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INFANTIL
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Leidniz Soares Corrêa
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Profª. Ms. Raquel Matos de Lima Bento
INTRODUÇÃO
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Graduada em Pedagogia pela Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-
mail:leidnizsoares@gmail.com
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Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH. Mestre em Educação pela
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC-MINAS. Professora e Coordenadora do Curso de
Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-
mail:pedagogia@unijipa.edu.br
desenvolve física, psíquica esocialmente, a brincadeira poderá ainda auxiliar no
controle da agressividade e organizar árotina e suas convivências diárias. Ademais,
um brinquedo pode se transformar em ferramentafacilitadora para que a
aprendizagem ocorra.
O professor poderá disponibilizar tempo e espaços para desenvolver jogos e
brincadeirasdentro e fora da sala de aula. Atuando como mediador, poderá explorar
esse momento deforma consciente, direcionando todas as atividades de maneira a
estimular a aprendizagem,valorizando não só o resultado da atividade lúdica, mas a
própria brincadeira, o simples ato debrincar, a experiência vivida e as descobertas
realizadas durante todo o processo. SegundoPiaget apud Cunha (2001, p.7) “Cada
vez que ensinamos algo a uma criança, estamosimpedindo que ela descubra por si
mesma, por outro lado aquilo que permitimos que eladescubra por si mesma
permanecerá com ela”.
Todavia, o brincar deve ser uma atividade livre, repleta de fantasia, momentos
de seconhecer e de oportunizar a conhecer o outro. O lúdico exerce uma influência
positiva emtodas as fases do desenvolvimento infantil, inclusive na escola. Para uma
criança a brincadeiraé uma necessidade relativamente importante, tanto quanto
comer e vestir, fazendo parte daessência da infância, e deve ser sem dúvida, uma
ação prazerosa na educação infantil.
1 O BRINCAR
A criança quando nasce ainda não sabe brincar, ela precisa aprender, através
deinterações com adultos e outras crianças. Ela descobre através do contato com
objetos ebrinquedos, diferentes formas de brincar.
Brincando a criança desenvolve a sua imaginação, aprende a explorar o
mundo, ampliasua capacidade de percepção sobre ele e sobre si mesma, aprende a
organizar seuspensamentos e seus sentimentos. A liberdade que o brincar
proporciona é de sumaimportância para o desenvolvimento da criança, essa
liberdade à leva a conciliar o mundo reale o mundo da imaginação. Imaginando á
criança consegue regular suas próprias ações eemoções.
O brincar desperta emoções e sensações de bem estar, liberta das angústias
e joga parafora as emoções ruins, ajudando a criança a entender os sentimentos
negativos que fazemparte do dia a dia infantil. Brincando a criança aprende a lidar
com o mundo, formando suaidentidade pessoal e autonomia, experimenta
sentimentos bons como o amor, e ruins como omedo e a insegurança, sentimentos
esses presentes na vida cotidiana.
É difícil alguém dizer que criança não precisa brincar, porém são raros os
adultosque dão a seriedade que esse momento precisa. ”Vale a pena
lembrar que aoportunidade de brincar livremente por si só já traz efeitos
positivos para odesenvolvimento das crianças” (MALUF, 2003, p. 13).
2 OS JOGOS NA INFÂNCIA
O jogo é uma maneira de impulso da criança que ocorre de forma natural tendo
afunção de motivar, mobilizar esquemas mentais, estimular o pensamento, a
ordenação detempo e espaço, raciocínio lógico, entre outras.
Ao jogar o ser humano está realizando uma atividade natural. Ensinar utilizando
jogose brincadeiras torna o ambiente e a aprendizagem mais atraente, gratificante e
significativa,estimulando assim o desenvolvimento da criança. Aprender jogando
para o aluno é umaforma simples de assimilação da realidade.
Para se trabalhar com jogos infantis é necessário que os educadores disponham
deestratégias envolventes que desperte o interesse dos pequenos, professor e
alunos em totalsintonia. Deve-se valorizar a importância do trabalho em equipe,
proporcionando assim atroca de ideias, autoconfiança e a socialização.
A participação em jogos e brincadeiras contribui para a formação de atitudes
sociaiscomo: respeito mútuo, cooperação, aceitação as regras, iniciativa pessoal ou
grupal, senso deresponsabilidade e de justiça. Através de jogos a criança aprende a
lidar com regras e limites,e a conviver em sociedade.
A criança utiliza uma lógica diferente para pensar em cada etapa da vida.
Para Piaget(1978) são fases do desenvolvimento da criança, e se apresentam em
uma sequêncianecessária e esses estágios não devem ser interrompidos, já que
uma etapa prepara a outra.Isso acontece também com os jogos. Em cada etapa do
desenvolvimento infantil um tipo dejogo se apresenta mais adequado.
A criança deve ser compreendida como um ser em pleno desenvolvimento,
éimportante que as escolas e os educadores, incentivem a prática do jogo, como
forma deaperfeiçoar esse desenvolvimento infantil.
A música passa a fazer parte da vida da criança desde muito cedo, ainda no
ventre da mãe acriança ouve sons e percebe os estímulos musicais. A partir do
nascimento a criança já emitesons, mais tarde brinca com a fala, pode criar uma
música e cantar. A música está presente emdiversas situações da vida humana,
portanto é preciso que seja incorporada ao cotidianoescolar da criança. A música, de
acordo com o dicionário Aurélio, é definida como “arte ouciência de combinar sons
de modo agradável ao ouvido” (2001, p.477).
Brescia (2003, p. 25), conceitua a música como “[...] combinação harmoniosa
eexpressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras
variáveisconforme a época, a civilização, etc.” Gardner (1995 p. 21), em sua teoria
das inteligênciasmúltiplas, afirma que a música é uma das inteligências humanas
que compreende a habilidadede reconhecer sons e ritmos, gosto em cantar ou tocar
instrumento musical. Todavia, a músicaé uma das linguagens da arte que está
presente no cotidiano e todos se relacionam com elasendo músicos ou não.
A linguagem musical deve ser valorizada como um mecanismo essencial para
aformação intelectual da criança. Ela representa uma poderosa fonte de estímulos,
equilíbrio efelicidade.
De fato, é visível a fascinação que a criança sente ao ouvir música. O som
despertaalegria, vontade de dançar e cantar e instiga movimentos, sendo um rico
recurso pedagógicoque pode ser usado em diversas atividades da vida escolar
como: Na hora do lanche, naexplanação dos conteúdos e nos momentos de
descontração. Brescia (2003, p. 82), afirma que“cantar pode ser um excelente
companheiro de aprendizagem, contribuindo com asocialização, a aprendizagem de
conceitos e a descoberta do mundo”. Tanto no ensino dosconteúdos quanto no
recreio, cantar pode ser um veículo de compreensão, memorização ouexpressão
das emoções.
A música pode ser desenvolvida como forma de linguagem para diversas
disciplinas,não somente no campo cultural, pois “a música pode melhorar o
desempenho e aconcentração, além de ter um impacto positivo na aprendizagem de
matemática, leitura eoutras habilidades linguísticas das crianças” (BRESCIA, 2003,
p. 60).
O mundo contemporâneo é visual e sonoro, sabendo disso o professor deve
explorarao máximo a música, pois a mesma poderá auxiliar em sala de aula.
4.1 METODOLOGIA
4.2.7Tipos de brincadeiras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da pesquisa proposta neste artigo, pode-se compreender melhor o
papel dolúdico na educação infantil e que brincar para a criança é coisa séria.De
acordo com os relatos obtidos através das entrevistas feitas com professores
deeducação infantil, podemos concluir que o lúdico para eles representa: interesse,
alegria,criatividade, motivação, interação, socialização e que a união de todos esses
elementos podeser utilizada diariamente em sala de aula, facilitando o processo de
aprendizagem e odesenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança.A
pesquisa realizada mostrou que criança é sempre criança, independente de
condiçãosocial. Ficou confirmado ainda que as escolas tem valorizado o lúdico e que
o mesmo é vistocomo um aliado para a aprendizagem de crianças na educação
infantil.
O brincar é importante, não porque é coisa de criança, mas porque é a melhor
forma deaproximar o mundo da fantasia do mundo real, que mesmo com toda sua
complexidade, setorna simples pelo olhar de uma criança.É fato que brincando,
jogando ou cantando a criança aprende valores e aprendetambém a lidar com seus
próprios sentimentos e frustrações. A música pode auxiliar em todoo processo de
aprendizagem, como fonte de saber repassada através da
memorização,assimilação, ritmo, cultura, etc. A música também faz parte da vida
cotidiana e também leva alugares, a lembranças e a momentos inesquecíveis.
Enquanto brinca a criança é ela mesma, sem medo de errar, sem limites para
sonhar.Desta forma, poderá aprender de uma maneira mais profunda e significativa.
A imaginação é transformadora, um pedacinho de pau, poderá ser um cavalo veloz,
e éesse o ponto alto da brincadeira, essa liberdade, a criatividade e o simples fato
de ser criançana sua verdadeira essência. Enquanto brinca a criança se oportuniza
a aprender e aaprendizagem se torna interessante para ela.
Ademais, a música, o brinquedo, os jogos e todas as descobertas que giram
em tornodo lúdico, só têm a acrescentar para o desenvolvimento integral da criança
com o mundo ecom si mesma.Os profissionais que se dispuserem a trabalhar com
educação infantil, deverão terconsciência sobre o verdadeiro sentido da brincadeira
e o bem que ela pode proporcionar, obrincar vai além de ocupar o tempo das
crianças na hora do intervalo. Deverão entender aindaque precisam ter muito
envolvimento, afetividade, doação e sensibilidade para utilizar olúdico como aliado
do processo de aprendizagem.
Contudo, a escola de uma vez por todas deve perceber que a criança, o
brinquedo, osjogos, a música e as brincadeiras se completam e tudo isso não pode
ser desvinculado depropostas pedagógicas para a Educação Infantil.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São
Paulo, SP:Loyola, 2003.
AURÉLIO, Minidicionário Escolar Século XXI. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 2001.
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: proposta para a formação
integral dacriança. 2. ed. São Paulo: Petrópolis, 2003.
CARVALHO, A.M.C. ET al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que
brinca.Vol. 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.