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União, Estados, DF, Municípios, Pode Executivo, Poder Legislativo, Tribunais de Contas (todos), Poder
Judiciário e Ministério Público, administrações diretas, fundos, autarquias, fundações, e empresas estatais
dependentes.
Empresa controlada é a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença direta ou
indiretamente a ente da federação (Município, DF, Estado ou União).
Empresa estatal dependente é uma empresa controlada que receba do ente controlador, recursos
financeiros para pagamento de:
Receitas tributárias;
Receitas de contribuições;
Receitas patrimoniais;
Receitas industriais;
Receitas agropecuárias;
Receitas de serviços;
Transferências correntes;
Outras Receitas também correntes;
Dos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação da Constituição Federal
Da União, dos Estados e Dos Municípios, serão deduzidos a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas de compensações financeiras dos regimes de
previdência social.
Serão computados valores pagos e recebidos da lei Kandir - imposto de Estados e do DF sob operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Não serão considerados na receita corre líquida do DF, Amapá e Roraima os recursos recebidos União
para atendimento de despesas com pessoal.
Qual o intervalo de tempo considerado para o cálculo da receita corrente líquida (RCL)?
Soma-se as receitas arrecadadas do mês em referência (em curso) e nos onze anteriores, excluídas as
duplicidades.
Compreenderá Metas e prioridades da adm. Pública Federal (despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente também);
Orientará Elaboração da LOA;
Disporá sobre alterações da legislação tributária;
Estabelecerá política de aplicação das agências financeiras de fomento.
O que mais disporá a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) segundo a lei complementar 101?
O que será encontraremos no Anexo de Metas Fiscais que integrará a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO)?
O que será avaliado no Anexo de Riscos Ficais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)?
No anexo de riscos fiscais serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas caso se concretizem.
É sabido que a mensagem que encaminhar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o
Legislativo apresentará também um outro anexo. O que haverá nele?
No anexo que acompanhar a mensagem do projeto da LDO (não é o anexo de metas fiscais e nem o de
riscos fiscais) haverá os objetivos das políticas monetárias, creditícia e cambial bem como parâmetros e
as projeções para seus principais agregados e variáveis e ainda as metas de inflação para o exercício
subsequente (em que a LDO irá vigorar).
Essa atualização não poderá superar a variação do índice de preços previstos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias ou em legislação específica.
Assim que feita a constituição ou reversão de reservas, o resultado do Banco Central constituirá receita
do Tesouro. Esse resultado deverá ser transferido até o décimo dia útil subsequente a aprovação dos
balanços semestrais. Caso o resultado seja negativo, esse resultado constituirá obrigação do Tesouro para
com o Banco Central e será consignado em dotação específica para o orçamento.
Com qual frequência o impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil
serão demonstrados nos termos do que dispuser a Lei de diretrizes orçamentárias?
Trimestralmente.
Segundo a lei 101, de acordo com o determinar a LDO, até 30 dias após a publicação dos orçamentos, o
Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso. Isso é feito via decreto de programação financeira.
Recursos vinculados a finalidade específica que ingressaram em um dado exercício poderão ser
utilizados em exercício diverso? Deverão ser usados para outra finalidade?
A lei complementar 101 determina que os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso
daquele em que ocorrer o ingresso. Logo, não deverão ser usados para outra finalidade.
O que fazer se os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário bem como o Ministério Público, para fins de
controle da meta de superávit primário, ao final de um bimestre, verificarem que as metas fiscais para
o resultado primário ou nominal poderão estar comprometidas?
Caso verificado que a realização de receitas poderá não comportar o cumprimento dessas metas previstas
no anexo de metas fiscais, os Poderes Públicos bem como o MP promoverão por ato próprio e nos
montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira
segundo os critérios fixados na lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
Se ocorrer reestabelecimento da receita ainda que parcial, a recomposição das dotações que foram
contingenciadas por conta de empenhos limitados, dar-se-á de forma proporcional às reduções
efetivadas.
Em decorrência desse risco de as metas fiscais para o resultado primário ou nominal serem
comprometidas, todas as despesas serão objeto de limitação?
Não. A lei 101 determina que não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive as destinadas ao pagamento do serviço da dívida (encargos,
juros, correção monetária da dívida), além das ressalvadas pela Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO).
O Poder Executivo o fará. Ficará o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Como medida de transparência, o que o Poder Executivo fará até o final dos meses de maio, setembro
e fevereiro?
O Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre em
audiência pública na comissão de orçamento, finanças e contabilidade ou equivalente nas Casas
Legislativas estaduais e municipais.
O que o Banco Central apresentará no prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre?
O BACEN apresentará em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional,
avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetárias, creditícia e cambial,
evidenciando o impacto e o curto fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.
Constituem requisitos essências (tão somente em relação aos tributos e não as multas ou qualquer outra
coisa que não seja tributo).
Instituição;
Previsão;
Efetiva arrecadação.
O que ocorre se o ente, por exemplo, não atender algum dos requisitos (instituição, previsão ou efetiva
arrecadação de impostos)?
No caso de impostos, e tão somente de impostos como, por exemplo, o ISSQN e não tributos,
compensações, taxas, ou qualquer outra coisa, ficará impedido de receber transferências voluntárias. A
lei 101 veda a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe com plenitude
(instituição, previsão e efetivação arrecadação de impostos). Deve estar escrito imposto ou citado um
exemplo de imposto e não tributo. Todo imposto é tributo, mas nem todo tributo é imposto.
Será admitida reestimativa de receita por parte de algum Poder? Se sim, em quais situações?
Sim. Será admitida reestimativa de receita apenas por parte do Poder Legislativo. Os casos em que
poderá ocorrer a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo são apenas duas:
Comprovado erro;
Omissão de ordem técnica ou legal;
Fale sobre a chamada “regra de ouro” que relaciona as receitas de operações de crédito e as despesas
de capital.
A regra de ouro, prevista na lei complementar 101, diz que o montante previsto para as receitas de
operações de crédito (receitas de empréstimos) não poderá ser superior ao das despesas de capital
constante no projeto da lei de orçamento LOA. Isso é facilmente explicável. O que a lei determina é que
as receitas obtidas em empréstimos não podem ser maiores do que as despesas de capital (despesas de
investimentos como aquisições de bens materiais). Até porque, qual o sentido de se obter dinheiro no
banco (operação de crédito) a mais do que se precisa para fazer uma obra (despesa de capital), por
exemplo? Para gastar esse “excedente” com contas do dia-a-dia (despesa corrente)? Seria uma bobagem
tremenda obter dinheiro de empréstimo para custear atividades corriqueiras. Tem que valer a pena pegar
dinheiro emprestado via operações de crédito. Que se gaste tão somente esse recurso com despesas de
capital como obras de engenharia, por exemplo. A Constituição Federal também assim prescreve.
O que o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do MP?
No mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento das suas propostas orçamentárias, o Poder
Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do MP:
As receitas previstas serão desdobradas pelo Poder Executivo em metas bimestrais de arrecadação com
a especificação, em separado, quando cabível:
Quais os requisitos a serem atendidos para rolar concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária de qual decorra renúncia de receita?
Essa concessão ou ampliação que promoverá renúncia de receita deverá estar acompanhada de:
Elevação de alíquotas;
Ampliação da base de cálculo;
Majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Anistia;
Remissão;
Subsídio;
Isenção em caráter não geral;
Alteração de alíquota ou modificação da base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos;
Outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado;
E se o ato de concessão ou ampliação decorrer de medidas de compensação? O que ocorre?
Não. A alteração das alíquotas dos impostos: importação, exportação, produtos industrializados
operações de crédito, câmbio e seguro ou relativo a títulos ou valores mobiliários estão livres dessas
obrigatoriedades. Se for feito cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos
custos de cobrança (é mais caro cobrar do que receber o dinheiro do devedor) também não se exige
atendimento de todos os requisitos citados acima. Apesar do poder público abrir mão do dinheiro que
tem para receber (configurando de certa forma renúncia de receita), é mais interessante financeiramente
tomar esse prejuízo do que gastar horrores para a cobrança do débito. Imagina se a cobrança ficar acima
do que o dinheiro que ele tem direito de receber? Dessa forma, se o Poder Público decidir abrir mão desse
montante ela ficará desobrigado a se curvar diante de todos os mandamentos previamente citados.
O que é considerada geração de despesa não autorizada? Apenas a que foi efetivamente realizada?
Não. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, não apenas a
geração de despesa, mas também a assunção de obrigação, ou seja, o simples ato de tomar para si a
responsabilidade por uma despesa não autorizada, também configura geração de despesa não autorizada.
A criação expansão ou aperfeiçoamento governamental que acarrete aumento de despesa (com exceção
da despesa considerada irrelevante nos temos da LDO) deverá estar acompanhando de:
Essas normas constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou
execução de obras e desapropriação de imóveis urbanos. Até porque desapropriação de imóveis urbanos
será feita com justa e prévia indenização em dinheiro.
Adequada é aquela despesa com dotação especifica e suficiente ou que esteja abrangida por crédito
genérico, de forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie realizadas e a realizar (previstas
no programa de trabalho), não se ultrapasse os limites estabelecidos para o exercício. Já compatível com
o PPA e LDO significa despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos
nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
É uma despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo com execução por um
período superior a dois exercícios.
Se algum ato criar ou aumentar uma despesa de caráter obrigatório, do que eles deverão ser instruídos?
Um ato que criar ou aumentar uma despesa de caráter obrigatório, além de seus efeitos financeiros terem
que ser obrigatoriamente compensados com aumento de receita ou redução permanente de despesa,
(proibido promover o ato antes dessa compensação), deverá:
Ser instruído com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício que deva iniciar
e nos 2 subsequentes (com premissas e metodologia de cálculo);
Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio;
Vir acompanhado de comprovação de que não afetará metas de resultados fiscais;
Exame da adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA E LDO.
Como pode ser feito o aumento permanente da receita para tal compensação financeira?
Elevação de alíquotas;
Ampliação da base de cálculo;
Majoração ou criação de tributo ou contribuição;
No caso de despesas destinadas ao serviço da dívida (juros e encargos da dívida), ou seja, pagamentos
dos juros e encargos de dívida, e de reajustamento de remuneração com pessoal, é necessária a tal
estimativa de impacto orçamentário-financeiro?
Não. Não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração
de pessoal essa questão da estimativa de impacto orçamentário-financeiro.
Sim. Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.
Para efeitos da lei complementar 101, o que se entende como despesa total de pessoal?
Os valores do contrato de terceirização de mão de obra que se referem tão somente à substituição de
servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. Se houver
terceirização de mão de obra e o seu objetivo não é a substituição de servidores e empregados públicos,
isso não irá constar em “Outras Despesas de Pessoal”. Pode haver licitação para terceirização de serviços,
mas se o propósito não é substituição de gente, não será o caso de constar como “Outras Despesas de
Pessoal”.
A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência (em curso) com
as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Não se adota o regime de
caixa aqui, mas sim o de competência.
A despesa total com pessoal não poderá exceder quais percentuais da receita corrente líquida?
União- 50%
Estados e Municípios – 60%
Como se dá a repartição desses limites de despesa com pessoal (50% união e 60% Estado e Município)?
- Na esfera federal:
b) 6% para o Judiciário;
- Na esfera estadual:
b) 6% para o Judiciário;
d) 2% para o MPE
Se houver Tribunal de Contas dos Municípios aumentar-se-á 0,4%do Legislativo (ficando 3,4%) e do
Executivo reduzir-se-á 0,4% (ficando 48,6%).
- Na esfera municipal:
A verificação do cumprimento dos limites de despesa com pessoal irá ocorrer ao final de cada
quadrimestre.
Qual a condição do ato que provoque o aumento da despesa com pessoal e não atenda a questão da
estimação de impacto e declaração do ordenador bem como o limite de comprometimento aplicado às
despesas com pessoal inativo?
Nesse caso o ato é nulo de pleno direito. Totalmente nulo de pleno direito.
É permitido ato que resulte no aumento de despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao
final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão?
Não. Como determina a lei complementar 101, também é nulo de pleno direito o ato que resulte no
aumento de despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão.
O que ocorre se a despesa total com pessoal exceder 95% do limite no órgão ou Poder?
Se a despesa total com pessoal exceder 95% do limite no órgão ou Poder, ficará vedado a ele:
Deve-se eliminar os excedentes nos 2 quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 desse excedente
no primeiro quadrimestre. Pode ser feito via extinção de cargos e funções quanto pela redução dos
valores a ele atribuídos. É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos
vencimentos à nova carga horária.
E se não for alcançada a redução nos dois quadrimestres citados? Ou seja, e se persistir a irregularidade
quanto aos limites de despesas com pessoal? O que será imposto ao órgão ou Poder?
Se persistir o quadro de excesso, as vedações passarão para o ente a que pertença ao órgão ou Poder.
Nesse caso, o ente não poderá:
Lembrando que essas restrições se aplicam imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o
limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do titular de Poder ou órgão. É que a
verificação do cumprimento dos limites é feita, como explicado acima, ao final de cada quadrimestre. Se
constatado ao final do primeiro quadrimestre do último ano do titular de Poder ou órgão, a ideia é forçar
o gestor em exercício a colocar o carrinho nos trilhos antes de terminar o seu mandato dificultando a
tentativa dele de deixar esqueletos no armário para o seu sucessor.
Benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
indicação da fonte de custeio total?
Não. A lei complementar 101 determina que nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social ser
criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total. Atendidas também as exigências
de aumento permanente da receita ou redução permanente da despesa e comprovação de que não
afetará as metas de resultados fiscais.
A quais outros benefícios essas regras se aplicam? Somente ao relativo à seguridade social?
Não. Também se aplicam ao benefício ou serviços de saúde, previdência e assistência social, inclusive os
destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.
Transferências voluntárias são a entrega de recursos correntes ou recursos de capital a outro ente da
Federação à título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou destinados ao Sistema único de Saúde.
Quais são as exigências para realização de transferências voluntárias além das estabelecidas na LDO?
Não. A lei complementar 101 é clara quando diz que “é vedada a utilização de recursos transferidos em
finalidade diversa da pactuada”.
Sim. Não sofrem sansões do tipo suspensão as transferências voluntárias relativas a ações de educação,
saúde e assistência social.
Quais os trâmites para a destinação de recursos para direta ou indiretamente cobrir necessidades de
pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas?
Essa regra se aplica a toda administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais,
exceto as instituições financeiras e o BACEN no exercício de suas atribuições precípuas.
Concessão de empréstimos;
Financiamentos e refinanciamentos;
Prorrogações e composição de dívida;
Concessão de subvenções;
Participação em constituição de capital ou aumento de capital;
O que deverá ser observado se a concessão de crédito por ente da Federação for para a pessoa física ou
jurídica que não esteja sob o seu controle direito ou indireto?
Os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres são poderão ser inferiores aos definidos em
lei ou ao custo de captação.
Quais tipos de transferência de recursos para o setor privado dependem de autorização em lei
específica?
Poderão ser utilizados recursos públicos para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional?
A lei complementar 101 é clara quando diz que “salvo, mediante lei específica, não poderão ser utilizados
recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro
Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para
mudança de controle acionário”. É porque a prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargos de
fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da
lei.
A lei complementar 101 dita que o BACEN não está proibido de conceder às instituições financeiras
operações de redesconto e de empréstimos com prazo inferior a 360 dias. Ou seja, ao banco central não
é vedada a concessão de empréstimo com prazo inferior a 360 dias.
Dívida pública consolidada/fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses. São os compromissos
de exigibilidade superior a 12 meses contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a
financiamentos de obras e serviços.
Não. Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze
meses cujas receitas tenham constado no orçamento. Cuidado, pois o que está sendo dito é que apesar
de, em definição, a dívida fundada se tratar de compromissos de exigibilidade superior a doze meses, a
exceção é representada pelas receitas que constam na LOA e que são fruto de operações de crédito
inferior a 12 meses. Atenção, pois não foi dito receitas de operações de crédito por antecipação de receita.
Essas como se sabe não constarão na LOA.
Como fica a questão dos limites da dívida pública (fundada e mobiliária) e operações de crédito?
Compete privativamente ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da República, limites
globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre: moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
mobiliária federal.
Essas propostas de limite da dívida pública apresentadas pelo presidente ao Senado e ao Congresso
poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida?
Sim. A lei complementar autoriza que as propostas de limite da dívida pública apresentadas ao Senado e
ao Congresso sejam apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de
sua apuração.
Quanto a recondução da dívida aos limites fixados, o que ocorre se a dívida fundada de um ente da
Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre?
O ente deverá reconduzir a dívida consolidada até o término dos 3 quadrimestres subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% do no 1⁰ quadrimestre.
Nesse caso o entende ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do
Estado.
E se o montante da dívida consolidada exceder o limite logo no primeiro quadrimestre do último ano
do mandato do chefe do Poder Executivo?
Essas normas citadas se aplicam somente ao descumprimento dos limites da dívida consolidada?
Não. Essas normas se aplicam também nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e
das operações de crédito internas e externas.
A quem cabe divulgar mensalmente os entes que ultrapassaram os limites da dívida consolidada e
imobiliária?
A quem cabe verificar o cumprimento dos limites e condições relativos à realização e operações de
crédito?
Cabe ao Ministério da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de
operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por ele controladas, direta ou
indiretamente.
Qual o passo inicial para o ente que deseja realizar operações de crédito?
Relação custo-benefício;
Interesse econômico e social da operação;
Observe que quando se fala em equilíbrio das contas públicas, busca-se o equilíbrio autossustentável, ou
seja, aquele que prescinde de operação de crédito e, por tanto, sem aumento da dívida pública.
Quais são as condições as quais o ente interessado em realizar operações de crédito deve atender?
Logo, cabe ao Senado Federal e não o Congresso, tratar dos limites e condições sobre operações de
crédito.
Lembrando que se deve ter em mente o atendimento a “regra de ouro” da Constituição Federal que diz
“são vedados a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta”.
A lei complementar diz que as operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas na LOA ou
créditos adicionais serão objeto de processo simplificado que atenda às suas necessidades.
Considerar-se-á em cada exercício financeiro o total dos recursos de operações de crédito nele
ingressados e os das despesas de capital executadas (regime de caixa).
O que mais deverá ser observado ao se comparar os montantes de operações de crédito e despesa de
capital?
Não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou
financiamento a contribuinte com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo
de competência do ente da federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
Se o empréstimo ou financiamento citado acima for concedido por instituição financeira
controlada por ente da federação, o valor da operação será reduzido das despesas de capital;
O Ministério da fazenda (sem prejuízo das atribuições do Senado e BACEN), efetuará o registro eletrônico
centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, incluindo:
Os contratos de operações de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação
automática de débitos e créditos.
Do que fica obrigada a instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação?
A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação deverá exigir
comprovação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos. Exceto quando se tratar de
operação de crédito relativa a dívida mobiliária ou externa.
A operação realizada com infração do disposto da lei 101 será considerada nula, procedendo ao seu
cancelamento, mediante a devolução do principal, vedado o pagamento de juros e demais encargos
financeiros.
E se o recurso dessa operação de crédito considerada nula não for devolvido no exercício de ingresso
dos recursos? O que deve ser feito? Há sanções?
Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada reserva específica
na lei orçamentária para o exercício seguinte. Lembrando que enquanto não for efetuado o cancelamento
dessa operação de crédito nula, aplicam-se as sanções como:
Se as operações de crédito excederem o montante das despesas de capital, A reserva citada acima
também será constituída de um montante equivalente a esse excesso.
Não. A lei 101 diz que é vedada a realização de operações de crédito entre um ente da Federação,
diretamente ou por intermediário, de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente e outro
ente da Federação. Nem mesmo entre as suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma
de novação, refinanciamento ou postergação da dívida contraída anteriormente é possível operações de
crédito.
Além disso, é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Sim, existe. Não estão abarcadas por essa vedação, as operações entre instituição financeira estatal e
outro ente da federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a
financeira direta ou indiretamente, despesas correntes ou refinanciar dívidas não contraídas junto a
própria instituição concedente. Ou seja, se as dívidas foram contraídas junto a própria instituição
concedente, está liberado o refinanciamento. Do contrário, nada feito.
O fato de um estado-membro não poder celebrar operação de crédito com a União obsta que ele que
ele aplique suas disponibilidades em títulos da dívida federal?
Não. A vedação de operações de crédito entre entes da Federação, não impede Estados e Municípios de
comprar títulos de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.
Onde será incluída a dívida relativa a emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil?
A dívida relativa a emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil será incluída na dívida
pública consolidada da União.
Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses
cujas receitas tenham constado do orçamento.
O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro,
o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento
para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.