Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
A fase virtual a terceira, segundo Silva (2003, p. 20), antecedida pela primitiva e
industrial, das etapas da construo imaginal em funo das tecnologias que as
engendram. Por isso a proposta de reflexo sobre as tecnologias do imaginrio como
dispositivo em um ambiente de socialidade com imagens partilhadas. Maffesoli, em suas
obras, exaltaria a interao e cumplicidade do estar-junto: assimilao e consentimento
de (em) prticas sociais efmeras. Assim, a tecnologia acabaria funcionando como
difusora das questes imaginais, essencialmente como uma tecnologia de imagem, mas
tambm fazendo apelo a outros sentidos, como tato e audio, operando na interface
entre a subjetividade e o cotidiano (FELINTO, 2003, p. 181).
O imaginrio social uma potncia simblica, fora motora, que organiza o social.
Assim, vale lembrar as palavras de Silva (2003, p. 23), ao enfatizar que o imaginrio
funciona mais como potncia, esta fora motora com capacidade de desvio e criao
poisis, do que de poder, a fora de ordenao: as TI operam no territrio anrquico da
potncia. a potncia criadora, fora motora que estrutura o social, em uma energia
coletiva, sem a rota do racionalismo da modernidade. No h poder sem potncia, no
h tcnica que no sofra distores. O autor (2003, p. 63) refora que o trajeto
antropolgico precisa das tecnologias de seduo para se capilarizar no tecido social e
estas tecnologias valorizam o esttico, o aqui e agora.
As tecnologias do imaginrio so dispositivos de cristalizao de uma
patrimnio afetivo, imagtico, simblico, individual ou grupal, mobilizador
desses indivduos ou grupos. So magmas estimuladores das aes e
produtores de sentido. Do significado e impulso, a partir do no-racional,
a prticas que se apresentam tambm racionalmente. Tornam real o
sonhado. Sonham o real (SILVA, 2003, p. 47).
2 A rede social a que me refiro o Facebook, ambiente em que os perfis de pessoas que faleceram foram
visitados, percebendo-se a mesma essncia nas manifestaes (e que fruto da discusso).
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
FELINTO, Erick. Novas tecnologias, antigos mitos: apontamentos para uma definio
operatria de imaginrio tecnolgico. Galxia. n.6, p. 165-188, out. 2003.
SILVA, Juremir Machado da. As tecnologias do imaginrio. Porto Alegre: Sulina, 2003.
SOBRE A AUTORA: