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Encanta-me a música. Quem partilhou comigo, momentos no Secretariado sabe o que me acompanhou nesses sete
anos de serviço na JMV. Hoje quero falar-lhes de cantos que tocaram minha vida e meu caminhar dentro da JMV.
2001. IV EMLA, Venezuela. Descobri uma Associação viva em América Latina e escutei pela primeira vez uma canção
que ia ritmar meu voluntariado e minha vida comunitária em Madrid: Alma Missionária, na letra, Senhor, toma
minha vida nova… Estou disposto ao que queiras, não importa o que seja Tu chamas-me a servir… “Conduza-me à
terra que tenha sede de Ti”. E o Senhor me ouviu – em 2003, começou minha aventura no Secretariado Internacional
como voluntária.
Em 2005, iniciamos os preparativos da II Assembleia Geral (Paris). Como sempre quando Deus chama… apareceu
esse mensageiro que me deu um empurrãozinho: Por que não te apresentas como candidata? Veio-me a tentação de
dizer que não, como muitos quando lhes tocam assumir responsabilidades. Mas, no mais forte que meus medos,
ressoou outra canção com perguntas e respostas para meu coração: “Que te posso dar que não me tenhas dado
Tu?… Todo o que sei, todo o que sou, todo o que tenho é Teu…”. A resposta tinha que ser SIM.
Arrisquei-me, inspirada pelo exemplo dos que haviam entregado sua vida à JMV, e assumi uma responsabilidade que
de todos os modos, estava por cima de minhas capacidades, sabendo que “Em minha debilidade, (Deus) me faz
forte”. E se foi fazendo realidade à canção de 2001: o Senhor me levou por todos os continentes, por cidades e
povoados, com jovens e menos jovens, para partilhar esse carisma vicentino, esse amor a Cristo, a Maria e aos
pobres. Não se pode resumir a alegria de cada encontro, partilha, diálogo, olhar, eucaristia, dança, abraço e sorriso…
MUITISSIMO OBRIGADA a cada um; vocês deixaram marcas em minha vida e em minha coração, inclusive os que
somente conheci por internet e que acompanhei nos momentos alegres e tristes de seu serviço em prol da JMV.
Quero agradecer a todos me ajudaram a dizer sim e me acompanharam quando o sim passava pela experiência da
cruz.
Obrigada pela oportunidade de ir à Rue du Bac em tantas ocasiões, de voltar à fonte, ao pé do altar, e de encontrar
ali fortaleza para seguir esperando e lutando.
Obrigada a meus companheiros do Secretariado que partilharam o trabalho, as reuniões intermináveis, os momentos
de fé e de serviço, as alegrias e penas pessoais e familiares.
Obrigada especialmente aos assessores atuais e passados do Conselho Internacional, a minhas queridas Conselheiras
Internacionais, que foram luz, consolo e esperança nessa caminhada.
Magnificat… o Poderoso fez obras grandes por mim…! Vou-me deste serviço enriquecida pelo dado grátis, por todo o
que recebi, as amizades, as alegrias e as largas horas de trabalho – que me encantaram! – e as dificuldades que me
fizeram crescer. De verdade, estou muito agradecida por esta oportunidade de servir a JMV, à Família Vicentina, aos
jovens e a nossos amos e senhores. Foi um tempo de graça excepcional!
Ano 2010, fim de uma bela experiência. Isso me faz compreender que nunca podemos estancar-nos no caminho do
crescimento pessoal, no sonho de ser santos, na urgência de construir um mundo e uma Associação melhor.
Peregrinos do mundo, somos chamados a responder com audácia e criatividade ao grito dos mais desfavorecidos.
E a música segue presente… na Páscoa Interprovincial 2010 da JMV Espanha, o Senhor me abriu o horizonte
recordando-me que:
“Segue havendo tantos pés que lavar,
Segue havendo tanta escuridão que iluminar,
Tantas correntes que romper…”
Quando comecei meu serviço como Presidenta, pensei que minha missão principal era orar primeiro para poder
amar e servir. Não soube sempre realizar a triple missão e peço perdão a toda a Associação e a cada um. Ao terminar
este serviço me alegra descobrir, que poço seguir orando, amando e servindo, estarei onde esteja, para que JMV siga
crescendo e fortalecendo-se, para que os pobres sejam amados e servidos como nossos amos e senhores.
Yasmine Cajuste