O oratório ou oratória é um género de composição musical cantada e de conteúdo
narrativo. Semelhante à ópera quanto à estrutura (árias, coros, recitativos, etc.), difere desta por não ser destinado à encenação. Em geral, as oratórias têm temática religiosa, embora existam alguns de temática profana. Este género foi explorado com mais intensidade no período Barroco, especialmente por Georg Friedrich Händel, autor dos oratórios O Messias e Judas Macabeus, entre outros, assim como Johann Sebastian Bach, com as paixões, Antonio Vivaldi, autor de Juditha Triumphans ou Pedro António Avondano, autor de Morte d'Abel. No Classicismo, o género foi explorado por Franz Joseph Haydn, autor de A Criação e As Estações. No período romântico o género foi menos explorado, embora tenham surgido algumas obras notáveis no gênero como o Elias de Mendelssohn e A Infância de Cristo, de Hector Berlioz. O nome oratório provém da Congregação do Oratório, que realizava apresentações de música sacra, em Roma, entre 1571 e 1594, de onde se originaram as oratórias modernas. Este género pode ter como tema a esfera espiritual ou questões mundanas; normalmente, porém, as questões focadas pela oratória são extraídas das Escrituras Sagradas. A musicalidade exercitada nesta sociedade deu impulso ao nascimento dos oratórios na forma como são produzidos nos dias atuais. A primeira temática abordada por estas foi a Paixão de Cristo, que ainda hoje é o tema dileto de seus criadores. A obra clássica neste gênero é, sem dúvida, a Paixão segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach.