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3 APRESENTAÇÃO
4 UNIDADE 1 – Introdução
4 1.1 - O pensamento: a base da informação
SUMÁRIO
10 2.2 – O poder da informação – reflexo social
28 CONSIDERAÇÕES FINAIS
29 REFERÊNCIAS
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APRESENTAÇÃO
UNIDADE 1 – Introdução
ações, permitindo a elaboração de novas gregos, uma vez que relatavam o período da
propostas de interpretação de uma nova re- civilização micênica e transmitiam os valores
alidade existente. da cultura por meio das histórias dos deuses
e antepassados, expressando uma determi-
Em todos os momentos de transforma-
nada concepção de vida. Assim, observa-se
ção, dependendo de fatores sociais, da tra-
que o herói vive na dependência dos deuses
dição, da influência de grupos ou resistência
e do destino, faltando-lhe a noção de liber-
cultural, os povos desenvolvem diferentes
dade e vontade.
maneiras de compreender a vida e o ambien-
te. Portanto, como administrar o tempo para Uma leitura baseada no senso comum nos
compreender a evolução do pensamento? faria compreender que o mito é uma forma
fantasiosa de explicar a realidade ainda não
1.2 – A história e compreen- justificada pela razão. Dessa maneira, os mi-
tos seriam lendas, fábulas, crenças, portan-
são do saber humano to, uma forma inferior de conhecimento. No
Para discutirmos a respeito do conheci- entanto, como forma de compreensão da
mento é necessário voltar aos primórdios da realidade, o mito não é visto de tal manei-
abordagem, mesmo na Antiguidade e Idade ra, e sim como verdade, a qual se apresenta
Média, para investigar os anseios dos pro- corrente e logicamente, fundamentada em
blemas metafísicos, uma vez que ao homem argumentos e provas verossímeis.
não era dada a capacidade de conhecer.
Nas sociedades “primitivas”1 , os indivídu-
Somente na Idade Média que a teoria do os utilizam a forma sobrenatural para auxili-
conhecimento consegue independência. á-los na compreensão dos fenômenos natu-
Nesse momento, o realismo dos gregos pas- rais e assim poderem usufruir dos benefícios
sa a ser criticado, evidenciando, explicita- em diversos ramos da atividade humana.
mente, a preocupação com questões sobre a
origem, essência e certeza do conhecimen- Por volta de fins do século VII a.C, aconte-
to humano. Para explicar os fundamentos ceu a passagem da mentalidade mítica para
do saber, é imprescindível aludir a Filosofia o pensamento crítico racional e filosófico,
cujos princípios são base para organização uma vez que tais princípios não eram abor-
do processo cognitivo. dados pela explicação dos fatos através da
mitologia. A consciência mítica é ingênua e
A Filosofia pode ser compreendida como desprovida de problematização.
modo de pensar, o qual segue o ser humano
a fim de entender o modo e a maneira de agir 1.3 - Uma nova abordagem
sobre ele. Ela nos possibilita ter mais de uma
dimensão, além da que é dada pelo agir ime- humana
diatamente. O saber humano rompe com a estrutura
mítica, a qual os indivíduos estavam habitu-
Para os antigos gregos, predominava a
ados a agir conforme os ensinamentos en-
consciência mítica como fim da explicação
viados pelos deuses. Desligando do senso
dos fatos, por isso, os mitos gregos são mui-
comum, desenvolveram uma reflexão a fim
to conhecidos na atualidade. As epopéias
possuíam uma função didática na vida dos 1 O termo primitivo se distingue de inferior.
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1.4 – As características do
pensamento moderno
Admite-se, de maneira geral, que a mu-
dança na forma de compreender o mundo
sofreu e realizou uma radicalíssima revolu-
ção espiritual, conscientização do pensa-
mento humano em detrimento aos aspectos
religiosos, a substituição da preocupação
de compreender o outro mundo; agora pre-
domina a preocupação com esta vida e este
mundo. As metas transcendentais são afas-
tadas do homem moderno, o qual abandona
a contemplação - a simples contemplação da
natureza e do ser – para, enfim, colocar em
práxis o desejo da dominação e da subjuga-
ção.
A palavra comunicação, cuja origem la- dialogar, com vista ao bom entendi-
tina “comunicare”, quer dizer comunhão, mento entre pessoas.
estar com, partilhar de alguma coisa ou
O princípio ideológico é fundamental
dar conhecimento às pessoas de alguma
para compreender o processo comunica-
coisa, informar. A partir do significado
cional, por relacionar-se sempre sobre o
da palavra, observa-se que dependendo
prisma do conflito entre os interlocuto-
da intenção do falante e do interlocutor,
res, os quais são marcados por concep-
uma definição é mais cabível em detri-
ções históricas, sociais e o “poder” de do-
mento da outra. A primeira, a comunica-
minação sobre o pensamento de outrem.
ção é entendida em uma perspectiva mais
espontânea, na qual os interlocutores
se interagem; na segunda definição, ao
3.3 – O poder da comunica-
interlocutor cabe a tarefa de receber as ção
informações, de modo passivo, como se Para compreender o poder da comuni-
fosse destituído de conhecimento, com- cação, ressaltar-nos-emos alguns concei-
petência, ideologia (assunto a ser traba- tos sobre o termo do poder.
lhado no próximo capítulo). No entanto,
como já foi ressaltado, a comunicação é O poder é tido como um dos três incen-
um ato social, que necessita de interação tivos fundamentais que dominam a vida
para efetivar-se, opondo a segunda defi- do homem em sociedade e rege a totali-
nição. dade das relações humanas. Consiste na
faculdade de alguém impor a sua vontade
No dicionário Aurélio (2004), o verbete a outro, não sendo meramente por força
comunicação é definido assim: física, mas podendo utilizar da coerção
Sf. 1. Ato ou efeito de comunicar(- para que se mostre; ou utilização, até
-se). 2. Processo de emissão, trans- mesmo da retórica, para a persuasão da
missão e recepção e/ou sistemas sua argumentatividade.
convencionados. 3. A mensagem re- A conceituação dada ao termo é o re-
cebida por esses meios. 4. A capaci- flexo da história humana, o qual mesmo
dade de trocar ou discutir ideias, de modificado, às vezes é exercido conforme
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Função conativa
Função referencial
O governo federal repassou R$ 152 milhões desde 2003
a pelo menos 43 entidades cujos dirigentes são ligados ao
MST, informa Marta Salomon. O valor é mais de três vezes
maior que o investigado pelo TCU, que apura repasses a
apenas quatro associações. Algumas dessas entidades fo-
Eduardo Knapp/Folha Imagem ram criadas após os principais braços jurídicos do MST.
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3.4.2 - A comunicação
como interação
A comunicação é vista como um pro-
cesso integrado e interativo que envolve
diferentes linguagens verbais e não-ver-
bais. O receptor não é mais tido como mero
Função metalinguística registrador das mensagens; dele depende
Gastei uma hora pensando um verso a comunicação, pois a continuidade des-
que a pena não quer escrever ta é garantida a partir de suas respostas.
Nessa concepção, a comunicação envolve
No entanto ele está cá dentro
conhecimentos extratextuais, os quais
inquieto, vivo. interferem na informação.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
3.4.3 - A Comunicação
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira. como indústria
(Carlos Drummond de Andrade) O elemento crítico dessa abordagem é
a luta de classes e o aparelho repressivo
A partir das funções das linguagens, do Estado. A comunicação através da mí-
podemos compreender a comunicação so- dia é vista como uma formação de pressão
bre vários aspectos. ideológica e de dominação sobre as clas-
ses subalternas, ou seja, a sociedade de
3.4.1 – A comunicação massas.
3.4.4 - A comunicação
como cultura
O conceito de cultura simboliza tudo o
que é aprendido e partilhado pelos indiví-
duos de um determinado grupo e que con-
fere uma identidade dentro do grupo que
pertence, além de referir-se à crenças,
comportamentos, valores, instituições,
regras morais que permeiam e identificam
uma sociedade.
6) Aprendizagem autônoma – as
transformações no conhecimento, os
avanços científicos, as mudanças nas or-
ganizações, no trabalho e na própria vida
requerem, como condição de sobrevivên-
cia, autonomia, capacidade de decisão,
criatividade, além de uma educação per-
manente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARANHA, Mária Lúcia de Arruda. Filoso- MARX, Karl . A Ideologia Alemã . Hucitec,
fando: introdução à filosofia. 3 ed. São Paulo: São Paulo, 1984.
Moderna.
MCLUHAN, Marshall . Os meios de comuni-
ARANHA, Maria Lúcia MARTINS, Maria He- cação de massa. São Paulo: Cultrix, 1971.
lena. Filosofando. Introdução à filosofia. 3
MERCADO, Luís Paulo Leopoldo (org).
ed. São Paulo: Moderna 2003.
Tendências na utilização das tecnologias da
CASSIRER, Ernest. Antropologia filosófi- informação e comunicação na educação. Ma-
ca, México: Fondo, 2000. ceio : Ed. DUFAL, 2004.