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-ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO-

CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS


CONHECIMENTOS ELEMENTARES DE

Prof. Esp. Jailson Oliveira da Silva


ORIGEM DOS PRIMEIROS SOCORROS
Em junho de 1859, na região de Solferino (norte da Itália), o jovem
suíço Jean Henry Dunant, em busca de Napoleão III imperador da França, o qual
presenciou uma guerra de Franceses e Italianos contra Austríacos que se
desenrolava na região. Na oportunidade, Dunant participou do sofrimento de
milhares de soldados que morriam abandonados nos campos de batalha.
Ferimentos simples, pequenas fraturas e lesões por armas, ainda que com
pouca gravidade, eram causas de mortes desses muitos soldados que em meio
à batalha não recebiam quaisquer tipo de atendimento e por complicações
destas lesões vinham a perder suas vidas.
Em face do horror que presenciava, Dunant
organizou um grupo de voluntários com os
habitantes da região, no sentido de ministrar os
primeiros socorros a aqueles soldados feridos.
Permaneceu ali organizando este grupo por três
dias quando, ao retornar à sua cidade,
empenhou-se por escrever um livro publicado em
novembro de 1862 intitulado “Uma Recordação
de Solferino”, onde descreve sua experiência
naquele campo de batalha.

Neste livro, Dunant propõe a criação de grupos de socorros destinados


simplesmente ao atendimento dos feridos que deveria ser reconhecido e protegido
pelos países em guerra. Propõe ainda “um princípio internacional convencional e
sagrado, o qual uma vez acordada e ratificado, serviria de base às sociedades de
socorro para os feridos nos diversos países…” que vai inspirar mais tarde a
elaboração das primeiras Convenções de Genebra.
Com o espírito de solidariedade que sempre demonstrava,
Jean Henry Dunant, que anteriormente já participara da
fundação da Aliança Universal Cristã de Moços, em 17 de
fevereiro de 1863, recebeu o apoio da Sociedade Pública
de Genebra, fundando um Comitê Internacional de Socorro
aos Feridos. Esta comissão era formada por:
– Gustave Moynier, advogado e presidente da Sociedade
de Utilidade Pública citada;
– Guillaume Henri Dufour, general;
– Louis Appia, médico;
– Théodore Maunior, médico;
– Além do próprio Henry Dunant.
Todos eles eram cidadãos suíços que se empenharam
no sentido de organizar uma Conferência Internacional
em Genebra, que agrupou representantes de 16 países.
Nesta, foram adotadas 10 resoluções e 3 moções que
deram origem à Cruz Vermelha. Estas resoluções
previam, dentre outras medidas:
– a criação, em cada país, de um Comitê de Socorro,
que ajudaria em tempos de guerra, os serviços de
saúde dos exércitos;
– a formação de enfermeiras voluntárias em tempos de
paz;
– a neutralidade das ambulâncias, dos hospitais
militares e do pessoal de saúde;
– a adoção de um símbolo definitivo uniforme: uma
braçadeira branca com uma cruz vermelha em fundo
branco.
SÍMBOLO DA CRUZ VERMELHA
O símbolo adotado é uma inversão da bandeira suíça, em
homenagem ao país natal do comitê inicialmente formado pelo
próprio Henry Dunant.
O Comitê passa a adotar a denominação de Comitê Internacional
da Cruz Vermelha (C.I.C.V.).

Em função do possível relacionamento da cruz como um símbolo


cristão, alguns países (a maioria de predominância Islâmica)
passaram adotar o símbolo de um crescente vermelho sobre um
fundo branco.
Primeiros Socorros
A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE PRIMEIROS SOCORROS

Acidentes acontecem e a todo o momento


estamos expostos a inúmeras situações de risco
que poderiam ser evitadas se, no momento do
acidente, a primeira pessoa a ter contato com o
paciente soubesse proceder corretamente na
aplicação dos primeiros socorros. Muitas vezes
esse socorro é decisivo para o futuro e a
sobrevivência da vítima.
Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as
medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente
hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada para garantir
a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões
existentes.

A prestação dos Primeiros Socorros depende de conhecimentos


básicos, teóricos e práticos por parte de quem os está aplicando.

O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual for sua


natureza, dependerá muito do preparo psicológico e técnico da
pessoa que prestar o atendimento.

O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma.

O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vítimas de


acidentes a sequelas irreversíveis.
PRINCÍPIOS GERAIS

1. O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS?

2. PORQUE SABER TÉCNICAS DE P. SOCORROS?


-Acidentes acontecem
-Locais
- Vítimas de acidentes (iatrogenia)

3. OMISSÃO DE SOCORRO
Código Penal
“ Art.135 Deixar de presta assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada....em
grave e iminente perigo de vida, ou não pedir, nesses casos,
socorro a autoridade publica....” (BASTOS,2008).
4. PERIGOS NO LOCAL DO ACIDENTE
-Analisar a cena

-Observar o local do acidente

-Sinalizar

4.1 MEDIDAS IMEDIATAS A SEREM TOMADAS EM


SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.
Manter a calma, ser confiante, evitar pânico
Reconhecer suas limitações
Cuidar de sua segurança/equipe
Usar EPIs
Cuidar da vitima
Chamar socorro especializado
1.1 SOCORRISTA OU ATENDENTE
DE EMERGÊNCIA

É toda pessoa que possua algum conhecimento em primeiros


socorros, que se propõe a ajudar vítimas de emergências
clínicas ou traumáticas.
4.2 Detalhes a serem informados na ligação
-Local exato, tipo de acidente , condições de

navegação/trânsito e das vitimas.

5.Orientações básicas para o socorrista¹


Manter a calma
Verificar a segurança do local
Ligar para o serviço de emergência (192 ou 193)
Tentar dialogar com a vítima
Vítima inconsciente
Cuidados na remoção
Manter deitada, verificar vias aéreas desobstruídas
Mais de uma , dar prioridade
Caso de queimaduras lavar bastante
Ferimentos lavar, sangramento controlar
Intoxicações e envenenamentos identificar a substância
Na descarga elétrica , afastar a vitima da fonte
____________________________
¹Fonte: Sec. de Assist. Médica e Social do Senado
Federal(SAMS)DF
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CORPO

6.SINAIS VITAIS EM UM ACIDENTADO


Ver - Ouvir - Sentir:

Respiração

Pulsação

Temperatura
7. FUNCÕES DOS SISTEMAS :

7.1 Esqueléticos : sustentação e proteção de nossos


órgãos.
7.2 Circulatório: Distribuição de nutrientes e oxigênio.

7.3 Nervoso: Pensamentos, emoções, estímulos nervosos,


respostas motoras

7.4 Respiratório: Trocas gasosas. Levar O² às células e


eliminar o CO²

7.5 Digestório:Transformação de alimento em nutrientes.


8- Posição do acidentado
8.1 Posições anatômicas adequadas à vitima de
recuperação/ ressuscitação
Fowler- semi sentado
A posição de Fowler é uma posição em que o paciente fica em
decúbito dorsal, semi sentado ou sentado, onde os braços
podem ficar estendidos ao lado do corpo, cabeceira da cama
elevada e os membros inferiores podem permanecer retos e
estendidos sobre a cama ou levemente elevados
Sims ou posição de decúbito lateral é
indicada em cirurgias renais,
massagens nas costas, mudança de
decúbito, melhora do fluxo sanguíneo
(DLE), etc.
Posição lateral de segurança
Avaliação Geral do Acidentado
A avaliação é fundamental para o
melhor tratamento da vítima;

O atendimento deve ser realizado


dentro do período de ouro;

O tempo na cena não deve exceder 10


minutos (Quanto menor, melhor);

Quanto mais a vítima é mantida na


cena, maior é a probabilidade de perda
sanguínea e morte.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
E
REANIMAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA (RCP)

Referência:
American Heart Association. Guidelines 2005 for Cardiopulmonary Ressuscitation
and Emergency Cardiovascular Care.
O que é uma Avaliação Primária
do Acidentado?
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

A avaliação primária deverá ser realizada em no máximo 45


segundos e tem como objetivo identificar e intervir nas lesões que
comprometam ou venham comprometer a vida da vítima nos
instantes imediatamente após o acidente, tais como:

Obstrução das vias aéreas;


Parada cardiorrespiratória;
Grandes hemorragias externas.
PROCEDIMENTOS ESSENCIAIS
DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Avaliar a cena;
Verificar o nível de consciência da vítima;
Verificar se as vias aéreas estão permeáveis
(airways);
Verificar se a vítima está respirando (breathing);
Verificar se a vítima apresenta pulso
(circulation);
Verificar se apresenta grande hemorragia.
AVALIAR A CENA
Ao chegar no local do acidente o socorrista precisa ser
cauteloso e estar atento às condições de segurança em vistas a
não tornar-se uma segunda vítima bem como evitar outros
acidentes. Nesse momento, deverá:

Avaliar o mecanismo do trauma (cinemática do trauma);


Condições de segurança do cenário (a cena é segura?);
Solicitar auxílio (SAMU) 192;
Isolar a área;
Sinalizar a área;
Prover medidas de Biossegurança.

A biossegurança compreende o conjunto de medidas que


preconizam a segurança do socorrista para que este não se
exponha a riscos, sobretudo os biológicos, físicos e químicos.
A equipe que atende a um politraumatizado deve ter dois tipos
de lesões em mente. O primeiro tipo são aquelas facilmente
identificáveis ao exame físico, permitindo tratamento precoce.
Já o segundo tipo de lesões são aquelas ditas potenciais, ou seja,
não são óbvias ao exame mas podem estar presentes pelo
mecanismo de trauma sofrido pelo paciente. Dependendo do
grau de suspeita destas lesões pela equipe, danos menos
aparentes podem passar desapercebidos, sendo tratadas
tardiamente.
A história no trauma divide-se em três fases:

· Pré-impacto: são os eventos que precedem o acidente, tais como


ingestão de álcool e ou drogas, condições de saúde do paciente
(doenças preexistentes), idade, etc. Estes dados terão influência
significativa no resultado final.

· Impacto: deve constar o tipo de evento traumático (ex. colisão


automobilística, atropelamento, queda, ferimento penetrante, etc.).
Deve-se também estimar a quantidade de energia trocada (ex.
velocidade do veículo, altura da queda, calibre da arma, etc.).

· Pós-impacto: ela se inicia após o paciente ter absorvido a energia do


impacto. As informações coletadas nas fases de pré-impacto e impacto
são utilizadas para conduzir as ações pré-hospitalares na fase de pós-
impacto. A ameaça à vida pode ser rápida ou lenta, dependendo em
parte das ações tomadas nesta fase pela equipe de resgate.
VERIFICAR O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA

Realizados os procedimentos iniciais de segurança, busca-se então a


abordagem direta da vítima, cujo primeiro passo consiste em verificar o
seu nível de consciência (AVI):

Alerta;
Verbal;
Inconsciente.
ESTABILIZE A REGIÃO CERVICAL com vistas a não agravar lesões
existentes. Se a vitima estiver consciente o socorrista deverá conforme
humanização:

Orientar a vítima para não mover a cabeça;


Orientar acerca do procedimento que precisa ser realizado e
que sua colaboração é importante.

Antes de colocar o colar cervical, o socorrista responsável deve avaliar a


região cervical da vitima, no seu aspecto anterior e lateral e deve também
avaliar e pesquisar qualquer dismorfia ou hipersensibilidade da região
cervical.

O COLAR CERVICAL NÃO DEVE SER RETIRADO


ENQUANTO NÃO ESTIVER EXCLUÍDA A
POSSIBILIDADE DE LESÃO CERVICAL.
Colocação do colar cervical
P= 4 dedos
M= 4,5 dedos
G= 5 dedos
Nota: Regulável
Pesquise a via aérea
VERIFICAR SE AS VIAS AÉREAS
ESTÃO PERMEÁVEIS

Se a vítima estiver inconsciente, abra-lhe as vias aéreas com


hiperextensão do pescoço e protrusão ou tração mandibular;
Como saber que as vias aéreas estão
obstruídas?
Sinais de Obstrução
Agitação – sugere hipóxia;

Cianose – sinal tardio de hipóxia;

Uso de musculatura acessória na


respiração;

Ruídos aéreos anormais - roncos ;

Rouquidão – obstrução funcional da laringe;


Verifique: vômito, sangue ou alimento que possa obstruir as vias
aéreas. Examine os dentes para se certificar de que não caiu
nenhum para o fundo da garganta. Verifique a existência de
próteses removíveis e, caso exista, retire-as .
VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO

Ver movimentos respiratórios;


Ouvir a expiração;
Sentir o ar sendo exalado.
B – Ventilação
Expor Tórax e Observar Expansão Pulmonar;

Observar frequência respiratória:

Apneia

Lenta (<12 movimentos/minuto)

Normal (12-20 movimentos / minuto)

Rápida (20 – 30 movimentos / minuto)

Muito rápida (>30 movimentos /minuto)

Promover Permeabilidade e Ventilação Adequada.


Se a vítima estiver inconsciente, mas apresente sinais de respiração,
coloque-a na posição de recuperação. A vítima deverá ser rolada em
bloco, preferencialmente para o lado esquerdo porque facilita o
retorno venoso.
SE NÃO ESTIVER RESPIRANDO!
Aplique duas insuflações normais, cada uma com duração de 1 segundo
e observe a expansão dos pulmões;
VERIFICAR SE A VÍTIMA APRESENTA PULSO

Se as insuflações entrarem, procure pulso por no máximo 10


segundos.

A ausência de pulso carotídeo em vítimas com mais de um ano, assim como,


ausência de pulso braquial em menores de 1 ano de idade, constitui sinal de
parada cardíaca.
SE NÃO HOUVER PULSO?
Inicie imediatamente as manobras de RCP - Ciclos de 30
compressões e duas insuflações (2 minutos = 5 ciclos)
Reavalie a cada 5 ciclos.
Se o pulso estiver conclusivamente presente, mas sem
respiração, aplique apenas insuflações;

Se o peito não subir com as insuflações, reveja a


técnica de abrir vias aéreas e tente insuflar
novamente;

Se ainda assim o peito não subir com a insuflação,


conclua que há obstrução de vias aéreas - aplique 30
compressões torácicas, observe a cavidade oral,
remova qualquer objeto visível - aplique 2 insuflações.
A IMPORTÂNCIA DAS MANOBRAS DE RCP
A Reanimação cardiopulmonar (RCP) constitui um conjunto
de manobras destinadas a garantir de forma artificial a
oxigenação dos órgãos quando a circulação sanguínea de uma
pessoa para.
Nesta situação, se o sangue não for bombeado para os
órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses evoluem para
um processo de falência pondo em sério risco a vida da vítima.
As lesões cerebrais surgem logo após três minutos e as
possibilidades de sobrevivência são quase nulas depois de oito.

Caso se proceda à oxigenação artificial da vítima com RCP


imediatamente após a parada cardiorrespiratória, ainda é
provável que essa pessoa possa sobreviver.
Uma vez iniciadas, as manobras não poderão ser
interrompidas por mais de dez segundos, exceto se a respiração
e pulso espontâneos voltarem.
Parada cardiorrespiratória
Freqüência respiratória por minuto

HOMEM 15 A 20 RESPIRAÇÕES

MULHER 18 A 20 RESPIRAÇÕES

CRIANÇA 20 A 25 RESPIRAÇÕES

LATENTE 30 A 40 RESPIRAÇÕES
Parada Cardiorrespiratória

•Para Bortolotti (2008) a PCR é a morte súbita de origem


cardíaca que é consequência de uma parada abrupta da
função do coração, fazendo com que ele cesse seu
funcionamento.
Parada cardiorrespiratória
Freqüência cardíaca em batimentos por minuto

HOMEM 60 A 70 BATIMENTOS

MULHER 65 A 80 BATIMENTOS

CRIANÇA 120 A 125 BATIMENTOS

LATENTE 125 A 130 BATIMENTOS


Principais Causas de uma PCR

Infarto Trauma Torácico Choque Elétrico

Engasgo Afogamento
Devemos saber...

Identificar que uma


pessoa está em Como agir diante
PCR de uma PCR
Mantenha a
Calma!!
Ressuscitação Cardiopulmonar

RCP precoce com ênfase nas COMPRESSÕES torácicas

C -A - B

Compressões Abertura de vias aéreas Boa ventilação


Compressões
As compressões torácicas ajudam o sangue a circular:

Elevam a pressão na cavidade torácica, fazendo o coração


bombear;

• Fornecem compressão direta no próprio coração.


Compressões
•A vítima deve estar na posição de decúbito dorsal (deitada de
costas), sobre a superfície firme e plana;

Identifique o final do osso esterno (apêndice xifóide), marque dois


dedos a partir do final do osso esterno;

• Coloque o “calcanhar” de uma mão no meio do peito da vítima;

• Coloque o “calcanhar” da segunda mão sobre a primeira mão.


Local da Compressão

osso esterno
Possíveis Erros
1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida;

2. A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está


elevada, o fluxo sanguíneo cerebral ficará deficitário);

3. As vias aéreas não estão permeáveis;

4. A boca ou máscara não está apropriadamente selada na


vítima e o ar escapa;

5. As narinas da vítima não estão fechadas;


Possíveis Erros

6. As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local


inadequado sobre o tórax;

7. As compressões são muito profundas ou demasiadamente


rápidas (não impulsionam volume sanguíneo adequado);

8. A razão entre as ventilações e compressões é inadequada;

9. A RCP deixa de ser executada por longo período (alto risco


de lesão cerebral).
Consequências de RCP incorreta

• Fraturas de costelas e do esterno;

• Ruptura de vísceras;

Contusão miocárdica;

É, portanto, muito importante que


nos preocupemos com a correta


posição das mãos e a quantidade
de força que deve ser aplicada.
Ventilação

Se a vítima não estiver respirando, devemos nos


preparar para realizar a respiração de resgate:
1. Usar o polegar e os dedos da mão que está inclinando
a testa da vítima para fechar nariz;

2. Abrir bem a boca e cobrir toda a boca da vítima com a


do socorrista;

3. Soprar o ar na boca da vítima de forma lenta e


uniforme por aproximadamente 1 segundo até ver o
tórax subir.
Ventilação

Cada ventilação deve ter duração de 1 Após 2 minutos, checar pulso e


segundo respiração novamente

Quando a vitima está intubada, deve-se aplicar, no mínimo, 100


compressões por minuto (não há pausa nas compressões).
Ventilação com máscara facial

Ventilação com bolsa-


bolsa-válvula-
válvula-máscara
Compressão x Ventilação

Centro
Braços em
do
ângulo de 90º
tórax Profundidade
em relação
ao tórax de,
no mínimo, 5
cm

Devem
ser 30 compressões
realizados X
5 ciclos 2 ventilações
em 2 (um ciclo)
minutos
Parada cardiorrespiratória
Reanimação cardiopulmonar

1 ou 2 Socorristas

PROCEDA 05 CICLOS E REPITA A ANÁLISE PRIMÁRIA


Desfibrilador Automático Externo - DEA
Desmaio
É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular,
geralmente devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como
causas: hipoglicemia, fator emocional, dor extrema, ambiente confinado,
etc.
Sinais e sintomas
Tontura;
Sensação de mal estar;
Pulso rápido e fraco;
Respiração presente de ritmos variados;
Tremor nas sobrancelhas;
Pele fria, pálida e úmida;
Inconsciência superficial;
Prevenção

• Faça a pessoa se sentar e manter a cabeça entre os joelhos


ou então se deitar.

Em caso de desmaio

• Erga os pés da pessoa a 30 ou 40 centímetros de altura.


• Aplique compressas frias na testa.
• Se a inconsciência durar mais do que poucos minutos,
chame o resgate.
Convulsão
Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e
involuntárias, conhecida popularmente como “ataque”. Causas variadas: epilepsia,
febre alta, traumatismo craniano, etc.

Sinais e sintomas
Inconsciência;
Queda abrupta da vítima;
Salivação abundante e vômito;
Contração brusca e involuntária dos músculos;
Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes;
Relaxamento (urina e/ou fezes soltas);
Esquecimento.
Uma convulsão é um fenômeno eletrofisiológico anormal
temporário que ocorre no cérebro (descarga bioenergética) e
que resulta numa sincronização anormal da atividade elétrica
neuronal. Estas alterações podem refletir-se a nível da
tonicidade corporal (gerando contrações involuntárias da
musculatura, como movimentos desordenados, ou outras
reações anormais como desvio dos olhos e tremores),
alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos.
Dá-se o nome de epilepsia à síndrome médica na qual existem
convulsões recorrentes e involuntárias, embora possam
ocorrer convulsões em pessoas que não sofrem desta
condição médica.
Principais causas de convulsão
Acidentes de carro, quedas e outros traumas na
cabeça(TCE);
Meningite;
Desidratação grave;
Intoxicações ou reações a medicamentos;
Hipoxemia perinatal (falta de oxigênio aos recém nascidos
em partos complicados);
Hipoglicemia (baixa glicose no sangue);
Epilepsias (crises convulsivas repetitivas não relacionadas à
febre nem a outras causas acima relacionadas; têm forte
herança familiar);
Convulsão Febril (causada por febre).
O que fazer ?
Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e
traumas;
Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas;
Afrouxar roupas apertadas;
Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro;
Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração);
Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a
respiração;
Observar se a pessoa consegue respirar;
Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa;
Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);
Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise;
Procurar assistência médica.
O que não fazer durante e após uma
crise convulsiva
NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-
los livres;
NÃO tentar balançar a pessoa. Isso evita a falta de ar.
NÃO coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente
ela pode feri-lo.
NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise,
pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se
afogar ao engolir o comprimido e a água;
Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire
a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico.
NÃO realizar atividades físicas pelo menos até 48 horas após a crise
convulsiva.
Causas- Epilepsia
Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos
fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou
interferir no modo como estes se comunicam. Os mais
frequentes são: traumatismos cranianos, provocando
cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas
drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo
cerebral causado por acidente vascular cerebral ou
problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou
tumores.
Hemorragias
A hemorragia é a perda de sangue, para o meio externo ou interno, por
ruptura ou laceração de vasos sangüíneos. Do ponto de vista anatômico, a
hemorragia pode ser classificada em arterial, venosa e capilar. Toda
hemorragia deve ser controlada imediatamente.

A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5


minutos.
A hemorragia arterial é ocasionada pelo rompimento de uma artéria.
Apresenta-se em jatos e com sangue de cor vermelho vivo, podendo conter
bolhas, indicando que esse sangue é rico em oxigênio.

A hemorragia venosa é ocasionada pelo rompimento de uma veia,


apresenta-se em filete e com a presença de sangue vermelho escuro.

A hemorragia capilar é a hemorragia causada pelo rompimento de


capilares sanguíneos, o exemplo mais comum desse tipo de hemorragia é a
escoriação.
Sinais e Sintomas :
Sensação de frio (arrepios);
Vítima queixa-se de sede;
Suor pegajoso e frio;
Pulso fraco( bradisfigmia).
Pele cianótica;
Lábios e dedos cianóticos;
Torpor (Estado de sensibilidade reduzida,
Adormecimento);
Desmaio;
Sonolência;
Queda da Tensão Arterial.
Hemorragia externa
Como reconhecer o
sangramento

Arterial-
vermelho vivo

Venoso-
vermelho
escuro

Capilar
Hemorragia externa
Primeiros socorros
Comprimir o local com um pano limpo;
Elevar o membro quando possível;
Comprimir os pontos arteriais
Prevenir o estado de choque;
Aplicar torniquete (amputação, esmagamento de membro);
Encaminhar para atendimento hospitalar.
Técnicas para conter a hemorragia:
Compressão direta: é também conhecida como
tamponamento. Funciona fazendo-se pressão em cima
do ferimento, utilizando-se uma gaze ou pano limpo. É
importante não se retirar a gaze, mesmo que essa fique
encharcada de sangue, para permitir a cicatrização
desse ferimento.
Compressão indireta: para ser realizada depende da
identificação correta do tipo de hemorragia (arterial,
venosa ou capilar). Consiste em comprimir o vaso num
local acima do ferimento a fim de impedir uma maior
perda de sangue. Não é muito aconselhada porque o
socorrista precisa identificar o tipo de vaso lesado e, do
ponto de vista anatômico, o tipo de hemorragia.
Regiões recomendadas para
compressão das artérias.
(Pontos de Pressão)
Torniquete: seu uso só é justificado em última
estância, em casos de amputação traumática e
esmagamento de membros. Deve ser realizada com
muita cautela e atenção. Faz-se o torniquete
envolvendo o membro afetado com uma bandagem de
10cm ou com tiras de pano, amarrando-se junto com
um graveto ou com uma caneta de tal forma que esta
sirva como uma válvula para aliviar ou diminuir a
pressão. É preciso tomar cuidado com a perfusão
sanguínea, por isso é essencial que a cada 12 minutos o
torniquete seja afrouxado.
Hemorragias - Internas
Geralmente precedido de história de trauma no
abdômen ou tórax, como socos, contusão do tórax no
volante em acidente automobilístico , etc.
Uma contusão ou fratura de costela pode lesar uma
artéria do pulmão causando hemorragia pulmonar.
No abdômen, uma compressão externa por um dos
motivos acima citados, pode romper o baço, fígado,rins
ou intestino fazendo-os sangrar internamente;
Pode ainda haver "explosão"de órgãos ocos como
estômago, intestinos e bexiga.
Hemorragia interna
Sinais e sintomas
Sangramento geralmente não visível;
Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do
sangramento.

Primeiros socorros
Manter a vítima aquecida e deitada com as pernas elevadas,
acompanhando os sinais vitais e atuando adequadamente nas
intercorrências;
Agilizar o encaminhamento para o atendimento hospitalar;

Não dar qualquer tipo de alimento ou bebida à vitima. Ela pode tornar-
se inconsciente, vomitar e aspirar o alimento e/ou água ;
Hemorragia nasal

Sinais e sintomas
Sangramento nasal visível.

Primeiros socorros
Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás,
e apertar-lhe a(s) narina (s) durante cinco minutos;
Colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
MANOBRA DE HEIMLICH

Manobra para desobstrução de vias aéreas por corpo estranho

· Corpo estranho em vias aéreas é qualquer objeto que se coloque


em posição de impedir a ventilação pulmonar normal, como
balas, moedas, dentadura, alimentos e outros.

· A manobra de HEIMLICH é o único método pré-hospitalar de


desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho.

A manobra de Heimlich deve ser realizada quando:


· Houver forte suspeita de corpo estranho obstruindo as vias
aéreas.

· Não houver resposta à ventilação Boca-a-Boca (ausência de


elevação do tórax).
Manobra de Heimlich ( vítima em pé), indicada para
adultos e crianças > 1 ano.
Posiciona-se atrás da vítima, abraçando-a;
Mantenha uma perna frente a outra (equilíbrio);
Fecha-se uma das mãos;
Posiciona a mão fechada na região superior do abdome
enquanto a outra mão fica sobre a mão fechada, entre o
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
Aperte essa região (5 compressões)
A obstrução das vias aéreas por corpo estranho deve
ser suspeitada nos seguintes casos:
. Adultos jovens que estavam se alimentando e subitamente
param de respirar.
. Crianças que estavam se alimentando ou brincando com
pequeno objeto e subitamente perdem a consciência e
param de respirar.
. Qualquer paciente em PCR, em que a ventilação boca-a-
boca não produza a elevação do tórax.
. Impossibilidade de respirar, tossir e falar de ocorrência
súbita.
Vítima deitada
Posiciona a vítima em decúbito dorsal;
Ajoelha ao lado da vítima ou sobre ela (cavaleiro) - na
altura das coxas;
Coloca a palma das mãos sobre o abdome da vítima, na
região entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical ;
Aplica compressões abdominais no sentido do tórax ( 5
compressões).
Em lactentes, coloque a criança com a cabeça em
posição mais baixa que o corpo, uma das mãos segura a
cabeça e a mandíbula em ligeira hiperextensão, e com
a outra mão dê 5 tapas no tórax. Caso não seja efetiva,
gire a vítima de frente e tente 5 compressões torácicas
abaixo do ponto da compressão cardíaca em lactente.
Em caso de vômitos vire a cabeça de lado, limpe a boca
e continue o procedimento.
· Não inicie a compressão cardíaca até que a obstrução
tenha sido resolvida.
Obstrução de vias aéreas na
criança
Os lactentes (< 1 ano) são as principais vítimas de
morte por aspiração de corpo estranho.
Causas mais frequentes em crianças:
-Aspiração de leite regurgitado;
-Pequenos objetos;
-Alimentos (balas);
-Causas infecciosas (epiglotite).
Ferimentos / Feridas
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do
organismo com grau de sangramento, laceração e contaminação variável.

Sinais e sintomas
Dor e edema local;
Sangramento;
Laceração em graus variáveis;
Contaminação se não adequadamente tratado.
Em ferimentos leves, superficiais e com
hemorragia moderada, deve-se:
1 - lavar as mãos com água e sabão antes de fazer o curativo;
2 - lavar a parte atingida, também, com água e sabão, removendo
do local do ferimento toda e qualquer sujeira, como terra, graxa,
etc.;
3- Não remover objetos empalados;
4 - colocar um antisséptico;
5 - cobrir o ferimento com gaze esterilizada e esparadrapo, ou
pano limpo, fixando-o sem apertar;
6-procurar um Posto Médico.
No caso de cortes maiores, depois de lavar bem o local, deve-se
aproximar as bordas da ferida e colocar um pedaço de
esparadrapo, para fixar a pele nesta posição.
CHOQUE
Conceito:fluxo sanguíneo insuficiente para organismo.

TIPOS DE CHOQUE:
Hipovolêmico- grande perda sanguínea
Cardiogênico- disfunção no bombeamento do coração
Séptico- invasão de microorganismos
Neurogênico- lesão na medula espinhal
Anafilático- reação alérgica intensa
CONDUTAS NO CHOQUE
•RCP;
•Sem lesão: colocar a vitima com os pés elevados;

•Afrouxar a roupa;

•Aquecer a vitima;

•Não ofertar nada por via oral;

•Chamar socorro especializado.


QUEIMADURAS

Queimaduras são lesões da pele, provocadas pelo


calor, radiação, produtos químicos ou certos animais e
vegetais, que causam dores fortes e podem levar a
infecções.
O fogo é o principal agente das queimaduras, embora
as produzidas pela eletricidade sejam, de todas, as
mais mutilantes, resultando com freqüência na perda
funcional e mesmo anatômica de segmentos do corpo,
principalmente dos membros.
As queimaduras podem ser classificadas quanto
ao:

Agente causador
Profundidade ou grau
Extensão ou severidade
Localização e
Período evolutivo.
A consequência mais grave das queimaduras é a
porcentagem da área do corpo atingida . Quando esta
é menos de 15%, diz-se que o acidentado é,
simplesmente, portador de queimaduras . Entretanto,
quando a porcentagem da pele queimada ultrapassa
os 15% (cerca de 15 palmos), pode-se considerá-lo como
grande queimado . Ao atingir mais de 40% da
superfície do corpo, pode provocar a morte . Acima de
70%, as chances de sobreviver são mínimas !
AGENTES CAUSADORES (TIPOS) DE
QUEIMADURAS
Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos,
água quente, chama, etc.
eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.
radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-
violetas, nucleares, etc.
Químicos: produtos químicos: ácidos, bases,
álcool, gasolina, etc.
Biológicos: animais: lagarta-de-fogo, água-viva,
medusa, etc. e vegetais : o látex de certas plantas,
urtiga, etc.
PROFUNDIDADE OU GRAU DA QUEIMADURA
1o. grau - pele / superficial : só atinge a epiderme
ou a pele (causa vermelhidão).
2o. grau - derme / superficial : atinge toda a
epiderme e parte da derme (forma bolhas).
3o. grau - pele e tecidos / profunda : atinge toda a
epiderme, a derme e outros tecidos mais
profundos, podendo chegar até os ossos. Surge a
cor preta devido à carbonização dos tecidos.
EXTENSÃO OU SEVERIDADE DA QUEIMADURA
Baixa : menos de 15% da superfície corporal
atingida
Média : entre 15 e menos de 40% da pele coberta e
Alta : mais de 40% do corpo queimado.
QUEIMADURAS
CONCEITO: lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radiativos.

CLASSIFICAÇÃO:
1º GRAU
-Epiderme
-Vermelhidão, dor intensa , inchaço

-Cicatriza em 2 a 5 dias - descamação

-Sem sequelas
As queimaduras de primeiro grau afetam apenas a
epiderme e caracterizam-se por serem avermelhadas e
dolorosas , porém no caso das queimaduras de grandes
extensões como as queimaduras por exposição solar, a
dor vem, quase sempre, acompanhada desidratação,
principalmente em crianças e idosos. Estas
queimaduras saram geralmente em 01 semana sem
cicatrizes.
2º GRAU SUPERFICIAL
-Epiderme e parte da derme;
-Pele rosada, edema e bolhas;

-Dor que suaviza com o frio, hipersensibilidade;

-Recuperação de 2 a 3 semanas

-Despigmentação,
2º GRAU PROFUNDA
-Epiderme parte da derme;
-Dor ;

-Cicatriza de forma lente ou com enxerto;

-Retração e cicatriz
Queimaduras de Segundo Grau

As queimaduras de segundo grau, também definidas


como queimaduras de espessura parcial, ainda podem
ser dividas em superficiais e profundas. São lesões que
envolvem a epiderme e partes variadas da derme
subjacente.
Essas queimaduras formam bolhas ou áreas brilhantes
e úmidas e são dolorosas. Frequentemente há
resquícios de derme e isto facilita sua recuperação que
ocorre em 2 a 3 semanas.
3º GRAU
- Necrose de tecido
- Perda da sensibilidade
- Seca, branco pálida, carbonizada
- Entrada e saída de queimaduras elétricas
- Tratamento cirúrgico, perda da função e forma
Queimaduras de Terceiro Grau

Neste grau de lesão as feridas aparecem como queimaduras


espessas, secas, esbranquiçadas e com aspecto de couro,
não importando a coloração da pele e nos casos graves, a
pele tem uma aparência carbonizada com
comprometimento visível dos vasos sanguíneos.
A dor pode estar presente porque estas queimaduras
geralmente são circundadas por lesões de 2º Grau. As
queimaduras dessa profundidade podem ser incapacitantes
e ter risco de vida.
Para aliviar a dor e prevenir infecção no local da
queimadura:

a) mergulhar a área afetada em água limpa ou em água


corrente, até aliviar a dor. Não romper as bolhas e nem
retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à
pele.
b) não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outras
substâncias sobre a queimadura. Elas podem
complicar o tratamento e necessitam de indicação
médica.
Fato Real: Garoto de 14 anos sofreu queimaduras de
1°.2° e 3° graus provocadas por vapor d'água de uma
panela de pressão. Ele estava sozinho em casa e
aproveitou para "cozinhar' uma lata de leite
condensado e quando colocou a panela debaixo da
torneira para resfriar não esperou o suficiente e abriu a
tampa e o resultado foi este:
Fratura
É a ruptura total ou parcial do osso e podem ser
fechadas ou expostas.
Identificando uma fratura
Compare o membro supostamente fraturado com o
correspondente não comprometido.
Procure a presença de:
• Dor à manipulação;
• Crepitação óssea;
• Deformações;
• Rompimento ou não da
• Inchaço;
pele;
• Espasmo da musculatura;
• Diminuição da
• Feridas; sensibilidade;
• Mobilidade anormal. • Incapacidade funcional.
Fratura
Primeiros socorros
Fraturas Expostas
Fraturas Fechadas • Cobrir o ferimento com

• Imobilizar com tala ou pano limpo;


material rígido • Estancar o sangramento;

• Prevenir contra o estado de


choque;
Não Movimente a parte fraturada;
Não dê nada de comer ou beber à vítima;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
Vítima com Fratura no membro superior.
1- Pegue Revistas ou cadernos;
2- Utilize ataduras ou tiras de pano;
3- Coloque as revistas no local, para imobilizar;
4- Verifique se todo o braço ficará imobilizado;
5- Comece a enrolar a atadura da extremidade para o centro;
6- Após ter imobilizado todo o local com a atadura;
7- Faça uma tipóia para apoiar o membro imobilizado;
Vítima com fratura no membro inferior;
1- Corte um papelão na forma de um retângulo;
2- Meça o papelão na perna e pé da vítima;
3- Coloque o papelão debaixo do membro;
4- Comece a enrolar a atadura pelo pé (também se pode utilizar tiras de pano);
5- Imobilize bem o pé, para que a tala não saia;
6- Enrole a atadura até chegar perto do joelho;
7- Verifique se ficou frouxa, se ficar, utilize mais ataduras repetindo os processos;
8- Membro inferior Imobilizado.
Entorse-distensão-luxação
Entorse é a lesão ocasionada pelo estiramento ou rompimento dos
ligamentos;

Distensão é o rompimento ou estiramento anormal de um músculo


ou tendão;

Luxação é a perda de contato entre duas extremidades ósseas numa


articulação.
Entorse-distensão-luxação
Sinais e sintomas
Dor local intensa;
Dificuldade em movimentar a região afetada;
Hematoma;
Deformidade da articulação;
Inchaço.
Entorse-distensão-luxação
Primeiros socorros
Manipular o mínimo possível o local afetado;
Não colocar o osso no lugar;
Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas
lesões expostas;
Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima;
Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
Aspectos legais dos primeiros
socorros

• Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível


fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública:
Pena: Detenção de 01 a 06 meses e multa
Direitos da vítima
Recusa do atendimento
• Não discuta com a vítima.
• Não questione suas razões, principalmente se elas forem
baseadas em crenças religiosas.
• Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como
violação dos seus direitos.
• Converse com a vítima, informe a ela que você possui
treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito
dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-
la no que for necessário.
Um atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com o sucesso do emprego
de todas as técnicas dominadas pelo socorrista, atende-se a dignidade da
pessoa humana, angariando o respeito e a admiração da vítima e de todos os
envolvidos, pelo elevado grau de profissionalismo e respeito à dignidade
humana.
Não focalizar somente o objeto traumático, para não limitar-se apenas
às questões físicas, mas também aos aspectos emocionais cujos danos
podem tornar-se irremediáveis;
Manter sempre contato com a vítima, buscando uma empatia por parte
da mesma cujos frutos serão a confiança e uma boa comunicação;
Prestar atenção nas queixas, tentando, sempre que possível, aliviar a dor
da vítima;
Manter a vítima, sempre que possível, informada quanto aos
procedimentos a serem adotados;
Respeitar o modo de vida do traumatizado;
Respeitar a privacidade e o pudor, evitando expor a vítima sem
necessidade;
Não julgar a conduta social da vítima. O atendimento deverá ser
imparcial;
Ter atenção especial com crianças e idosos;

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