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(1767-1830)
Ativista poltico
suo-francs
Discurso
pronunciado em
1819 no Ateneu
Real de Paris
A liberdade dos modernos (p. 77-78)
Perguntai-vos, Senhores, o que em nossos dias um ingls,
um francs, ou um habitante dos Estados Unidos da Amrica
entende pela palavra liberdade? E para cada um o direito de
no ser submetido seno s leis, de no poder ser preso,
detido, condenado morte nem maltratado de maneira
alguma pela s vontade arbitrria de um ou de vrios
indivduos. E para cada um o direito de manifestar sua
opinio, de escolher sua profisso e de exerc-la; de dispor
de sua propriedade ou mesmo de abusar dela; de ir e vir sem
precisar de permisso sem prestar contas dos seus motivos
ou de seus passos. [...].
A liberdade dos antigos
Comparai agora quela liberdade dita dos antigos. Esta
ltima consistia em exercer coletivamente, mas de forma
direta, muitas partes da prpria soberania, em deliberar, em
praa pblica, sobre a guerra e a paz, em celebrar com os
estrangeiros tratados de aliana, a votar as leis, em realizar
os julgamentos, em examinar as contas, os atos, a gesto
dos magistrados, em faz-los comparecer perante todo o
povo, em acus-los, em conden-los ou em absolv-los. Mas
ao mesmo tempo em que isso era denominado pelos antigos
de liberdade, eles admitiam, como compatvel com essa
liberdade coletiva, a sujeio completa do indivduo
autoridade do conjunto.
A liberdade dos antigos
No encontrareis entre eles quase nenhum dos benefcios
que queremos que faa parte da liberdade dos modernos.
Todas as aes privadas so submetidas a uma vigilncia
severa. Nada atribudo independncia individual, quer
sob o ponto de vista da liberdade, quer em relao
profisso; nem, acima de tudo, em relao religio. A
faculdade de escolher o prprio culto, faculdade que vemos
como um dos nossos direitos mais preciosos, teria parecido
crime ou sacrilgio para um antigo.
As patologias e dficits da liberdade
Russo-Britnico
Recepo contempornea do debate