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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Faculdade de Psicologia

A Família Reconstituída e o seu Ciclo Vital:


Uma Análise Qualitativa dos seus Perfis

Daniel Kauffmann

Monografia apresentada ao Programa


de Iniciação Científica (Trabalho de
Graduação Interdisciplinar) da
Faculdade de Psicologia; como parte
dos requisitos para a obtenção do título
de Psicólogo

Orientador: Tânia Aldrighi

São Paulo
2000
RESUMO

A família é um complexo sistema de relações e interações entre seus membros e

o meio em que se encontra, sua dinâmica influencia cada indivíduo em seu próprio

desenvolvimento e reflete a situação e época social. O desenvolvimento familiar pode

ser entendido na perspectiva do ciclo de vida familiar, que trata a família como um

sistema que move-se continuamente ao longo do tempo vivenciando estágios do

desenvolvimento familiar.

As diversas mudanças ao longo da evolução do homem na sociedade tem

influencia primordial sobre a família, que vem apresentando diferentes ciclos que

afastam-se dos tidos como padrão. Entre eles o recasamento e a concomitante

constituição de uma nova família está cada vez mais presente na nossa realidade.

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa anterior, A

Família Reconstituída Paulistana e seu Ciclo Vital: Uma Análise na Perspectiva

das Mudanças no Ciclo de Vida Familiar (Kauffmann, 2000), realizada através de

uma bolsa de Iniciação Científica proporcionada pela Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de São Paulo (FAPESP), de duração de um ano e meio.

A referida pesquisa teve como objetivo fazer um levantamento de características

de famílias reconstituídas, que são organizadas pelo segundo casamento de parceiros,

em que pelo menos um já tenha constituído família com um terceiro. Para tal, foram

aplicados questionários com 50 famílias, que abrangeram questões referentes a

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identificação, estrutura, dinâmica, e valores das mesmas. Neste momento o tratamento

dos dados foi quantitativo.

A partir dos dados quantitativos foi proposto um modelo de perfis das famílias

reconstituídas em função das diversidades das características que a compunham. Estes

dados forneceram uma material que demandaria uma análise qualitativa em função das

diversas inter-relações que puderam ser detectadas nos resultados. Assim na presente

pesquisa, os dados apresentados dos perfis de maior incidência na anterior, foram

analisados qualitativamente, através de categorias básicas na constituição das famílias

reconstituídas. Portanto, no presente estudo tivemos como objetivo dar qualidade aos

dados estatísticos de dois perfis que tiveram maior incidência na pesquisa anterior, para

que assim continuássemos a contribuir com a caracterização de famílias reconstituídas,

analisando-as na perspectiva das mudanças no ciclo de vida familiar, e ainda

procurando verificar e argumentar as crises previsíveis e imprevisíveis deste ciclo de

vida familiar.

A relevância deste estudo está em possibilitar o conhecimento das características

peculiaridades de uma constituição familiar que cada vez mais se faz presente na nossa

sociedade; ao mesmo tempo fornece subsídios para profissionais que atuam com

famílias , principalmente em atuação preventiva.

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I. INTRODUÇÃO

No decorrer da minha formação e da experiência pessoal as questões

envolvendo a dinâmica e as relações estabelecidas entre os membros de uma família,

sempre estiveram presentes. O envolvimento dentro de projetos e cursos que voltassem

o seu olhar para o conhecimento da família foram constantes, e com isto questões

pertinentes não poderiam deixar de estar presentes neste trabalho.

Uma das indagações que mais me despertavam interesse dizia respeito ao

entendimento mais fidedigno da complexidade das relações que se estabelecem numa

estrutura específica da família, que é a família reconstituída.

Entendo que este é um assunto atual pois reflete muito das vivências que estão

presentes de uma forma ou de outra nas relações familiares atuais.

As estatísticas norte americanas e nacionais transmitem que esta configuração

familiar está cada vez mais presente na nossa sociedade. Atualmente o numero de

recasamentos vem crescendo vertiginosamente , concomitante ao número de divórcios.

Também vamos encontrar reflexos desta nova configuração familiar na prática

psicológica, nos consultórios e escolas, necessitando assim, haver uma compreensão

mais fidedigna a respeito deste sistema que nos parece intrínseco à evolução do

homem.

Diante de tais considerações o presente trabalho teve como objetivo buscar uma

compreensão de como as estruturas e a dinâmica de famílias reconstituídas se

constituem a partir do ciclo de vida familiar. Para tal, utilizamos os dados quantitativos

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de uma pesquisa anterior, A Família Reconstituída Paulistana e seu Ciclo Vital:

Uma Análise na Perspectiva das Mudanças no Ciclo de Vida Familiar (Kauffmann,

2000), realizada através de uma bolsa de Iniciação Científica proporcionada pela

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), de duração de

um ano e meio.

Estes dados forneceram um material que demandaria uma análise qualitativa em

função das diversas inter-relações que puderam ser detectadas nos resultados.

Portanto, no presente estudo tivemos como objetivo dar qualidade aos dados

estatísticos de duas configurações de famílias reconstituídas que tiveram maior

incidência na pesquisa anterior, para que assim continuássemos a contribuir com a

caracterização destas famílias , analisando-as na perspectiva das mudanças no ciclo de

vida familiar, e ainda procurando verificar e argumentar as crises previsíveis e

imprevisíveis deste processo.

Entendemos que um conhecimento de tal porte possa contribuir para o

compreensão de nossa realidade, e com isso contribuir para os profissionais que atuam

direta ou indiretamente com os reflexos de tal constituição familiar. Principalmente,

acreditamos que proporcione ao psicólogo a possibilidade de um trabalho mais

integrado com as necessidades dos membros que constituem uma família reconstituída,

bem como a atuação em programas de prevenção referentes à saúde mental das

famílias.

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II. A FAMILIA

2.1 Compreensão Sistêmica da Família

A conceituação referente à teoria e técnica da terapia familiar tem como base

uma mudança epistemológica voltada ao modo de se entender um comportamento

sintomático.

Por muito tempo a única maneira de se compreender uma enfermidade mental se

dava através da investigação etiológica do suposto mal. Para tal utilizava-se

primordialmente o modelo médico e psicodinâmico que enfocam-se numa concepção

linear e histórica de alguma disfunção.

A partir de investigações e provas apontadas por observadores do

comportamento sintomático de pessoas em seu ambiente familiar, abriu-se espaço para

uma nova conceituação que abandonaria a visão linear e histórica de causa e efeito,

dando lugar a um “pensamento circular”(Hoffman, 1994).

De acordo com Hoffman (1994), uma epistemologia circular faz parte de um

campo mais extenso, em que o terapeuta não é um agente, e o cliente não é um sujeito.

Ambos formam parte de um campo mais extenso em que o terapeuta, a família e um

certo número de outros elementos atuam e reagem uns sobre os outros de maneiras

imprevisíveis, pois a cada ação e reação muda continuamente a natureza do campo em

que residem os elementos deste novo sistema terapêutico.

Assim, a visão do indivíduo inserido em sua família carrega uma série de relações

interligadas entre comunicações e comportamentos de todos os presentes.

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As primeiras investigações familiares, segundo a referida autora, tiveram como

marco o tratamento de pacientes esquizofrênicos; uma série de estudiosos

empenharam-se em tratar da esquizofrenia levando-se em conta o ambiente familiar e as

relações e comunicações presentes.

Diversas constatações foram feitas através desse movimento “familiar”, a

princípio, em sua maioria, as investigações se concentravam no estudo das

propriedades da família como sistema, trazendo contribuições ao desenvolvimento

teórico e técnico.

Haley citado por Hoffman (1994), estabeleceu através da observação de

indivíduos esquizofrênicos e suas famílias a primeira lei das relações humanas: “Quando

uma pessoa indica uma mudança na relação com outra, a outra atuará sobre a primeira

de tal forma que diminuirá essa mudança.”

Segundo Hoffman(1994), Bateson, empenhou-se primordialmente em estudar a

comunicação estabelecida nos sistemas familiares, descrevendo habituais caminhos sem

saída na comunicação, impostos uns aos outros por pessoas que se encontram dentro

de um sistema de relações.

A descrição da interação familiar através de “triangulações”, foi apontada por

Bowen que através do seu pensamento constatou que a triangulação ocorre com todas

as famílias e grupos sociais, tratando-se da formação de um par com exclusão de um

terceiro, ou contra este. (Hoffman, 1994)

As descrições realizadas por estes teóricos contribuíram muito para a

organização do pensamento e visão que se tem hoje dentro do contexto familiar. No

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momento em que se constatou as características das relações humanas, o sistema de

comunicação e interação da família pôde-se verificar a importância da estrutura e

dinâmica da mesma. Assim passou-se a tratar a família segundo sua estrutura e

dinâmica dentro de um enfoque de desenvolvimento, uma vez que estes dois aspectos

acabam caracterizando um ciclo do desenvolvimento familiar.

2.2 Uma Compreensão da Família Brasileira

Além de envolver um emaranhado de relações, paralelamente a família está à

mercê das influências culturais, religiosas, das tradições e costumes, e ainda dos fatores

sociais e econômicos oferecidos pelo meio em que ela se encontra.. A utilização desse

suporte teórico, portanto, na compreensão e intervenção em terapia familiar, tem

solicitado dos pesquisadores uma adaptação dos conceitos às diferentes realidades

sociais.

No que diz respeito a estrutura da família brasileira observa-se características

peculiares à cada camada social, situação esta que reflete a heterogeneidade social

brasileira.

Segundo Bilac (1995), nas camadas populares nota-se um modelo

regulamentado pela solidariedade no que diz respeito à sobrevivência familiar, assim

encontram-se provedores múltiplos que esforçam-se para a manutenção do básico para

a sua sobrevivência. Estas famílias também são caracterizadas por um “fluxo de riqueza

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circular” Bilac (1995), ou seja os investimentos materiais são passados dos pais para os

filhos e posteriormente voltam-se aos pais. Diante desses fatores espera-se uma

mudança quanto aos papéis familiares e mesmo quanto a hierarquia familiar; por ora

levanta-se uma hipótese da centralidade da relação mãe-filho refletida por uma

liderança expressiva da mulher na família.

Em relação as camadas médias observa-se prioritariamente a ascensão do

número de separações e divórcios; a inclusão da empregada doméstica no cotidiano

familiar; e a dedicação e preocupação dos pais em garantir o sustento dos bens e

serviços da família e para criar novas condições de mobilidade social para a segunda

geração. Essas características têm influência na dinâmica familiar na medida que mudam

a estrutura familiar. (Bilac, 1995)

A literatura nacional a respeito é muito escassa, são poucos os estudos mais

específicos que garantam um perfil dos diversos tipos de família que se encontram ao

longo do território nacional. Na busca desse tipo de conhecimento, existem algumas

tentativas, por ora ainda preliminares, em se descrever a família brasileira.

Um dos trabalhos pioneiros na tentativa de procurar entender o padrão das

relações familiares dentro da realidade brasileira, podemos encontrar na pesquisa

orientada por Cerveny e Berthoud (1997), com o objetivo de discutir as crises

previsíveis e imprevisíveis da família e compreendê-las dentro desta realidade . Partindo

da necessidade de atuar na realidade prática, com famílias que atendia em terapia,

Cerveny (1997) propõe uma divisão da família ao longo do seu ciclo vital em quatro

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etapas distintas, de maneira a constituir um modelo que possa representar as

características da família brasileira.

A primeira etapa é a fase de aquisição, em que a principal preocupação é o

aprendizado de modo geral: engloba a formação do casal em si, o distanciamento da

família de origem, a primeira casa, o primeiro filho, e principalmente a escolha de um

modelo de família próprio. A segunda fase é a adolescente que diz respeito aos pais

com filhos adolescentes , uma fase de adaptação entre as duas gerações, os valores pré

estabelecidos pelos pais passam a ser contestados pelos filhos, e por outro lado

também os próprios pais se questionam sobre suas profissões e posições. Em seguida

vem a fase madura, na qual a geração mais velha – avós - necessita muitas vezes de

apoio, e ao mesmo tempo os filhos estão deixando o lar para formar as próprias

famílias. E por fim se define a fase última, o casal volta novamente a estar só, seus

filhos já constituíram suas famílias, e muitas vezes precisam ajudar os pais.

Cabe salientar que essas fases não definem por si só a trajetória pela qual todas

as famílias deveriam passar ao longo de seu desenvolvimento, nem mesmo estabelecem

rigidamente o começo e o fim de um determinado período; a proposta deve ser

entendida como um meio de orientação no estudo do ciclo de vida familiar.

A pesquisa coordenada pelas referidas autoras trouxe grandes contribuições para

a descrição e caracterização das famílias de classe média paulistana, entre elas

destacam-se aspetos que não representam grandes mudanças em relação à famílias de

algumas décadas atrás, e outros, que segundo as autoras, podem ser chamados de mais

inovadores no comportamento e no imaginário das famílias analisadas.

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As autoras apresentam como aspectos que não sofreram consideráveis mudanças

referentes à estrutura familiar: a religião dominante católica; o casamento como forte

instituição familiar; o marido como provedor da família, e a mulher como responsável

pelas tarefas domésticas. Em relação à dinâmica destacam-se: amor e dinheiro como

ideal da família; estudo e profissão dos filhos como meta; a figura materna com a função

de organizar a casa e dar suporte emocional à família; a figura paterna com função de

sustentar economicamente a família, os filhos com a função de trabalhar e/ou estudar; e

a realização afetiva por meio do casamento. E ainda quanto aos valores apresentam-se

os dados: o natal como a grande data a ser comemorada; o ritual de trocar presentes e

fazer juntos as refeições; a reunião com parentes aos domingos; a morte como o grande

tabu da família, e a importância dos estudos como valor a ser passado à próxima

geração.

Em relação aos aspectos estruturais que refletem mudanças, as autoras destacam

dados referentes ao alto nível de escolarização da mulher e a sua participação no

mercado de trabalho; o fato da mulher estar complementando o orçamento familiar; e

as mudanças adaptativas masculinas acompanhando as transformações da mulher.

Quanto à dinâmica observam o fato dos parceiros estarem compartilhando tarefas que

no passado eram restritas à mulher ou ao homem. E em relação aos valores destacam: a

maior ênfase ao lazer e a menor ênfase a valores como virgindade antes do casamento,

nome da família e seguir a profissão dos pais.

A pesquisa orientada por Cerveny e Berthoud (1997), que possibilitou uma

apreciação da família atual paulistana, parte da concepção de ciclo de vida familiar,

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tratando a família como um sistema que se desenvolve ao longo do tempo, cujas

relações se desenvolvem em uma multiplicidade de fases simultâneas que se intercalam.

Entendemos que a compreensão do ciclo de vida familiar, suas variáveis e mudanças,

são primordiais para o conhecimento a cerca do desenvolvimento familiar, suas

características e especificidades.

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III. FAMÍLIA E CICLO VITAL

A família é um complexo sistema de relações e interações entre seus membros e

o meio em que se encontra, sua dinâmica influencia cada indivíduo em seu próprio

desenvolvimento e reflete a situação e época social. É necessário conhecer e

compreender a sua estrutura e dinâmica, de maneira contínua ao longo do tempo, pois

só assim se conseguirá uma ampla visão do seu conceito. Os retratos dos diferentes

momentos, porém, são importantes para a compreensão da evolução do seu

desenvolvimento.

Segundo Carter e McGoldrick (1995), a perspectiva do ciclo de vida familiar

focaliza-se nas fases por quais a família passa e se desenvolve, tendo um parâmetro do

que é esperado e mesmo das interrupções ou deslocamento do ciclo de vida familiar em

desdobramento. Portanto proporciona o conhecimento dos pontos de transição de um

estágio para outro no processo desenvolvimental familiar e suas ocorrências.

Essa perspectiva passa a ter extrema importância no estudo e atuação com

famílias, na medida que oferece condições e contribuições para o trabalho intervertido e

mesmo profilático.

A terapia familiar caminha junto com a compreensão das mudanças relativas ao

homem e o contexto social em que está inserido; assim sendo, os estudiosos da família

tem tido nessas mudanças um tema especial de enfoque.

‘Nada é permanente, exceto a mudança’, disse Heráclito, um


filósofo grego, há 2.500 anos. Se isso já era verdade naquela
antiga cultura agrária, há tanto tempo, tem de ser mil vezes
mais verdadeiro em nossa era pós-industrial de alta tecnologia,

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onde o mais recente aparelho eletrônico já se acha obsoleto à
hora em que chega às prateleiras de venda. (Denton, 1990,
pg.11)

É dessa forma que Wallance Denton, no prefácio do livro “Introdução à Terapia

Familiar” (Foley, 1990), passa a abordar a importância de se notar as alterações que

vêm se evidenciando no contexto da terapia familiar, decorrentes da evolução contínua

do homem na civilização.

Notáveis transformações ocorreram, nas últimas décadas, em relação à qualidade

de vida do homem, que convive com as suas tradições e valores presos ao passado, e

ao mesmo tempo com o conforto e os problemas da modernidade. No que diz respeito

às famílias, tais ocorrências acompanham o desenvolvimento do homem junto à

modernidade, porém na medida em que esbarram com os valores pré estabelecidos

pela sociedade, tornam-se fonte de conflitos e desarmonia.

Carter e McGoldrick (1995), em seu livro “As mudanças no ciclo de vida

familiar”, indicam algumas de suas possíveis causas:

Na geração passada, as mudanças nos padrões de ciclo de vida


familiar aumentaram dramaticamente, especialmente por causa
do índice de natalidade menor, da expectativa de vida mais
longa, da mudança do papel feminino, e do crescente índice de
divórcio e recasamento. (Carter & McGoldrick, 1995, p.13)

Sob a ótica das autoras, a família funciona como um sistema que se move através

do tempo, e difere dos demais sistemas sociais pela sua complexidade e pelo valor dos

relacionamentos estabelecidos entre os membros, que ora são incorporados ao grupo e

ora o deixam. As autoras delinearam estágios do ciclo de vida familiar que tratam de

diferentes momentos que a família norte americana de classe média vivencia. O primeiro

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estágio é chamado de “Saindo de casa: jovens solteiros”, cuja ênfase está na maneira

com que o indivíduo negocia a sua independência com a família de origem, assim como

o seu afastamento para nesse momento estabelecer objetivos pessoais, e assumir

responsabilidades. O segundo estágio “A união de famílias no casamento: O novo

casal”, diz respeito à união dos parceiros com um novo sistema e assim o

estabelecimento de novas relações. Em seguida “Famílias com filhos pequenos”

envolve a chegada de um novo membro e a questão da educação deste paralelamente

às demais tarefas do casal; “Famílias com adolescentes”, novos valores são

estabelecidos pelo adolescente, muitas vezes diferentes daqueles dos pais; “Lançando

os filhos e seguindo em frente”, os filhos deixam a casa para tornarem-se

independentes, e mais tarde apresentam os cônjuges ao sistema; e “Famílias no

estágio tardio da vida”, os agora avós procuram se adequar à aposentadoria e aceitar

suas condições físicas.

Deve ser salientado que cada componente do sistema estará em uma fase distinta

de desenvolvimento: assim, um adolescente terá como pai um adulto provavelmente

vinte e poucos anos mais velho, com afazeres, costumes e tradições condizentes à sua

idade.

A fase de aquisição e o segundo estágio proposto pelas autoras norte

americanas “A união de famílias no casamento: O novo casal” (Carter &

McGoldrick, 1995, pg.18) tratam mais especificamente da formação de um novo

sistema, aquele que tem como marco o casamento: este é uma das instituições mais

antigas e possivelmente, uma etapa das mais complexas do ciclo de vida familiar. Seu

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conceito mais popular está restrito à união de duas pessoas, que adquirem a condição

de serem pais, e acreditam na possibilidade de êxito da união e assim na felicidade dos

parceiros. No entanto, uma vez encarada a família como um sistema complexo, que se

move através do tempo levando consigo toda uma história, a idéia de “união” implica na

fusão de dois sistemas inteiros, ou seja, os valores, costumes e tradições dos grupos de

origem dos parceiros serão redefinidos para a construção de um novo.

O casamento requer que duas pessoas renegociem juntas uma


miríade de questões que definiram previamente para si em
termos individuais, ou que foram definidas por suas famílias de
origem, tais como quando e como comer, dormir, conversar,
fazer sexo, brigar, trabalhar e relaxar. (McGoldrick, 1995,
p.184)

Berthoud e Bergami (1997), acrescentam a importância de cada um dos

parceiros trazer consigo a sua história, que também influenciará no sucesso ou não da

união.

Formar um vínculo tão estreito com alguém na entrada para a


vida adulta vai exigir acima de tudo, um continente de
confiança e disponibilidade para se abrir e acolher o outro, que
tem suas mais profundas raízes na história de vínculos feitos,
desfeitos e refeitos na infância de cada um de nós. (Berthoud &
Bergami, 1997, pg.53/54)

A união também envolverá a renegociação dos relacionamentos com os parentes,

amigos e colegas nesta etapa de transição. E ainda, a família de ambos os parceiros

deverá estar aberta para aceitar uma nova pessoa em sua convivência.

Em paralelo à evolução do homem, o casamento também sofreu mudanças ao

longo do tempo. Os filhos deixaram de ser a prioridade do casal, que muitas vezes está

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mais preocupado em se estabilizar economicamente e satisfazer as suas realizações

profissionais. O novo papel da mulher na sociedade implica que esta tenha um melhor

nível de instrução, para assim disputar o mercado de trabalho junto ao homem,

implicando na dupla jornada de trabalho em que ela, além de trabalhar fora de casa,

têm o dever de cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos (Carter & McGoldrick,

1995). Estes aspectos, entre outros, podem estar alterando a estrutura conjugal do

casal, que cada vez mais apresenta instabilidade. Assim sendo, constatam-se

modificações nos padrões do ciclo de vida familiar, o que demanda uma extensão do

conhecimento a cerca dos novos ciclos que a família está vivenciando.

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IV. AS INTERRELAÇÕES ENTRE A FAMÍLIA RECONSTITUÍDA

E O CICLO VITAL

Conforme dados da realidade norte americana, em 1962 houveram 413.000

divórcios; em 1983, 1.179.000 [National Center for Health Statistics (NCHS),

1984, apud Peck & Manocherian, 1995, pg.292], indicando um aumento vertiginoso

ao longo do tempo. No Brasil, embora em dimensão muito menor, a realidade parece

não ser muito diferente: em 1994 foram concedidos 94.818 divórcios e 84.805

separações judiciais, em primeira instância. [Número de divórcios concedidos em 1ª

instância (Unidade), e Número de separações judiciais concedidas em 1ª instância

(Unidade) Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Registro

Civil, 1994]. Nesse caso, observa-se que o maior número de divórcios ocorre na faixa

dos 30 anos, 8.137 deles foram concedidos a mulheres que tinham de 25 a 29 anos,

casadas até então com homens de 30 a 34 anos. Em segundo lugar, com um escore de

8.031, estão as mulheres de 30 a 34 anos que foram casadas com homens de 35 a 39

anos. [Número de divórcios concedidos em 1ª instância (Unidade),Brasil, 1994.

IBGE - Registro Civil]. E o maior número de separações judiciais,17.166, ocorre

entre 10 a 14 anos transcorridos entre as datas do casamento e da sentença, seguido

por 12.364 com 20 anos ou mais transcorridos.

Ao enfocar essa intercorrência como variação do ciclo de vida familiar, Peck e

Manocherian (1995), apontam alguns fatores relacionados à instabilidade conjugal: a

pouca idade dos parceiros e a gravidez pré conjugal; o menor grau de instrução do

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homem comparado à sua esposa; mulheres que ganham mais dinheiro; emprego e

salário instáveis do marido; nível sócio-econômico mais baixo. E ainda, os casamentos

inter-raciais e os negros apresentam maior índice de divórcio do que os brancos.

Paralelamente ao aumento do número de divórcios, é notável o crescente índice

de recasamentos.

De acordo com o U.S. Bureau of the Census, cerca de 50% dos


primeiros casamentos acabarão em divórcio: 65% das mulheres
e 70% dos homens provavelmente casarão de novo (Glick &
Lin, 1.986; Norton & Moorman, 1.987). (Carter & McGoldrick,
1995, pg.344)

Quanto ao Brasil, em 1994 foram registrados 29.690 casamentos entre

divorciados e solteiras, 11.528 entre divorciadas e solteiros, e 5.867 entre divorciadas

e divorciados. [Número de casamentos (Unidade), Brasil, IBGE - Registro Civil,

1994]

O recasamento é um processo muito complexo principalmente por envolver mais

sistemas. É uma segunda união de membros, em que pelo menos um já tenha

constituído uma história com um terceiro, e agora juntos formam uma família

reconstituída, na qual poderão almejar ter filhos. Da constatação da complexidade e

alta frequência dos recasamentos surge naturalmente o questionamento sobre as

alterações nos estágios do ciclo de vida familiar que essa variável especial pode

acarretar. Elas podem agora ter outra caracterização, uma vez que o ciclo inicial foi

rompido dando lugar a uma nova vertente de relações: A Família Reconstituída.

Algumas análises já tem sido apresentadas na literatura; sabe-se, por exemplo,

que muitas das dificuldades do novo sistema familiar decorrem do fato de que três,

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quatro ou mais famílias o compõem (Carter, McGoldrick, 1995). Carter (1995), em

capítulo publicado no livro “O casal em crise” [Andolfi, Angelo, Saccu (org.), 1995] ,

apresenta:

Segundo o United States Census Bureau, a porcentagem de


divórcios nos Estados Unidos é mais elevada entre as pessoas
que estão no segundo casamento - 49% contra 47% - e prevê
que chegará a 60% em 1.990. Isto significa que um quinto dos
americanos que hoje tem cerca de trinta anos irá passar, não
somente por um, mas por dois divórcios. O fim do segundo
casamento acontece até em menos tempo: depois de apenas
quatro anos, em média, contra sete anos após o primeiro
casamento. (Carter, 1995, pg.192)

A autora coloca que as pessoas buscam no recasamento a satisfação das

expectativas anteriores à primeira união, dessa forma criando uma família como se não

houvesse existido esse primeiro casamento, e isso pode acarretar algumas

consequências: a exclusão dos pais biológicos, pelo fato das ligações pai-filho ou mãe-

filho ser anterior a dos atuais cônjuges, pode acarretar rivalidades entre o progenitor e o

enteado; os papéis atribuídos ao homem como provedor, e à mulher, que deverá

garantir o bem estar da família, opõem a madrasta e a enteada, criando competição

entre a ex-mulher e a madrasta, ou o ex-marido e o padrasto.

Carter (1995), reconhece, como sendo um dos maiores problemas do

recasamento, o fato de serem atribuídos à mulher, papéis muito definidos sobre sua

atuação como mãe conciliadora ; é difícil para ela assumir este papel e ao mesmo

tempo preservar o da mãe biológica.

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As autoras brasileiras Berthoud e Bergami (1997), também enfatizam a

complexidade do processo, e salientam a importância do processo de definição de

papéis na nova família.

Casais maduros, no processo de reconstituir família, talvez não


tenham que se preocupar com bens materiais ou com ascensão
profissional, mas certamente passarão pelo processo de
aquisição e construção de vínculos com os sistemas familiares
de origem de ambos, com os sistemas familiares de seu ex-
parceiros, filhos biológicos e filhos por afinidade. O
estabelecimento de relações familiares depende de negociações
amplas e de redefinições de papéis e funções e, desta forma, a
formação de cada nova família é um processo único. (Berthoud
& Bergami, 1997,pg.50)

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O termo Famílias Reconstituídas foi aqui adotado por ser de conhecimento

comum entre os estudiosos a respeito do tema, e nesta pesquisa tem o caráter,

puramente, de nomear o objeto de estudo. Contudo há aqueles que tratam dos

significados dos termos utilizados, e dos problemas envolvidos. Estas famílias, “por

exemplo, foram referidas como famílias com padrasto/madrasta, famílias reconstituídas,

famílias misturadas e famílias reestruturadas”(Carter & McGoldrick, 1995, pg.344). Na

experiência de Carter e McGoldrick (1995), “misturada” sugere um grau de integração

maior do que normalmente é possível, enquanto “família com padrasto/madrasta”

sugere que ela não é bem verdadeira e de certa forma tem conotação negativa. Famílias

reconstituídas e reestruturadas soa como se tudo fosse uma questão de arrumar as

partes da família. Assim adotam o termo “recasada” “para enfatizar que é o vínculo

conjugal que forma a base para o complexo arranjo de várias famílias numa nova

constelação.(Carter & McGoldrick, 1995, pg.345)

Placier e Velasco (1989) propõem uma mudança de denominação de famílias

reconstituídas e mistas (misturadas), para famílias simultâneas. Os autores referem-se à

importância que a linguagem tem sobre as pessoas no sentido de afetá-las, e ainda

apontam que num conceituar diferente está uma visão diferente. A partir desta

perspectiva, discutem os aspectos intrínsecos aos termos “reconstituída” e “mista”. O

reconstituindo remete a algo que previamente se constituiu e acabou para

posteriormente voltar a se armar em suas condições originais e normais, quanto ao

termo “mista” não estabelece as diferenças na organização de uma classe de família em

particular. Portanto, os termos negam a validade de um novo sistema com suas

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características particulares, e ainda, situam a constituição deste sistema num âmbito de

anormalidade ou enfermidade. (Placier & Velasco, 1989)

Como proposta de mudança de denominação, os autores sugerem o termo

“simultânea” que vem à assumir a coexistência de dois de sistemas separados com suas

similaridades e diferenças.

Mesmo frente às questões referentes a terminologia, e propostas de mudança da

denominação, adota-se aqui os termos famílias reconstituídas e recasadas como forma

de denominação, pois neste momento entendemos que o enfoque está na compreensão

das intercorrências no ciclo vital e não na sua denominação. Entendemos também que a

partir desta compreensão podemos ter maiores subsídios que reflitam as características

que melhor possam denominar tal constituição familiar.

A função de cada componente, as relações entre gerações, os valores, os rituais

experimentados pela família, e a interação entre indivíduos em fases distintas da vida,

fazem parte da dinâmica familiar e acompanham o seu desenvolvimento, embora, ao

longo do tempo, sofram variações cujo entendimento é de extrema importância; o

recasamento é uma delas, cada vez mais presente em nossa cultura.

Então, numa sociedade como a brasileira, mais especificamente a paulistana, que

convive ao mesmo tempo com a modernidade e com o tradicional, com a liberdade de

expressão mas com os valores das religiões predominantes, como o recasamento

ocorre ao longo do ciclo vital? A partir dessa questão foi desenvolvida uma pesquisa

anterior, A Família Reconstituída Paulistana e seu Ciclo Vital: Uma Análise na

Perspectiva das Mudanças no Ciclo de Vida Familiar (Kauffmann, 2000), realizada

22
através de uma bolsa de Iniciação Científica proporcionada pela Fundação de Amparo

à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), de duração de um ano e meio; cujo

objetivo foi fazer um levantamento de características de famílias reconstituídas e analisá-

las na perspectiva das mudanças no ciclo de vida familiar, descrevendo assim, as

características próprias de um sistema intrínseco à evolução do homem. A análise foi

orientada a partir do modelo proposto do Núcleo de Família e Comunidade do

Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP, de verificar e

argumentar as crises previsíveis e imprevisíveis, porém, desta vez numa realidade e

processo específicos de Famílias Reconstituídas.

O referido estudo tomou como base o modelo proposto pelas autoras Cerveny e

Berthoud (1997), na medida que tratava-se de um ponto de referência importante, uma

vez que procurou traçar um perfil da família paulistana através da perspectiva do ciclo

vital, não levando em conta uma única configuração familiar, mas sim àquelas que

residissem na cidade de São Paulo e fossem de classe média. Entendemos que essa

referencia proporcionou comparações a respeito da família estudada pela as autoras e

da família especificamente reconstituída, possibilitando a verificação das diferenças e

semelhanças entre estágios do desenvolvimento familiar, caracterização e dinâmica .

A partir dos dados quantitativos da pesquisa específica às famílias reconstituídas

foi proposto um modelo de perfis das mesmas em função das diversidades das

características que a compunham. Estes dados forneceram uma material que

demandaria uma análise qualitativa em função das diversas inter-relações que puderam

ser detectadas nos resultados. Assim na presente pesquisa, os dados apresentados dos

23
perfis de maior incidência na pesquisa anterior, foram analisados qualitativamente,

através de categorias básicas na constituição das famílias reconstituídas. Portanto, no

presente estudo tivemos como objetivo dar continuação à caracterização dessas

famílias, levando-se em conta os mesmos referenciais e modelos adotados na pesquisa

anterior.

24
V. MÉTODO

A presente descrição do método quanto aos participantes, ambiente, instrumento

e procedimento, refere-se ao utilizado na pesquisa A Família Reconstituída

Paulistana e seu Ciclo Vital: Uma Análise na Perspectiva das Mudanças no Ciclo

de Vida Familiar (Kauffmann, 2000)

Participantes: A amostra estudada compôs-se de 50 famílias reconstituídas, ou

seja, toda aquela em que pelo menos um dos cônjuges já tenha sido casado

anteriormente e que o casamento anterior tenha se finalizado por separação ou divórcio.

Foram desconsiderados sujeitos em que o fim da união anterior tenha se dado por luto

do antigo parceiro ou parceira. Alguns critérios nortearam a escolha das famílias:

deveriam residir na cidade de São Paulo, e serem consideradas de classe média de

acordo com o nível de renda familiar, assim como, bens e serviços dos quais dispõem;

famílias em que os parceiros tivessem filhos ou não, de uniões anteriores ou do atual

casamento; a união, ou mesmo casamento não necessariamente precisam estar

formalizada em cartório ou em alguma instituição religiosa. Não houve nenhum critério

estatístico para definir a amostra, que foi formada de acordo com as possibilidades de

contato pessoal entre o pesquisador e seu círculo de relações, o mais imparcialmente

possível.

Ambiente: Os dados foram coletados em local combinado com cada família; os

questionários, em sua maioria, foram aplicados no próprio local de moradia da família.

25
Instrumento : Foram aplicados questionários (Anexo 1), elaborados a partir do

questionário padrão apresentado por Cerveny e Berthoud (1997), na pesquisa citada

anteriormente. As questões foram referentes a identificação, estrutura, dinâmica e

valores da mesma.

Procedimento: Cada casal foi convidado a participar da entrevista, ambos os

membros do par estiveram presentes no responder e ficou facultativa a participação dos

filhos e enteados.

Os questionários foram aplicados à 50 famílias reconstituídas participantes. Para

essa fase foram treinados colaboradores para ajudarem na aplicação do questionário a

fim de ser alcançado um maior número de famílias para a amostra a ser estudada. As

pessoas envolvidas na aplicação dos questionários não tinham vínculo afetivo com a

família voluntária; a aplicação do questionário compreendeu: (1) a leitura das instruções

padronizadas, das questões propostas e alternativas de respostas, e (2) cada aplicador

anotou as informações oferecidas e esclareceu dúvidas com o mínimo de interferência

em relação ao que era solicitado nas questões.

O procedimento básico de coleta de dados foi mantido com aproximadamente

60% das famílias da amostra. No entanto, em função de resistências observadas em

algumas famílias quanto à participação na pesquisa, foi introduzida uma mudança:

permitiu-se que a família respondesse às questões sem a presença do entrevistador; isso

acarretou a inclusão de esclarecimentos por escrito, além das instruções, sobre termos

como casamento, união, etc. que precisariam ser compreendidos com clareza pelos

26
entrevistados. Com essa mudança os dados puderam ser coletados a contento e a

apresentação dos mesmos encontra-se a seguir.

Coleta de Dados: A partir dos dados quantitativos da pesquisa A Família

Reconstituída Paulistana e seu Ciclo Vital: Uma Análise na Perspectiva das

Mudanças no Ciclo de Vida Familiar (Kauffmann, 2000) foi proposto um modelo de

perfis das famílias reconstituídas em função da diversidade das características que a

compunham. Para caracterizar cada perfil possível de famílias recasadas foram

considerados critérios estruturais da família, como: quais dos parceiros são recasados,

se possuem filhos de uniões anteriores e se estes moram com o atual casal; a saber:

Perfis Estipulados de Famílias Recasadas:


Perfil 1.1 mulher e homem recasados sem filhos
Perfil 1.2 homem recasado sem filhos
Perfil 1.3 mulher recasada sem filhos
Perfil 2.1 mulher e homem recasados sem filhos de uniões anteriores
Perfil 2.2 homem recasado sem filhos de uniões anteriores
Perfil 2.3 mulher recasada sem filhos de uniões anteriores
Perfil 3.1 mulher e homem recasados com filhos de uniões anteriores que
moram com o casal
Perfil 3.2 mulher e homem recasados, só o homem com filhos de uniões
anteriores que moram com o casal
Perfil 3.3 mulher e homem recasados, só a mulher com filhos de uniões
anteriores que moram com o casal
Perfil 4.1 mulher e homem recasados, com filhos anteriores que não moram
com o casal
Perfil 4.2 mulher e homem recasados, só o homem com filhos anteriores que
não moram com o casal
Perfil 4.3 mulher e homem recasados, só a mulher com filhos anteriores que
não moram com o casal
Perfil 4.4 mulher e homem recasados, com filhos anteriores, só os da mulher
morando com o casal
Perfil 4.5 mulher e homem recasados, com filhos anteriores, só os do homem
morando com o casal
Perfil 5.1 homem recasado com filhos anteriores morando com o casal
Perfil 5.2 homem recasado com filhos anteriores que não moram com o casal

27
Perfil 5.3 mulher recasada com filhos anteriores morando com o casal
Perfil 5.4 mulher recasada com filhos anteriores que não moram com o casal

Foram escolhidos os perfis mais frequentes, a saber 4.4 e 5.2, segundo a tabela

P de frequência dos perfis, para a tabulação dos dados quantitativos (Anexo2).

Tabela P: Análise da Frequência dos Perfis


Perfis Freq. %
Perfil 1.1 0 0
Perfil 1.2 0 0
Perfil 1.3 2 4
Perfil 2.1 1 2
Perfil 2.2 2 4
Perfil 2.3 3 6
Perfil 3.1 3 6
Perfil 3.2 0 0
Perfil 3.3 4 8
Perfil 4.1 2 4
Perfil 4.2 6 12
Perfil 4.3 0 0
Perfil 4.4 7 14
Perfil 4.5 1 2
Perfil 5.1 1 2
Perfil 5.2 10 20
Perfil 5.3 4 8
Perfil 5.4 4 8
TOTAL 50 100

Análise dos Dados: A presente pesquisa pode ser traçada sobre dois

parâmetros básicos: os dados quantitativos (Anexo 2), e os dados qualitativos

(Quadros 1,2,3,4,5 e 6).

Entendemos que os dados quantitativos referentes aos perfis, nos forneceu um

material que demandaria uma análise qualitativa destes dados em função das diversas

inter-relações que puderam ser detectadas nos resultados.

28
Diante destas informações entendemos que uma análise que tivesse como meta

identificar como estes perfis de família poderiam estar constituindo um padrão de

estrutura familiar característico de nosso tempo e realidade, teria grandes contribuições

a este estudo.

Os perfis que representam 34% das famílias participantes de acordo com a

classificação proposta são os perfis 4.4; e 5.2.

Os dados apresentados foram analisados qualitativamente, a partir de categorias

básicas na constituição das famílias reconstituídas. Foram considerados como

norteadores da análise: a caracterização das famílias de acordo com os perfis; as

funções e papéis familiares; as relações entre os membros familiares; as

expectativas em relação à segunda união; os rituais vividos pela família, e as

relações presentes com a família de origem.

29
VI. ANÁLISE E DISCUSSÃO

A presente análise e discussão dos resultados, primeiramente se deu através da

construção dos quadros seguintes, que foram montados a partir dos dados quantitativos

(Anexo 2) obtidos na pesquisa “A Família Reconstituída Paulistana e seu Ciclo Vital:

Uma Análise na Perspectiva das Mudanças no Ciclo de Vida Familiar” (Kauffmann,

2000). Levando-se em conta os maiores percentuais encontrados os dados foram

transferidos para os quadros segundo as categorias de análise: Caracterização,

Funções, Relações, Expectativas, Rituais, e Relação com a Família de Origem.

Posteriormente os quadros foram analisados qualitativamente, proporcionando a

descrição, interpretação e cruzamento dos dados. Os perfis analisados são aqueles de

legenda 4.4 e 5.2, que apresentam-se nessa ordem respectivamente.

30
Quadro 1
CARACTERIZAÇÃO Perfil 4.4 Perfil 5.2
Idade do homem 46 a 65 36 a 45
Idade da mulher 36 a 55 36 a 65
Escolaridade do homem Superior completo Superior completo
Sup. comp. ou colegial
Escolaridade da mulher Superior completo
completo/sup. incompleto
Quantidade de filhos 3a8 2a5
Idade do 1º filho 21 a 35 Acima de 21
Idade do último filho 16 a 20 Até 20
Nº uniões anteriores–
Uma Uma
homem.
Nº uniões anteriores-
Uma ______
mulher
Tipo união anterior –
Casamento civil e religioso Casamento civil e religioso
homem
Tipo união anterior –
Casamento civil e religioso ______
mulher
Tempo união anterior –
11 a 20 6 a 15
homem
Tempo união anterior –
Até 15 ______
mulher
Oficialização do término Separação consensual e Separação consensual e
– homem divórcio divórcio
Oficialização do término Separação consensual e
______
– mulher divórcio
Casamento civil ou
Tipo atual união União não formalizada
casamento civil e religioso
Tempo atual união 0a5
Acima de 60 salários Acima de 60 salários
Renda
mínimos mínimos
Mantido pelo marido e
Mantenedor do
complementado pela Mantido pelo marido
orçamento familiar
esposa
Proprietário do local de
Mulher Mulher ou ambos
moradia
Aquisição de patrimônio
Não Sim
nesta união
Para tratar dos filhos ou em
Contatos com ex-parceiro Eventos ou festas dos filhos
eventos ou festas do filhos
Dificuldades Convivência entre os novos Instabilidade econômica

31
membros Relacionamentos familiares
Relacionamentos familiares em geral
em geral Não atendimento de todas
exigências familiares
Religião Católica Católica

Quadro 2
FUNÇÕES Perfil 4.4 Perfil 5.2
Provedor
Do homem Provedor
Educador
Cuidados emocionais
Da mulher Educadora Cuidar da casa
Mediadora
Dos filhos que moram
Trabalhar e /ou estudar Trabalhar e /ou estudar
com o casal
Dos filhos que não
Trabalhar e /ou estudar Trabalhar e /ou estudar
moram com o casal
Responsabilidade dos
cuidados com os filhos da
Do casal Do casal
atual união que vivem
com a casal
Responsabilidade dos
cuidados com os
Da mãe ou casal ______
filhos/enteados que vivem
com a casal

Quadro 3
RELAÇÕES Perfil 4.4 Perfil 5.2
Afeto, respeito e falta de
Entre pai e filhos Respeito e afeto
diálogo
Entre mãe e filhos Afeto e diálogo Diálogo e afeto
Enteados e padrasto Respeito ______
Enteados e madrasta Respeito Respeito e afeto
Entre filhos Respeito, afeto e diálogo Afeto e diálogo
Entre o casal Diálogo, afeto e respeito Afeto e respeito

32
Quadro 4
EXPECTATIVAS Perfil 4.4 Perfil 5.2
Maturidade
Diferenças entre as
Cuidado em não repetir Maturidade
uniões - homem
erros
Amizade
Diferenças entre as Confiança
______
uniões - mulher Características opostas do
ex-parceiro
Assuntos evitados Antigo parceiro Antigo parceiro
Valores passados de
Estudos Estudos
geração para geração
Desgaste da relação
Motivos do término da
Desgaste da relação Incompatibilidade de
união anterior - homem
temperamentos
Motivos do término da
Divergências de interesses ______
união anterior - mulher
Investir na educação do
Investir na educação dos
Metas filhos
filhos
Se dedicar mais ao lazer
Família Ideal Amor, harmonia e diálogo Harmonia e amor
Ideal de Casamento Realização afetiva Realização afetiva
Carinho
Melhores características Diálogo entre os membros Preocupação com o bem
estar de todos
Falta de diálogo entre os
membros
Piores características Diferenças individuais
A falta do pai morando com
os filhos

Quadro 5
RITUAIS Perfil 4.4 Perfil 5.2
Datas em que a família
Aniversários Natal
se reúne
Trocar presentes
Rituais preservados Fazer juntos as refeições
Fazer juntos as refeições

33
Querer estar junto Assistir TV
Manias Viajar Arrumar coisas
Desorganização Querer estar junto

Quadro 6
RELAÇÃO COM A
Perfil 4.4 Perfil 5.2
FAMILIA DE ORIGEM
Pessoas que interferem
Não existem Não existem
na vida da família

Perfil 4.4: Mulher e homem recasados, com filhos anteriores, só os da

mulher morando com o casal

A família reconstituída cuja estrutura é definida por ambos os parceiros

recasados, com filhos anteriores, sendo que somente os da mulher moram com o novo

casal, possui características próprias como podem ser observadas nos quadros acima.

Estruturalmente, essa família pode ser caracterizada por parceiros que

encontram-se em plena vida adulta, sendo que o homem tem mais idade do que a

mulher. O homem encontra-se na faixa etária entre 46 e 65 anos, e a mulher entre 36 e

55 anos. Ambos possuem escolaridade superior completa. O fato da mulher também

ter esse nível de escolaridade, vai de encontro com a bibliografia que aborda o novo

papel da mulher de ter um melhor nível de instrução para assim disputar o mercado de

34
trabalho junto ao homem. Para se fazer uma análise sobre a escolaridade como fator

que exerce influência nessa nova união, demandaria uma investigação sobre a

escolaridade dos ex-parceiros, que por ora não foi realizada.

No que diz respeito aos filhos, chama a atenção o alto número de filhos, de 3 a 8,

aspecto esse que deve-se ao fato de ambos os parceiros trazerem filhos de uniões

anteriores na composição da atual família. Observa-se que os filhos são jovens adultos

que tem como idade, o primeiro entre 21 e 35, e o último entre 16 a 20.

Ainda em relação aos dados que permitem dar configuração a esse grupo

familiar, observam-se características quanto a renda e orçamento familiar; essas famílias

possuem renda superior a 60 salários mínimos, sendo que o orçamento familiar é

mantido pelo marido e complementado pela esposa. Assim sendo, apesar da mulher ter

o mesmo nível de instrução do homem, este é ainda quem, primordialmente, mantém o

orçamento familiar.

O casal não adquiriu patrimônio nesta união, possivelmente por já terem

adquirido bens no casamento anterior que perdurou por volta de dez anos. Este dado

configura uma etapa distinta da “fase de aquisição” (Cerveny e Berthoud, 1997), uma

vez que as primeiras aquisições, (primeira casa, primeiro filho), já foram vivenciadas na

primeira união. Agora esta etapa poderá ser caracterizada por uma escolha de um novo

modelo de família, contudo por vezes influenciado pelas vivências anteriores. O

recasamento ainda envolverá, nos primeiros anos, uma série de reorganizações.

O proprietário do local de moradia é a mulher, o que possibilita a hipótese de

que foi o homem que mudou da casa da ex-mulher para a atual.

35
Os dados revelam que o presente casamento ainda está nos primeiros anos de

convivência, variando de 0 a 5, sendo estes, na sua maioria, não formalizados

legalmente. Levando-se me conta que os casamentos anteriores, em sua maioria, foram

legalizados, e a não formalização do atual, podemos entender que isto deve-se ao

pouco tempo da união, em que o casal primeiramente procura melhor conhecimento

para então pensar na formalização da união, ou seja, agora preferem investir primeiro

na relação para que posteriormente a legalização seja uma consequência disso. Assim,

pode-se dizer que os parceiros têm a expectativa de evitar as consequências legais de

uma nova separação.

Por fim quanto aos dados estruturais, constata-se como religião adotada pela

família o catolicismo, que como religião não aprova um segundo casamento a não ser

quando um dos parceiros faleceu.

A dinâmica familiar pode ser aqui caracterizada pelos seguintes dados: aspectos

do casamento anterior; funções dos membros da família; características das relações;

expectativas familiares; rituais vividos pela família; e a relação com a família de origem.

Ambos os parceiros tiveram uma união anterior, formalizada como casamento

civil e religioso, que perdurou por volta de dez anos, homem de 11 a 20 anos, e mulher

até 15 anos. O término se deu de forma legal através da separação consensual e

posterior divórcio. Atualmente há contato com o ex-parceiro para tratar restritamente

de questões referentes aos filhos, ou em eventos sociais dos quais os filhos participam.

Em relação às funções estabelecidas pela família, o homem é tido

primordialmente como o provedor, e como aquele que cuida da educação dos filhos. Já

36
a mulher fica responsável pelos cuidados emocionais, pela educação do filhos e pela

mediação entre os relacionamentos familiares. Os filhos, tanto os que moram como os

que não moram com o casal, têm a função de estudar e/ou trabalhar. O estabelecimento

dessas funções e papéis na família reconstituída, refletem a presença marcante de

valores tradicionais da família desta sociedade. Apesar do nível superior de

escolaridade da mulher, assim como da sua presença no mercado de trabalho, isso

possivelmente não é suficiente para garantir o seu reconhecimento como provedora, é o

homem que ainda detém essa função. Isto vai de encontro com a bibliografia

consultada, em que a mulher possivelmente, terá que arcar com a “dupla jornada” uma

vez que a sociedade ainda a define primordialmente como a mãe do lar.

Quanto às funções estabelecidas aos filhos de estudar e/ou trabalhar, apontam a

preocupação dos pais em garantir melhores condições econômicas e de estabilidade

social à segunda geração. Este aspecto é apontado por Bilac (1995), como

característica das classes médias, e ainda pôde ser observado neste estudo ao

examinarmos os dados sobre as metas das famílias e os valores passados de uma

geração para a outra, que serão descritos adiante.

Os cuidados despendidos aos filhos do atual casamento fica a cargo do casal,

contudo os filhos enteados são responsabilidade, primordialmente, da mãe. Neste caso

nota-se que as responsabilidades em relação aos filhos são função do progenitor, o

padrasto fica excluído desta tarefa.

As relações familiares são caracterizadas, em sua maioria, por aspectos positivos.

O relacionamento entre pais e filhos é caracterizado em primeiro lugar por afeto,

37
seguido por respeito e falta de diálogo. Aqui observa-se a falta de diálogo que pode

estar acontecendo pelo fato do pai não morar com os filhos da união anterior. No

relacionamento entre mãe e filhos aparecem as características de afeto e diálogo. E nos

relacionamentos enteado(a) madrasta/padrasto não fica evidente características afetivas

uma vez que o respeito aparece como característica predominante. Entendemos, que

não necessariamente o respeito signifique envolvimento afetivo.

Contudo, não podemos deixar de levar em consideração que no presente perfil

não se encaixam famílias em que as enteadas moram com as suas madrastas, e esse é o

relacionamento que segundo os autores consultados em sua maioria, traz maiores

conflitos devido aos papéis muito definidos à mulher como mãe educadora e

conciliadora, em contra partida com a postura das enteadas que procuram preservar

estes papéis à mãe biológica e não à madrasta.

Entre os filhos evidencia-se em primeiro lugar o respeito e em seguida o afeto e o

diálogo. E por fim, o casal caracteriza a sua relação por diálogo, afeto e respeito,

características que refletem a busca de harmonia do casal.

As expectativas familiares podem ser observadas através dos motivos do término

da união; as diferenças entre as uniões; os assuntos evitados na família; os valores

passados de uma geração para a outra, as metas familiares, o ideal de família, e as

melhores e piores características.

Entre os motivos constatados no homem, encontra-se primordialmente o

desgaste da relação, o que possibilita a hipótese de que o homem busque uma relação

que continue sempre tendo o mesma qualidade e romance inicial. Já na mulher constata-

38
se o motivo divergências de interesses, o que sugere a expectativa de que o atual

parceiro tenha interesses semelhantes entre ambos.

As diferenças entre as uniões também refletirá as expectativas; no homem

evidencia-se os aspectos de maturidade e o cuidado em não repetir atitudes e/ou

comportamentos negativos da união anterior, nas mulheres observa-se as expectativas

de maior amizade e companheirismo, e o fato do atual parceiro ter características

opostas do ex-parceiro. Tanto nos homens como nas mulheres as expectativas,

deduzidas através do dados referentes ao motivo da separação e as diferenças das

uniões, apresentam pontos em comum de primordial relevância na caracterização da

dinâmica familiar. Ambos os parceiros têm como ponto de referência as uniões

anteriores, suas expectativas dizem respeito ao que não tiveram na união anterior, ou ao

que não querem que seja igual nesta. Aqui cabe apontar a atenção de Carter (1995),

toma em relação às expectativas no recasamento em que as pessoas podem estar

buscando a satisfação das anteriores à primeira união, podendo assim acarretar

consequências negativas como exclusão dos pais biológicos, rivalidades entre o

progenitor e o enteado, oposição entre madrasta - enteada, entre outras.

Em relação ao assunto que se espera que seja evitado pela família, é apontado

primordialmente o antigo parceiro, dado este que vai de encontro com o fato dos

contatos com os ex-parceiros serem estritamente estabelecidos em situações que

envolvem os filhos. Na nova união os parceiros parecem evitar assuntos ou contatos

que os remetam à união anterior, contudo, como já citado anteriormente, o casal em

suas expectativas toma o casamento anterior como referencial, isso pode estar

39
apontando o fato do atual casal estar preocupado em corrigir os erros da união anterior

na atual, e assim o ex-casamento está mais presente do que nunca influenciando atitudes

que muitas vezes não são reais.

A presente família ainda é caracterizada por ter expectativas relacionadas com a

idealização do amor, harmonia e diálogo entre os seus membros, e ter como meta o

investimento na educação dos filhos, e viajar mais se dedicando mais ao lazer. O ideal

de diálogo entre os membros é tido como a melhor característica da família, portanto

entendemos que é uma expectativa que a família gostaria de preservar. O ideal de

casamento para a família é a realização afetiva. Contudo, as dificuldades que

caracterizam essa família dizem respeito à administração quanto a convivência entre:

filhos, enteados, ex-parceiros e o atual casal., e ainda aos relacionamentos familiares em

geral; portanto, parecem distanciar-se das expectativas e ideais expressos pela mesma.

Cabe elucidar que tais dificuldades não foram expressas na caracterização das relações

familiares, porém podemos identificar possíveis conflitos entre as relações na medida

em que a família atribui como pior característica da mesma, as diferenças individuais

entre os membros. Esses aspectos permitem a hipótese de que a família prefere não

tomar como dificuldade específicamente problemas entre as relações.

Em relação aos rituais que permeiam a estrutura e dinâmica da família dessa

configuração, destacam-se dados que transmitem, mais uma vez, o ideal de harmonia

familiar. A família preserva o ritual de fazer juntos as refeições, e ainda destaca como

mania quererem estar juntos.

40
A data que a família considera mais importante estar reunida são os aniversários.

Ao levarmos em conta as dificuldades dos relacionamentos entre os sistemas envolvidos

(dos ex-parceiros), tal data pode estar sendo tomada como mais importante uma vez

que as demais dependem da possibilidade dos filhos das uniões anteriores estarem com

a atual família ou com os pais do antigo casamento. Compreendemos que o

recasamento exigirá uma reorganização e a administração dos rituais vividos pela família

pois a presente configuração engloba um número maior de sistemas interagindo e com

valores e tradições possivelmente diferentes.

Por fim, apesar de uma das dificuldades citadas referir-se aos relacionamentos

familiares em geral, a família considera que não existem pessoas ou familiares que

interfiram na sua vida. Esses dados parecem contraditórios pois na medida que no

recasamento ocorrem interações entre um maior número de sistemas, até que ponto

esses não exercem influência sobre a nova família uma vez que existem vínculos

consanguíneos eternos.

Perfil 5.2: Homem recasado com filhos anteriores que não moram com o

casal

A estrutura familiar deste perfil refere-se à união em que somente o homem é

recasado, tendo filhos da união anterior que não moram com o novo casal.

41
A idade dos parceiros está na faixa entre 36 e 65 anos, de 36 a 45 anos homem

e de 36 a 65 mulher. Observa-se ligeiramente uma maior idade da mulher. Tanto o

homem como a mulher, em sua maioria, possuem escolaridade superior completa,

contudo parte das mulheres possuem colegial completo/superior incompleto.

O número de filhos varia de 2 a 5. Cabe salientar que este número está a mercê

do fato da mulher não ter sido recasada, e do fato do atual casal ter filhos desta união

ou não.

Existe um acentuado espaço entre a idade do primeiro filho, acima de 21 anos, e

da idade do último, até 21 anos, que pode estar relacionada com o fato do primeiro

filho ser da primeira união do homem, e o último ser da atual união. Torna-se necessário

considerar o tempo das uniões e o tempo em que o homem, após a separação, ficou

solteiro.

A renda familiar é de acima de 60 salários mínimos, e o orçamento familiar é

mantido pelo marido. Mais uma vez, constata-se que apesar do nível de escolaridade

da mulher é o homem quem mantém o orçamento familiar.

O casal , ao contrário do perfil anterior, adquiriu patrimônio nesta união, e o local

de moradia ou é da mulher ou de ambos; no caso de ser de ambos, o local de moradia

pode ter sido um dos patrimônios que o casal adquiriu. O fato do casal desta

configuração familiar ter adquirido bens na atual união possivelmente ocorreu devido ao

fato da mulher não ter sido casada anteriormente, e nesta união passou pelas aquisições

descritas por Cerveny e Berthoud(1997).

42
O tempo da atual união varia de 6 a 20 anos, e os casamentos , em sua maioria,

são legalmente formalizados. Neste perfil já é possível constatar a formalização legal e

religiosa do casal, aspecto que pode ser explicado pelo maior tempo da união, e

mesmo pelo fato da mulher não ter sido casada anteriormente.

A religião adotada pela família é a católica, o que chama à atenção por existir

uma segunda formalização religiosa a qual não é aceita pela igreja católica.

O casamento anterior do homem foi formalizado, casamento civil e religioso, teve

a duração de 6 a 15 anos, e teve o seu término formalizado legalmente por separação

consensual e divórcio.

O homem continua tendo a função de provedor e a mulher, por sua vez, recebe a

função de cuidar da casa. Os filhos têm a função de trabalhar e/ou estudar, aspecto

esse que vai de encontro com algumas expectativas da família de transmitir o estudo

como um valor, e ainda de ter como meta o investimento na educação dos filhos. Mais

uma vez nota-se a preocupação dos pais de classe em investir hoje nos estudos dos

filhos para garanti-los no futuro uma boa condição econômica.

As relações familiares são caracterizadas primordialmente por afeto. Contudo, o

diálogo ainda aparece como característica somente dos relacionamentos entre mães e

filhos e entre os próprios filhos, os demais são caracterizados também por respeito.

Cabe elucidar o fato da família atribuir como sua pior característica a falta de diálogo

entre os membros e a falta do pai morando com os filhos, essas características não

aparecem diretamente na caracterização do relacionamento contudo entendemos que

refletem a expectativa que a família tem em mudar tal característica. Levantamos a

43
hipótese de que possivelmente a família não esteja falando abertamente sobre

dificuldades entre os relacionamentos, decorrentes do fato dos filhos da união anterior

não morarem com o pai.

O casal é responsável pelos cuidados para com os filhos do atual casamento.

A expectativa do homem à esta união pode ser expressada pelo motivo do

término da anterior, que neste caso foi o desgaste da relação e a incompatibilidade de

temperamentos. Assim entendemos que neste casamento o homem espere que seu

relacionamento não sofra desgastes, mantendo-se como inicialmente, e ainda que sua

esposa tenha características de temperamento semelhantes às suas, para que assim não

haja atritos. Ainda constata-se a expectativa da maturidade do casal, que reflete a

preocupação de se corrigir aspectos tidos como imaturos da união anterior.

O assunto evitado pela família desta configuração continua sendo o antigo

parceiro, só que este dado é acentuado na medida que os contatos com os ex-

parceiros restringem-se mais ainda; agora só são estabelecidos em eventos sociais dos

quais os filhos participam. Talvez esse aspecto deva-se ao fato dos filhos da união

anterior já terem mais idade não necessitando de maiores cuidados por parte dos pais

que exigiam mais frequentes contatos, de toda forma o homem desta família procura

evitar ligações que o remeta ao seu casamento passado.

Entre as dificuldades apontadas destacam-se a incompatibilidade econômica, os

relacionamentos familiares em geral, e o não atendimento das exigências familiares por

parte dos membros. A instabilidade econômica pode estar contribuindo para a

preocupação dos pais com o futuro dos filhos.

44
Quanto a não atendimento das exigências familiares caberia uma pesquisa mais

aprofundada para se verificar quais seriam essas exigências e por parte de qual membro

especificamente, por ora entendemos que as expectativas familiares e ideais como

realização afetiva do casamento, e harmonia e amor entre os membros, carinho, e

preocupação com o bem estar de todos, podem não estar sendo atendidas por

completo.

Nesta configuração, também aparece a contradição em relação ao

relacionamento com a família de origem; apesar dos dados confirmarem o fato de não

existir interferências por parte de pessoas ou familiares à presente família, é relatada a

dificuldade entre os relacionamentos familiares em geral. Assim, surge mais um vez, a

questão sobre até que ponto não existe nenhuma interferência das famílias de origem no

novo sistema.

45
VII. CONCLUSÃO

Primeiramente, a presente análise qualitativa, dos dois perfis estruturalmente

diferentes de famílias reconstituídas, permitiu a verificação de que a estrutura de um

sistema familiar, principalmente ao envolver a interação de outros, estará dando forma à

dinâmica que o permeia. Assim, o complexo jogo de relacionamentos, o

desenvolvimento familiar, e os conflitos que podem ocorrer neste, têm características

específicas da configuração familiar.

Portanto, entendemos que este é um dado de extrema importância para o

aprofundamento de estudos desta composição familiar, como também para trabalhos

de intervenção e profiláticos.

Entre as constatações de corrente das análises dos perfis destacaram-se como

ponto comum das duas configurações familiares as suas expectativas. Entendemos que

as famílias reconstituídas experimentam expectativas carregadas de exigências quanto

ao êxito do recasamento, nos parece que esses grupos familiares não se permitem

espaços para erros ou problemas que dizem respeito especificamente ao novo sistema.

Essas apreciações fazem jus às colocações dos teóricos que apontam as

consequências de uma sociedade que vive em tempos modernos mas com valores e

tradições presos ao passado. No caso das famílias aqui estudadas, apesar de estarem

ao longo do tempo aumentando em número e se difundindo na sociedade, acabam

tendo expectativas rígidas que evitam a qualquer custo um novo fracasso.

46
Compreendemos que essas características podem trazer consequências por vezes

desastrosas na medida que o novo sistema sempre terá como referencial o antigo.

No mais, torna-se evidente a complexidade de um ciclo vital como este por levar

consigo inúmeras interações entre sistemas e principalmente, parceiros que podem estar

em diferentes fazes do desenvolvimento, e diferentes etapas do ciclo de vida familiar.

A complexidade pode se intensificar na medida que os dois parceiros já

passaram por um ciclo de vida familiar no primeiro casamento que envolveu a aquisição

de filhos. Assim sendo, o fato de existirem filhos ou não de uniões anteriores, e o

espaço destes no novo sistema, acarretará em situações diferentes que determinaram o

grau de complexidade da família reconstituída.

47
ANEXO 1

“ Essa é uma pesquisa sobre a Família Reconstituída Paulistana,


financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
e desenvolvida junto à Universidade Presbiteriana Mackenzie. Uma
família reconstituída deve ser entendida como aquela em que pelo menos
um dos cônjuges da nova união já tenha sido casado anteriormente.
Pedimos a sua colaboração, respondendo honestamente ás perguntas
feitas pelo aplicador, ressaltando que o sigilo de sua identidade é
absoluto, em hipótese alguma seu formulário terá qualquer tipo de
informação que possa identificá-lo ou a sua família!
Por favor, acompanhe com atenção a leitura das perguntas e escolha no
máximo 3 alternativas nas perguntas que contém múltipla escolha.
Muito obrigado pela sua participação!”

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

I. Componentes da família:
Homem Mulher
Idade: Idade:
Escolaridade: Escolaridade:
Profissão: Profissão:
Ocupação: Ocupação:

Filhos:
Sexo: Sexo:
Idade: Idade:
Escolaridade: Escolaridade:
Profissão: Profissão:
Paternidade: Paternidade:

Sexo: Sexo:
Idade: Idade:
Escolaridade: Escolaridade:
Profissão: Profissão:
Paternidade: Paternidade:

Sexo: Sexo:
Idade: Idade:
Escolaridade: Escolaridade:
Profissão: Profissão:
Paternidade: Paternidade:

48
II. Qual dos parceiros já foi casado anteriormente?
( ) homem n.º de casamentos anteriores: ( )
Tipo da última união:
( ) casamento civil e religioso
( ) casamento religioso
( ) casamento civil
( ) união não formalizada
Tempo que o casal coabitou: ( )anos ( ) meses
( ) mulher n.º de casamentos anteriores: ( )
Tipo da última união:
( ) casamento civil e religioso
( ) casamento religioso
( ) casamento civil
( ) união não formalizada
Tempo que o casal coabitou: ( )anos ( ) meses

III. Quem da família reside com o casal? (filhos – identificar a paternidade e a


ordem de nascimento) Há quanto tempo?
________________ ( )anos ( )meses
________________ ( )anos ( )meses
________________ ( )anos ( )meses
________________ ( )anos ( )meses
________________ ( )anos ( )meses
________________ ( )anos ( )meses

IV. Qual o tipo da atual união?


( ) casamento civil e religioso
( ) casamento religioso
( ) casamento civil
( ) união não formalizada
Há quanto tempo o casal coabita? ( )anos ( )meses

V. Raça:
( ) negra ( ) branca ( ) asiática ( ) outra:____________
ascendência da mulher:____________
ascendência do homem:____________

1.1- Qual foi o possível motivo do término da união anterior? (para a mulher
responder caso seja recasada)
( ) incompatibilidade de temperamentos
( ) desgaste da relação
( ) divergências de interesses
( ) adoecimento do parceiro

49
( ) imaturidade do casal
( ) diferenças de valores
( ) infidelidade
( ) desinteresse sexual
( ) desinteresse afetivo
( ) outros:____________________

1.2- Qual foi o possível motivo do término da união anterior? (para a homem
responder caso seja recasado)
( ) incompatibilidade de temperamentos
( ) desgaste da relação
( ) divergências de interesses
( ) adoecimento do parceiro
( ) imaturidade do casal
( ) diferenças de valores
( ) infidelidade
( ) desinteresse sexual
( ) desinteresse afetivo
( ) outros:____________________

2.1- O término foi judicialmente oficializado? (mulher)


( ) sim ( ) não

2.2- (em caso afirmativo) Qual a forma?


( ) separação consensual
( ) separação litigiosa

2.3- Houve o divórcio?


( ) sim ( ) não

2.4- O término foi judicialmente oficializado? (homem)


( ) sim ( ) não

2.5- (em caso afirmativo) Qual a forma?


( ) separação consensual
( ) separação litigiosa

2.6- Houve o divórcio?


( ) sim ( ) não

3.1- Há contato com o(s) ex-parceiro(s)? (mulher)


( ) sim ( ) não

50
3.2- (em caso afirmativo) Como e quando?
( ) há contatos restritamente para tratar sobre os filhos da união anterior
( ) há contatos em eventos ou festas das quais os filhos participam
( ) há contatos em eventos ou reuniões dos quais a família do antigo parceiro
compartilha
( ) há contatos que decorrem da amizade com o antigo parceiro
( ) outros:____________________

3.3- Há contato com o(s) ex-parceiro(s)? (homem)


( ) sim ( ) não

3.4- (em caso afirmativo) Como e quando?


( ) há contatos restritamente para tratar sobre os filhos da união anterior
( ) há contatos em eventos ou festas das quais os filhos participam
( ) há contatos em eventos ou reuniões dos quais a família do antigo parceiro
compartilha
( ) há contatos que decorrem da amizade com o antigo parceiro
( ) outros:____________________

4- Qual é a renda familiar?


( ) 10 a 20 salários
( ) 21 a 40 salários
( ) 41 a 60 salários
( ) acima de 61 salários

5.1- Bens materiais que a família possui: (especificar quantidade dos itens dos
quais possui)
( ) casa para moradia
( ) ponto comercial
( ) carro
( ) linha telefônica
( ) imóvel para aluguel
( ) terrenos
( ) casa para veraneio

5.2- Tipo de moradia:


( ) casa ( ) própria
( ) apartamento ( ) alugada

5.3- (em caso de imóvel próprio) De quem é o local de moradia?


( ) homem ( ) mulher ( ) de ambos

51
6- Empregados:
( ) não tem
( ) motorista
( ) empregada diarista
( ) empregada mensalista
( ) outros:____________________

7- Religião adotada pela família:*


( ) católica ( ) espírita
( ) protestante ( ) evangélica
( ) judaica ( ) umbanda
( ) sem religião ( ) outra:____________________
*em caso dos parceiros adotarem religiões diferentes, indicá-las abaixo:
homem:____________________
mulher:____________________
filhos: (indicar paternidade) ____________________

8- Quem mantém o orçamento familiar?


( ) mantido só pelo homem
( ) mantido só pela mulher
( ) mantido pelo homem e complementado pela mulher
( ) mantido pela mulher e complementado pelo homem
( ) mantido por _______________ e complementado por _______________

9.1- O casal adquiriu algum tipo de patrimônio em conjunto?


( ) sim ( ) não

9.2- (em caso afirmativo) Qual? (especificar quantidade dos itens dos quais
adquiriu)
( ) casa para moradia
( ) ponto comercial
( ) carro
( ) linha telefônica
( ) imóvel para aluguel
( ) terrenos
( ) casa para veraneio

52
10- De quem é a responsabilidade de cuidar dos filhos que vivem com o casal,
primordialmente?
Filhos do atual casal: Filhos enteados:
( ) do pai ( ) do pai
( ) da mãe ( ) da mãe
( ) do casal ( ) do padrasto
( ) da madrasta
( ) do casal

11- Quais as melhores características da família?


( ) diálogo entre os membros
( ) carinho entre os membros
( ) estabilidade financeira
( ) respeito entre os membros
( ) bom relacionamento entre todos
( ) afetividade
( ) honestidade, sinceridade
( ) preocupação com o bem estar de todos, dedicação
( ) maturidade
( ) compreensão
( ) objetivos em comum
( ) características do parceiro(a) opostas a do(a) parceiro(a) anterior
( ) características do atual relacionamento opostas a do relacionamento anterior
( ) outras:____________________

12- E as piores?
( ) não há
( ) falta de diálogo entre os membros
( ) agressividade nas relações interpessoais
( ) falta de carinho entre os membros
( ) falta de dinheiro
( ) relacionamento ruim entre os membros
( ) diferenças individuais
( ) a falta do pai ou mãe morando com os filhos
( ) falta de liberdade entre os membros
( ) críticas que a nova família recebe
( ) ruptura das antigas amizades
( ) falta de tempo dos membros para se dedicar à família
( ) falta de condições para o casal se conhecer suficientemente
( ) outras:____________________

53
13- Quais as manias da família?
( ) a família não tem manias
( ) guardar coisas
( ) assistir televisão
( ) arrumar coisas
( ) desorganização
( ) viajar
( ) querer estar juntos
( ) outras:____________________

14.1- Quais as principais funções da mulher na família?


( ) cuidar da organização da casa
( ) cuidar da educação e formação dos seus filhos
( ) cuidar da educação e formação dos enteados
( ) ser responsável pelo sustento econômico da família
( ) dar suporte emocional à família
( ) compartilhar com o homem a direção da família
( ) ditar e fazer cumprir as regras familiares
( ) cumprir e fazer cumprir as regras familiares
( ) dirigir a família
( ) promover o contato social com os amigos, parentes e comunidade
( ) ser o mediador dos relacionamentos familiares
( ) outras:____________________

14.2- Quais as principais funções do homem na família?


( ) cuidar da organização da casa
( ) cuidar da educação e formação dos seus filhos
( ) cuidar da educação e formação dos enteados
( ) ser responsável pelo sustento econômico da família
( ) dar suporte emocional à família
( ) compartilhar com a mulher a direção da família
( ) ditar e fazer cumprir as regras familiares
( ) cumprir e fazer cumprir as regras familiares
( ) dirigir a família
( ) promover o contato social com os amigos, parentes e comunidade
( ) ser o mediador dos relacionamentos familiares
( ) outras:____________________

15.1- Quais as principais funções dos filhos que moram com o casal na família?
( ) ajudar na organização da casa
( ) cumprir as regras familiares

54
( ) dar carinho ao casal
( ) trabalhar e/ou estudar
( ) unir o casal
( ) compartilhar com o casal a direção da família
( ) continuar o nome da família
( ) mediar os diversos relacionamentos familiares
( ) outras:____________________

15.2- Quais as principais funções dos filhos que não moram com o casal na
família?
( ) ajudar na organização da casa
( ) cumprir as regras familiares
( ) dar carinho ao casal
( ) trabalhar e/ou estudar
( ) unir o casal
( ) compartilhar com o casal a direção da família
( ) continuar o nome da família
( ) mediar os diversos relacionamentos familiares
( ) outras:____________________

16- Uma família ideal deveria ter quais características?


( ) estabilidade financeira
( ) harmonia entre os seus membros
( ) diálogo entre os seus membros
( ) contato esporádico com parentes
( ) convívio freqüente com parentes
( ) democracia nas decisões
( ) convívio apenas entre os membros da casa
( ) amor entre os seus membros
( ) outras:____________________

17- Na sua opinião, o casamento (formal ou informal) é:


( ) uma forma de se realizar afetivamente
( ) uma forma de perpetuação do indivíduo, através dos filhos
( ) uma forma de evitar a solidão
( ) uma exigência social
( ) ____________________

18- Quais são as dificuldades da família?


( ) instabilidade econômica / dificuldade financeira
( ) o não atendimento de todas as exigências familiares por parte dos membros

55
( ) problemas de saúde na família
( ) administração quanto convivência entre: filhos, enteados, ex-parceiros e o
atual casal
( ) dificuldades nos relacionamentos familiares em geral
( ) dificuldades no relacionamento entre enteados(as) e padrasto/madrasta
( ) administrar a união dos bens e serviços previamente constituídos à atual
união
( ) não poder reunir toda a família
( ) dificuldades no relacionamento com pessoas e/ou familiares externos à essa
família
( ) outras:____________________

19- Quais são as metas prioritárias da família?


( ) garantir o sustento e adquirir bens para o futuro
( ) o casal adquirir um imóvel próprio
( ) investir na formação, educação e estudo dos filhos
( ) atender parentes próximos, que precisam de auxílio e/ou cuidados
( ) preparar o caminho para as gerações futuras
( ) garantir a união dos membros da família (estar mais próximos)
( ) viajar mais, se dedicar mais ao lazer
( ) outras:____________________

20- Quais são algumas características no relacionamento entre:


a) filhos e pai?
( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

b) filhos e mãe?
( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

c) enteados e padrasto?

56
( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

d) enteados e madrastas?
( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

e) filhos (em geral)?


( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

f) casal?
( ) diálogo constante ( ) afeto
( ) respeito ( ) relacionamento frio, distante
( ) falta de diálogo ( ) agressividade
( ) incompreensão ( ) tolerância
( ) compreensão ( ) desrespeito
( ) colaboração ( ) autonomia

21.1- Existem pessoas que interferem na vida da família?


( ) sim ( ) não

21.2- (em caso afirmativo) De que maneira?


( ) mãe/sogra, no cotidiano da família
( ) o(a) ex-parceiro(a) na educação do(s) filho(s)
( ) pessoas e familiares que criticam o recasamento
( ) outros:____________________

22.1- Quais são os pontos que diferem essa união do casamento anterior?
(mulher)

57
( ) maior maturidade do atual casal
( ) cuidado e atenção em não repetir atitudes e/ou comportamentos negativos da
união anterior
( ) maior amizade, companheirismo
( ) a presença de filhos
( ) características, valores e objetivos mais semelhantes (afinidades)
( ) maior independência do parceiro
( ) a ausência de divergências constantes
( ) maior compatibilidade no relacionamento sexual
( ) confiança
( ) respeito
( ) o fato do atual parceiro ter características opostas do ex-parceiro
( ) maior reconhecimento dos parceiros em relação à atitudes/comportamentos
do outro
( ) maior tolerância

22.2- Quais são os pontos que diferem essa união do casamento anterior?
(homem)
( ) maior maturidade do atual casal
( ) cuidado e atenção em não repetir atitudes e/ou comportamentos negativos da
união anterior
( ) maior amizade, companheirismo
( ) a presença de filhos
( ) características, valores e objetivos mais semelhantes (afinidades)
( ) maior independência da parceira
( ) a ausência de divergências constantes
( ) maior compatibilidade no relacionamento sexual
( ) confiança
( ) respeito
( ) o fato da atual parceira ter características opostas da ex-parceira
( ) maior reconhecimento dos parceiros em relação à atitudes/comportamentos
do outro
( ) maior tolerância

23- Quando e onde a família considera importante estar reunida? Quais dos
membros estão presentes nessas ocasiões?
Membros presentes:
( ) Aniversários:_________________________________
( ) Natal (noite):_________________________________
( ) Natal (almoço):_______________________________
( ) Páscoa:______________________________________
( ) Fim de Ano:__________________________________
( ) Dia das mães:_________________________________

58
( ) Dia dos pais:__________________________________

24- Quais são os rituais preservados pela família?


( ) trocar presentes em datas comemorativas
( ) fazer juntos as refeições
( ) reunir a família extensa aos domingos
( ) reunir a família extensa em funerais e/ou casamentos
( ) praticar juntos os ritos religiosos
( ) outros:____________________

25- Quais são os assuntos que se evita falar normalmente em sua família?
( ) sexo ( ) velhice
( ) drogas ( ) doença
( ) morte ( ) casamento
( ) a separação dos pais ( ) sobre o antigo parceiro
( ) outros:____________________

26- Quais valores vocês consideram que são passados de uma geração para a
outra em sua família?
( ) tradição do casamento
( ) tradições religiosas
( ) importância dos estudos
( ) preservação do patrimônio familiar
( ) virgindade antes do casamento
( ) seguir a profissão dos pais
( ) a experiência da separação
( ) outros:____________________

Obrigado pela colaboração

59
ANEXO 2

PERFIL 4.4: mulher e homem recasados, com filhos anteriores, só os da

mulher morando com o casal

TABELA 1
Idade do Homem Freq. %
De 15 a 25 anos 0 0
De 26 a 35 anos 0 0
De 36 a 45 anos 0 0
De 46 a 55 anos 4 57
De 56 a 65 anos 3 43
Acima de 65 anos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 2
Idade da Mulher Freq. %
De 15 a 25 anos 0 0
De 26 a 35 anos 0 0
De 36 a 45 anos 3 43
De 46 a 55 anos 3 43
De 56 a 65 anos 1 14
Acima de 65 anos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 3
Escolaridade do Homem Freq. %
Não Estudou/1º Inc. 0 0
1º Completo/Ginasio Inc. 0 0
Ginasio Completo/Colegial Inc. 0 0
Colegial Completo/Sup. Inc. 2 29
Superior Completo 5 71
TOTAL 7 100

TABELA 4
Escolaridade do Mulher Freq. %
Não Estudou/1º Inc. 0 0
1º Completo/Ginasio Inc. 0 0
Ginasio Completo/Colegial Inc. 0 0
Colegial Completo/Sup. Inc. 3 29
Superior Completo 4 71
TOTAL 7 100

60
TABELA 5
Quantos Filhos e/ou Enteados Freq. %
Não tem 0 0
1 Filho 0 0
2 Filhos 0 0
3 a 5 Filhos 4 57
6 a 8 Filhos 3 43
Acima de 8 Filhos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 6
Idade do 1º Filho Freq. %
De 0 a 5 anos 0 0
De 6 a 10 anos 0 0
De 11 a 15 anos 0 0
De 16 a 20 anos 0 0
De 21 a 25 anos 3 43
De 26 a 35 anos 3 43
Acima de 35 anos 1 14
Não tem Filhos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 7
Idade do Último Filho Freq. %
De 0 a 5 anos 0 0
De 6 a 10 anos 0 0
De 11 a 15 anos 1 14
De 16 a 20 anos 5 71
De 21 a 25 anos 1 14
De 26 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
Não tem Filhos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 8
Nº de Uniões Anteriores - Homem Freq. %
1 União 6 86
2 União 1 14
3 União 0 0
Não Foi Casado Anteriormente 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 9
Nº de Uniões Anteriores - Mulher Freq. %
1 União 5 71
2 União 2 29
3 União 0 0
Não Foi Casada Anteriormente 0 0
TOTAL 7 100

61
TABELA 10
Tipo da União Anterior - Homem Freq. %
Casamento Civil e Religioso 5 71
Casamento Civil 2 29
Casamento Religioso 0 0
Não Foi Casado Anteriormente 0 0
União não Formalizada 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 11
Tipo da União Anterior - Mulher Freq. %
Casamento Civil e Religioso 5 71
Casamento Civil 2 29
Casamento Religioso 0 0
Não Foi Casada Anteriormente 0 0
União não Formalizada 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 12
Tempo da União Anterior - Homem Freq. %
De 0 a 5 anos 0 0
De 6 a 10 anos 0 0
De 11 a 15 anos 2 29
De 16 a 20 anos 3 43
De 21 a 25 anos 1 14
De 26 a 30 anos 1 14
De 31 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
Não foi Casado Anteriormente 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 13
Tempo da União Anterior - Mulher Freq. %
De 0 a 5 anos 2 29
De 6 a 10 anos 1 14
De 11 a 15 anos 3 43
De 16 a 20 anos 1 14
De 21 a 25 anos 0 0
De 26 a 30 anos 0 0
De 31 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
Não foi Casado Anteriormente 0 0
TOTAL 7 100

62
TABELA 14
Oficialização do Término - Homem Freq. %
Separação Consensual e Divórcio 5 71
Separação Consensual sem Divórcio 1 14
Separação Litigiosa sem Divórcio 1 14
Não foi Casado Anteriormente 0 0
União Anterior não Formalizada 0 0
Separação Litigiosa e Divórcio 0 0
Términio Juducialmente não Oficializado 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 15
Oficialização do Término - Mulher Freq. %
Separação Concensual e Divórcio 5 71
Separação Litigiosa e Divórcio 2 29
Não foi Casada Anteriormente 0 0
Separação Concensual 0 0
Separação Litigiosa 0 0
Términio Juducialmente não Oficializado 0 0
União Anterior não Formalizada 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 16
Tipo da Atual União Freq. %
União não Formalizada 4 57
Casamento Civil 2 29
Casamento Civil e Religioso 1 14
Casamento Religioso 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 17
Tempo que o Atual Casal Coabita Freq. %
De 0 a 5 anos 4 57
De 6 a 10 anos 1 14
De 11 a 15 anos 1 14
De 16 a 20 anos 0 0
De 21 a 25 anos 1 14
De 26 a 30 anos 0 0
De 31 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 18
Renda Familiar Freq. %
10 a 20 salários 1 14
21 a 40 salários 2 29
41 a 60 salários 0 0
Acima de 60 salários 4 57

63
TOTAL 7 100

TABELA 19
Orçamento Familiar Freq. %
Mantido pelo Marido e Compl. P/a Esposa 4 57
Mantido pela Esposa e Compl. P/o Marido 2 29
Mantido pelo Marido 1 14
Mantido por Ambos 0 0
Mantido pela Esposa 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 20
Tipo de Moradia Freq. %
Próprio 6 86
Aluguel 1 14
TOTAL 7 100
Proprietário do Local de Moradia Freq. %
Mulher 4 57
Ambos 1 14
O imóvel não é próprio 1 14
Homem 1 14
TOTAL 7 100

TABELA 21
Aquisição de Patrimônio - Atual Casal Freq. %
Casal Adquiriu Patrimônio em Conjunto 1 14
Casal não Adquiriu Patrimônio em Conj. 6 86
TOTAL 7 100

TABELA 22
Contatos com ex-parceira Freq. %
Há 3 43
Não há 4 57
TOTAL 7 100
Motivos dos Contatos - Homem Freq. % de Resp. % de hom.
que mantém
contato
Há contatos em eventos ou festas das quais os 2 50 67
filhos participam
Há contatos que decorrem da amizade com a 1 25 33
antiga parceira
Outros 1 25 33
Há contatos restritamente para tratar dos filhos 0 0 0
da união anterior
Há contatos em eventos ou reuniões dos quais a 0 0 0
família da antiga parceira compartilha
TOTAL 4 100

64
TABELA 23
Contatos com ex-parceiro Freq. %
Não há 1 14
Há 6 86
TOTAL 7 100
Motivos dos Contatos - Mulher Freq. % de Resp. % de mul.
que mantém
contato
Há contatos em eventos ou festas das quais os 4 33 67
filhos participam
Há contatos restritamente para tratar dos filhos 4 33 67
da união anterior
Há contatos em eventos ou reuniões dos quais a 2 17 33
família do antigo parceiro compartilha
Há contatos que decorrem da amizade com o 2 17 33
antigo parceiro
Outros 0 0 0
TOTAL 12 100

TABELA 24
Dificuldades da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Administração quanto à convivência entre: filhos, 4 25 57


enteados, ex-parceiros e o atual casal
Dificuldades nos relacionamentos familiares em 4 25 57
geral
Instabilidade econômica / dificuldade financeira 3 19 43

Dificuldades no relacionamento ente enteados(as) 3 19 43


e padrasto/madrasta
O não atendimento de todas as exigências 1 6 14
familiares por parte dos membros
Problemas de saúde na família 1 6 14
Não poder reunir toda a família 0 0 0
Outras 0 0 0
Administrar a união dos bens e serviços 0 0 0
previamente constituídos à atual união
Dificuldades no relacionamento com pessoas 0 0 0
e/ou familiares externos à essa família
TOTAL 16 100

65
TABELA 25
Metas Prioritárias da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Investir na formação, educação e estudo dos 6 33 86


filhos
Viajar mais, se dedicar mais ao lazer 4 22 57
Garantir a união dos membros da família (estar 4 22 57
mais próximos)
Atender parentes próximos, que precisam de 2 11 29
auxílio e/ou cuidados
Preparar o caminho para as gerações futuras 1 6 14
O casal adquirir um imóvel próprio 1 6 14
Garantir o sustento e adquirir bens para o futuro 0 0 0

Outros 0 0 0
TOTAL 18 100

TABELA 26
Família Ideal Freq. % de Resp. % de Famílias

Amor entre os seus membros 5 24 71


Harmonia entre os seus membros 5 24 71
Diálogo entre os seus membros 5 24 71
Estabilidade financeira 3 14 43
Democracia nas decisões 3 14 43
Contato esporádico com os parentes 0 0 0
Convívio frequente com os parentes 0 0 0
Convívio apenas entre os membros da casa 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 21 100

TABELA 27
Opinião sobre o Casamento Freq. % de Resp. % de Famílias

Uma forma de se realizar afetivamente 7 78 100


Uma forma de perpetuação do indivíduo, através 1 11 14
dos filhos
Uma exigência social 1 11 14
Uma forma de evitar a solidão 0 0 0
Outras 0 0 0
TOTAL 9 100

66
TABELA 28
Religião Adotada Freq. %
Católica 6 86
Os Parceiros não Adotam a Mesma 1 14
Sem Religião 0 0
Outras 0 0
Espírita 0 0
Evangélica 0 0
Protestante 0 0
Judaica 0 0
Umbanda 0 0
TOTAL 7 100

TABELA 29
Funções do Homem na Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Ser responsável pelo sustento econômico da 5 28 71


família
Cuidar da educação e formação dos seu filhos 5 28 71
Compartilhar com a Mulher a direção da família 3 17 43

Ser o mediador dos relacionamentos familiares 2 11 29

Cuidar da educação e formação dos enteados 2 11 29


Cuidar da organização da casa 1 6 14
Dar suporte emocional à família 0 0 0
Cumprir e fazer cumprir as regras familiares 0 0 0
Promover o contato social com os amigos, 0 0 0
parentes e comunidade
Ditar e fazer cumprir as regras familiares 0 0 0
Dirigir a família 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 18 100

67
TABELA 30
Funções da Mulher na Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Dar suporte emocional à família 4 19 57


Cuidar da educação e formação dos seu filhos 4 19 57
Ser o mediador dos relacionamentos familiares 4 19 57
Cuidar da organização da casa 3 14 43
Promover o contato social com os amigos, 3 14 43
parentes e comunidade
Compartilhar com o homem a direção da família 1 5 14

Ser responsável pelo sustento econômico da 1 5 14


família
Cumprir e fazer cumprir as regras familiares 1 5 14
Ditar e fazer cumprir as regras familiares 0 0 0
Cuidar da educação e formação dos enteados 0 0 0
Outros 0 0 0
Dirigir a família 0 0 0
TOTAL 21 100

TABELA 31
Funções dos Filhos que Moram com o Casal Freq. % de Resp. % de fam/
na Família filhos moram

Trabalhar e/ou estudar 7 47 100


Dar carinho ao casal 2 13 29
Ajudar na organização da casa 2 13 29
Compartilhar com o casal a direção da família 2 13 29
Cumprir as regras familiares 1 7 14
Mediar os diversos relacionamentos familiares 1 7 14
Unir o casal 0 0 0
Continuar o nome da família 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 15 100

TABELA 32
Funções dos Filhos que não Moram com o Freq. % de Resp. % de Filhos
Casal na Família que não
Moram
Trabalhar e/ou estudar 6 60 86
Cumprir as regras familiares 2 20 29
Continuar o nome da família 1 10 14
Mediar os diversos relacionamentos familiares 1 10 14

68
Dar carinho ao casal 0 0 0
Outros 0 0 0
Ajudar na organização da casa 0 0 0
Compartilhar com o casal a direção da família 0 0 0
Unir o casal 0 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 33
Responsabilidade dos Cuidados com Filhos que Vivem com o Casal

Categoria: Filhos do Atual Casal Freq. % de % de Sujeitos


Respostas da Categoria

Do Pai 0 0 0
Da Mãe 0 0 0
Do Casal 1 100 100
TOTAL 1 100
Categoria: Filhos/Enteados

Do Pai 0 0 0
Da Mãe 4 57 57
Do Padrasto 0 0 0
Da Madrasta 0 0 0
Do Casal 3 43 43
TOTAL 7 100

TABELA 34
Relacionamento entre Pais e Filhos Freq. % de Resp. % de Pais e
Filhos
Afeto 4 20 57
Respeito 4 20 57
Falta de diálogo 4 20 57
Tolerância 2 10 29
Incompreensão 2 10 29
Diálogo constante 1 5 14
Compreensão 1 5 14
Colaboração 1 5 14
Relacionamento frio, distante 1 5 14
Autonomia 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
Agressividade 0 0 0
TOTAL 20 100

69
TABELA 35
Relacionamento entre Filhos e Mães Freq. % de Resp. % de Filhos e
Mães
Afeto 6 30 86
Diálogo constante 6 30 86
Colaboração 3 15 43
Respeito 3 15 43
Compreensão 2 10 29
Tolerância 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Falta de diálogo 0 0 0
Agressividade 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Relacionamento frio, distante 0 0 0
TOTAL 20 100

TABELA 36
Relacionamento entre Enteados e Padrastos Freq. % de Resp. % de Ent.e
Pad.
Respeito 7 37 100
Afeto 4 21 57
Diálogo constante 2 11 29
Colaboração 2 11 29
Relacionamento frio, distante 2 11 29
Tolerância 1 5 14
Falta de diálogo 1 5 14
Compreensão 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Agressividade 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 19 100

TABELA 37
Relacionamento entre Enteados e Madrasta Freq. % de Resp. % de Ent.e
Mad
Respeito 5 26 71
Tolerância 3 16 43
Afeto 2 11 29

70
Relacionamento frio, distante 2 11 29
Falta de diálogo 2 11 29
Compreensão 2 11 29
Diálogo constante 1 5 14
Incompreensão 1 5 14
Agressividade 1 5 14
Colaboração 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 19 100

TABELA 38
Relacionamento entre Filhos Freq. % de Resp. % de Filhos
Respeito 4 24 57
Afeto 3 18 43
Diálogo constante 3 18 43
Tolerância 2 12 29
Relacionamento frio, distante 2 12 29
Colaboração 1 6 14
Compreensão 1 6 14
Falta de diálogo 1 6 14
Autonomia 0 0 0
Agressividade 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 17 100

TABELA 39
Relacionamento entre o Casal Freq. % de Resp. % de Famílias

Diálogo constante 6 29 86
Afeto 5 24 71
Respeito 5 24 71
Compreensão 3 14 43
Tolerância 2 10 29
Falta de diálogo 0 0 0
Colaboração 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Relacionamento frio, distante 0 0 0
Agressividade 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 21 100

71
TABELA 40
Diferenças Entre as Uniões - Homem Freq. % de Resp. % de
Recasados
Maior maturidade do atual casal 3 17 43
Cuidado e atenção em não repetir atitudes e/ou 3 17 43
comportamentos negativos da união anterior

Maior amizade, companheirismo 2 11 29


Maior compatibilidade no relacionamento sexual 2 11 29

A ausência de divergências constantes 2 11 29


Respeito 2 11 29
Maior independência da parceira 1 6 14
Maior reconhecimento dos parceiros em relação à 1 6 14
atitudes/comportamentos do outro
Confiança 1 6 14
O fato da atual parceira ter características 1 6 14
opostas da ex-parceira
Características, valores e objetivos mais 0 0 0
semelhantes (afinidades)
A presença dos filhos 0 0 0
Maior tolerância 0 0 0
TOTAL 18 100

TABELA 41
Diferenças Entre as Uniões - Mulher Freq. % de Resp. % de
Recasadas
Maior amizade, companheirismo 3 15 43
Confiança 3 15 43
O fato do atual parceiro ter características 3 15 43
opostas do ex-parceiro
Maior maturidade do atual casal 2 10 29
Maior compatibilidade no relacionamento sexual 2 10 29

Respeito 2 10 29
Características, valores e objetivos mais 1 5 14
semelhantes (afinidades)
A ausência de divergências constantes 1 5 14

72
Cuidado e atenção em não repetir atitudes e/ou 1 5 14
comportamentos negativos da união anterior

Maior reconhecimento dos parceiros em relação à 1 5 14


atitudes/comportamentos do outro
Maior independência do parceiro 1 5 14
A presença dos filhos 0 0 0
Maior tolerância 0 0 0
TOTAL 20 100

TABELA 42
Assuntos Evitados Pela Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Sobre o antigo parceiro 4 44 57


Não há 2 22 29
Outros 2 22 29
A separação dos pais 1 11 14
Doença 0 0 0
Morte 0 0 0
Sexo 0 0 0
Drogas 0 0 0
Velhice 0 0 0
Casamento 0 0 0
TOTAL 9 100

TABELA 43
Valores Passados de Geração para Geração Freq. % de Resp. % de Famílias

Importância dos estudos 7 37 100


Preservação do patrimônio familiar 3 16 43
Tradições religiosas 3 16 43
Tradição do casamento 3 16 43
A experiência da separação 2 11 29
Outros 1 5 14
Seguir a profissão dos pais 0 0 0
Virgindade antes do casamento 0 0 0
TOTAL 19 100

TABELA 44
Possíveis Motivos do Términio - Homem Freq. % de Resp. % de
Recasados
Desgaste da relação 5 33 71
Incompatibilidade de temperamentos 2 13 29
Divergência de interesses 2 13 29
Desinteresse afetivo 2 13 29
Infidelidade 2 13 29
Desinteresse sexual 1 7 14

73
Outros 1 7 14
Diferenças de valores 0 0 0
Imaturidade do casal 0 0 0
Adoecimento do parceiro 0 0 0
TOTAL 15 100

TABELA 45
Possíveis Motivos do Términio - Mulher Freq. % de Resp. % de
Recasadas
Divergência de interesses 3 21 43
Desgaste da relação 2 14 29
Imaturidade do casal 2 14 29
Diferenças de valores 2 14 29
Infidelidade 2 14 29
Desinteresse afetivo 1 7 14
Outros 1 7 14
Adoecimento do parceiro 1 7 14
Incompatibilidade de temperamentos 0 0 0
Desinteresse sexual 0 0 0
TOTAL 14 100

TABELA 46
Datas em que a Família se Reúne Freq. % de Resp. % de Famílias

Aniversários 7 35 100
Natal (noite) 5 25 71
Natal (almoço) 3 15 43
Fim de ano 2 10 29
Dia das mães 1 5 14
Dia dos pais 1 5 14
Páscoa 1 5 14
TOTAL 20 100

TABELA 47
Rituais Preservados Pela Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Fazer junto as refeições 6 46 86


Trocar presentes em datas comemorativas 4 31 57
Reunir a família extensa aos domingos 1 8 14
Outros 1 8 14
Praticar juntos os ritos religiosos 1 8 14

74
Reunir a família extensa em funerais e/ou 0 0 0
casamentos
TOTAL 13 100

TABELA 48
Manias da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Querer estar junto 3 19 43


Viajar 3 19 43
Desorganização 3 19 43
Arrumar coisas 2 13 29
A família não tem manias 2 13 29
Assistir televisão 1 6 14
Guardar coisas 1 6 14
Outros 1 6 14
TOTAL 16 100

TABELA 49
Pessoas que Interferem na Vida da Freq. %
Família
Não Existem 5 71
Existem 2 29
TOTAL 7 100
Maneiras de Interferência Freq. % de Resp. % de Casais
da Categoria

Pessoas e familiares que criticam o recasamento 2 40 40


Mãe/sogra, no cotidiano da família 1 20 20
Outros 1 20 20
O(a) ex-parceiro(a) na educação do(s) filho(s) 1 20 20
TOTAL 5 100

TABELA 50
Melhores Características da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Diálogo entre os membros 5 25 71


Afetividade 4 20 8
Respeito entre os membros 3 15 6

75
Carinho entre os membros 2 10 4
Preocupação com o bem estar de todos, 2 10 4
dedicação
Bom relacionamento entre todos 1 5 2
Estabilidade financeira 1 5 2
Objetivos em comum 1 5 2
Características do atual relacionamento opostas 1 5 2
às do relacionamento anterior
Honestidade, sinceridade 0 0 0
Maturidade 0 0 0
Compreensão 0 0 0
Características do(a) parceiro(a) opostas às do 0 0 0
parceiro(a) anterior
Outros 0 0 0
TOTAL 20 100

TABELA 51
Piores Características da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Diferenças individuais 2 20 29
Não há 1 10 14
Falta de dinheiro 1 10 14
Falta de tempo dos membros para se dedicar à 1 10 14
família
Ruptura das antigas amizades 1 10 14
Outros 1 10 14
Críticas que a nova família recebe 1 10 14
Falta de diálogo entre os membros 1 10 14
A falta do pai ou mãe morando com os filhos 1 10 14
Agressividade nas relações interpessoais 0 0 0
Falta de carinho entre os membros 0 0 0
Relacionamento ruim entre os membros 0 0 0
Falta de liberdade entre os membros 0 0 0
Falta de condições para o casal se conhecer 0 0 0
suficientemente
TOTAL 10 100

PERFIL 5.2: homem recasado com filhos anteriores que não moram com o

casal

TABELA 52
Idade do Homem Freq. %
De 15 a 25 anos 0 0

76
De 26 a 35 anos 2 20
De 36 a 45 anos 3 30
De 46 a 55 anos 4 40
De 56 a 65 anos 1 10
Acima de 65 anos 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 53
Idade da Mulher Freq. %
De 15 a 25 anos 0 0
De 26 a 35 anos 1 10
De 36 a 45 anos 2 20
De 46 a 55 anos 2 20
De 56 a 65 anos 4 40
Acima de 65 anos 1 10
TOTAL 10 100

TABELA 54
Escolaridade do Homem Freq. %
Não Estudou/1º Inc. 0 0
1º Completo/Ginasio Inc. 0 0
Ginasio Completo/Colegial Inc. 1 10
Colegial Completo/Sup. Inc. 1 10
Superior Completo 8 80
TOTAL 10 100

TABELA 55
Escolaridade do Mulher Freq. %
Não Estudou/1º Inc. 0 0
1º Completo/Ginasio Inc. 1 10
Ginasio Completo/Colegial Inc. 1 10
Colegial Completo/Sup. Inc. 3 30
Superior Completo 5 50
TOTAL 10 100

TABELA 56
Quantos Filhos e/ou Enteados Freq. %
Não tem 0 0
1 Filho 1 10
2 Filhos 2 20
3 a 5 Filhos 6 60
6 a 8 Filhos 1 10
Acima de 8 Filhos 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 57
Idade do 1º Filho Freq. %
De 0 a 5 anos 0 0
De 6 a 10 anos 1 10

77
De 11 a 15 anos 1 10
De 16 a 20 anos 1 10
De 21 a 25 anos 2 20
De 26 a 35 anos 3 30
Acima de 35 anos 2 20
Não tem Filhos 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 58
Idade do Último Filho Freq. %
De 0 a 5 anos 2 20
De 6 a 10 anos 2 20
De 11 a 15 anos 2 20
De 16 a 20 anos 2 20
De 21 a 25 anos 1 10
De 26 a 35 anos 1 10
Acima de 35 anos 0 0
Não tem Filhos 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 59
Nº de Uniões Anteriores - Homem Freq. %
1 União 9 90
2 União 1 10
3 União 0 0
Não Foi Casado Anteriormente 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 60
Tipo da União Anterior - Homem Freq. %
Casamento Civil e Religioso 9 90
Casamento Civil 1 10
Não Foi Casado Anteriormente 0 0
União não Formalizada 0 0
Casamento Religioso 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 61
Tempo da União Anterior - Homem Freq. %
De 0 a 5 anos 2 20

78
De 6 a 10 anos 3 30
De 11 a 15 anos 4 40
De 16 a 20 anos 1 10
De 21 a 25 anos 0 0
De 26 a 30 anos 0 0
De 31 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
Não foi Casado Anteriormente 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 62
Oficialização do Término - Homem Freq. %
Separação Concensual e Divórcio 9 90
Separação Concensual sem Divórcio 1 10
Não foi Casado Anteriormente 0 0
União Anterior não Formalizada 0 0
Separação Litigiosa sem Divórcio 0 0
Separação Litigiosa e Divórcio 0 0
Términio Juducialmente não Oficializado 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 63
Tipo da Atual União Freq. %
Casamento Civil 3 30
Casamento Civil e Religioso 3 30
União não Formalizada 2 20
Casamento Religioso 2 20
TOTAL 10 100

TABELA 64
Tempo que o Atual Casal Coabita Freq. %
De 0 a 5 anos 1 10
De 6 a 10 anos 3 30
De 11 a 15 anos 1 10
De 16 a 20 anos 3 30
De 21 a 25 anos 2 20
De 26 a 30 anos 0 0
De 31 a 35 anos 0 0
Acima de 35 anos 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 65

79
Renda Familiar Freq. %
10 a 20 salários 2 20
21 a 40 salários 1 10
41 a 60 salários 1 10
Acima de 60 salários 6 60
TOTAL 10 100

TABELA 66
Orçamento Familiar Freq. %
Mantido pelo Marido 5 50
Mantido pelo Marido e Compl. P/a Esposa 2 20
Mantido pela Esposa e Compl. P/o Marido 2 20
Mantido por Ambos 1 10
Mantido pela Esposa 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 67
Tipo de Moradia Freq. %
Próprio 8 80
Aluguel 2 20
TOTAL 10 100

TABELA 68
Proprietário do Local de Moradia Freq. %
Mulher 4 40
Ambos 4 40
O imóvel não é próprio 2 20
Homem 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 69
Aquisição de Patrimônio - Atual Casal Freq. %
Casal Adquiriu Patrimônio em Conjunto 9 90
Casal não Adquiriu Patrimônio em Conj. 1 10
TOTAL 10 100

TABELA 70
Contatos com ex-parceira Freq. %
Há 9 90
Não há 1 10
TOTAL 10 100
Motivos dos Contatos - Homem Freq. % de Resp. % de hom.
que mantém
contato
Há contatos em eventos ou festas das quais os 5 36 50
filhos participam
Há contatos em eventos ou reuniões dos quais a 3 21 30
família da antiga parceira compartilha

80
Há contatos que decorrem da amizade com a 2 14 20
antiga parceira
Outros 2 14 22
Há contatos restritamente para tratar dos filhos 2 14 20
da união anterior
TOTAL 14 100

TABELA 71
Dificuldades da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Instabilidade econômica / dificuldade financeira 5 24 50

Dificuldades nos relacionamentos familiares em 4 19 40


geral
O não atendimento de todas as exigências 4 19 40
familiares por parte dos membros
Administração quanto à convivência entre: filhos, 3 14 30
enteados, ex-parceiros e o atual casal
Não poder reunir toda a família 2 10 20
Dificuldades no relacionamento ente enteados(as) 1 5 10
e padrasto/madrasta
Problemas de saúde na família 1 5 10
Administrar a união dos bens e serviços 1 5 10
previamente constituídos à atual união
Outras 0 0 0
Dificuldades no relacionamento com pessoas 0 0 0
e/ou familiares externos à essa família
TOTAL 21 100

TABELA 72
Metas Prioritárias da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Investir na formação, educação e estudo dos 7 27 70


filhos
Viajar mais, se dedicar mais ao lazer 5 19 50
Garantir a união dos membros da família (estar 5 19 50
mais próximos)

81
Garantir o sustento e adquirir bens para o futuro 3 12 30

Preparar o caminho para as gerações futuras 3 12 30


O casal adquirir um imóvel próprio 2 8 20
Atender parentes próximos, que precisam de 1 4 10
auxílio e/ou cuidados
Outros 0 0 0
TOTAL 26 100

TABELA 73
Família Ideal Freq. % de Resp. % de Famílias

Harmonia entre os seus membros 8 27 80


Amor entre os seus membros 7 23 70
Diálogo entre os seus membros 6 20 60
Estabilidade financeira 6 20 60
Democracia nas decisões 2 7 20
Convívio frequente com os parentes 1 3 10
Contato esporádico com os parentes 0 0 0
Convívio apenas entre os membros da casa 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 30 100

TABELA 74
Opinião sobre o Casamento Freq. % de Resp. % de Famílias

Uma forma de se realizar afetivamente 10 67 100


Uma forma de evitar a solidão 2 13 20
Uma forma de perpetuação do indivíduo, através 2 13 20
dos filhos
Uma exigência social 1 7 10
Outras 0 0 0
TOTAL 15 100

TABELA 75
Religião Adotada Freq. %
Católica 7 70

82
Os Parceiros não Adotam a Mesma 1 10
Sem Religião 1 10
Outras 0 0
Espírita 1 10
Evangélica 0 0
Protestante 0 0
Judaica 0 0
Umbanda 0 0
TOTAL 10 100

TABELA 76
Funções do Homem na Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Ser responsável pelo sustento econômico da 9 31 90


família
Compartilhar com a Mulher a direção da família 4 14 40

Cuidar da educação e formação dos seu filhos 4 14 40


Ser o mediador dos relacionamentos familiares 4 14 40

Cumprir e fazer cumprir as regras familiares 3 10 30


Dar suporte emocional à família 2 7 20
Promover o contato social com os amigos, 1 3 10
parentes e comunidade
Ditar e fazer cumprir as regras familiares 1 3 10
Dirigir a família 1 3 10
Cuidar da organização da casa 0 0 0
Cuidar da educação e formação dos enteados 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 29 100

TABELA 77
Funções da Mulher na Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Cuidar da organização da casa 10 36 100


Dar suporte emocional à família 6 21 60
Cuidar da educação e formação dos seu filhos 3 11 30

83
Ditar e fazer cumprir as regras familiares 3 11 30
Compartilhar com o homem a direção da família 2 7 20

Ser o mediador dos relacionamentos familiares 1 4 10


Promover o contato social com os amigos, 1 4 10
parentes e comunidade
Cumprir e fazer cumprir as regras familiares 1 4 10
Cuidar da educação e formação dos enteados 1 4 10
Ser responsável pelo sustento econômico da 0 0 0
família
Outros 0 0 0
Dirigir a família 0 0 0
TOTAL 28 100

TABELA 78
Funções dos Filhos que Moram com o Casal Freq. % de Resp. % de fam/
na Família filhos moram

Trabalhar e/ou estudar 7 35 88


Dar carinho ao casal 4 20 50
Cumprir as regras familiares 4 20 50
Unir o casal 2 10 25
Ajudar na organização da casa 1 5 13
Compartilhar com o casal a direção da família 1 5 13
Continuar o nome da família 1 5 13
Mediar os diversos relacionamentos familiares 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 20 100

TABELA 79
Funções dos Filhos que não Moram com o Freq. % de Resp. % de Filhos
Casal na Família que não
Moram
Trabalhar e/ou estudar 6 29 60
Cumprir as regras familiares 4 19 40
Dar carinho ao casal 4 19 40
Continuar o nome da família 4 19 40
Outros 2 10 20
Mediar os diversos relacionamentos familiares 1 5 10

84
Ajudar na organização da casa 0 0 0
Compartilhar com o casal a direção da família 0 0 0
Unir o casal 0 0 0
TOTAL 21 100

TABELA 80
Responsabilidade dos Cuidados com Filhos que Vivem com o Casal

Categoria: Filhos do Atual Casal Freq. % de % de Sujeitos


Respostas da Categoria
Do Pai 0 0 0
Da Mãe 2 25 25
Do Casal 6 75 75
TOTAL 8 100

TABELA 81
Relacionamento entre Pais e Filhos Freq. % de Resp. % de Pais e
Filhos
Respeito 8 29 80
Afeto 7 25 70
Diálogo constante 3 11 30
Compreensão 3 11 30
Tolerância 2 7 20
Falta de diálogo 2 7 20
Colaboração 2 7 20
Autonomia 1 4 10
Incompreensão 0 0 0
Relacionamento frio, distante 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
Agressividade 0 0 0
TOTAL 28 100

TABELA 82
Relacionamento entre Filhos e Mães Freq. % de Resp. % de Filhos e
Mães
Diálogo constante 7 30 70
Afeto 6 26 60
Colaboração 3 13 30
Respeito 2 9 20

85
Tolerância 2 9 20
Falta de diálogo 1 4 10
Agressividade 1 4 10
Desrespeito 1 4 10
Compreensão 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Relacionamento frio, distante 0 0 0
TOTAL 23 100

TABELA 83
Relacionamento entre Enteados e Madrasta Freq. % de Resp. % de Ent.e
Mad
Respeito 7 28 70
Afeto 5 20 50
Relacionamento frio, distante 4 16 40
Colaboração 3 12 30
Falta de diálogo 3 12 30
Incompreensão 2 8 20
Compreensão 1 4 10
Tolerância 0 0 0
Diálogo constante 0 0 0
Autonomia 0 0 0
Agressividade 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 25 100

TABELA 84
Relacionamento entre Filhos Freq. % de Resp. % de Filhos
Afeto 7 28 70
Diálogo constante 4 16 40
Respeito 3 12 30
Colaboração 3 12 30
Compreensão 3 12 30
Tolerância 2 8 20
Autonomia 1 4 10
Relacionamento frio, distante 1 4 10
Falta de diálogo 1 4 10
Agressividade 0 0 0
Incompreensão 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 25 100

TABELA 85
Relacionamento entre o Casal Freq. % de Resp. % de Filhos
Afeto 8 32 80
Respeito 7 28 70
Diálogo constante 4 16 40

86
Falta de diálogo 4 16 40
Tolerância 2 8 20
Incompreensão 2 8 20
Autonomia 1 4 10
Relacionamento frio, distante 1 4 10
Agressividade 1 4 10
Colaboração 0 0 0
Compreensão 0 0 0
Desrespeito 0 0 0
TOTAL 30 120

TABELA 86
Diferenças Entre as Uniões - Homem Freq. % de Resp. % de
Recasados
Maior maturidade do atual casal 7 26 70
Maior amizade, companheirismo 4 15 40
Características, valores e objetivos mais 3 11 30
semelhantes (afinidades)
Maior compatibilidade no relacionamento sexual 3 11 30

Cuidado e atenção em não repetir atitudes e/ou 3 11 30


comportamentos negativos da união anterior

Maior independência da parceira 3 11 30


A ausência de divergências constantes 1 4 10
Maior reconhecimento dos parceiros em relação à 1 4 10
atitudes/comportamentos do outro
O fato da atual parceira ter características 1 4 10
opostas da ex-parceira
Maior tolerância 1 4 10
Respeito 0 0 0
Confiança 0 0 0

87
A presença dos filhos 0 0 0
TOTAL 27 100

TABELA 87
Assuntos Evitados Pela Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Sobre o antigo parceiro 5 31 50


Não há 3 19 30
Doença 3 19 30
A separação dos pais 2 13 20
Morte 2 13 20
Drogas 1 6 10
Outros 0 0 0
Sexo 0 0 0
Velhice 0 0 0
Casamento 0 0 0
TOTAL 16 100

TABELA 88
Valores Passados de Geração para Geração Freq. % de Resp. % de Famílias

Importância dos estudos 10 43 100


Preservação do patrimônio familiar 5 22 50
Tradições religiosas 3 13 30
Tradição do casamento 2 9 20
Seguir a profissão dos pais 2 9 20
Outros 1 4 10
A experiência da separação 0 0 0
Virgindade antes do casamento 0 0 0
TOTAL 23 100

TABELA 89
Possíveis Motivos do Términio - Homem Freq. % de Resp. % de
Recasados
Desgaste da relação 5 23 50
Incompatibilidade de temperamentos 4 18 40

88
Divergência de interesses 3 14 30
Infidelidade 3 14 30
Desinteresse afetivo 2 9 20
Diferenças de valores 2 9 20
Desinteresse sexual 1 5 10
Imaturidade do casal 1 5 10
Adoecimento do parceiro 1 5 10
Outros 0 0 0
TOTAL 22 100

TABELA 90
Datas em que a Família se Reúne Freq. % de Resp. % de Famílias

Natal (noite) 9 33 90
Aniversários 5 19 50
Fim de ano 5 19 50
Dia dos pais 4 15 40
Páscoa 2 7 20
Dia das mães 1 4 10
Natal (almoço) 1 4 10
TOTAL 27 100

TABELA 91
Rituais Preservados Pela Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Trocar presentes em datas comemorativas 7 35 70


Fazer junto as refeições 6 30 60
Reunir a família extensa em funerais e/ou 3 15 30
casamentos
Reunir a família extensa aos domingos 2 10 20
Outros 1 5 10
Praticar juntos os ritos religiosos 1 5 10
TOTAL 20 100

TABELA 92
Manias da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Assistir televisão 5 24 50
Arrumar coisas 5 24 50

89
Querer estar junto 4 19 40
Viajar 3 14 30
Outros 2 10 20
Desorganização 1 5 10
Guardar coisas 1 5 10
A família não tem manias 0 0 0
TOTAL 21 100

TABELA 93
Pessoas que Interferem na Vida da Freq. %
Família
Não Existem 6 60
Existem 4 40
TOTAL 10 100
Maneiras de Interferência Freq. % de Resp. % de Casais
da Categoria

Mãe/sogra, no cotidiano da família 2 40 50


Outros 2 40 50
O(a) ex-parceiro(a) na educação do(s) filho(s) 1 20 25
Pessoas e familiares que criticam o recasamento 0 0 0
TOTAL 5 100

TABELA 94
Melhores Características da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Carinho entre os membros 6 21 60


Preocupação com o bem estar de todos, 6 21 60
dedicação
Diálogo entre os membros 3 11 30
Honestidade, sinceridade 3 11 30
Respeito entre os membros 2 7 20
Bom relacionamento entre todos 2 7 20
Estabilidade financeira 2 7 20
Compreensão 2 7 20
Características do(a) parceiro(a) opostas às do 2 7 20
parceiro(a) anterior
Afetividade 0 0 0
Objetivos em comum 0 0 0

90
Características do atual relacionamento opostas 0 0 0
às do relacionamento anterior
Maturidade 0 0 0
Outros 0 0 0
TOTAL 28 100

TABELA 95
Piores Características da Família Freq. % de Resp. % de Famílias

Falta de diálogo entre os membros 6 21 60


A falta do pai ou mãe morando com os filhos 6 21 60
Não há 3 11 30
Diferenças individuais 3 11 30
Falta de dinheiro 2 7 20
Falta de tempo dos membros para se dedicar à 2 7 20
família
Críticas que a nova família recebe 2 7 20
Agressividade nas relações interpessoais 2 7 20
Falta de carinho entre os membros 2 7 20
Ruptura das antigas amizades 0 0 0
Outros 0 0 0
Relacionamento ruim entre os membros 0 0 0
Falta de liberdade entre os membros 0 0 0
Falta de condições para o casal se conhecer 0 0 0
suficientemente
TOTAL 28 100

91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTHOUD, C.M.E.; BERGAMI, N.B.B. Família em fase de aquisição. In:


CERVENY, C.M. de O.; BERTHOUD, C.M.E., orgs. Família e ciclo vital:
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CARTER, E.; MCGOLDRICK, M., orgs. As mudanças no ciclo de vida
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MCGOLDRICK, M. A união das famílias através do casamento: o novo casal. In:


CARTER, E.; MCGOLDRICK, M., orgs. As mudanças no ciclo de vida
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93

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