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Aluno: Willyan W.

do Nascimento Silva

Disciplina: Português

Relatório de Leitura/ Caetés – Graciliano Ramos

Título: Caetés

Autor: Graciliano Ramos

Editora: Record

Data da edição: 1966

Dados biográficos: Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892.


Primeiro de dezesseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os
primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro,
como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL). Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para
o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista.
Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do
sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-
se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano
casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.
Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no
cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.[3] Segundo uma das auto-descrições,
"(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem
estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção
de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).
Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor
e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e quando se
preparava para publicar o próximo livro, foi preso após a Intentona Comunista de 1935. Com
ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936),
considerada por muitos críticos como sua melhor obra. Em 1938 publicou Vidas Secas. Em
seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou
no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido
Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e
sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países
europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no
livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.
Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo
em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

Outras obras:

Caetés - romance - Editora Schmidt, 1933; (ganhador do Prêmio Brasil de Literatura);

São Bernardo - romance - Editora Arial, 1934;

Angústia - romance - Editora José Olympio, 1936;

Vidas Secas - romance, - Editora José Olympio, 1938;

A Terra dos Meninos Pelados - contos infanto-juvenis - Editora Globo, 1939;

Brandão Entre o Mar e o Amor - romance - Editora Martins, 1942 - Escrito com Jorge
Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz;

Histórias de Alexandre - contos infanto-juvenis - Editora Leitura, 1944;

Dois dedos - coletânea de contos - R.A. Editora, 1945;

Infância - memórias - Editora José Olympio, 1945;

Histórias Incompletas - coletânea de contos - Editora Globo, 1946;

Insônia - contos - Editora José Olympio, 1947;

Memórias do Cárcere - memórias - Editora José Olympio, 1953; (obra póstuma)

Viagem - crônicas - Editora José Olympio, 1954; (obra póstuma)

Linhas Tortas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma)

Viventes das Alagoas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma)

Alexandre e Outros Heróis - contos infanto-juvenis - Editora Martins, 1962); (obra


póstuma)

Cartas - correspondência - Editora Record, 1980; (obra póstuma)

O Estribo de Prata - literatura infantil - Editora Record, 1984; (obra póstuma)

Cartas de amor à Heloísa - correspondência - Editora Record, 1992; (obra póstuma)

Garranchos - textos inéditos - Editora Record, 2012. (obra póstuma)


Resumo: O romance conta a história de João Valério, um homem comum de Alagoas que
trabalha com escrituração mercantil no armazém de Adrião Teixeira. João é apaixonado por
Luísa Teixeira, esposa de Adrião. Enquanto o texto fala do amor de João Valério por Luísa,
explora também sua dificuldade em concluir caetés, seu primeiro romance, que se trata sobre
uma tribo de índios canibais.

Personagem favorito: João Valério: acredito que toda a tensão interna do personagem narra
impulsos que são bem presentes em todos nós. Por essa identificação, vejo-o como meu
personagem favorito.

Citação favorita: “Ateu! Não é verdade. Tenho passado a vida a criar deuses que morrem logo,
ídolos que depois derrubo – uma estrela no céu, algumas mulheres na terra...” Acho que a
citação expressa bem o significado último de tudo o que aconteceu no livro.

Opinião sobre o livro: Maravilhoso, um dos melhores que li em língua portuguesa.

Recomendação de leitura: Graciliano é um dos grandes escritores de nossa língua. Lê-lo nos
ajuda a compreender melhor a nós mesmos e os sentimentos que nos cerca.

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