Apoidea de 4 ores iti evala ram segs senda lve psi soil lg Vn Sinan stb ete ho & ent, tera co ply ciao ssi ‘eroniodostoe ds sis ean Nc eras ‘Scns qunniven beep dria vaddeceand bese soli, cen eds “cton" mn mea {he spose, inanam eles neta si ier pls ite ia? ln ds a rans terpenes QUEIROZ (988 p13) ouco 4 pouco se prec, no stint, que valorere eno permuneiam ‘scons oxo das cae giro eniges ds ade dapesquist ea forma das pergnias estvam profundament lar mans de pensar ede veriedopeaisidon oa tanspunka ssp datos, de rman perigors pote iaisel ne papi perce preconecitos. Os ameror peda sia asco de pun objetidee, patenteando-se dosdos de viezes anteriores 20 momento da cles, ‘excondidos na formulae do problema edo quetiondro; culos, pear Inientes Porm, induneatam 0 levintamentn, desta 0 its ‘eves dorumo qu devera seu (PEREIRA DE QUEIROZ, 1988, p15, tem otc te rn ite ts crea el eee "Confucian © Semi de Mctodoogia tele ma Fede ‘vg UG om vs de 9 2 No Brasil, s tenicas de relatos oris tim um breve aparecimento ‘nos.anos de 1940 inicio dos ase 1950,comostrabalhos de BASTIDE. (0953), MOREIRA (1953), PEREIRA DE QUEIROZ (1953) ¢ FERNANDES (1960). Passam, em seguida, por periodo de eclipse, justificado tarbézn aqui pelo encantamento com as éenicas statistics ‘pelo entendimento da subjetividade como fator de desvio ede eo na interpreta do real 'O ressurgimento dos relatos ois, a partir dos anos de 1970, & ‘areado, na rea de psiologia social, pelo estado condzido por BOS (19941973), sobrea meméria enquanto atributo humanoestritamente ‘dependente da vida sociale por ela determinada, Ainda naqucla década, fo trabalho de eampa de carter etnogrifico comega a seruilizado por socidlogos, com énfsena observagio paripante ena entrevista abert, Os relatos rais passim a ser considerados fontes confiiveis para a investigagio sociologie, onde se busca “o escarecimento de relies coletiva entre ndviduos num grupo, numa eamada socal, num contexto profssional, noutrasépocas etamibémagora” (PEREIRA DE QUEIROZ, 1988, p. 24), Ente os estudos representatives deste momento, situamse ‘ode Eva Alterman lay intitulado “Os judcus na memria de Sto Paulo”, ‘0s desenvolvids pelo Centro de Pesquisa e Documentagio de Histria, ‘Contemporinea do Brasil - CPDOC (CAMARGO. 1986) ¢ os ligados a0 Centro de Estudos Rurais © Urbanos - CERU (PEREIRA DE QUEIROZ, 1981); DEMARTINI, 1985). 0 relato oral e a histria de vida renaseem vigorosos, num contexte de avango em elagio is tcnicas quanitativas e&abordagem da subjeividade, 62. Concertos z Deriicoes A bibliografia consulada presenta uma série de denominagses: relate oral, histria. orl histria de vida, depoimento pessoal, e.. nem sempre bem definida eds vezes com concetos poucohomopéneos ete (0s dversos autores. Verena Alberti atribui essa dificuldade ao fato de {gue 0s limites desta i€enica estariam em “categorias de diversas isciplinas da cigncias humanas (.) Svaespeifiidade esti no proprio fato de se prestar a diversas abordagens, de se mover num ferreno pluridiseiplinar” (ALBERTI, 1989, p. 1). 3 ___Acaracteristiea bisiea do método designado pelos terios cima 4 que a fla das sujeits consti o ponto de parti para opesquisador busearresposass questdes que formulou, com de restos dem outras ‘enicas qualitativas. Friotano, no conjunta de iastrnientos denoming- 60s relatos ori, esta fla gira em torn da experiencia de vida dos indi- vidos, qual pode ser recortada de maneica dstnias, demareando as Aiferengas entre as diversas téniees, [Na histria oral, 0 recone se dé na colota¢ regsto de relatos| sobre fatos acontecimentos ou mesmo periods histriostestemunhados pelo entrevstado,eujo conhecimenta se deseja smpliar ou completar. [Nas palavras de ALBERTI (1989, p. 1-3), dod essa (hive, aneopolige, occa, te) que prvi eagio de ene em pesos qu partpam de, 0 ‘stemanharum,acontedenag nant ies deme ona dese aprocimar do cbt de edo, Tate de pra comprendet a sociale mais do individu que elie de raelce lacs ent > sealeopareienlae auaves da ails eomparnva decent versOes ¢ testemunhs. Maria saura Pereira de Queiroz apresenta defini semethante [Misia or temo ample gue recobre uma quatiade de relatos 4 ‘expe de fats no eptradox Por uta pede docamente, ou ca ddocamenari se que eomplear Cobia pormcin demesne varias ‘omnis ears epeiinca den sindvn ou de erosion ddeuma mesma eoletviade Neste kimo et cis uma coneegenca Aerelatossobre un mesmo acontecinents oa scie um perio de trp. Aiea onl poe par expences don naadors mas ane reeohe desta tadgdes rion, nares de Hei renga estes no ‘1p. .PEREIRADE QUEIROZ. 1988, 19. Enguanto “espécic" dentro do amplo quadro de histria oral, a historia de vida, segundo a mesma autora, define com o reat de um nares sta esti atavés do ‘pa, tentando reconstinirosacontecmenos qu vepeoue nari ‘expeiincin gue adgur: Naratia ine individ dosacontecimenton quence comission, straw cle dieing com os ‘embros de seu gr, des sociale lal qu eben pesquiador ‘dsvendar. Desa Forma, 0 interese deste him est em cepa algo he pass oariterindetul do que arsmisdae que einer msec dades aque o utadorpertence PEREIRA DE QUEIROZ, 198, 2-1). 4 Asim nesta ténica,o exo do elata stur-se na reconstugio da traotria de vida do indviduo, desde a infnca até a stuaidade. Mas, gu, objetivo do pesquisaoe no & descreverum pasonagem=como seria na biografit—o sm ultrapassar ocariter individual e singular do aque Ihe étransmtido,rumo a0 desvolamento das rlagoes soins nas _guas individu sense (DA estica de depoimentos pssais, por seu two, concent 0 Fela a bistia do enteovistado focalizada sob um prima de inierese defnide pelo pesquisador Nol, iferentemiente da historia vida, este tein um pap! tivo na drego da marag, procurande apeofundar 0 conhocimento sobre 0 recorte que elege, mantendo, entetanto, a reocupagdo de superar dimenso individual do relat encontrar nele ‘coletvo, PEREIRA DE QUEIROZ (1983, p. 1478) nota, nda, que 0 ‘depoimenta concen "sabre um lapso de tempo mais reuzido © pemite aprofundar © mimero de infrmagoes de detalhes a respeito Bese expag pecan (D*”'No caso da aobiogafia,o contae desiocs-e pare 0 mar: * Bo namador sci gue manipula os meios de regio, qur saa eserit, quero gravador oi cl também que, pox motos esitament= pestis, resolveu narra sun existéncia;deues o encaminhamento {ue melhor the preces,” (PEREIRA DE QUEIROZ, 1988.23). Tal 2) io acontee com a biogas, que ¢ defini pela mesma autora come 1 bitin de un individ seg por ours Exe ala dupa incermesiagio que aapronima da hietra de vid, consubstaneiada ma revenge do peso eno ret excita que side irene. [tjetvo do pesgitador & deavendar a vide panicle daqule gue est teritunda mesmo gue ase ertido stn a toiedade em gb ve O| graf o nn tvs deep ox emporamentn eas ses ‘sinc invA lida € sempre um personagen. (PEREIRA, DE QUEIROZ, 1988, 29, 63, Pressurostos ‘A valdado das tcnieas quaitativas de pesquisa om seu conjunto, tem sido mareada por reflexses e debates sobre seus pressupostos, sia fem relagio as téenicas quantitativas ~ is quais ao se opdem necessariamente (CARDOSO, 1986, p. 96) ~ seja em rela a propria 95 crea teérieo-metodoldgieaque deve acompanhar, de forma consistent, © desenvolvimento das ténicas de pesquisa. Delineando sua critica 20 empiricism, THIOLLENT (1987), apoiado por outros autores, destaca dois pressuposos de repercussdesprofundas na concepio metodologie: + A objetividade como mit: que 0 conhocimente soci bjetvidade & relaiva, na medida sempre consiste em aproximages sucessivas relacionadas com perspectives de manutengio au de ‘ansformagio” (THIOLLENT, 1987, p, 28), Ou, no dizer de ALBERTI (1989, p.6),"jamais paderemos apreender real al como ele é;apesar disso insistimos em obter una aproximayo cada ver mais acurada dele, para aumentar qualitativa e também ‘quantitativamente 0 nosso conhesimenta”. *+ A neutralidadecientifiea como mito: a idéia de objetividade supe 4 existéncia de-um sujeito cognoseente neutro,capaz de partir do fatobruto, observado sem a mediagio de catgorias ou de um quadto ‘eérico preexistene, Referindo-se"ilusao da imaculadapereepgio", © mesmo autor afirma que “a ncutalidade ¢ falsa ou inexist, na medida em que qualquer procedimento de investigacao envolve pressuposios tericos e priticos variiveis segundo os ineresses sécio-policns que esto em jogo no ato de conhecer”(THIOLLENT, 1987,p. 28) 'No tocanteespecifcamente 205 relatos orais, pade-seidentfiar os seguintos pressupostos: 5 + “todos 0s seres humanos compreendem uma humana bisica, isto 6 a identidade da natureza humana persists, apesar das dferengas e _aracteristicas pessoais” (YOUNG, apud KOSMINSKY, 1986, p. 22) + oindividuo é sempre membro de um grupo cultural ou comunidad, « seu comportamento & uma resposta a estimulos sociais definidos (DOLLARD, spud KOSMINSKY, 1985, p. 33). + através do estudo da vida dos individuos, 6 possivel conhecer caracterstica, valores eestrturas da sociedade na qual est inserido (PEREIRA DE QUEIROZ, 1986, p. 28). Tstespressupostos, entretano, geram polémicas desde trabalhos pioneirs de Dollard, Thomas ¢ Znanieck: comoa histria de vida de um 96 {individuo, ovo seu rlato sobre fatos que testemunhou, pode interessar jo earregada de subjetvismo pode ‘sma que isto, come téenica ou 4 is cincias sociais? Como uma | ser tad como fonts de nfo método de investigagio? Como outras questSes de método, esta também ‘std articulada 8 uma questio teérica, De fto, a polémica, entrada na subjetividade como fator de erro © desvio, ou de enriquecimento & ampliagao do conhecimento social, parece ser reflexo, no campo ‘metodoldgico, do debate tebrio acerca da reiagi individvo-soviedade. Apesar de sua complexidade, resistra-se, a seguir, alguns pontos deste debate, pela importineia que tm na diseussio dos pressupostos das téeniets dos rclatos asi. ‘Augusto dos Santos Silva recupera, no plano epstemotdgico, a ccaminhada desta refiexdo a partic do século XIX, quando a burguesia Tiel adotouo individualism (co utlitarismo) como matiz ideologies para a implantagio de seu sistema econdmico ¢ politico difundindo "a la de que a sociedade & um agregado de individuos singulaes e de {que a prossecugio dos sous interesses por parte de ea um deles serve ‘de melhor garantia para aharmoniacoletiva” (SILVA, 1987,p. 28). Este postulado contamina as eoriaseintifias até onaseimento da sociologia ~ quando parece ira extremo oposto a reaigi dukeimiana ao erase seem procurdo reaver 0 problema asl ent indies ced peevaciaiodo stor do ‘jer dani ater quan redid mers eomsequtaia de deteminnos socks que exspun sun consciéncia SILVA, 1987, 40 "No entanto, Eder Sader afrma com veeméncia que os consagrados cesquemas explicaivos dos processos sociais que os relacionam is, ‘cracteristies estruturaisndo adicionam “uma virgula”& compreensio de fendimeno to importante como a eclesfo de movimentos sociais turbanos no rai: como explicar que “as classes populares” brasileira, indubitavelmente “subsumidas pela Idgica do capital e do seu Estado”, teoham despontado com forga no cenitio politica dos amos de 1970 (GADER, 1988, p. 38)? Tamibém Ruth Cardoso apont a nsuficiéncia da perspectiva estratural, do ponta.de vista da esquerda: por que mio se ‘encontrava a “revoltaesperada”, dadas as precaras condighes de vide “objetivas” da classe trabalhadora? fala das tentativas de" Asti quoi of mssroproceot tonnes 08 conpartannts cover (CARDOSO, 986, p67) Na mesa eraclocn cabedagarper gs, inte detox cst ems copea tt estar tre rege en jue maizadncaoboseeng treet? MOORE Jt (DN, pl) Seg, e tate dea Stale soci, net desis. c com eli ene pet cue, ‘imaaiiacinblco ange oimcrec tn conse cone. BERT da eonigbes hss etulwasstpeifine¢ dav enpetocie ‘vivenciadas coletivamente, os individuos constrocm representagdes de ‘ean reaiade qr on re rtlands nn stots, lr, cede © So) qe notarlo uno no ude] Purse ser nests eonxi de ere do suo acu com elementos de peso au nova epecagbo aa ‘cago indivi ‘horse = es. dacearo on prmienne dos tlmos mis Apeide de ups de Sates Sad se seins ‘cede lo steals suivante, deze logeament) setalmod ose puss extar tm tots erectus oun storie nependentenct do supa ear do Totsogmo) ova soeldae onsino wap menial dor aj {eco dosoctogomo) SILVA 967 pt Sgn Man sua Pei Gusie, "todo enimen sai toa i tel Matsa dada de 1920.0 ndvcunCambenarn fete ol Aspen impor dena scenes pepe, Conporaniotce, wre eno pa te aches scat dais iste” (PEREIRA DE QUEIROZ 1988 p38) Ta toa defend gies is Joinividn usta soda pepe tas herang tp, com susp arddes aoc cam tun orgrino evlres epson quls, tangs, esos ‘femoral Delavna alas dasha ds icons oe dhs clei soci ar sear qu o subj alo eee exci varene de aes olgcs epg reconadiaelsias de pensarcta. A princi defende qu fangs vepetavas = nectnldnes iano, pace er - pr Segoe to sum porcbia ele individ, poser ea ks doe thes extro detid seamen (PEREIRA DE QUEIROZ 9, 9.38) A sneopolog telco itinensex-npls decane ne, 98 6 parto, os dejetos humanos, a doenga, a mote, so tratados de forma diferente em cada cultura (RODRIGUES, 1983). A segunda linha de pensamento baseia-se em Jung, para quem a cxisténcia de alpumas representagdes simbalieas arquetpicas, comuns a ts 0s individuos através dos emposeem todasasragas, sugere a semelhanga das estates ‘mentaissobte as quaisrepouse 0 “inconscientccoletive”, demonstanda 6 eariter social da psiquismo, 7" Esta breve diseussio nos permite dizer que a compreensio des fenémenos socias tende agora ano mais coneentrar-se quer no polo do individvo, uerno pol das estruturs sciais, O desafo romper coma ‘dia da sociedad enquantoaglomerado de individuos ou, a conto, dda coltvo social como algo que para, dsencamado, sobre individuos, Aeterminando-os de mancira onipotente. Trata-se de compreende Ailética do individyo como produto social, mas também produtor da sociedade; odesafi ¢ exatamente stua-se na tenso sujito-estrutur, individ sociedad. /afeze que isi nio tem sido fil, nem do panto de vista teico, rem do ponto de vista metodolégico. Maria Isaura Perreira Queiroz, por cexemplo, embora argumente a favor da reeuperaglo da subjetividade fas pesquisassocaise defenda as téenias de relato oral por “captarem. ‘que sueede na enernzilhada da vida individual com osocial" (PEREIRA DE QUEIROZ, 1988, p. 35), afma com Snfase que 1 scilogo vi dria do ue € cletv, ger nf se detendo now pareatinos .) Nose tad consider oo nin) aldaments, fem de compcen- oem sa unica; 0 que se queré capa, acavs de seus comporumentos,o ques pasa no interior dis oleidades de que Patcps © indo oo & rie 0 “nia”; ele agora & uma pszon Indetrminads, que nem mem &neessto omes,é somente ude esta doled (PERERA DE QUEIROZ, 1988p. 245, © tom destas linhas suyere que, para distanciar-se do “riseo do psicologismo”, podemos eair na “tentagio do sociologismo” , ou vice-versa (SILVA, 1987,p. 41), Aposar isto, permancce toda poten lidade da téenica, bem expressa por Aspisia Camargo ao avaliar a experiéneia do CPDOC: “Poiposve mbm de cor forma, eomper enhuruaentosadémico que tasformavaaenteins em simple soporte documenta ~edaidoso 99 je = da pesquisa soci hse, pam mostrar a riquers inept! do Aepoimeno orem si mesma como fate nso apenas norm, ms, Sobre, como iaseumento de compeeenso ais apa gala Aosigaicad dago humans desu lates coma soci opis, comms redes de soci, como poder o ontapne exsfntye cm os process macrocalturis que constuem o ambit dno do ql rmovemos tres eos prnonagens dese gan dr ininiciypo seme ral eid = que ea Hiss Humana (CAMARGO, 1989, 8). Nesta perspectiva, o que é visto por Guitta Debert como “ecepeionante” ~o fato dé os relatos oris estarem sempre convidando a discuir eonceitos tidos como defintivos, a reverintepretagSes, )odelingientejuveni pobte e sua familia constrocm aceres da Justiga ‘caguelas que Justga consti sobre ele © sobre 0 papel desempe- ‘ado pela Fania na produ da dlingigncis; ©) delinglente juvenil pobre, sua familia € a Justiga constroem acerea dos grupos exra-familare dos quis el participa. -Maneira de primeira viagem, coloqus-me dane de ur trabalho de grande envergadura, que implicaia lidar com ues segmentos de sujeitos os delinquents, s familias os representantes da ustga, Mas, ‘obviamente, nenhum pesquisador vive s6 de pesquisa muito menos ‘std imune ds limitagSes impostas por sua vida pessoal ou pelo campo 186 ‘nude pesquisa. Tive, portant, que fazer alguns ajusts:além de desist de entrevistar os representantes da Justiga, opted pela exclusdo de audolescentes do sexo feminino como sueitos da pesquisa, pois, como jé foi mensionado, eu teria que fazcr muitas Visits ao Aldaci Barbosa (Gntemato feminino) para conseguir uma amostrarazodvel. Content ‘mc em colher as epresentagdes saciis que odelinglente juvenl pobre consti sobre si, sua familia, a Justia © os grupos extr-familiares dos! ‘uais ele participa, eaquclas que familia do delingiemejuvenl pobre consti sobre eses mesmos stores. Como a pesquisa fi mediada pelas instituigdes pelas quais passei, mantive a preocupagdo de registrar conversas gue ouvia ou travava com os representantes da Justga 0 que ime fojextremament it para subsidiar minhas entrevists, para cheear a validade dos dados obtidos naabordagem dos adolescentes ede suas familias, e para constr as iterpretagdes das informagSes coletada. {A Iustiga foi, portanto, considerada na figura dos representantes do Judiciri, do MinstérioPibico, da Defensria, da Seguranga PAblicae da Assisténcia Social Por delingientejuvenil entendio adolescentea quem seattibuta | pritiea de ato infacional, verificad com otrnsitoma Delegacia ena 3" ‘Vara da Infancia © da Juventude, conforme faixa etria definida no Estatuto da Crianga e do Adolescente!" Quanto & definigio deipobre, por ser complexae problematic, relutl desde o principioa darshe uma abordagem mais precisa, Conquanto o termuo pobre seja uma nolo {qual todos 0s membros de nossa soviedade,pobres ou io, ém acesso, & ‘na medida em que se pade compreender o que ¢ mais significative paca uma classe que se faz possivel nfo apenas caracterizi-la, como também redefini-la, Se eu definisse pobreza simplesmente po rittrios derenda, por exemplo, corera o riseo de esvaziar minha amostra ou perder a Dportnidade de aprofundar a diseussio sobre o astunto, emboraseja ‘mediatamente visivel para qualquer abservador que of adoleseontes que transitam pels insttvgdes onde pesquise rarumente pertencem &s classes mais favorecidas. Deixei, portant, para os meus sujitos a ‘itven auc sp dope er aoe de ado” fart de Crags © ‘sdteccns at 7 definigfo do que & ser pobre e, assim, pude colher signifcados mais de acordo com Seu préprios referencias de vida, Foram consideradas como familias as pessoas que compareciam aos representantes da Justiga como pais ou responséveis pelos adolecentes ou aquelas indicadas por eles como familiares, durante as Visitas & institgo em que eles se encontravann, Os grupos extra- familiares ndo foram ineluidos entre os sucitos de minha amostra,sendo considerados apenas pelas oferénias feitas pelos adolescents © seus familiares po ocasiiodas entevistas, Dente extas referencias, figuraram ‘0 amigos da rua, os colegas de escola e de trabalho, as pessoas da Vizinhanga ¢ 0s adolescents internos no Si0. Miguel e, ainda, aqueles ‘que estiveram junto 60m os adolescente no Abrigo, por terem praticado em conjunto odelito do qual estavam sendo acusados, (Quanto a0 tamanho da mina amosra, foi definido de aeordo com sritérios qualitative, no decorrer do trabalho de eampo, Sé parei de abordat os meus sujcitos quando os dados colhidas eomegaram a se ‘epetir, como num processo de saturagSo. Contudo,abordar as familias {oi mais complicado que abordar os adolescentes, Nem sempre minhas das as insticulgdes coincidiam cam a presenga dela e nem todas as que cu abordava dispunham de tempo para conversar comigo,alegando a necessdade de etomar casa ou s0 trabalho, Além do mais alguns dos adolesentes entevistados nao contavam com a visita sistemtica de seus familiares, quando nio eram liberados pela Justiga antes que eu tivessea chance de abordar seus visitantes. Por limitagdes pessoais, no {oi possivel abordar as familias em outros cantextos que nio 0 instucional, Mesmo assim, consegui fazer dezenove entevisas com familiges de adolescents, Seguindo 0 métado fenomenclégico-existencial, procure: deserever primeiramenteos-fenémenos abservados, na relagio com os meus sueits, $6 na medida em que pesquisa foi progredindo, minha anilisefose aprofundando, Registava os dedos colhidos a pate de ossas conversis, limitando a0 méximo qualquer inferéocia previa © evitando estabefecer quaisquer conclusdesdefinitives. Assinalava o que ‘costumeiramente se repetiaeelacionavaist is evidéncias precedentes. Realizei, pois, 0 exereicio da redugdo e da atitude ingénua. Pelo evercicio da reduo cologue, por um momento, 0 mundo fica e suas 138 teses entre parénteses eda mesma forma, dexei de utilizar eomo recurso {ulgamentes espago-temporis, ou seja permitia que a experinciafosse ‘dada ao que auteticamente era manifestado na minha rela¢Zo com 05 sujeltos. Nesta experitncia, sintetizados estavam o presente, o pasado ‘¢0 futuro, aque “0 lugar” do tempo ¢ a existéneia ou melhor, ose-n0- ‘mundo étemporalidade” (LUUPEN, 1973, p.241), Portia, isente-e, ao maximo, da tendéneia de explcar cestabelcercausaidades,enquanto pesquisava.Evidentemente, a redo completa no foi possivel ‘Orsiorensinamento da ruc €simpossdadde uma elusio ‘complet. Es porqoc Huss se interop continent robes pomtbdade da redupia Est no seria problemdin se senoe pst abolta mas ustament porque exams no mud, poque poses eles mascem no xo tempor que procunay capa, ‘io hi pensmente que aba todos os ossos penamenos (MERLEAL- PONT, 1880,p 20, Uilizando a atitude ingénua, realize 0 contririo do exercicio intelectual, entregue-me & emoglo. Aberta aos fendmenos da minha aventura, despojada ao méximo de sprensies a prior, eu intenogava, vi, ouvia preebiae setia os meus sujitos, ao mesmo tempo em que também me interrogava, me via, me ouvia, me perecbia e me sentia na relagio com eles, Reportava-me sempre a mim mesma, porque, como Jhumana que sou, jamais podria, diate do mundo que a mim chegava, deixar de fear triste ou alegre, de sentir raiva ou entedir-me, Sentia 0 cheizo das pessoas e, por vezes, tinha dor de cabega. Vivenciavao afeto tha # conscigneia de que vivia uma experineia diferente de tudo @ ue vivera. Foi desta interseydo do meu cu com os outros, de recone- cimento da intersuhjetvidade eda subjetividade que pudeconstruir uma ‘compreensio objetiva, Comoafitmau MERLEAU-PONTY (1980, 240), (© mundo fenomenckiyco io € 0 sr puro, eas 0 send que teasparct ma inteseio de thas experiencia emainteregta de renhaseapesincat cm ard, place deunas sabe 2 outs, senda, pol, sept! da subjeeidade eda ietsubje ride cx unde ave da era de tak xe pasads pla presents eda espenéniado outro peermina 139 a 732 Osprocedimenios wilizados AAlém dos dezenove adolescents (dos quis quatro eram do sexo feminino), das quatro familias eda asistente social que enrevistet no Abrigo, abordei um total de vine equaeosioleseentes equinze familias,

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