A ata resume um seminário sobre direito tributário no qual os participantes discutiram:
1) O que são fontes do direito e se costumes, doutrina e jurisprudência se enquadram;
2) Se uma lei complementar que trata de assunto de lei ordinária tem hierarquia sobre esta;
3) Os elementos constitutivos de uma lei que institui um tributo.
Descrição original:
RELATÓRIO DE TURMA - SEMINÁRIO II (MÓDULO I)
Título original
IBET - RELATÓRIO DE TURMA - SEMINÁRIO II (Módulo I).docx
A ata resume um seminário sobre direito tributário no qual os participantes discutiram:
1) O que são fontes do direito e se costumes, doutrina e jurisprudência se enquadram;
2) Se uma lei complementar que trata de assunto de lei ordinária tem hierarquia sobre esta;
3) Os elementos constitutivos de uma lei que institui um tributo.
A ata resume um seminário sobre direito tributário no qual os participantes discutiram:
1) O que são fontes do direito e se costumes, doutrina e jurisprudência se enquadram;
2) Se uma lei complementar que trata de assunto de lei ordinária tem hierarquia sobre esta;
3) Os elementos constitutivos de uma lei que institui um tributo.
1. Que so fontes do Direito? Os costumes, a doutrina, a
jurisprudncia e o fato jurdico tributrio so fontes do direito?
Resposta: Os grupos 1, 5 e 6, utilizaram-se da teoria do
Professor Paulo de Barros Carvalho para a resposta do que seriam fontes do Direito, ou seja, entenderam que Fontes seriam os fatos sociais juridicamente credenciados a criar normas jurdicas, os quais o Professor Paulo chama de Enunciao. Compreenderam, inclusive, que seriam os focos ejetores de regras jurdicas, isto , os rgos habilitados pelo sistema para produzirem normas numa organizao escalonada.
Os grupos 2, 3 e 4, tambm consideraram o conceito de
Fontes do Direito do Professor Paulo de Barros, contudo trouxeram algumas divergncias: Parte do Grupo 2 entendeu fontes como Fato ou Norma valorvel juridicamente. Para eles Costume, Doutrina, Jurisprudncia e Fato Jurdico Tributrio so fontes do Direito Tributrio. O Grupo 3 alegou que fontes seriam os Fatos Jurdicos produtores de normas, mas alegaram que Costume, Doutrina, Jurisprudncia e Fato Jurdico Tributrio no eram fontes do direito. E parte do Grupo 4 considerou fonte em uma viso jurdico- positiva e entenderam que o Costume Fonte do Direito.
Para os que seguiram a linha de raciocnio do Nobre
Professor, Costume no seria considerado fonte do direito, pois, por si s, no gera efeitos jurdicos, salvo quando uma enunciao especfica, constitua-o em enunciado jurdico. A Doutrina tambm no seria fonte do direito, pois somente possui a funo de sobrelinguagem do Direito Posto, descrevendo-o, logo no possui o condo de altera- lo. A Jurisprudncia norma individual e concreta, sendo, portanto, direito positivo e segundo Paulo de Barros, direito no pode gerar direito (Ressalva para parte do grupo 4 que no compreenderam Jurisprudncia como Norma Individual e Concreta, por ser conjunto reiterado de decises). Por fim, no compreenderam Fato Jurdico Tributrio como Fonte do Direito, pois este jurisdicizado, j estaria inserido no Direito Positivo e que segundo o Professor o prprio Direito no teria o condo de altera- lo.
2. A LC 70/91 estabeleceu iseno da COFINS para as
sociedades civis de prestao de servios profissionais, que
foi revogada pelo art. 56 da Lei 9.430/96. Pergunta-se:
a) Qual posio ocupa, no sistema jurdico, norma inserida
por Lei Complementar que dispe sobre matria de lei ordinria?
Resposta: A maioria dos grupos compreenderam que norma
inserida por Lei Complementar que dispes sobre matria de Lei de Ordinria, ocupa a posio de Lei Ordinria, pois embora seja formalmente complementar, ser materialmente ordinria. Os Grupos 2 e 4, entenderam no haver hierarquia entre Lei Complementar e Ordinria, portando ocupariam a mesma posio. Alega o grupo 4, que ambos os veculos normativos esto fundamentados na Constituio Federal, sendo distintos apenas o qurum de aprovao e a matria reservada, mas que no poderiam servir de justificativa para uma afirmao de hierarquia. b) Pode Lei Ordinria revogar norma introduzida por Lei Complementar? Neste caso, h que se falar que a iseno da COFINS para as sociedades de prestao de servios profissionais est revogada?
RESPOSTA: Todos os grupos entenderam que Lei Ordinria pode
revogar Lei Complementar, quando esta tratar de matria reservada Lei Ordinria. Deste modo, compreenderam que a iseno da COFINS para as sociedades de prestao de servios profissionais est revogada, pois a matria tratada pela LC 70/91 de Competncia de Lei Ordinria, uma vez que no foi especificado pelo Legislador Constitucional.
3. Diante do fragmento de direito positivo abaixo,
responda:
LEI N. 10.168, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000, D.O.30/12/2000
Institui contribuio de interveno de domnio
econmico destinada a financiar o Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA: fao saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 Fica institudo o Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao, cujo objetivo principal estimular o desenvolvimento tecnolgico brasileiro, mediante programas de pesquisa cientfica e tecnolgica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo. Art. 2 Para fins de atendimento ao Programa de que trata o artigo anterior, fica instituda contribuio de interveno no domnio econmico, devida pela pessoa jurdica detentora de licena de uso ou adquirente de conhecimentos tecnolgicos, bem como, aquela signatria de contratos que impliquem transferncia de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior. 1 Consideram-se, para fins desta Lei, contratos de transferncia de tecnologia os relativos explorao de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestao de assistncia tcnica. 1-A. A contribuio de que trata este artigo no incide sobre a remunerao pela licena de uso ou de direitos de comercializao ou distribuio de programa de computador, salvo quando envolverem a transferncia da correspondente tecnologia. (Includo pela Lei n.. 11452, de 2007). 2 A partir de 1 de janeiro de 2002, a contribuio de que trata o caput deste artigo passa a ser devida tambm pelas pessoas jurdicas signatrias de contratos que tenham por objeto servios tcnicos e de assistncia administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurdicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer ttulo, a beneficirios residentes ou domiciliados no exterior. (Redao da pela Lei 10.332, de 19.12.2001). 3 A contribuio incidir sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada ms, a residentes ou domiciliados no exterior, a ttulo de remunerao decorrente das obrigaes indicadas no caput e no 2 deste artigo. (Redao da pela Lei 10.332, de 19.12.2001). 4 A alquota da contribuio ser de 10% (dez por cento). (Redao da pela Lei 10332, de 19.12.2001). (...) Art. 8 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1 de janeiro de 2001. Braslia, 29 de dezembro de 2000; 179 da Independncia e 112 da Repblica. (FERNANDO HENRIQUE CARDOSO)
a) Identifique os seguintes elementos da Lei n.
10.168/00: (i) enunciados-enunciados, (ii) enunciao- enunciada, (iii) instrumento introdutor de norma, (iv) fonte material, (v) fonte formal, (vi) procedimento, (vii) sujeito competente, (viii) preceitos gerais e abstratos e (ix) norma geral e concreta. Resposta: (i) Os Grupos 1, 3, 5 e 6 disseram que eram enunciados-enunciados os art. 1 ao 8. O Grupo 2 entendeu que tratavam-se da segunda parte do art. 2 at o 3 do mesmo dispositivo. O grupo 4 alegou que os enunciados- enunciados estariam no art. 1 ao 3 do art. 2. (ii) Como entenderam que enunciao-enunciada seria o contedo que faz referncia ao processo de enunciao: Lei, Prembulo, Data e Autoridade que Sancionou a Lei. Divergncia: O Grupo 2 que entendeu que o art. 1 tambm era enunciao-enunciada. (iii) Unanimidade em afirmar que o Veculo Introdutor da Norma era a Lei Ordinria n 10.168/2000. (iv) Os grupos 3, 4 e 6 alegaram ser a fonte material da Lei a Enunciao. O grupo 1 alegou ser o art 2 caput e 2. O Grupo 2 disse que era a segunda parte do art. 2. E o grupo 5 alegou ser o Critrio Material do Tributo. (v) Os grupos 1, 2, 3, 4 alegaram ser a fonte formal a Lei n 10.168/00 (lei ordinria). O Grupo 5 acrescentou a Constituio Federal e Lei Complementar e o Grupo 6, por adotar o conceito de fonte do Professor Paulo de Barros, no reconheceu o termo fonte formal. (vi) Unanimidade em alegar o Procedimento prescrito pela Constituio Federal, dos artigos 61 e ss. (vii) Alegaram que o Sujeito Competente seria a Unio, enquanto pessoa Jurdica de Direito Pblico Interno, atravs de seu rgo Legiferante: o Congresso Nacional. (viii) Divergncia. Os Grupos 1, 2 e 3 entenderam que os preceitos gerais e abstratos seria o 1 da Lei 10.168/00, j os Grupos 4, 5 e 6 entenderam tratar-se dos enunciados-enunciados. (ix) Divergncia: Os Grupos 1, 2 e 3 disseram que a Normal Geral e Concreta est presente no artigo 2 da Lei 10.168/00. Os Grupos 4 e 6 alegaram que era o Veculo Introdutor e o Grupo 5 entendeu que era a enunciao-enunciada.
b) Os enunciados inseridos na Lei n. 10.168/00 pelas Leis
n. 11.452/07 e n. 10.332/01 passam a pertencer Lei n. 10.168/00 ou ainda so parte integrante dos veculos que os introduziram no ordenamento? No caso de expressa revogao da Lei n. 10.168/00, como fica a situao dos enunciados veiculados pelas Leis n. 11.452/07 e n. 10.332/01? Pode-se dizer que tambm so revogados, mesmo sem a revogao expressa dos veculos que os inseriram? RESPOSTA: A maioria dos grupos entenderam que os enunciados das Leis n. 11.452/07 e n.10.332/01 passam a integrar a Lei n. 10.168/00. O grupo 1 e parte do Grupo 4, entenderam que os enunciados das leis introdutoras, quando integradas a Lei 10.168/00, passam a ser um nico complexo prescritivo, e, portanto, em caso de revogao da Lei 10.168/00, os enunciados das leis 11.452/07 e 10.332/01, tambm estaro revogadas. O Grupos 3 e 6 compreenderam tambm que os enunciados introduzidos seriam revogados, porm tacitamente. O grupo 5 apresentou entendimento de que os enunciados passam a integrar a Lei 10.168/00, contudo ainda integram o veculo introdutor, motivo pelo qual em caso de revogao expressa da Lei, os enunciados no seriam revogados, porm restariam sem conexo semntica com o Sistema do Direito Positivo.
Em sentindo oposto, o Grupo 2 entendeu que os enunciados
das Leis 11.452/07 e 10.332/01 no integram a Lei 10.168/00, pois tratam-se de veculos autnomos e que no caso de revogao da ltima lei, os enunciados no sero revogados, porm restariam sem eficcia tcnica, apesar de ainda continuarem vlidas. Igual entendimento de outra parte do grupo 4, que citou o artigo 2, 2 da LINDB.
Grupo 1: Tyciana Lobo B. Lima Catunda; Ricardo Porto; Mario
Abraham Gomes; Tssia Abreu.
Grupo 2: Thiago Lima do Nascimento; Arthur Barbosa; Pmela
Rodrigues Silva e Larissa.
Grupo 3: Brbara Maria Morais de Castro; Rodrigo Ayres;
Carlos Augusto Galvo; Fbio Lisboa.
Grupo 4: Domingos Neto; Gabriela; Thais; Janana
Grupo 5: Ane Ruth Corra Carvalho; Leandro Silva Maus; Jefth Leonardo Vasconcelos Cesar; Gabriel Botelho
Grupo 6: Fernando Pinheiro; Henrique Lobato; Daniel Souza;