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Estratégias Na Alfabetização de Crianças Disléxicas - Prado e Alioto PDF
Estratégias Na Alfabetização de Crianças Disléxicas - Prado e Alioto PDF
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Professor do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Mtodo de So Paulo.
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Aluna do quarto semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Mtodo de So Paulo.
RESUMO
Contribuies de alguns autores tiveram papel importante na realizao deste trabalho
que tem por objetivo apresentar as dificuldades que as crianas com dislexia enfrentam
na aprendizagem da leitura e escrita, encarando essa funo como desagradvel. Para
tanto, este trabalho apresenta como so processados as estratgias de linguagem,
leitura e escrita e os mtodos empregados nas intervenes. Estes devem ser
elaborados de maneira que sejam eficazes na alfabetizao dessas crianas.
INTRODUO
- inconstncias no desempenho;
- lentido;
O dislxico tem dificuldades para lidar com o tempo. Seu ritmo para organizar-se,
copiar e concluir suas atividades mais lento que a mdia da classe. Tem
dificuldades para lidar com o espao, com a prpria utilizao de material
didtico, como rgua, caderno e livro, ao mesmo tempo. Tem dificuldades com
desenho geomtrico, mapas, aplicao terica de conceitos, linguagem subjetiva,
simblica, apresenta disgrafia fora das pautas, das margens e, disortografia
omisso ou acrscimo de letras. Enfim, tudo para o dislxico muito difcil.
(Fernandes; Penna, 2008, p. 45)
[...] para aprender a ler necessrio ter uma boa conscincia fonolgica, isto , o
conhecimento consciente de que a linguagem formada por palavras, as
palavras por silabas, e as silabas por fonemas e que os caracteres do alfabeto
representam esses fonemas. (p. 192)
Ler uma palavra compreende conhecer o nome das letras, o som dos fonemas,
relacionar os fonemas e os grafemas e encontrar a pronncia certa ao significado. Esses
processos so naturalmente automticos, tornando a leitura fluente e compreensiva,
porm devem ser ensinados e praticados.
Estratgias de leitura
Capovilla et al. (2004), Fernandes e Penna (2008) e Mousinho (2004) descrevem
trs etapas pelas quais as crianas passam no processo de aprendizagem da leitura e
escrita:
- lexical: fase ortogrfica, em que h uma experincia maior com a leitura; o acesso
visual direto da palavra torna a leitura mais gil, e a criana aprende a memorizar e
compreender as irregularidades entre as palavras.
Mesmo quando uma nova etapa concluda, ela no descarta a anterior, pois
todos os estgios so sempre utilizados por leitores ou escritores competentes, embora
de forma atenuada e dependendo do tipo de leitura e escrita.
De acordo com Capovilla et al. (2004), estudiosos sugeriram que essas etapas
fossem consideradas estratgias de leitura, pois elas no seguem uma sequncia.
Segundo Fernandes e Penna (2008), as pessoas usam tanto o modo verbal, pensando
com o som da linguagem, quanto o modo no verbal, pensando com o significado da
linguagem por meio da construo de imagens mentais de seus conceitos e ideias.
Diferentemente, os dislxicos no possuem monlogo interno, s ouvem quando lem
em voz alta, relacionando o significado ou a imagem do significado a cada palavra que
leem.
Meios de interveno
Os artigos utilizados destacam a importncia do psicopedagogo na reeducao da
criana dislxica. O reeducador deve, com cuidado, explicar criana em que consiste
suas dificuldades, fazendo-a compreender que no culpada pelo problema que
apresenta.
Mtodo multissensorial
Mtodo fnico
Esse mtodo tem como caracterstica o ensino das correspondncias entre os
sons e as letras e utiliza-se de atividades que desenvolvem rima, discriminao de sons,
segmentao fnica e relaes entre os fonemas e os grafemas, pois as crianas
dislxicas tm dificuldade em discriminar, segmentar e manipular de forma consciente, os
sons da fala (Capovilla, 2004).
- vogais: a, e, i, o, u;
- consoantes prolongveis: f, j, m, n, v, z;
- encontros consonantais.
Toda letra dever ser apresentada nas formas maiscula, minscula, basto e
cursiva. As atividades devem ser planejadas de forma ldica, de maneira que interesse e
incentive a participao da criana.
Capovilla (2004) ainda acrescenta que o mtodo fnico recomendado para todas
as crianas. As atividades fnicas e metafonolgicas podem ser incorporadas em sala de
aula pelos professores e profissionais da rea psicoeducacional, visando preveno e
interveno em dificuldades de aquisio da linguagem escrita.
Algumas estratgias
Na produo e interpretao de texto, a criana deve ser capaz de compreender e
produzir a escrita em diferentes estilos. Para produo de texto, ela pode escolher a
partir de figura, sequncia de figuras, texto iniciado, carta ou poesia. Na interpretao de
texto, sugerido que a criana reflita sobre o que foi lido, discutindo-o ou representando-
o por meio de desenhos, recorte e colagem. Esses momentos devem ser planejados de
forma que a leitura seja prazerosa (Fernandes; Penna, 2008). Teles (2004) aponta que
[...] as pessoas com dislexia tem baixa sensibilidade face estmulos com
pouco contraste, com baixas frequncias espaciais ou altas frequncias
temporais [...]. Desta forma o processo de descodificao poderia ser
facilitado se o contraste entre as letras e a folha de papel fosse reduzido,
utilizando uma transparncia azul, ou cinzenta, por cima da pgina.
Porm, adverte que esta teoria tem sido contestada, porque os resultados
no so reproduzveis. (p. 717)
Referncias