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Tneis escuros com luzes ora brancas, ora amareladas. Prdios gastos pelos anos.

Estaes sombrias, apesar de bem iluminadas. rvores impondo suas presenas em meio
as construes. O vo entre os dois trens separa os corpos e os trajetos. Uns vo
de encontro cidade, outros fogem dela dentro do tempo concedido. A essa hora o
cu j vai escurecendo e as luzes nos postes comeam a se multiplicar, mas
permaneo enxergando sombras. O contato visual fere, invade. A solido singular de
tantas vidas que ocupam o mesmo espao e no se reconhecem. Essas ruas que passam
pela janela, to cheias de coisas, contrastam com o vazio que inspiram em mim.
Sinto uma angstia de vida sem rumo, mas com destino certo: a estao final.

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