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d) a engenharia química.
§ 2º Aos que estiverem nas condições do art. 325, alíneas "a" e "b",
compete, como aos diplomados em medicina ou farmácia, as atividades
definidas no art. 2º, alíneas "d", "e" e "f" do Decreto nº 20.377, de 8 de setembro
de 1931, cabendo aos agrônomos e engenheiros agrônomos as que se acham
especificadas no art. 6º, alínea "h", do Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de
1933.”
Entretanto, a priori são profissionais da engenharia regulamentados
segundo as Leis de nº 8620 de 1946 e nº 5194 de 1966.
De acordo com a decisão apresentada no processo que é apresentado a
seguir:
Na sentença o juiz da 15 ª Vara Civil de Brasília, Dr. Carlos Alberto Simões
de Tomaz, no Processo número 84.0017809-2 - CFQ contra CONFEA -
Assunto "registro do engenheiro químico e técnico de nível médio de
química", após uma longa e detalhada explanação, com 19 pontos de
fundamentação, decidiu que os engenheiros químicos devem ser registrados
nos CREAs sempre que suas atividades profissionais ficarem caracterizadas
como de engenharia.
Dentre os quesitos de sua análise destacam-se os pontos 9, 11, 12, 15, 16, 17,
18 e 19 onde declarou:
...
11. Vê-se, indubitavelmente, que o critério em que se louvou a lei 2.800/56, para
determinar o registro dos engenheiros químicos nos Conselhos Regionais de
Química, foi o da especificidade de funções. Assim, é o exercício efetivo das
atividades de químico que leva ao registro no CRQ, mesmo do engenheiro
químico. Esse critério, vicejante desde aquela lei, guarda conformidade com a
Lei 5.194.66. (grifo nosso)
16. Neste contexto, apenas o exame de cada caso em concreto é que levará à
conclusão de que a atividade desenvolvida é de engenharia ou química. Não é
o fato do profissional ser graduado em engenharia química que gera a presunção
de que o mesmo desenvolva as atividades peculiares à engenharia química.
Não. Pode muito bem não praticar tais atividades e exercer a química e nessa
hipótese justifica-se o registo perante o CRQ, nos termos do art. 23, da lei
2.800/56, porque o exercício de suas atividades como químico, assim o exige.
Pode, ainda, exercer simultaneamente as duas atividades e a inscrição perante
o CREA e o CRQ se avultará obrigatoriamente, tudo, no entanto, a depender de
cada caso, per se. (grifo nosso)
17. Vê-se, neste passo, que o alcance do provimento pretendido pela autora não
pode prosperar, pois, assim como nela, no CONFEA poderão também ser
registrados engenheiros químicos. A matéria, vista sob esse ângulo, restou a
muito tempo assentada ainda no extinto TFR em acórdão assim ementado:
Apelo desprovido.
19. Estes são os fundamentos, com base nos quais, este Juízo julga
improcedentes os pedidos. Sem custas (art. 9° , I, da Lei n° 6.032/74). Honorários
advocatícios em valor correspondente a 04 (quatro salários mínimos ( § 4° do
art. 20 do CPC), pela autora.