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DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
Resumo: O artigo apresenta uma concepção histórico cultural do brincar, além de analisar
sua importância no processo de interação social da infância. O principal objetivo deste
trabalho é refletir sobre suas contribuições no processo de aprendizagem e desenvolvimento
infantil. O texto discute essas questões baseado em uma pesquisa bibliográfica, buscando
respostas ao objetivo proposto, fundamentado em obras de autores como Vigotsky, Kishimoto
e Wajskop. Sem dúvida, atividade de brincar é uma importante forma de comunicação, por
isso o lúdico é uma necessidade imprescindível em qualquer idade, principalmente quando
criança. O artigo também contribui para discutir as possiblidades do brincar no contexto de
Educação Infantil, bem como sua melhoria com o passar dos anos. Levando em consideração
que o brincar é uma ferramenta pedagógica capaz de fornecer a criança uma possiblidade de
ser um sujeito ativo, construtor do seu próprio conhecimento, a Educação Infantil passa então
a integrá-lo no segmento escolar, sendo reconhecido como necessidade educacional.
INTRODUÇÃO
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Acadêmica do VII Período de Pedagogia da Faculdade de Pimenta Bueno (FAP). Email:
danielabonifacio12@hotmail.com.
O jogo, por longo tempo, ficou limitado apenas como recreação, sendo
considerado um relaxamento necessário para atividades que exigiam esforços físicos
(KISHIMOTO, 2002). Do mesmo modo, “[...] a imagem social da infância não permitia
a aceitação de um comportamento infantil, espontâneo, que pudesse significar algum
valor em si.” (WAJSKOP, 2009, p. 19).
É então a partir do Renascimento que começam ver a brincadeira como uma
ação livre que contribui para o desenvolvimento da inteligência, além de auxiliar no
estudo. Por isso, foi inserida como instrumento de aprendizagem nos conteúdos
escolares (KISHIMOTO, 2002). Mais adiante, no Romantismo, surgem filósofos e
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educadores que consideram o jogo uma ação espontânea da infância, que por sua
vez trata-se de uma conduta típica e criativa (KISHIMOTO, 2002).
Diante disso, percebe-se que o Romantismo constrói no pensamento da época
um novo espaço para a criança e seu jogo.
Barros (2009, p. 36) conceitua que “O espaço da Educação Infantil não pode
ter a percepção de espaço escola, mas sim de espaço para a infância, envolvidas por
um currículo emergente [...]”. Diante desse exposto, a autora nos traz a reflexão de
que a Educação Infantil junto com o brincar deve ganhar um espaço privilegiado no
ambiente escolar, bem como na vida cotidiana do aluno.
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece
o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não
formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é
a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se
identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a
situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
(2000, p. 19).
De acordo com Moyles (2002) o brincar é sem dúvida, uma das maneiras em
que a criança encontra de explorar uma variedade de experiências adquiridas nas
mais diferentes situações do dia a dia. Nesse sentido, a brincadeira é uma atividade
social que proporciona a inserção das crianças no grupo a qual pertence, contribuindo
para ampliação dos seus conhecimentos por meio da prática.
Na opinião de Brougére (2002, p. 20) “Brincar não é uma dinâmica interna do
indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa que, como
outras, necessita de aprendizagem”. Dessa forma, ao passo que a criança brinca ela
interage, explora e constrói conhecimento possibilitando a sua própria construção do
pensamento. Partindo desse pressuposto Wajskop (2009, p.33) aponta que:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BARROS, Flávia Cristina Oliveira Murbach de. Cadê o brincar? Da educação infantil
para o ensino fundamental. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
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DORNELLES, Leni Vieira. Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. In:
CRAIDY, Maria; KAERCHER, Gládis Elise da Silva (Orgs). Educação infantil: pra
que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. pp. 101-108.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas,
1991.
HOLZMAN, Lois; NEWMAN, Fred. Lev Vygotsky: cientista revolucionário. São Paulo:
Loyola, 2002.
______.. O brincar na educação infantil. São Paulo, n.92, p. 62-69, fev. 1995.
Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/859 Acesso
em: 24 Mar. 2015.