Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SIDNEY AGUIAR
DA CACHAÇA AO PAPEL
A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DE LENÇÓIS PAULISTA E
AGUDOS
1ª Edição
BAURU
2018
II
AGUIAR, Sidney
PESQUISA, EDIÇÃO E
REVISÃO TÉCNICA
Sidney Aguiar
S283 Da Cachaça ao Papel.
CAPA E EDIÇÃO DE IMAGENS Sidney Aguiar. - Bauru, 2018
Adriano Martins 175 f. : il.
ISBN: 978-85-917955-1-2
DIREÇÃO DE PROJETO
Logan Caversan 1. Indústria 2. Lençóis Paulista,
Ricardo Pasqualini Agudos - História. 3. Economia. I.
Sidney Aguiar Autor II. Título.
COLABORAÇÃO TÉCNICA
José Eduardo Stoppa CDD 981.61 - 21.ed.
Nereide Daniel Masson
Propriedades Jurídicas:
REVISÃO ORTOGRÁFICA
E GRAMATICAL A presente obra trata da biogra-
Elaine Andreotti Peixoto fia das principais indústrias dos
municípios de Agudos e Lençóis
FINALIZAÇÃO Paulista, tratadas como perso-
Silviane Ap. S. Sanches nalidades públicas de interes-
Rodrigues ses econômicos de regime
privado. Levando em
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
consideração o princípio
jurídico, de que toda sociedade
livre precisa conhecer sua
história, Da Cachaça ao Papel,
revela a bela história de
personalidades e organizações
empresariais que contribuíram
e ainda contribuem para o
desenvolvimento de umas das
regiões mais prósperas do
Estado de São Paulo.
Jurisprudência: Acórdão STF
III 4815/12
ADIN
AGRADECIMENTOS
IV
Ao amigo Tito Lorenzetti, pela colaboração.
V
Ao Comércio e Indústria Orsi Ltda., por autorizar a citação
direta da marca empresarial.
VI
DEDICATÓRIAS
VII
CRONOLOGIA
VIII
Lençóis Paulista para promover a gestão industrial no município.
IX
2018 – a rica Lençóis Paulista, polo industrial da região de Bauru,
completa 160 anos de desenvolvimento e prosperidade. A bela
Agudos completa 120 anos de muito trabalho e desenvolvimento.
É anunciada a venda da indústria de celulose para um grupo
asiático de Singapura, que por 32 anos pertenceu ao grupo
lençoense do ramo petroquímico.
X
PREFÁCIO
XII
industriais. Cidades das regiões de Campinas, Vale do Paraíba,
Jundiaí e Baixada Santista foram algumas, que aliviaram a
metropolização industrial da Grande São Paulo e se destacaram
nos seus polos industriais. Após tais regiões serem reconhecidas
como as vedetes da indústria paulista, o interior das terras férteis
e de grande abundância de água do Oeste e do Noroeste paulista
estão se destacando pela sua ampla variedade industrial.
Considerada o polo industrial da região de Bauru, a rica Lençóis
Paulista localizada entre as projeções geopolíticas da Serra dos
Agudos e o Vale do Tietê foi arquitetada economicamente pela
produção de cachaça, sendo o embrião da forte industrialização
desse médio município localizado no interior do Estado de São
Paulo.
XIV
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS......................................................................... IV
DEDICATÓRIA ..................................................................................VII
CRONOLOGIA ................................................................................. VIII
PREFÁCIO ........................................................................................... XI
CAPÍTULO I
INDUSTRIALIZAÇÃO MUNDIAL ................................................ 4
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .......................................................... 4
A Primeira Revolução Industrial ................................ 5
A Segunda Revolução Industrial ................................. 5
INDÚSTRIA EUROPEIA ................................................................. 5
INDÚSTRIA AMERICANA ............................................................. 7
INDÚSTRIA ASIÁTICA ................................................................... 9
A Indústria Japonesa .................................................... 10
A Indústria Japonesa no Pós-Guerra ...................... 10
Os Tigres Asiáticos ........................................................ 11
A Indústria Chinesa e Suas Caraterísticas ............ 12
INDÚSTRIA LATINO - AMERICANA ...................................... 12
MODERNIZAÇÃO DA INDÚSTRIA .......................................... 14
A Terceira Revolução Industrial .............................. 14
CAPÍTULO II
INDÚSTRIA BRASILEIRA .......................................................... 17
O Início da Industrialização no Brasil .................... 17
As Caraterísticas da indústria brasileira .............. 19
A Indústria brasileira na atualidade ....................... 20
CAPÍTULO III
INDÚSTRIA PAULISTA ............................................................... 22
Regiões Metropolitanas do Estado ........................ 22
Região Metropolitana de São Paulo - RMSP ........ 23
CAPÍTULO IV
INDÚSTRIA DE AGUDOS ........................................................... 26
Indústria de Madeiras .................................................. 27
Indústria Cervejeira ...................................................... 41
CAPÍTULO V
INDÚSTRIA DE LENÇÓIS PAULISTA ..................................... 49
Indústria da Cachaça .................................................... 52
Decadência da Indústria da Cachaça ...................... 65
A Indústria da Cachaça na Atualidade ................... 65
INDÚSTRIA SUCROENERGÉTICA .......................................... 72
Princesa dos Canaviais ................................................ 72
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA ....................................................... 85
Indústria de Massas ...................................................... 86
Indústria de Biscoitos .................................................. 98
Indústria de Bebidas................................................... 106
Indústria de Derivados de Origem Animal ........ 116
Indústria Vinagreira ................................................... 123
INDÚSTRIA TÊXTIL ................................................................... 127
INDÚSTRIA SIDERÚRGICA E ACIARIA............................... 134
INDÚSTRIA PETROQUÍMICA ................................................. 141
INDÚSTRIA DE CELULOSE ..................................................... 149
INDÚSTRIA DE PAPEL ............................................................. 159
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................ 167
FICHA TÉCNICA .......................................................................... 170
Sobre a Obra ................................................................... 170
Sobre o Autor ................................................................. 173
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................... 174
CAPÍTULO I
INDUSTRIALIZAÇÃO MUNDIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
INDÚSTRIA EUROPEIA
-5-
Expansão industrial na Europa
Fonte: A economia industrial da União Europeia (2011)
-6-
preços, pois, quem não possui as mesmas condições é,
teoricamente, obrigado a aceitar essa imposição de mercado).
INDÚSTRIA AMERICANA
-7-
Fordismo
INDÚSTRIA ASIÁTICA
Indústria Japonesa
Os Tigres Asiáticos
Economia
INDÚSTRIA LATINO-AMERICANA
Na segunda metade do século XX, a América Latina iniciou
uma expansão industrial, movimentada pelas economias
regionais de países ainda considerados agrícolas em meio aos
regimes autoritaristas – a expansão industrial era controlada
pelos governos militares – predominantes na maioria dos países.
MODERNIZAÇÃO DA INDÚSTRIA
Terceira Revolução Industrial
A terceira revolução industrial é compreendida pela
remodelação dos processos de produção, empregando sistemas
inteligentes e automáticos de controles da manufatura. A
revolução tecnológica trouxe melhoramentos e decadência ao
setor produtivo mundial.
- 14 -
Fatores Positivos
- 15 -
Fatores Negativos
- 16 -
CAPÍTULO II
INDÚSTRIA BRASILEIRA
- 18 -
Juscelino Kubitschek 1902 - 1976
Imagem: Reprodução da internet
- 19 -
A indústria brasileira na atualidade
- 20 -
diversos problemas sociais, o país está desenvolvendo e ocupando
um lugar de destaque no cenário internacional (sic10).
Crise na Indústria Brasileira
- 21 -
CAPÍTULO III
INDÚSTRIA PAULISTA
- 22 -
Atualmente, o Estado de São Paulo dispõe de seis regiões
metropolitanas de forte presença industrial, representando mais
de 70% do PIB paulista.
- 23 -
Divisão das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo
Fonte: Governo do Estado de São Paulo
A RMSP é o maior polo de riqueza nacional. O Produto Interno
Bruto (PIB) atingiu em 2008 R$ 572 bilhões, o que corresponde a
cerca de 57% do total do Estado. Os municípios que compõem a
RMSP são: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar,
Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu,
Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha,
Guararema, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra,
Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das
Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio
Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba,
Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São
Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem
Grande Paulista (sic11).
- 25 -
CAPÍTULO IV
INDÚSTRIA DE AGUDOS
- 26 -
INDÚSTRIA DE MADEIRAS
Do Café ao Pinus
- 29 -
O Início
Escola de Sustentabilidade
- 30 -
muitas décadas depois. As políticas sustentáveis de Freudenberg
eram aplicadas no manejo da cultura das florestas comerciais, na
relação com os colaboradores e com a sociedade. “Vi o
Freudenberg apenas uma vez, mas me passou uma boa impressão.
Ele era simples, andava pela fábrica e sempre estava no meio da
base operacional”, relembra José Luiz da Silva Maia, engenheiro
florestal, ex-gerente de sustentabilidade da Duratex.
- 32 -
humana gestão de Bertolani no comando da empresa de Agudos.
A grande preocupação de Freudenberg, Schuckar e Krug, além de
efetivar a atividade industrial e os conceitos de produção, era
preparar pessoas para a gestão intermediária e até mesmo para
assumir cargos de alta administração. Um nome se destacou nesse
cenário de preparação e condicionamento para assumir esses
cargos. Francisco Bertolani, iniciou suas atividades profissionais
na antiga CAFMA como engenheiro florestal trainee.
- 33 -
Freudenberg Indústria de Madeiras
Da Freudenberg à Duratex
- 35 -
Fatores sustentáveis praticados por Freudenberg foram
determinantes na aquisição da CAFMA pela Duratex. A Duratex
sempre defendeu uma gestão corporativa moderna e participativa
nos seus negócios. A identificação dos valores corporativos entre
as duas empresas foram fatores decisivos para a aquisição da
CAFMA.
Atualidade
Grupo Freudenberg
O Grupo Freudenberg, com sede em Weinheim, Alemanha, que
oferece aos seus clientes soluções de produtos e serviços
tecnicamente desafiadores. A empresa fornece selos,
componentes de tecnologia de controle de vibração, filtros, não
tecidos, agentes desmoldantes e lubrificantes para quase todos os
fabricantes de carros do Mundo. A Freudenberg mantém laços
comerciais com clientes e fornecedores no Brasil há mais de 165
anos. (sic18).
19
Acervo Histórico da Duratex S/A
- 37 -
Responsabilidade Socioambiental
- 38 -
erosivos e desgastes por lixiviamento, assim, o cultivo das
florestas comerciais agem como um cinturão de proteção aéreo e
radicular contra os desgastes de solo, contribuindo para a
conservação dos rios. Nas florestas nativas, o cultivo limitante e
conciliado com as florestas comerciais age de forma a perpetrar
uma ligação ecológica entre os talhões e colabora em muito para o
tráfego da fauna silvestre.
- 39 -
presidente da organização que não é da família fundadora da
empresa. Isso demostra, que a empresa valoriza seus
colaboradores e os incentiva a desenvolver carreiras profissionais
sólidas dentro da organização.
Transparência Corporativa
- 40 -
INDÚSTRIA CERVEJEIRA
- 41 -
Rótulo da antiga cerveja produzida em Agudos – SP
Imagem: Acervo de Paulo Antunes Junior
- 42 -
O grande segredo estaria nas águas, que servem como
matéria-prima para fabricação da bebida. Agudos é privilegiado
por abrigar terras de grande atividade hidrológica. No munícipio
estão localizadas as nascentes de importantes rios da região: o rio
Batalha, que percorre para Bauru; o rio Lençóis, que percorre para
Lençóis Paulista; o rio Turvo, que percorre para Ourinhos e os
ribeirões Pederneiras e Patos, que percorrem para os municípios
de Pederneiras e Macatuba, respectivamente.
- 44 -
Talvez isso fosse o grande segredo que o Dr. Fritz Weber,
grande mestre cervejeiro austríaco, trouxe na bagagem quando
desembarcou no Brasil para procurar uma água ideal para a
fabricação da antiga Cerveja Vienense, encontrando nas águas
geladas do arroio do Pelintra (tributário primário do rio Lençóis,
pelo lado esquerdo e divisa dos municípios de Agudos e Lençóis
Paulista), a composição ideal para fabricar as primeiras cervejas
de Agudos, no início da década de 1950. Certamente o esforço do
Dr. Fritz alcançou seu objetivo, escolhendo a água do Pelintra para
fabricar, na época uma cerveja bem próxima da europeia e,
atualmente, a se não for a melhor, a mais famosa cerveja do Brasil.
- 46 -
Richard Freudenberg
- 47 -
Fritz Weber
- 48 -
CAPÍTULO V
INDÚSTRIA DE LENÇÓIS PAULISTA
- 49 -
resistem ao tempo, mantendo a produção artesanal da melhor
cachaça da região. Entre as décadas de 1960 a 1990, Lençóis foi
muito conhecida com a “Princesa dos Canaviais” por ser uma
época áurea da produção sucroenergética no município. Muitos
anos se passaram, a “Terra da Cachaça” e a “Princesa dos
Canaviais” tornou-se a terra da indústria moderna e de tecnologia
de ponta, com manufaturas que são destaques em todo Brasil.
Hoje, a “rica” Lençóis Paulista é a “menina dos olhos” da região de
Bauru quando nos referimos às indústrias; com uma ampla
diversidade, possuindo uma representatividade de muitos
segmentos industriais.
As Origens
- 53 -
A comercialização da cachaça de Lençóis era feita em todo
o Estado de São Paulo pelos próprios produtores. Essa
comercialização pegou a estrada com as duas famílias pioneiras
da cana. Entre as décadas de 1920 e 1930, a cachaça lençoense
ganhava fama em todo o Estado sendo conhecida como “A
CACHAÇA DE LENÇÓIS”. Desde a década de 1930, a cachaça
lençoense já foi apreciada por personalidades políticas e
intelectuais de todo o País. Nessa mesma época, a bebida
lençoense era submetida à Feiras de amostras em todo o interior
paulista.
- 54 -
município para fomentar e captar parte dessa grande produção de
cachaça do município e da região, que era reprocessada e
transformada em etanol (combustível para suprir a grave crise do
petróleo causada pela recessão da Segunda Guerra Mundial).
Empreendedorismo
- 55 -
Parque Industrial da Cachaça
Benjamim Fayad
Imagem: Acervo de Nelson Faillace
- 58 -
Rótulo da antiga cachaça Jotaó
Imagem: Acervo do Espaço Cultural “Cidade do Livro”
- 59 -
“Boa parte da produção da cachaça produzida na Granja
Santa Rita era destinada ao mercado de outras regiões do Brasil”,
recordou um dos despachadores da época.
- 60 -
Primeiro caminhão a transportar uma viagem de cana
Imagem: Acervo de Valter Zacharias
- 61 -
Responsabilidade Social da Indústria Cachaceira
O forte crescimento da indústria cachaceira em Lençóis,
proporcionou ao município começar sua expansão econômica e
social. Os recursos da indústria da cachaça, ajudaram a construir
o primeiro hospital público de Lençóis Paulista, inaugurado em 25
de Janeiro de 1944.
Destilaria Central
- 62 -
Vista inversa da antiga Destilaria Ubirama
Imagem: Acervo de Luiz Carlos Baptistella
- 63 -
Visita de Ademar Pereira de Barros à Destilaria Ubirama
Imagem: Acervo de Nelson Faillace
- 64 -
Decadência da Produção de Cachaça
- 65 -
Versão clássica Versão da década de 1970
Imagens: Acervo da Sociedade Anônima Luiz Paccola Comércio
- 66 -
Outra marca muito comercializada, tipo exportação e de
alto padrão sensorial é a produzida pelo tradicional Engenho São
Luiz, da família dos pioneiros do açúcar no município. O toque
refinado e aroma diferenciado, faz da cachaça de altíssimo padrão,
segundo alguns cachaçólogos. A cachaça produzida pela família
Zillo, em Lençóis Paulista, tem conquistado mercados altamente
exigentes e apreciadores requintados.
“Cachaça Verde”
Novos Horizontes
- 68 -
atividades produzindo açúcar e etanol em larga escala. Entre 1940
e 1947, a sociedade das duas famílias pioneiras do açúcar e do
etanol em Lençóis prosperou, graças à visão de seus principais
sócios, que estavam decididos a ampliar o negócio da cana e
avistaram grandes horizontes de crescimento através da
produção de açúcar e etanol.
Da Cachaça ao Açúcar
Entre as décadas de 1950 e 1960, a cachaça começou a
perder produção. Nesse período, o Governo começou a incentivar
a produção de açúcar, expandir o mercado nacional e iniciar a
exportação do produto.
- 70 -
Benjamin Fayad
- 71 -
INDÚSTRIA SUCROENERGÉTICA
Princesa dos Canaviais
Ao final da década e de 1950 e início da década de 1960, o
império da cachaça lençoense havia entrado em declínio, sendo
substituído pelo megaempreendimento do agronegócio
canavieiro, que em pouco mais de uma década e meia, estava em
ascensão produtiva.
- 72 -
Construção da Usina Barra Grande de Lençóis, em 1947
Imagem: Acervo de Tito Lorenzetti
Do Engenho à Usina
- 73 -
Um dos motivos que levaram à aquisição do engenho do
Fayad foi, principalmente, o empreendimento estar localizado
muito próximo à Água das Barras Grandes27, naquela época, o
maior rio em volume hídrico.
- 74 -
Os teores das negociações são desconhecidos, mas tudo
levam a crer que houve grande estratégia na concretização do
negócio, pois de um lado havia o interesse e a visão de expansão
do negócio, e do outro, supostamente, um desestimulo em
continuar com a produção de cachaça. Estrategicamente, a visão
expansionista era nítida e perceptível ao desenrolar da história. A
usina cresceu e se tornou, nos anos de 1990, uma das dez maiores
usinas de cana do Brasil
- 75 -
Panorâmica da Usina Barra Grande de Lençóis, na década de 1950
Imagem: Acervo de Tito Lorenzetti
- 76 -
Vista da Usina Barra Grande de Lençóis, em 2018
Imagem: Acervo da Zilor Energia e Alimentos
Responsabilidade Social
- 77 -
agrícolas (conjunto de moradias destinadas aos colaboradores),
mantinham boa parte de seus colaboradores na zona rural do
município com o mesmo conforto da cidade.
- 78 -
Teatro UBG
- 79 -
Coral UBG
- 80 -
Cinema da Usina Barra Grande
Riqueza Verde
Atualidade
- 82 -
Pioneirismo Moderno e Sustentável
- 83 -
Pedro Natálio Lorenzetti
- 84 -
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
- 85 -
Os imigrantes italianos e espanhóis radicados em Lençóis
Paulista foram os grandes propulsores da indústria alimentícia
lençoense. Iniciaram seus empreendimentos de forma artesanal
e, com o tempo, conseguiram expandir seus negócios e
perduraram ao longo de décadas. Esses empreendimentos se
consolidaram ao longo dos tempos e fortaleceram suas marcas no
mercado nacional de alimentos industrializados. Os
empreendimentos das famílias italianas em Lençóis Paulista eram
focados no ramo de massas e as famílias de origens espanholas
partiram para o ramo de biscoitos.
INDÚSTRIA DE MASSAS
- 86 -
Sobre o Fundador
De Comerciante a Industrial
- 87 -
daria origem ao grande empreendimento que leva seu sobrenome.
O comando do empreendimento passou ao seu filho Willian, que
administrou a empresa por várias décadas e foi o responsável pelo
grande salto, projetando a empresa para o crescimento.
- 88 -
A dedicação pela arte de fazer macarrão, levou o imigrante
italiano, que se tornou comerciante, a construir uma das
indústrias mais sólidas do Brasil no ramo de massas. E foi com
essa mesma dedicação, que Willian Orsi conduziu seus negocios
até seus últimos dias.
- 89 -
Incêndio
- 90 -
O incêndio, que destruiu a fábrica, abalou tanto os
diretores, quanto os colaboradores. Em uma reunião, Willian Orsi
disse que não aceitaria que o grande legado de seu pai (Zefiro),
fosse consumido pelo fogo. Willian relutou muito em não demitir
nenhum funcionário mas assim se fez necessário para um
recomeço.
- 91 -
Equipamentos industriais totalmente destruído pelo fogo
Imagem: Acervo de Cristiano Borin
- 92 -
“Orsi, A valente Phoenix(fênix) paulista”
Depois de treze meses com a produção parada para
reconstruir o prédio e instalar novos equipamentos, muitos não
acreditavam que o sucessor de Zefiro Orsi tivesse condições de
refazer, em tão pouco tempo, o que demorou décadas para ser
erguido.
- 93 -
Matéria do Sindicato da indústria alimentícia do Estado de São Paulo
Imagem: Acervo de Cristiano Borin
Atualidade
- 94 -
massas mais conceituadas do País. O sistema produtivo é semi-
automatizado, empregando mão-de-obra lençoense no seu
processo de fabricação. O conceito de administração familiar
desenvolvido pela empresa e herdado dos seus pioneiros, é
pautada na proximidade com os negócios. Esse conceito favorece
uma administração mais eficaz na tomada de decisões e reposta
rápida ao gerenciamento industrial com fornecedores,
colaboradores e comunidades do entorno.
- 95 -
Fundado no final da década de 1960 pela família Nelli, o
Pastifício A FIDELIDADE foi uma empresa familiar de massas
alimentícias que produzia o macarrão “A FIDELIDADE”. Durante
alguns anos foi o principal concorrente da marca Orsi.
- 96 -
Sobre o Fundador
- 97 -
INDÚSTRIA DE BISCOITOS
Sobre os Fundadores
33 Biscoito doce, crocante e quebradiço feito com uma massa seca de polvilho.
- 99 -
ampliar os negócios e construir uma fábrica que pudesse produzir
biscoitos em larga escala e aumentar a produção dos deliciosos
bijus32. Porém, a família não dispunha de capital necessário para
investir em uma estrutura que atendesse à visão. Em primeiro
instante, os pioneiros do biscoito na cidade chegaram a cogitar
uma sociedade com os donos do Pastifício Orsi, porém, como
estavam empenhados na fábrica de macarrão da família, as
negociações não prosseguiram. William Orsi teria indicado, aos
Llobet a possibilidade de financiamento pelo Banco Indústria e
Comércio de Santa Catarina (INCO)34.
- 101 -
Vocação para o Sucesso
- 102 -
O crescimento do empreendimento não parou por aí: em
quase quatro décadas de atividades empresariais, a boa gestão do
negócio possibilitou três grandes ampliações nas instalações e no
processo de produção de biscoitos.
- 103 -
A partir da instalação da segunda linha de produção de
biscoitos, a frota de veículos precisou ser incorporada para
atender ao transporte dos produtos até outros centros
consumidores.
- 104 -
Atualidade
- 106 -
Frota de veículos para entrega de refrigerantes em 1959
Imagem: Acervo da família de Ângelo Paccola Primo
- 107 -
Antigo rótulo do vinagre Biral
Imagem: Acervo de Leila Momo Rossini
- 108 -
Antigo rotulo das garrafas de refrigerantes
Imagem: Acervo de Leila Momo Rossini
Fórmula Secreta
- 109 -
métodos de preparo do xarope base, o novo proprietário teria
adicionado essências importadas da Suíça na composição. Porém,
apenas duas pessoas sabiam e guardavam a “fórmula secreta” de
fabricação dos refrigerantes produzidos em Lençóis: o senhor
Ângelo Paccola Primo e seu filho Flávio Paccola.
A Água de Lençóis
- 110 -
Essas águas tinham uma alcalinidade acentuada e
enriquecida naturalmente por muitos minerais que ajudavam na
potencialização do sabor dos refrigerantes. O Doutor Antônio
Tedesco36, recomendava a água do poço da fábrica de
refrigerantes São Luiz para alguns de seus pacientes. Segundo ele,
as águas eram terapêuticas. Com isso, formavam-se filas para
buscar a água que servia à produção de refrigerantes.
Forte Concorrente
Refrigerantes Leda
- 113 -
Rotulo antigo do Guaraná Leda
Imagem: Acervo do Espaço Cultural Cidade do Livro
Da Olaria ao Refrigerante
- 114 -
O início da produção de bebidas se deu com o envaze e
distribuição da famosa caninha Andorinha e, na sequência, da
produção do vinagre Leda, aproveitando que a distribuidora
também envazava álcool para uso doméstico.
- 115 -
INDÚSTRIA DE DERIVADOS DE ORIGEM ANIMAL
Matadouro Municipal
Em 1906, havia nas terras de Lençóes1 um pequeno
matadouro mantido pelo poder público municipal da época para
subsidiar aos inúmeros produtores rurais que haviam no
município. Os animais e a carne, eram comercializados no próprio
município pelos próprios produtores. Décadas depois, esse
matadouro foi assumido por uma família local, que começou o
processo de expansão, atendendo criadores de cidades da região.
Do Açougue ao Frigorífico
- 116 -
No final da década de 1960, a família de pequenos
pecuaristas Gonzaga de Oliveira trouxe para Lençóis Paulista o
sonho de iniciar uma história de sucesso no setor que apresentava
uma deficiência muito grande. O município de Avaré sempre foi
reconhecido como uma importante bacia leiteira do Estado de São
Paulo, com vasta tradição na criação de gado de corte e leiteiro.
- 118 -
Antigo abatedouro de bovinos no início da década de 1990
Imagem: Acervo da Frigol S/A
- 119 -
Em poucos anos, a empresa lençoense se tornou um dos
principais exportadores de carnes bovina do Brasil. Seus produtos
são comercializados, além do Brasil, na Europa, Ásia, Oriente
Médio e América do Norte.
Da Crise à Ascensão
- 121 -
Atualidade
- 122 -
INDÚSTRIA VINAGREIRA
Depois de atuar por dois anos como engarrafadora, a empresa
transferiu-se para Lençóis Paulista e montou a vinagreira própria,
com a qual teve a oportunidade de conquistar o mercado paulista
e de diversos outros Estados. A família Boso – especialmente o sr.
Hugo Boso, são os grandes responsáveis pelo empreendimento.
Depois das parcerias e associações iniciais, Hugo assumiu
integralmente o negócio, que tocou pessoalmente até 2005, tendo
como braço direito à filha Maria Luiza. Hoje a empresa passa pelo
processo de profissionalização da gestão, respondendo às
necessidades industriais e de mercado. Desde o começo da fase
industrial, a Belmont manteve sua marca disputando o mercado
regional e nacional com diversos outros fabricantes, alguns deles
antiquíssimos. Também trabalhou na produção de vinagre a
granel, comercializado para consumidores de alta escala e
engarrafadores, e ainda produz vinagres e similares de marca
própria para grandes redes varejistas (sic38).
Da Cachaça ao Vinagre
- 124 -
Atualidade
- 125 -
Ângelo Zacharias
Hugo Boso
- 126 -
INDÚSTRIA TÊXTIL
TÊXTIL ZILLO-LORENZETTI
Conduzida pela empresa sucroenergética local, o objetivo
foi integrar o sistema de embalagens do açúcar produzido pela
empresa, uma vez que a empresa possuía marca e comercialização
própria do produto.
- 127 -
tecelagem dos fios eram integradas ao processo; apenas a
montagem era externa. A fiação da Têxtil Zillo-Lorenzetti ficou em
operação por, aproximadamente, uma década no centro antigo de
Lençóis Paulista, até ser transferida para a nova unidade
industrial, inaugurada em 1974, em sociedade com uma
multinacional japonesa.
Incêndio
- 128 -
Construção da indústria têxtil nipo-brasileira no começo da década de
1970
Imagem: Acervo de Luiz Carlos Baptistella
- 130 -
Nipo-brasileira
- 131 -
Atualidade
Após uma remodelação corporativa do grupo
sucroenergético lençoense que detinha parte acionária do
empreendimento, a mesma saiu do quadro de controladores e a
companhia se tornou cem por cento nipônica, mudando sua razão
social para Omi do Brasil S/A, em 2007. Com controle cem por
cento nipônica, a empresa passou a ser integralmente
subordinada à OmiKenshi Co. Ltd.39, uma das gigantes mundiais da
indústria têxtil.
- 133 -
INDÚSTRIA SIDERÚRGICA E ACIARIA
Durante muitos anos, Lençóis Paulista foi um importante
polo regional da indústria siderúrgica e aciaria, com
empreendimentos de destaques no setor.
O campo siderúrgico lençoense nasceu, se sustentou e se
desenvolveu graças ao domínio da indústria da cachaça e,
posteriormente, da indústria sucroenergética.
Os pequenos empreendimentos nasceram da necessidade
de suprir uma demanda com forte crescimento no processo de
manutenção da indústria sucroenergética local, entre as décadas
de 1940 e 1960.
Indústrias de laminação e fundição foram as principais
empresas do setor no município de Lençóis, todas fundadas por
famílias lençoenses ou radicadas no município.
Da indústria aciaria e siderúrgica nasceram outras
organizações que deram origens a outros setores produtivos,
como a indústria petroquímica e de celulose.
- 134 -
FUNDIÇÃO IRERÊ
Projetada e administrada pelo Engenheiro sanitarista
Sauro José Bartolomei, no final da década de 1950, a Fundição
Irerê foi uma importante indústria siderúrgica de destaque
nacional. Suas operações industriais consistiam nos métodos de
fundição do minério de ferro e produção de vergalhões destinados
à construção civil e outras utilidades.
Para estabelecer a Fundição Irerê, o engenheiro Sauro
Bartolomei usou a percepção da necessidade de produzir
vergalhões destinados à construção civil em um período muito
importante da indústria brasileira.
Nesse tempo, iniciou o “ciclo do ferro” para atender à forte
demanda de um importante período de crescimento industrial
brasileiro. Em alguns anos, a pequena Fundição Irerê necessitava
de uma expansão para atender a forte demanda do setor que
crescia em todo o País. Entre as décadas de 1960 e 1980, auge da
siderurgia em Lençóis Paulista, a necessidade de mão-de-obra
para operar a fundição começou a aumentar, com isso, houve a
necessidade de expansão e melhoramento dos fornos e de toda a
logística que transportava o material acabado até os grandes
centros de distribuição espalhados pelo Brasil.
- 135 -
Da Fundição à Siderúrgica
- 136 -
A logística por terra também era bem conceituada, o
tráfego de caminhões no pátio de manobra da antiga siderúrgica
era intenso e, da antiga fábrica saiam, todos os dias, dezenas de
carretas transportando o ferro produzido em Lençóis Paulista.
- 137 -
Antiga fachada da Trecenti S/A na década de 197040
Imagem: Acervo do Grupo Lwart
40
Disponível em http://www.grupolwart40anos.com.br/
- 138 -
Anúncio publicado no Jornal Tribuna Lençoense da época
Imagem: Acervo de Rogério Pereira
Da Ferragem à Laminação
Determinação e Trabalho
Duas das muitas caraterísticas dos irmãos da família de
metalúrgicos, que mais tarde seriam determinantes na construção
de um grande complexo industrial, se destacavam a união e
determinação de trabalhar em busca dos objetivos. Desde a
concepção do pequeno negócio passando pela laminação até
chegar no ápice industrial da família, estas características, foram
os principais combustíveis do sucesso dos irmãos que fundaram a
empresa.
- 140 -
INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
- 141 -
Da Laminação à Petroquímica
- 142 -
“ ... Passou o tempo e ficamos sabendo que nos Estados Unidos
havia uma empresa que possuía bons métodos de recuperação de
resíduos. Daí fomos pra lá...Nós acertamos a visita aqui no Brasil e
o diretor industrial, que era paquistanês, nos recebeu e nos
atendeu muito bem...O diretor-presidente da empresa ficou bravo
quando nos viu... E nos levou a um local onde havia uma
maquete...Rapidamente começou a explicar... (Olhem, vão
embora), saímos da empresa e fomos procurar quem fabricava os
equipamentos.” (sic40).
- 143 -
Um dos primeiros veículos de transporte da Lwart Lubrificantes
Imagem: Acervo histórico do Grupo Lwart.
- 144 -
Relacionamento com os Colaboradores
- 145 -
Visão para o Futuro
- 146 -
Montar uma fábrica com tecnologia de ponta e inédita na
América Latina, transformando óleos minerais em óleos básicos
sintéticos foi talvez o maior desafio da nova geração de
administradores. A mudança no sistema produtivo, fez com que a
empresa se tornasse moderna e única na América Latina, em
termos de tecnologia de rerrefino de óleos lubrificantes.
- 147 -
A empresa sempre incentivou projetos voltados às
comunidades regionais, através de atividades esportivas,
culturais e sociais. O relacionamento corporativo com seus
públicos internos e externos é bem avaliado pelos diversos
segmentos das comunidades e entre seus colaboradores, sendo,
também, uma das referências em sustentabilidade na região.
- 148 -
INDÚSTRIA DE CELULOSE
- 149 -
A construção do empreendimento seguiu da brilhante
vocação empreendedora da família de metalúrgicos, que
fundaram o grupo empresarial, que na década de 1970 tiveram a
oportunidade de revolucionar a história da indústria lençoense
com empreendimentos que viriam a ser considerados, anos
depois, sinônimos de modernidade da forte indústria local.
- 150 -
Montagem da Lwarcel Celulose em 1986
Imagem: Acervo do Grupo Lwart
O Início
- 151 -
conversa entre Benedicto Barbosa (um dos acionistas da
Tibrapel), e um dos irmãos fundadores da petroquímica
lençoense, teriam cogitado o interesse em diversificar os negócios
da família e partir para a produção de celulose.
Inovação
- 154 -
Equipamento de embalagem de celulose, da Lwarcel Celulose
Imagem: Acervo do Grupo Lwart
Durante quase uma década de aportes milionários em
investimentos e modernização, e quase duas décadas depois do
start up (primeira fábrica), a empresa lençoense se tornou uma
das fábricas de celulose mais modernas do Brasil, com
certificações ambientais que atestam sua idoneidade de produção,
respeitando os princípios ambientais legais e técnicos.
- 155 -
Sustentabilidade
- 156 -
A mudança no sistema de produção e isolamento ambiental
de efluentes líquidos e atmosféricos, permitiram que as emissões
fossem melhor controladas, sendo possível ganhar eficácia no
processo industrial.
- 157 -
Gestão de Pessoas e Valorização da Marca
Perspectivas Futuras
- 158 -
INDÚSTRIA DE PAPEL
- 159 -
tipografias do Brasil. Em 1944, transformou a Tipografia Brasil na
Tipografia e Livraria Brasil S/A, que anos mais tarde ficaria
conhecida nacionalmente como Tilibra, líder nacional em
papelaria e livraria.
- 160 -
A antiga fábrica de papéis Rosana, então, foi adquirida em
uma sociedade entre Benedicto Barbosa e João Batista Martins
Coube, passando a ser denominada de Tibrapel – Tilibra Comércio
e Indústria de Papel Ltda.
- 161 -
No começo da década de 1980, Martins Coube e Benedicto
Barbosa abriram a sociedade da Tibrapel para a entrada dos
irmãos fundadores da petroquímica lençoense. Nesse período os
novos sócios estavam diversificando os interesses da recém
fundada petroquímica do grupo e já demonstravam grande
interesse em investir no ramo de celulose e papel.
- 162 -
Vista da Lutepel, na década de 1990
Imagem: Acervo Histórico da Lutepel Indústria e Comércio de Papel
Após a aquisição pela empresa do Paraná, o
empreendimento passou a ter outra marca empresarial até os dias
atuais. Em 1996, a indústria de papel foi adquirida pelas famílias
Correia Lima, Pontes e Grecca.
- 164 -
Vista da Lutepel, na atualidade
Imagem: Acervo Histórico da Lutepel Indústria e Comércio de Papel
- 165 -
João Batista Martins Coube
Benedicto Barbosa
Nascido no município paulista de
Bauru, começou a trabalhar com
João Batista Martins Coube aos
catorze anos de idade na antiga
Tipografia Brasil S/A. Em 1966,
João Batista Martins Coube
adquiriu, em sociedade com
Benedicto Barbosa, a antiga fábrica
de papéis Rosana transformando-a
na Tibrapel. Barbosa influenciou a
expansão da indústria de celulose e Imagem: Acervo de Maria Aparecida
papel no município de Lençóis (Neca) Barbosa Finco
Paulista por ser um exímio
conhecedor do setor. Contribuiu efe-
tivamente para a formação da indús-
tria de papel e celulose de Lençóis
Paulista.
- 166 -
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 168 -
Com as declarações da chegada de mais uma indústria do
ramo de papel (SEPAC), para o município de Lençóis Paulista,
somada com a venda dos ativos industriais da indústria de
celulose ao grupo asiático, o município de Lençóis Paulista passa
a incorporar a forte tendência de se tornar um polo papeleiro de
grande importância não somente regional, mas nacional.
DA CACHAÇA ...
- 169 -
FICHA TECNICA
Sobre a Obra
Da Cachaça ao Papel é uma obra de referência técnico-
histórica, baseada em um artigo científico de Engenharia
Industrial titulado de “A INDUSTRIALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
DE LENÇÓIS PAULISTA”, resultado de um estudo de caso sobre
os principais empreendimentos industriais dos municípios
paulistas de Lençóis Paulista, realizados através de pesquisas
sobre a diversidade industrial da localidade. A base literária
da obra é inspirada nas obras: “LENÇÓIS PAULISTA, FORTE
PRODUTOR DE CACHAÇA” (2007), do escritor lençoense
Florindo Paccola e, na obra “OURO NO HORIZONTE” (2006), de
Eduardo Magalhães e João Carlos Lorenzetti, que retrata as
histórias da vida de Antonio Lorenzetti Filho44.
Para compor o enredo desta obra, o autor realizou
interviews com pessoas e personagens que viveram as fases
descritas da industrialização da região e colaboraram para que
- 171 -
região da Grande Bauru, onde estão localizados os municípios
de Agudos e Lençóis Paulista umas das mais prósperas do
interior paulista.
- 173 -
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- 174 -
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO: Regiões Metropolitanas
de São Paulo. Disponível em:
http://www.sdmetropolitano.sp.gov.br/portalsdm/sao-paulo.jsp
GRUPO LWART: Acervo Histórico. Disponível em:
http://www.grupolwart40anos.com.br/
GRUPO LWART: 40 anos Construindo o Futuro. Santos-SP.
Editora Brasileira de Arte e Cultura, 2015
GRUPO FREUDENBERG INNOVATING TOGETHER: Disponível
em: http://freudenberg.com.br/pt/company
LUTEPEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PAPEL: Acervo
Histórico. Disponível em:
http://lutepel.com.br/Empresa/17/historia
MAGALHÃES, Eduardo; LORENZETTI, João Carlos: Ouro no
Horizonte (2006).
PACCOLA, Florindo: Lençóis Paulista, Forte Produtor de Cachaça
(2007).
ZILOR ENERGIA E ALIMENTOS: Disponível em:
www.zilor.com.br
- 175 -
- 176 -