O documento discute a importância da análise histórico-geográfica no trabalho hermenêutico. Ele explica como entender referências bíblicas à água como símbolo espiritual requer compreender a importância da água na Palestina antiga. Também descreve as fronteiras e recursos hídricos da Samaria, onde Jesus conversou com a mulher samaritana.
O documento discute a importância da análise histórico-geográfica no trabalho hermenêutico. Ele explica como entender referências bíblicas à água como símbolo espiritual requer compreender a importância da água na Palestina antiga. Também descreve as fronteiras e recursos hídricos da Samaria, onde Jesus conversou com a mulher samaritana.
O documento discute a importância da análise histórico-geográfica no trabalho hermenêutico. Ele explica como entender referências bíblicas à água como símbolo espiritual requer compreender a importância da água na Palestina antiga. Também descreve as fronteiras e recursos hídricos da Samaria, onde Jesus conversou com a mulher samaritana.
A IMPORTÂNCIA DA ANALISE HISTORICO-GEOGRAFICA NO TRABALHO
HERMENÊUTICA.
Quando à geografia, a exigência é a mesma, caso contrário fica difícil, por
exemplo, compreendermos as razões por que a água possui tanta importância na Bíblia como símbolo de verdades espirituais.
Talvez a incrível superação do preconceito da mulher a tenha favorecido diante
da graça de Deus que conhece um coração receptivo à sua palavra. Contudo, esta inferência foi facilitada pelo trabalho feito a análise do pano de fundo histórico da perícope.
Sobre os aspectos geográficos no cenário de João 4:17-24 podemos
considerar as seguintes informações: há poucas informações disponíveis acerca das fronteiras do território da Samaria. Usualmente se considera que a província de Samaria compreende parte do território que fora ocupado pelas dez tribos que constituíam o chamado reino Norte, após a divisão do reino de Israel. Encravada na área central da Palestina a fronteira ao sul é a estrada que vai de Jericó a Betel, seguindo pelo vale de Aijalon até o mar Mediterrâneo. Ao Norte, os montes Carmelo, Gilboa e as colinas existentes entre estes montes estabelecem seus limites. Do lado Ocidental o mar Mediterrâneo constitui seu limite, e o rio Jordão o limite oriental.
Tanto a cidade de Siquém quanto a Samaria se localizavam no centro desta
área, Samaria um pouco mais para o Noroeste. Suas terras eram férteis e produtivas de onde se podiam extrair parte de suas riquezas. O volume de chuva, porém, não é satisfatório na Palestina cuja terra é seca e fissurada e o Rio Jordão constitui a única e maior concentração de água doce disponível em toda região. É aí que reside a grande importância que água adquire na vida dos povos da Palestina nos dias de Cristo. Segundo Rops é por esta razão que “o aspecto poético da água ocupa um lugar tão importante na Bíblia” (1991, p.19).
Ao longo da história da Palestina muitos poços foram cavados a fim de fornecer
água ao povo, gado e plantações. Deles também saiam suprimentos para cidades e vilas. Seguramente a importância da água no cenário da Palestina foi um fator considerado por Jesus quando iniciou seu diálogo com a mulher samaritana, e não foi por acaso que lhe ofereceu “água viva” referindo-se a sua mensagem de salvação. Talvez pela mesma razão, ela não descartou a conversa.