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Nestlé terá leite condensado e brigadeiro

em embalagens de 3Kg
Lançamentos são estratégia da empresa para avançar em um mercado que movimentou R$ 60
bilhões no Brasil em 2009, e deve crescer ainda mais

DIVULGAÇÃO

Embalagens de leite condensado, doce de leite e brigadeiro em 3 Kg são parte da estratégia da Nestlé
para expandir atuação no mercado

São Paulo - A Nestlé Professional, setor da companhia especializado em alimentação fora do lar, está
ampliando sua linha de produtos voltados para restaurantes, padarias e confeitarias. O setor foi
responsável pela movimentação de R$ 60 bilhões de reais no Brasil em 2009. O objetivo da Nestlé é
crescer em números superiores ao avanço do mercado.

Para avançar na área de food service, a estratégia é lançar produtos de marcas já tradicionais, como
Maggi, Moça e Suflair, em embalagens de diferentes materiais e tamanhos, além de promover mudanças
na consistência dos produtos, de acordo com o tipo de preparo a que for destinado. As linhas são
voltadas para a produção de alimentos em grande quantidade, em locais como restaurantes, padarias,
confeitarias, lojas de conveniências e pontos localizados em hospitais e empresas.
Na linha de Lácteos, o foco é a marca Moça, com leite condensado, brigadeiro e doce de leite em
embalagens bag de 3 Kg. O leite condensado será também comercializado em Tetra Pak, de 1,3 Kg. Nos
culinários, a empresa lança molhos Maggi, com rendimentos que variam entre 5 e 6 litros. A linha de
chocolates em barra tem adaptações nas embalagens, que trarão informações mais abrangentes sobre
os produtos, oferecidos nas versões 1 Kg e 2,3 Kg. Os sabores "Ao Leite", Marfim", "Meio Amargo" e
"Blend" têm nova formulação. O foco, segundo a empresa, seria melhorar a performance em coberturas e
facilitar o manuseio, já que vem fracionado em moedas para ser derretido mais rapidamente. Na área de
sobremesas, a Nestlé Professional lança bases para o preparo de mousses. Como apontou a empresa, a
sobremesa é a terceira mais servida em restaurantes.

A expectativa é de que o segmento de food service cresça 7% no Brasil em 2010. "Observamos um


aumento de consumo fora do lar pela classe C, que já representa quase 50% desse mercado", diz Patrick
Traelnes, diretor da Nestlé Professional no Brasil. "A Nestlé quer crescer mais que o mercado. Se o
mercado crescerá cerca de 7%, cresceremos mais. No mínimo, 10%", diz Traelnes, que não divulga
números. O canal padarias, que incluindo produtos voltados para confeitarias e restaurantes, representa
cerca de 50% do faturamento da Nestlé.

Mundialmente, o setor de alimentos fora do lar movimenta cerca de 475 bilhões de dólares. 37% desse
valor é gerado por economias emergentes. A estimativa é de que esses países respondam por 50% das
vendas em 2019. Posicionado entre os dez maiores mercados do mundo para a Nestlé, o Brasil, junto
com a China, é o principal destino de investimentos de grandes restaurantes e redes de hotéis. Entrando
na rota dos grandes eventos mundiais em 2014 e 2016, as oportunidades devem aumentar ainda mais

Polos e lojas de rua mostram valor para a


movimentação financeira
Pequenos varejistas se beneficiam com a união dos lojistas

Rio de Janeiro - A importância de centros urbanos de compras para a movimentação financeira da cidade
de São Paulo já é conhecida. Mesmo assim vale ressaltar que os 240 mil estabelecimentos comerciais
em pólos, compostos por 86 ruas, espremem as lojas de shopping em meros 17% de todo o mercado da
cidade. Um exemplo de prosperidade é a marca de moda Líquido que, após iniciar sua história com uma
loja na Rua Maria Marcolina em 2004, hoje conta com 42 lojas e planeja atingir 50 pontos-de-venda em
curto prazo.

Outro exemplo é o shopping a céu aberto na rua João Cachoeira, em São Paulo, que oferece 130 lojas de
aproximadamente 25 segmentos diferentes. Este é mais um pólo comercial que após a sua revitalização
está sendo visto cada vez mais como um bom negócio. A união dos lojistas deste centro deu início a uma
pesquisa sobre as melhorias que poderiam ser feitas para tornar o local mais atraente para as compras.

Tanta oportunidade parecia ser mal aproveitada. As ruas em péssimo estado de limpeza e mal
iluminadas, a insegurança e a falta de atrativos esvaziavam os pólos e o caixa dos lojistas a cada dia. O
estudo sobre as vantagens e desvantagens da Rua João Cachoeira deixou claro seus graves problemas,
mas mostrou que, além de local de consumo, o espaço é visto como opção de lazer.

Lojistas unidos pela revitalização

O projeto apresentado pela associação de lojistas à Prefeitura foi aprovado mediante a adesão de, no
mínimo, dois terços das lojas e a divisão do custo para a reforma na calçada. Em contrapartida, a
Prefeitura de São Paulo ficou responsável pela iniciativa que envolveu paisagismo, drenagem,
recapeamento do asfalto, melhorias de iluminação e sinalização. "Uma rua comercial tem que ser
confortável, porque o consumo está ligado à sensação de bem-estar", diz Felippe Naufel, Diretor do
Centro de Comércio do Estado de São Paulo.

Os pequenos detalhes são muito importantes para as ruas comerciais. Iluminação, estacionamento,
bancos para descanso e placas informativas tornam o local mais aprazível para o consumidor. A reforma
da calçada da João Cachoeira deu nova identidade ao local, mas o mais importante foi a facilidade de
acesso. "Pensamos em quem está caminhando com sacolas nas mãos e em pessoas de baixa
mobilidade como grávidas, cadeirantes e idosos", ressalta Naufel.

Após o primeiro ano de vendas com o espaço revitalizado, o pólo comercial paulista teve aumento de
11%. "É como uma ação de marketing que custou para cada lojista cerca de R$ 1.500,00. Alguns
recuperaram esta quantia no primeiro domingo depois da reinauguração", aponta o Diretor do Centro de
Comércio do Estado de São Paulo.
Shopping eleva preço em até 80%

As lojas de rua podem se espelhar na Líquido para conquistar o sucesso. A marca de moda praia e
fitness apostou no comércio popular há seis anos e hoje atinge consumidores de todas as classes sociais
comercializando a cada ano mais de três milhões de peças. Neste caso, a prosperidade dos pontos-de-
venda não foi baseada em uma estratégia inicial de crescimento em longo prazo.

"Percebemos que havia uma oportunidade ao criar a loja da Líquido (foto) no bairro do Brás. O local não
foi muito bem estudado. O foco foi na população, na carência dos consumidores por este segmento",
conta Naim Hassan, sócio da Líquido Biquínis. De acordo com ele, o custo para abrir a mesma loja em
um shopping eleva o preço dos produtos em até 80%.

A decisão de iniciar um negócio em ruas comerciais não demorou a ser considerada uma exclusão não
forçada (ou idealizada), já que ainda existe a barreira do preconceito por parte dos consumidores de
maior poder aquisitivo. "Procuramos trazer a sofisticação de lojas de shoppings para a rua a fim de acabar
com o preconceito", explica Hassan.

Rio de Janeiro - A Fnac tem uma meta ambiciosa para cumprir em um ano. A rede pretende substituir até
40% do seu faturamento com produtos próprios. Um projeto global formado pela cadeia de eletrônicos,
música e livros está em fase final de desenvolvimento de marcas próprias para ser lançado antes do Natal
deste ano. Os primeiros produtos a chegarem às prateleiras do Brasil no segundo semestre são itens de
informática, como periféricos, acessórios e mochilas para notebooks.

Até março, a empresa tem a expectativa de estar com todos os produtos de linha própria no Brasil, como
computadores e notebooks. Em um ano, o objetivo é disponibilizar ao consumidor itens eletrônicos, como
TVs e DVDs com tecnologia e design diferenciados. Ao colocar a marca Fnac em produtos como mouses
e teclados, a empresa multiplica em quase duas vezes a rentabilidade destes itens.
O projeto inicial da rede que faz parte do grupo francês PPR consiste em substituir produtos de marcas
inexpressivas importados da China para vender no Brasil. O modelo da Fnac inclui o desenvolvimento de
portfólios desde a concepção até o pós-venda. Cada país onde a varejista está presente é responsável
por uma linha. O Brasil comanda o lançamento de acessórios e periféricos.

Concorrência será com os pequenos

"No vamos brigar com a LG ou com a Sony" afirma Pierre Gabriel Paparemborde, dretor de produto da
Fnac. "rimeiramente vamos atuar onde há submarcas, substituindo produtos chineses de primeiro preço"
explica o executivo, durante o 1º Congresso Nacional de Marcas Próprias, evento realizado ontem, dia 8,
em São Paulo, pela Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização) e pela GS&MD
– Gouvêa de Souza.

Ao desenvolver um portfólio de marca própria, a Fnac sabe que não é suficiente imprimir o seu logotipo
nos produtos e colocá-los na gôndola. " dificuldade maior é ter a expertise que o varejo não tem, como
fornecimento e marketing de produto, que vai desde a sua concepção até a imagem da marca e o pós-
venda, passando pelo design e pela embalagem" conta Gabriel Paparemborde.

Outro desafio a ser enfrentado é com relação à tecnologia, que vive estágios diferentes na Europa e no
Brasil. Para a operação local, o que poderia ser uma desvantagem se transforma em uma força. "Vamos
trazer para o Brasil um tablet touch screen com acesso a internet, GPS e DVD, muito próprio para carros",
adianta Gabriel Paparemborde

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