Você está na página 1de 76

TRE/PE 

Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

Aula 09
Direito Constitucional

Analista do TRE/PE

7.3 Poder Executivo. 7.3.1 Presidente da República. 7.3.1.1 Atribuições, prerrogativas e


responsabilidades. 7.3.2 Ministros de Estado. 7.3.3 Conselho da República e de Defesa
Nacional.
Professor: Roberto Troncoso

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    1
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

Aula 09
7.3 Poder Executivo. 7.3.1 Presidente da República. 7.3.1.1
Atribuições, prerrogativas e responsabilidades. 7.3.2 Ministros
de Estado. 7.3.3 Conselho da República e de Defesa Nacional. 

I.  PODER EXECUTIVO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 4


II.  DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 5
III.  DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 17
IV.  DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 18
V.  DO PODER REGULAMENTAR ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 21
VI.  RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 25
VII.  GOVERNADORES (Gov) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 33
VIII.  QUESTÕES DA AULA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 65
IX.  GABARITO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 75
X.  BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 76
 

Olá futuros Analistas do TRE/PE!

Prontos para o SEU salário de R$ 9.962,39? (Isso segundo o edital, mas


sabemos que é mais do que está lá )

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 6 Poder


executivo. 6.1 Atribuições e responsabilidades do presidente da República.

De todos os três poderes, sem dúvida, é o assunto de mais fácil assimilação e


de menor conteúdo. Além disso, o conteúdo da aula de hoje é bastante
palpável, teremos até alguns vídeos para demonstrar como a teoria funciona
na prática.

Como sempre, faremos muitos exercícios para que você treine muito e tenha
uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 78 questões comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a


matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários,
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    2
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Na aula de hoje, teremos APENAS 24 páginas de conteúdo (teoria). O
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e
agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente


repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Atenção! Este material ainda não está atualizado com as últimas


decisões do STF sobre o recente processo de impeachment do
Presidente da República. Isso porque ainda existem decisões
pendentes da Corte Suprema que podem alterar ou anular decisões
anteriores.

É também menos provável que sua banca cobre alguma informação


que não esteja julgada em definitivo. Assim, vamos esperar até que
saia a decisão final dos processos para atualização do material. Você
receberá a atualização assim que as decisões saírem, combinado?

Vamos então à nossa aula!

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    3
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
I. PODER EXECUTIVO

Meu caro aluno e futuro Analista do TRE/PE, é importante que você tenha uma
visão do todo antes de estudar cada detalhe da matéria. Assim, observe o
esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo que iremos estudar na aula
de hoje.

1 - Funções do Poder Executivo - Típicas


- Atípicas
2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR
Poder Executivo

2.2 - Investidura
2.3 - Impedimentos e vacância
2.4 - Atribuições do PR
3 - Vice-Presidente da República
4 - Ministros de Estado
5 - Poder Regulamentar
6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade
6.2 - Crimes comuns
7 - Governadores de Estado e do DF

Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também
atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de
administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente
da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de
julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos
administrativos). Veja:
Poder Executivo  
1. Funções do

a) Função Típica - Administração


b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    4
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR)

2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerce


duas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas
relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção
superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

2.2 INVESTIDURA

Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema


majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas
eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um
número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus
candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais
votados daquele partido.

O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que


conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido
em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de
dois turnos.

O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor


da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno,
independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição
de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores.

Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das


eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não
computados os brancos e os nulos.

Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turno
em 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte,
desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno,
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate,
em qualquer caso, terá preferência o mais idoso.

Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República,


Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores.
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    5
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em
1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do
mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de
outubro.

Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º


de janeiro do ano seguinte à eleição.

Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ.


Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se
candidatar a um terceiro mandato.

Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três,
quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido
é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos.

Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice-


Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que
alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República:

- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro


naturalizado);
- Idade mínima: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma,
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio
de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazo mínimo
de filiação para que alguém se candidate a Presidente.
- Não ser inelegível.

Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice-


Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso
Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia
1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o
Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.

Esquematizando:
2. Presidente da República

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    6
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionais
b) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal
- Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinE

 Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turno


majoritário   ‐ Independentemente da diferença de votos
- Eleição de - Senadores
- Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores
- De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos
- Não computados os em branco e os nulos
- Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os
dois mais votados
- Prazo: 20 dias
- Empate: o mais idoso
- Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno:
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes
- Empate: o mais idoso
2.2. Investidura

- Eleição de - Presidente da República


- Governador
- Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitores
 Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente
2º turno: último domingo de outubro

 Mandato - Duração: 4 anos


- Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleição

 Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ


- Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos
- Para garantir a alternância de poder

 Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro nato


do PR e do VP - Idade mín: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos
- Alistamento eleitoral
- Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma)
- Não ser inelegível
 Posse - Em sessão conjunta do CN
- No dia 1º de janeiro
- Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    7
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse


caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe
do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso,
ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante.
Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a
presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente.

Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice-
Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de
quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois
primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois
de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas
novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República.

Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato,
ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois
de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas
para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que
elegem o Presidente da República.

Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo
tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho:

Novo mandato 
(mandato‐tampão)

1º ano 

Vaga nos 2 primeiros anos: 
Eleição direta pelo povo 

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    8
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Novo mandato 
(mandato‐tampão)

1º ano 

Vaga nos 2 últimos anos: 
Eleição indireta pelo CN

Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o


sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos
dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a
Presidência da República (nessa ordem):

1. Presidente da Câmara dos Deputados


2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF

Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República


temporariamente.

A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice


não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria,
essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente
aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as
constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período.

Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice-


Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não
substituindo.

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    9
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR


- Vice-Presidente SUBSTITUI o PR
- O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por
mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo
● Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente
2.3. Impedimento e Vacância

aos gov e as respectivas assembleias legislativas


● Princípio da simetria

b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR


- Decorre de i. Morte
ii. Renúncia
iii. Perda do cargo
- VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante
c) Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta
cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga
ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN
anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga
- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-
tampão)
d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão
sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD
2. Presidente do SF
3. Presidente do STF

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    10
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da


Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode
haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para
fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que
não significa que você pode esquecer as demais, combinado?

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na


escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem
participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!)

 Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão
diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros
servidores, quando determinado em lei: são escolhidos pelo
Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria
absoluta do Senado Federal.

 PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de


dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal.

Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República (PGR) com o


Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do
Senado Federal.

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do


Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado
em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal


de Contas da União;

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    11
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição,
e o Advogado-Geral da União;

II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da


administração federal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos


nesta Constituição;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir


decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre


ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei
(art. 48, XI).

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus


representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a


referendo do Congresso Nacional;

Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e


o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não
confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso
(referendá-lo).

Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso


Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional.”

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    12
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e


não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso
Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao
Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.”

X - decretar e executar a intervenção federal;

A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da


federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários
motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34).

Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente


da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No
entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo:

 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião


da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,


dos órgãos instituídos em lei;

Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória.

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    13
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo


Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente,
a mobilização nacional;

Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem,


em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto,
caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara
e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova).

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças


estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de


diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de


sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;

Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação.


Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos.

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do


art. 62;

Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não


podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos
também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição
Estadual e na Lei Orgânica Municipal.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    14
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é
exemplificativa, lembra?)

Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições


acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar
aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União as seguintes:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)


a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei;

XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma


da lei; (ARE-AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a


delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já
decidiu que o desprovimento (demissão) também pode ser
delegado.

Por fim, por conta do princípio da simetria, os governadores também podem


delegar essas atribuições, no que for cabível, aos secretários estaduais.

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    15
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

 Art. 84
 Lista exemplificativa
 São extensíveis aos governadores e prefeitos
 Regra: indelegáveis
- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos,
2.4. Atribuições do PR

quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964 + RE 633.009)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR
- Princípio da simetria: Governadores e Prefeitos também podem delegar.

 Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referenda


 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois
 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas
 OBS: PR escolhe, mas devem - Min STF
aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores
- Gov Territ
- Presidente e diretores do BACEN
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente
- PGR
- Nomeado pelo PR para um mandato de 2
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa
do PR, deverá ser precedida de autorização
da MA do SF
- Não confundir PGR com AGU (que não
precisa de aprovação do SF)

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    16
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP)

Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são


importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente
importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice
separadamente.

A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente


da República. Observe o esquema:

a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário)


3. Vice-Presidente

ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo)


da República 

iii. Participação no - Conselho da República


- Conselho de Defesa Nacional
iv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais
v. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar
b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    17
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE)

Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, que os


escolhe e os exonera (exonerar = tirar do cargo) livremente, sem necessidade
de motivação.

São requisitos para que alguém seja nomeado Ministro de Estado:

- Ser brasileiro (nato ou naturalizado); Importante ressaltar que o


único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA.

- Ser maior de 21 anos;

- Estar no exercício dos direitos políticos.

Além de auxiliar o Presidente da República, são atribuições dos Ministros de


Estado:

i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal;

ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades


da administração federal na área de sua competência;

iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR;

iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério;

vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou


delegadas pelo Presidente.

Observe que os Ministros podem exercer inclusive atribuições privativas


do PR, caso tenha havido delegação.

Os Ministros de Estado possuem foro privilegiado e são julgados pelas


infrações penais comuns no Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de
responsabilidade, deve-se saber se estes possuem ou não conexão com crimes
de mesma natureza (de responsabilidade) praticados pelo Presidente ou Vice-
Presidente da República. Caso possuam conexão, os Ministros de Estado

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    18
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
serão julgados pelo Senado Federal e, caso não possuam, serão julgados
pelo Supremo Tribunal Federal.

Além dos casos previstos em lei, são crimes de responsabilidade dos Ministros
de Estado:

 Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para


prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições,
deixarem de comparecer injustificadamente; ou

 Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de


informações das Mesas da Câmara e do Senado;

 Demais casos previstos na Lei.

Por fim, a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública


é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de lei
de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção
presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”).

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    19
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

a) Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado)


 O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro
da DEFESA
- Maior de 21 anos
- No exercício dos direitos políticos
- Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação

b) Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal


ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração federal na área de sua competência
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
4. Ministros de Estado 

v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério


vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Presidente
● Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha

havido delegação

c) Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza SF


responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP
2) Não conexos com PR ou VP STF
ii. Infrações penais comuns STF

d) Outras hipóteses de crimes de responsabilidade


- Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações
sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente
- Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das
Mesas da Câmara e do Senado
- Casos previstos na Lei

e) Criação ou extinção de ministérios e órgãos - Competencia do CN


- Lei de iniciativa do PR
- Com sanção do PR

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    20
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
V. DO PODER REGULAMENTAR

O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do


Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar
fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é
através do Decreto Regulamentar.

Observe que existem três tipos de decreto:

1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo


secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para
possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de
decreto que nós estamos falando!)

 Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva


diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da
existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo
hierarquicamente inferior.

 Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o


decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui
destinatário certo, sendo aplicado a todos aqueles que se
encaixarem nas situações previstas no decreto.

Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, IV da CF, não é passível
de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder
regulamentar a ele conferido.

2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República


dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos,
quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda
Constitucional nº 32/2001.

O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da


própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta
competência pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.

Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar


leis, para isso, existe o decreto regulamentar!
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    21
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui
destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como
nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato
normativo e não é derivado do poder regulamentar.

Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico!

Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações


englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma
como os seus comandos serão executados.

Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos
margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse
poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os
comandos da lei serão executados.

Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas
para que você entenda melhor):

Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias".

Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o
procedimento para tal.

Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte:


"para que um servidor tire férias, ele deverá

I - preencher um pedido;
II - autuar um processo;
III - ter autorização por escrito do chefe imediato;
IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada
setor.

Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele
apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que
serve o poder regulamentar.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    22
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do
Poder Executivo

Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode


elaborar Leis Delegadas. Funciona assim:

1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem


novidades.

2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional


para que ele (o Presidente) elabore uma lei.

3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei,


mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou
seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do
jeito que quiser.

4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei,
chamada de Lei Delegada.

O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são


estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora.

O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode
sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora
dos limites da delegação do Congresso.

O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos


administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder
regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais
regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar).

Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso


Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.”

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    23
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para


editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis
i. Regulamentar - CF, art. 84, IV
(de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e
abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de
determinada lei
- Depende da existência de lei: é ato normativo derivado
5. Poder Regulamentar 

- Competência não passível de delegação


- Expedido no exercício do Poder Regulamentar
b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF)
- Art. 84, VI
- Competência passível de delegação
- Pode dispor sobre:
I) Organização e funcionamento da administração federal
desde que não implique em aumento de despesa ou na
criação/extinção de órgãos públicos
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos
iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares
(individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc
- Não é ato normativo
c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação
- Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentar
 Não pode sustar atos administrativos do Executivo

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    24
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA

O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns


quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza
do crime, alguns detalhes devem ser observados:

6.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE

Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas,


definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista
exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos


Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

São da competência legislativa da União a definição dos crimes de


responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento (Súmula Vinculante 46 STF). Assim, as constituições estaduais não
podem estabelecer crimes de responsabilidade.

Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele


será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o
Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos
Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos:

1- Autorização da Câmara dos Deputados: por 2/3 de seus membros.


A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto,
com forte grau de discricionariedade.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    25
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Além disso, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a
ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564) e qualquer cidadão
pode oferecer acusação contra o Presidente à Câmara.

2- Julgamento pelo Senado Federal: após autorização da Câmara dos


Deputados, o Presidente da República será processado e julgado pelo
Senado Federal. Apesar de o julgamento possuir natureza política
(assim como a autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão
judicial e não como órgão legislativo.

A votação será nominal e aberta, a sessão deve ser presidida pelo


Presidente do Supremo Tribunal Federal e, assim como o quorum da
Câmara para autorização do processo, o quorum de votação para
condenação no Senado é de 2/3 dos membros.

Observe que a autorização da Câmara obriga o Senado a julgar o


Presidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) não
possui discricionariedade se julga ou não o Presidente. Obviamente, o
chefe do Executivo pode ser absolvido ou condenado no julgamento, mas
este (o julgamento) deve ocorrer.

O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado


Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo
Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o
resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior
pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo,
para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da
República.

A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e,


caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo E
inabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquer
função pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança
etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Observe que as duas penas são aplicadas em conjunto e que a


inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. Dessa
forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas penas ou
aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    26
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o
julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o
fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente
renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação
para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento
continua.

Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre
na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba
que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um
conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma
folha de papel.

Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs 

Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E 

Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    27
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
 Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal
 Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)
i. A existência da União
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades
da Federação
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
iv. A segurança interna do País
v. A probidade na administração
vi. A lei orçamentária
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais
o São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento (Súmula Vinculante 46)

1. Autorização - 2/3 dos membros


da CD - Juízo de admissibilidade
- Natureza política (discricionário)
6.1) Crimes de Responsabilidade

- Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD


- PR tem direito a contraditório e ampla defesa
(MS 21.564/DF)
2. Julgamento - Julgamento de natureza política
 Processo pelo SF - Atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo
- 2/3 dos membros
- Votação nominal e aberta
- Presidido pelo Presidente do STF
- Admissão da CD obriga o SF a julgar o PR
- O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do SF, mas
pode intervir para que o processo seja feito corretamente
● Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa

OBS.: a) PR ficará suspenso de suas funções: Nos crimes de responsabilidade,


após a instauração do processo pelo Senado
b) Decorrido o prazo de 180 dias, se o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do PR (mas o processo continua)
 Condenação - Perda do cargo
- Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment)
● Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos

● QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público,

cargo de confiança etc


- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis
- Sentença externalizada por uma Resolução do SF
 Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o
processo de impeachment (MS 21.689-1)

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    28
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
6.2 CRIMES COMUNS

Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não


possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser
responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da
função presidencial.

Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais


(formais):

1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o


Presidente da República somente poderá ser preso por sentença
condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões
cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc.

2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui


referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o
exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o
Presidente da República não responderá pela prática de atos
estranhos ao exercício de suas funções.

Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos


crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que
não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o
término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma
irresponsabilidade temporária.

Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será


suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui
um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime.
Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade
e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo
quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é
bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o
criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para


estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as
providências necessárias ao cumprimento da lei.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    29
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a
pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo,
não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma
vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma
impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o
prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato.

Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de


natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por
atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária.

3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para


instauração do processo por crime comum que guarde
pertinência com o exercício da presidência:

Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser
processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o
exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de
responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade
da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados.
Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política e
fortemente discricionária.

Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos


crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato)
será realizado pelo STF. Diferentemente do Senado Federal, que é
obrigado a julgar o Presidente pelos crimes de responsabilidade, caso a
Câmara tenha autorizado, o Supremo não é obrigado a instaurar o
processo contra o Presidente.

Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é


necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da
República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de
instrução penal anterior à instauração do processo.

A necessidade de licença não impede o inquérito policial


(procedimento anterior ao processo), nem tampouco o
oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém,
apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de
prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes).

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    30
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Afastamento do cargo do Presidente da República

A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas


funções:

I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do


processo pelo Senado Federal.

II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o


mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo
Tribunal Federal.

A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua


acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial
dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja,
naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a
queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada.

Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o


Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado pelo
STF), aí sim o Presidente será afastado.

Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que


promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou
queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal.

Foro de julgamento - crimes comuns: STF


do Presidente - crimes de responsabilidade: Senado

O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja


esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo,
mas isso não impede que o processo continue normalmente.

Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá


seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e
o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá
para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente
dura enquanto durar o mandato.

Esquematizando:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    31
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
 Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no
exercício da função presidencial
 Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier
processuais sentença condenatória do STF 
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares

2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o


ao exercício do exercício da presidência
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato,
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao
exercício de suas funções
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão
6.2) Crimes Comuns 

com o exercício da presidência somente após o término do


mandato, perante a Justiça Comum
● Suspende a prescrição enquanto durar o mandato

● Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode

responder durante o mandato por atos de natureza civil,


administrativa, fiscal ou tributária
3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandato
do processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros)
- Juízo de admissibilidade (Natureza política)
- Julgamento perante o STF
- O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo
● Lembrando que o SF é obrigado a julgar o PR nos

crimes de resp, caso a CD autorize a instauração do


processo por 2/3 dos membros
- Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito
policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER a
denuncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBER
a denúncia (1º ato praticado pelo STF)
 Afastamento ● O PR ficará suspenso de suas funções:
do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o
mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;
● Prazo máximo de afastamento: 180 dias
● Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo
continua normalmente
● Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR

● Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o

processo vai para a justiça competente

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    32
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
VII. GOVERNADORES (Gov)

Os governadores dos estados e do Distrito Federal, por sua vez, somente


possuem uma imunidade formal: autorização de instauração do processo
por 2/3 da Assembleia Legislativa.

Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos governadores


as imunidades para as prisões temporárias e nem as imunidades para que
somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício
da função (ADI 1.021/SP).

Esquematizando:
7) Governadores 

 Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia


Legislativa
 CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias
- imunidades para que somente sejam processados por
atos que guardem pertinência com o exercício da
função
- ADI 1.021/SP

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    33
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. O referido decreto está de
acordo com a CF, pois a possibilidade de delegação da competência para
prover cargos públicos federais abrange também a competência para demitir o
servidor público.

Isso mesmo! Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a


delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já decidiu que o
desprovimento (demissão) também pode ser delegado (RE 633.009).

Gabarito: Certo.

2. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O presidente da República está


sujeito à prisão quando comete infração comum.

Negativo! A Constituição Federal nos diz que o Presidente da


República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções (art. 86, § 4º).

Se o Presidente cometer uma infração comum que não tenha conexão


com o exercício da presidência, ele responderá somente após o
término do mandato, perante a Justiça Comum.

Gabarito: Errado.

3. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa)


Afrontaria a CF dispositivo de Constituição estadual que previsse que a
ausência do país do governador e do vice-governador, por qualquer prazo,
dependeria de prévia licença da assembleia legislativa.

Essa limitação à liberdade do governador deve seguir o modelo federal


pelo princípio da simetria. Dessa forma, a ausência somente pode ser
autorizada quando for superior a 15 dias.

Gabarito: Certo.

4. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) É de competência privativa


do presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    34
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Isso mesmo. Quem celebra os acordos internacionais é o Poder
Executivo. No entanto, os tratados devem ser referendados pelo
Congresso Nacional. Confira o art. 84, VIII da CF.

Gabarito: Certo.

5. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Cargos 1 a 4) Cabe ao Congresso Nacional autorizar


por lei complementar a criação de ministérios e órgãos da administração
pública, podendo o chefe do Executivo dispor, mediante decreto, sobre a
extinção desses órgãos, desde que estejam vagos.

A banca misturou tudo!

A criação de ministérios e órgãos da administração pública é feita por


lei ordinária de iniciativa do Presidente da República e que deve ser
aprovada pelo Congresso Nacional (arts. 61, § 1º, II, “e” c/c 48, XI).

A banca também tentou te confundir com o decreto autônomo,


previsto no art. 84, VI:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre


ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei
(art. 48, XI).

Gabarito: Errado.

6. (CESPE - 2014 - ANATEL - Cargos 13, 14 e 15) Considere que o presidente da


República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma
tentativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo
presenciado o delito, os policiais não poderão efetuar a prisão em flagrante do
presidente da República.

O Presidente da República somente pode ser preso por uma sentença


condenatória do STF, não podendo ser responsabilizado durante o
mandato por atos estranhos ao exercício de suas funções, nem mesmo

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    35
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
em flagrante delito. Assim, como não foi falado na questão que a
tentativa de homicídio tem fins políticos ou relacionados ao mandato,
devemos considerar que é um ato estranho ao mandato de Presidente
da República (ok, concordo que a banca pisou na bola...).

Vamos relembrar:

 Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier


processuais sentença condenatória do STF 
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares

2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o


ao exercício do exercício da presidência
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato,
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao
exercício de suas funções
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão
com o exercício da presidência somente após o término do
mandato, perante a Justiça Comum
● Suspende a prescrição enquanto durar o mandato

● Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode

responder durante o mandato por atos de natureza civil,


administrativa, fiscal ou tributária
Gabarito: Certo.

7. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Compete privativamente ao


presidente da República conceder indulto e anistia.

O art. 84, XII estabelece como competência do Presidente da


República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei.

A concessão da anistia é competência do Congresso Nacional, com a


sanção do Presidente da República (art. 48, VIII).

Gabarito: Errado.

8. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Os ministros de Estado serão


escolhidos pelo presidente da República, entre brasileiros aprovados em
concurso público de provas e títulos.

Aí não! Os Ministros de Estado são as pessoas da mais alta confiança


do Presidente da República e são indicados pelo chefe do Executivo,
sendo, portanto, um cargo de livre nomeação e exoneração (art. 84, I).

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    36
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Gabarito: Errado.

9. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Compete ao ministro de


Estado exercer a orientação, a coordenação e a supervisão dos órgãos e das
entidades da administração federal e estadual concernentes à sua área de
competência.

Estadual não! As esferas (União, estados, DF e municípios) não se


misturam! Segundo o art. 87, I, compete ao Ministro de Estado exercer
a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração federal na área de sua competência e referendar os atos
e decretos assinados pelo Presidente da República

Gabarito: Errado.

10. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O vice-presidente da República, na


vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por crimes funcionais.

Vamos conferir o art. 86, § 4º: O Presidente da República (não é o


vice), na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos (e não crimes funcionais) ao exercício de suas funções.

Gabarito: Errado.

11. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente da República, serão sucessivamente chamados
ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do
Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Isso mesmo. Mas lembre-se de que esses sucessores sempre


exercerão o mandato de forma temporária, ok? Vamos revisar a ordem
de sucessão, segundo o art. 80 da CF:

1. Presidente da Câmara dos Deputados


2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF
Gabarito: Certo.

12. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. As competências conferidas

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    37
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
pelo texto da CF ao presidente da República são indelegáveis, motivo por que
o decreto em apreço é inconstitucional.

De fato, a regra é que as competências privativas do Presidente da


República não podem ser delegadas. No entanto, a CF permite a
delegação de algumas delas. Vamos conferir:

 Art. 84
 Lista exemplificativa
2.4. Atribuições do PR

 São extensíveis aos governadores e prefeitos


 Regra: indelegáveis
- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos,
quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964/GO)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR

Gabarito: Errado.

13. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) O poder regulamentar conferido


diretamente pela CF aos ministros de Estado concede-lhes a competência para
a edição de atos normativos primários, subordinados diretamente à própria CF.

O poder regulamentar é conferido ao Presidente da República e não


aos ministros de estado (art. 84, IV).

Gabarito: Errado.

14. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)


Dispor sobre a organização da administração federal é atribuição privativa do
presidente da República, que somente poderá ser exercida pelo próprio ou,
durante seus impedimentos, por quem o substituir na presidência, vedada a
delegação.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    38
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
O erro está na última parte. Essa atribuição é sim passível de
delegação. Vamos revisar:

 Art. 84
 Lista exemplificativa
2.4. Atribuições do PR

 São extensíveis aos governadores e prefeitos


 Regra: indelegáveis
- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos,
quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964/GO)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR
Gabarito: Errado.

15. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública) O presidente da


República pode dispor, mediante decreto autônomo, acerca da organização e
do funcionamento da administração federal, vedados o aumento de despesa e
a criação ou extinção de órgãos públicos.

Isso aí! Essa é quase a definição do decreto autônomo. Vamos revisar


mais uma vez este decreto, para que isso entre no seu sangue, pois cai
demais em provas!

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Gabarito: Certo.

16. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Se uma


constituição estadual caracterizar como crime de responsabilidade a ausência
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    39
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
injustificada de secretário de Estado convocado pela assembleia legislativa
para dar explicações sobre fato relevante, essa norma será constitucional, uma
vez que a CF assim dispõe em relação aos ministros de Estado.

Aí não! Somente a União pode estabelecer crimes de responsabilidade


e as respectivas normas de processo e julgamento (súmula STF 722).

Gabarito: Errado.

17. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Constitui


crime de responsabilidade o ato do presidente da República que atente contra
o cumprimento das decisões judiciais. Nesse caso, deverá o presidente ser
submetido a julgamento perante o Senado Federal, desde que admitida a
acusação por dois terços da Câmara dos Deputados.

Isso mesmo. Para que o Presidente da República seja julgado por


crime de responsabilidade no Senado Federal, é necessária a
autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados. Para ser condenado,
também é necessário o voto de 2/3 dos senadores.

Vamos revisar também as hipóteses de crime de responsabilidade:

 Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)


i. A existência da União
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades
da Federação
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
iv. A segurança interna do País
v. A probidade na administração
vi. A lei orçamentária
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais
Gabarito: Certo.

18. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - de Polícia Legislativa) O presidente


da República pode delegar a ministro de Estado a competência para aplicar
pena de demissão a servidores públicos federais.

Isso mesmo! Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a


delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já decidiu que o
desprovimento (demissão) também pode ser delegado (RE 633.009).

Gabarito: Certo.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    40
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
19. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) A CF
autoriza o presidente da República a criar cargos e extinguir órgãos públicos
por meio de decreto.

Opa! Essa pegadinha é muito comum nas provas! A criação de cargos


públicos e a criação ou extinção de órgãos deve sempre ser feita por
meio de LEI!

A banca tentou nos confundir com o decreto autônomo. Vamos revisar:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre


ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei
(art. 48, XI).

Gabarito: Errado.

20. (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com o STF, são inaplicáveis aos
governadores o instituto da imunidade formal relativa à prisão do presidente
da República e a cláusula de responsabilidade relativa, mesmo que haja
previsão a tal respeito nas constituições estaduais.

É isso mesmo! A única imunidade formal que o governador pode ter é a


autorização por 2/3 da assembleia legislativa para instauração do
processo. Vamos revisar:
7) Governadores 


Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia
Legislativa
 CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias
- imunidades para que somente sejam processados por
atos que guardem pertinência com o exercício da
função
- ADI 1.021/SP
Gabarito: Certo.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    41
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
21. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) Compete privativamente ao
presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções
ou cargos públicos quando estes estiverem vagos.

Isso mesmo. Essa atribuição é feita através do decreto autônomo.


Vamos revisar:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)


a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Gabarito: Certo.

22. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) O processo relativo a crime de


responsabilidade cometido pelo presidente da República divide-se em duas
partes: um juízo de admissibilidade do processo perante o Senado Federal e o
julgamento perante a Câmara dos Deputados.

A banca trocou as Casas: o juízo de admissibilidade do processo é feito


perante a Câmara dos Deputados e o julgamento é feito perante o
Senado Federal.

Gabarito: Errado.

23. (CESPE - 2014 - CADE - Nível Superior) Se o presidente da República, que


possui prerrogativa de foro em razão da função, praticar crime de
responsabilidade, será julgado pelo Senado Federal, porém, se praticar
qualquer crime comum, independentemente de ter sido praticado em razão da
função, será julgado pelo STF.

A primeira parte da questão está correta: o presidente da República


possui prerrogativa de foro em razão da função e, se praticar crime de
responsabilidade, será julgado pelo Senado Federal.

O erro é que, se o Presidente da República praticar crime comum,


devemos analisar se ele tem ou não pertinência com a função da
presidência. Caso tenha, será julgado pelo STF. Caso não tenha, haverá
a irresponsabilidade temporária e ele será julgado quando o mandato
terminar pela justiça comum.

Gabarito: Errado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    42
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
24. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior - Cargos 3 e 4) Uma vez que o
Brasil adotou o sistema presidencialista, as funções de chefe de Estado e de
chefe de governo acumulam-se na figura do presidente da República,
competindo-lhe, privativamente, expedir decretos e regulamentos para fiel
execução da lei.

Isso aí. No presidencialismo, o Presidente da República é o chefe de


Estado e o chefe de Governo. Além disso, a competência regulamentar
está prevista no art. 84, IV da CF.

Gabarito: Certo.

25. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico) Dada a atribuição constitucional do


presidente da República para dispor sobre a organização e o funcionamento da
administração pública federal, decreto presidencial poderá dispor sobre a
criação de cargos públicos federais remunerados, estabelecendo suas
respectivas remunerações e competências.

Claro que não! Já sabemos que os cargos públicos e órgãos públicos


somente podem ser criados por LEI do Congresso Nacional (jamais por
decreto do Presidente da República).

Gabarito: Errado.

26. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) A sentença condenatória do presidente da


República pela prática de crime de responsabilidade será materializada
mediante resolução do Senado Federal, limitando-se a condenação à perda do
cargo com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Isso mesmo! Vamos revisar a condenação do Presidente da República


por crime de responsabilidade:

 Condenação - Perda do cargo


- Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment)
● Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos

● QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público,

cargo de confiança etc


- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis
- Sentença externalizada por uma Resolução do SF
Gabarito: Certo.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    43
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
27. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As atribuições do presidente da República estão
taxativamente previstas em dispositivo específico da CF.

Questãozinha marota.... dê uma olhada no último inciso do art. 84, que


diz as competências do Presidente da República: XXVII - exercer
outras atribuições previstas nesta Constituição.

Assim, existem outras atribuições do Presidente da República que não


estão no art. 84.

Gabarito: Errado.

28. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção) Cabe exclusivamente ao presidente da República editar medidas
provisórias, de modo que é manifestamente inconstitucional a previsão, em
constituição estadual, de edição de medida provisória por governador.

Segundo o STF na ADI 425, podem os Estados-membros editar


medidas provisórias em face do princípio da simetria, obedecidas as
regras básicas do processo legislativo no âmbito da União.

Gabarito: Errado.

29. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Compete exclusivamente ao


presidente da República conceder anistia, graça e indulto.

O art. 84, XII estabelece como competência do Presidente da


República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei. A concessão da anistia é
competência do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República (art. 48, VIII).

Já quanto à graça, a Constituição Federal não fala de quem é a


competência para concedê-la (é competência do Presidente da
República, segundo a Lei de Execuções Penais).

Gabarito: Errado.

30. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. Considerando que, na
hipótese em tela, o presidente da República agiu como chefe de Estado, a

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    44
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
referida delegação não poderia ocorrer, no âmbito estadual, do governador
para os secretários estaduais.

Por conta do princípio da simetria, os governadores também podem


delegar a atribuição de demitir servidores aos secretários estaduais
(ARE-AgR 680.964 + RE 633.009).

Gabarito: Errado.

31. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Na hipótese


de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, o presidente
do Senado Federal deverá ser chamado ao exercício da presidência da
República.

O presidente da Câmara dos Deputados vem antes do presidente do


Senado Federal na ordem estabelecida pela Constituição Federal.
Vamos revisar:

Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão


sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD
2. Presidente do SF
3. Presidente do STF
Gabarito: Errado.

32. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Entre as atribuições do presidente


da República inclui-se a de iniciar o processo legislativo, nos casos previstos na
CF.

O presidente possui legitimidade para apresentar projetos de lei sobre


matérias não privativas de outras autoridades ou órgãos (de iniciativa
geral), além de ter a iniciativa reservada de diversas leis, como as leis
de orçamento.

Gabarito: Certo.

33. (CESPE – 2012 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal) Como são
irrenunciáveis, todas as atribuições privativas do presidente da República
previstas no texto constitucional não podem ser delegadas a outrem.

As competências privativas do Presidente da República estão dispostas


no art. 84 da Constituição Federal e são, de fato, irrenunciáveis. No
entanto, o próprio artigo prevê que algumas delas poderão ser
delegadas aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    45
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Advogado-Geral da União, observados os limites traçados nas
respectivas delegações. Mas afinal de contas, quais competências
podem ser delegadas pelo Presidente da República?

 Regra: indelegáveis
2.4. Atribuições do PR

- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)


a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos,
quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964 + RE 633.009)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR
- Princípio da simetria: Governadores e Prefeitos também podem delegar.

Gabarito: Errado.

34. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O presidente da República exerce,


entre outras funções, a do controle preventivo de constitucionalidade das leis.

Quando o Congresso Nacional finaliza as deliberações sobre projetos


de lei, deve enviá-los para a apreciação do Presidente da República,
que poderá sancionar ou vetar o projeto. O veto pode se basear na
contrariedade do interesse público ou na inconstitucionalidade do
Projeto de Lei. Quando alega a inconstitucionalidade de um projeto de
lei, o Presidente da República realiza o controle preventivo de
constitucionalidade.

Gabarito: Certo.

35. (CESPE - 2012 - AGU - Advogado) Cabe ao presidente da República, na


condição de comandante supremo das Forças Armadas, nomear os
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e ao ministro da
Defesa cabe, mediante lista de escolha apresentada pelos comandantes das
três forças, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes sejam privativos.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    46
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
A competência que a questão afirma ser do ministro da Defesa
também é do Presidente da República, conforme o art. 84, XIII.

Gabarito: Errado.

36. (CESPE - 2012 – AGU - Advogado) A CF autoriza que o presidente da


República, no exercício de seu poder regulamentar, edite, se houver lei federal
que o autorize a fazê-lo, decreto que crie cargos públicos, com as respectivas
denominações, competências e remunerações.

O Presidente da República pode extinguir os cargos públicos, quando


vagos, por decreto autônomo (art. 84, VI, “b”). No entanto, a criação
de cargos públicos dependerá sempre de lei (art. 61, §1º, II, “a”).

Gabarito: Errado.

37. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) São de iniciativa privativa
do presidente da República as leis que disponham sobre normas gerais para a
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do
Distrito Federal e dos territórios.

Se a Lei federal é de normas gerais para a organização do MP dos


Estados e DFT, a iniciativa é privativa do Presidente da República
(CF, art. 61, § 1º, II, “d”).

Gabarito: Certo.

38. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) O presidente da República


só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou crimes de
responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois terços dos membros
da Câmara dos Deputados.

Para se processar o Presidente da República, é necessária a


autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados, tanto nos crimes
comuns (que serão julgados pelo STF) quanto nos crimes de
responsabilidade (julgados pelo Senado Federal)

Gabarito: Certo.

39. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) No exercício do poder


regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos públicos, quando tal
ato não implicar aumento de despesa.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    47
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Mesmo que não impliquem aumento de despesa (o que parece
improvável), a criação e extinção de órgãos não podem ser realizadas
mediante decreto, por vedação do art. 84, VI, “a”. Em relação aos
cargos públicos, a criação por decreto também é vedada, mas a
extinção é permitida (caso estejam vagos).

Gabarito: Errado.

40. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) No caso de infrações penais


comuns, admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por
maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

A autorização para instauração de processo contra o Presidente da


República cabe somente à Câmara dos Deputados, e não às duas Casas
do Congresso Nacional. Além disso, o quórum é de 2/3 e não de
maioria absoluta.

Gabarito: Errado.

41. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Sempre que for
instaurado, no Senado Federal, processo por crime de responsabilidade contra
o presidente da República, este ficará suspenso de suas funções até o
julgamento definitivo do processo.

Existe um prazo máximo para o afastamento do Presidente da


República após a instauração do processo. Se decorridos 180 dias sem
a conclusão do julgamento, o Presidente voltará às suas funções e o
julgamento segue normalmente. Veja no art. 86, §2º.

Gabarito: Errado.

42. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Em qualquer caso, a


criação, a transformação e a extinção de cargos, empregos e funções na
administração pública federal dependem de autorização do Congresso
Nacional, mediante lei de iniciativa do presidente da República.

Está quaaaase certa! O erro está na extinção de cargos. Se eles


estiverem vagos, o Presidente da República, por decreto autônomo,
poderá extingui-los sem precisar submeter um projeto de lei ao
Congresso Nacional.

Gabarito: Errado.
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    48
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
43. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) Ocorrendo a vacância dos cargos
de presidente da República e de vice-presidente da República, nos dois
primeiros anos do mandato, deverá haver eleição para ambos os cargos pelo
Congresso Nacional, noventa dias depois de aberta a última vaga.

Na primeira metade do mandato, caso haja a dupla vacância, o povo


irá às urnas novamente para a eleição do Presidente da República, que
cumprirá um mandato tampão. Essas eleições devem ocorrer em até
90 dias da última vacância. A eleição indireta é para o caso de a dupla
vacância ocorrer na segunda metade do mandato!

Gabarito: Errado.

44. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata) De acordo com a CF,
incluem-se entre as competências privativas do presidente da República as de
manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus representantes
diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

Conforme art. 84, VII e VIII. É Muito importante que você tenha uma
boa noção das competências do Presidente da República.

Gabarito: Certo.

45. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Poder Executivo, além de


administrar a coisa pública, também legisla e julga, e o seu chefe, eleito pelo
povo, possui várias prerrogativas e garantias que lhe são outorgadas para o
exercício, de forma independente e imparcial, da chefia da nação.

O Poder Executivo possui, como função típica, a de administrar e,


como função atípica, a de legislar (ex. quando emite uma Medida
Provisória) e a de julgar (ex. quando decide nos processos
administrativos). Além disso, a segunda parte da questão também está
correta: o Presidente da República possui várias garantias e
prerrogativas para o exercício independente e imparcial da
presidência, como por exemplo, imunidades formais. Vamos relembrar:

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    49
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Poder Executivo  
1. Funções do

a) Função Típica - Administração


b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)

Gabarito: Certo.

46. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes comuns, o presidente da
República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada
procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que
não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia.

A autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados é condição essencial


para que haja instauração de processo contra o Presidente da
República, tanto nos crimes de responsabilidade quanto nos crimes
comuns. No entanto, lembre-se de que “a necessidade de licença não
impede o inquérito policial, nem tampouco o oferecimento da
denúncia, porém, apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro
ato de prosseguimento praticado pelo Supremo Tribunal Federal."

Gabarito: Certo.

47. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) De acordo com a CF, o


presidente da República pode, em caráter excepcional, delegar aos ministros
de Estado sua competência para editar medidas provisórias.

As medidas provisórias somente podem ser editadas pelo Presidente


da República e ninguém mais. A questão tentou confundir o candidato
com a possibilidade do Presidente delegar aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as
seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    50
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma
da lei; (ARE-AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Gabarito: Errado.

48. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de
sítio quanto para suspender essas medidas.

Realmente, o artigo 84, IX confere ao Presidente da República a


competência para decretar o estado de defesa e o estado de sítio. No
entanto, é o Congresso Nacional quem pode SUSPENDER essas
medidas. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV -
aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado
de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.” Lembre-se:

 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

Gabarito: Errado.

49. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes de responsabilidade, o


Senado Federal, na condição de órgão judicial, exercendo jurisdição recebida
da CF, julga o presidente da República, razão por que é cabível a interposição
de recurso ao STF contra decisão proferida em processo de impeachment.

A primeira parte da questão está correta. Realmente, quando o Senado


Federal julga o Presidente da República, não procede como órgão
legislativo, mas como órgão judicial, exercendo jurisdição recebida da
Constituição. No entanto, o erro da questão está na parte do recurso
ao STF, uma vez que, das decisões do Senado NÃO HÁ RECURSO PARA
NENHUM TRIBUNAL.

Dessa forma, nem mesmo o STF pode mudar o mérito do julgamento


pelo Senado Federal, mas lembre-se de que ele pode intervir para que
seja observado o devido processo legal.

Gabarito: Errado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    51
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
50. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Em que pese a existência do
princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder
Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na
administração direta do Poder Executivo.

A questão trata do decreto autônomo, previsto no art. 84, IV da CF,


que autoriza o Presidente a dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Portanto, o Presidente não está autorizado a dispor sobre órgãos


públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei
(art. 48, XI).

Gabarito: Errado.

51. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude) As


competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto
constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser
objeto de delegação.

A própria Constituição estabelece expressamente a possibilidade de o


Presidente delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei; (ARE-
AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Gabarito: Errado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    52
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
52. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Cabe ao presidente da República,
com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

Quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente da


República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No
entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Lembre-se:

 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

Gabarito: Errado.

53. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Nos casos de crimes de
responsabilidade conexos com os do presidente da República e de crimes
comuns, os ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF.

Os Ministros de Estado respondem perante o STF nas infrações penais


comuns e nos crimes de responsabilidade que não sejam conexos com
os de mesma natureza cometidos pelo Presidente ou o Vice-Presidente
da República.

Já nos crimes de responsabilidade conexos com os de mesma natureza


cometidos pelo Presidente ou Vice-Presidente da República, os
Ministros de Estado responderão perante o Senado Federal. Lembre-se
do esquema:

Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza


SF
responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP
2) Não conexos com PR ou VP STF
ii. Infrações penais comuns STF

Gabarito: Errado.

54. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Nos crimes de responsabilidade,


uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    53
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
A questão contém dois erros: tanto nos crimes de responsabilidade
quanto nos crimes comuns que guardem pertinência com o exercício
do mandato, para que o Presidente da República possa ser processado,
respectivamente, pelo Senado Federal e pelo STF, a Câmara dos
Deputados deve autorizar por 2/3 de seus membros.

Lembre-se também que, durante o mandato, o Presidente da República


não pode ser processado por crimes comuns que não guardem
pertinência com o exercício da presidência.

Gabarito: Errado.

55. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) As atribuições privativas do


presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que
não admite serem elas objeto de delegação.

Em regra, as atribuições do Presidente são indelegáveis, no entanto,


ele pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei; (ARE-
AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Gabarito: Errado.

56. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) O presidente da República


pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do
ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo
Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

Não há essa ressalva para o ministro das relações exteriores, sendo


que o Presidente da República pode nomear e exonerar livremente
todos os seus ministros de Estado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    54
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Lembre-se que existem alguns cargos que precisam de aprovação da
maioria absoluta do Senado Federal: Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco
central, os chefes de missão diplomática de caráter permanente
(embaixadores) e outros servidores, quando determinado em lei.

Gabarito: Errado.

57. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) As constituições estaduais


poderão fixar a exigência de autorização legislativa nos casos de ausência do
chefe do Poder Executivo do país por prazo inferior a quinze dias, por entender
que não se aplica o princípio da simetria na espécie.

Pelo princípio da simetria, essa regra é de observância obrigatória


pelos estados membros, relativamente aos governadores e às
respectivas assembleias legislativas. Assim, os governadores e vice-
governadores de estado não podem se ausentar do país por mais de 15
dias sem autorização da assembleia legislativa e as constituições
estaduais não podem aumentar ou diminuir esse período.

Gabarito: Errado.

58. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O procurador-geral da República


pode, mediante delegação do presidente da República, celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, os quais se sujeitam a referendo do
Congresso Nacional.

Apesar de as atribuições do Presidente da República serem, em regra,


indelegáveis, a própria CF traz a possibilidade de delegação de
algumas delas. Um exemplo é o parágrafo único do art. 84, que
estabelece a possibilidade de o Presidente da República delegar aos
Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    55
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei; (ARE-
AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Gabarito: Errado.

59. (CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo) A função típica do Poder


Legislativo é legislar, do Poder Executivo, administrar e do Poder Judiciário,
exercer a jurisdição. Contudo, cada um dos poderes exerce, em pequena
proporção, função que seria originariamente de outro. Isso ocorre para
assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para que um
poder exerça, em última instância, um controle sobre o outro, evitando-se o
arbítrio e o desmando.

A assertiva está perfeita. Lembre-se que o Poder Executivo possui


como função típica a de administrar e como funções atípicas a de
legislar (ex. quando o Presidente da República elabora uma lei
delegada ou uma Medida Provisória) e a de julgar (ex. quando a
Administração Pública julga os processos administrativos).

Gabarito: Certo.

60. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Entre os requisitos para alguém
candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República,
estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e
ter a idade mínima de trinta anos.

A CF estabelece como requisitos para que alguém seja Presidente da


República e Vice-Presidente da República:

- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro


naturalizado);
- Idade mínima: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma,
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio
de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazo
mínimo de filiação para que alguém se candidate a Presidente.
- Não ser inelegível.

Gabarito: Errado.
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    56
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
61. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) É inconstitucional norma
estadual que determine que o chefe do Poder Executivo promova prestação
trimestral de contas à assembleia legislativa.

O art. 84, XXIV da CF estabelece que compete ao Presidente da


República: “XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.”

Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da


federação. Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses
prazos.

Gabarito: Certo.

62. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A nomeação, pelo


presidente da República, do advogado-geral da União depende da prévia
aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto.

A nomeação do Advogado-Geral da União não precisa de aprovação do


Congresso Nacional. Não confunda PGR com AGU! E lembre-se do
esquema:

 OBS; PR escolhe, mas devem - Min STF


aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores
- Gov Territ
- Presidente e diretores do BACEN
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente
- PGR
- Nomeado pelo PR para um mandato de 2
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa
do PR, deverá ser precedida de autorização
da MA do SF
- Não confundir PGR com AGU (que não
precisa de aprovação do SF)

Gabarito: Errado.

63. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O presidente e o vice-presidente


da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
país por período superior a sessenta dias, sob pena de perda do cargo.

A Constituição estabelece que o presidente e o vice-presidente da


República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    57
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
se do país por período superior a 15 dias, e não 60, como afirma a
questão.

Gabarito: Errado.

64. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O substituto e sucessor natural


do presidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão
sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da
República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
STF.

Perfeita a questão. Quem substitui o Presidente nos casos de


impedimento ou o sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da
República. Na falta dos dois, serão sucessivamente chamados para
ocupar, temporariamente, a Presidência da República:
 Presidente da Câmara dos Deputados
 Presidente do Senado Federal
 Presidente do STF

Gabarito: Certo.

65. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Embora nomeado pelo
presidente da República para um mandato de dois anos, o procurador-geral da
República poderá ser destituído do cargo, de ofício, antes do término do
mandato, por decisão da maioria absoluta dos senadores.

Conforme, art. 52, XI. Cuidado para não confundir o Procurador-Geral


da República (PGR) com o Advogado-Geral da União (AGU). Este
último não precisa de aprovação do Senado Federal para sua
destituição.

Gabarito: Certo.

66. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo) O presidente da República


não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar
de competência exclusiva do Poder Judiciário.

Muito pelo contrário, essa competência é privativa do Presidente da


República, conforme art. 84, XII. Lembre-se de que ela ainda pode ser
delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.

Gabarito: Errado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    58
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
67. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Não ofende a CF norma
estadual que estabeleça, na hipótese de vacância dos cargos de governador e
vice-governador do estado, no último ano do período governamental, a
convocação sucessiva do presidente da assembleia legislativa e do presidente
do TJ, para o exercício do cargo de governador.

Deveria haver a eleição indireta do Governador e Vice pela Assembleia


Legislativa.

Gabarito: Errado.

68. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente do
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e o do STF.

O Presidente da Câmara vem antes do Presidente do Senado (que é o


presidente do Congresso Nacional) na linha sucessória do Presidente
da República. Observe-a:

1. Presidente da Câmara dos Deputados


2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF

Gabarito: Errado.

69. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) A eleição do presidente da


República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí
computados os votos em branco e os nulos.

A questão possui dois erros. Primeiro, o sistema de eleição do


Presidente da República é o majoritário de dois turnos. Assim, caso
nenhum candidato consiga a maioria absoluta dos votos no primeiro
turno, haverá um segundo turno com os dois candidatos mais votados.

O segundo erro é que, quando do cálculo da maioria absoluta, não são


computados os votos em branco e os nulos.

Gabarito: Errado.

70. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os ministros de Estado são
nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    59
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a
qualquer tempo.

De fato, os Ministros de Estado são nomeados livremente pelo


Presidente da República. No entanto, apenas o PR pode nomear ou
exonerar os Ministros de Estado, não dispondo o Congresso Nacional
de tal competência (art. 84, I).

Gabarito: Errado.

71. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos
órgãos instituídos em lei, se necessário.

Trata-se do parágrafo único do art. 84, que estabelece a possibilidade


de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as
seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei;

XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei; (ARE-
AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Gabarito: Certo.

72. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) Na eleição do presidente e do


vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta
na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois
candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a
morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições.

A primeira parte da questão está correta: Caso ninguém consiga a


maioria absoluta de votos no primeiro turno, haverá segundo turno em
20 dias, concorrendo os dois mais votados.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    60
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
No entanto, o erro da questão é que, em caso de morte, desistência ou
impedimento legal de candidato antes do 2º turno, convoca-se o de
maior votação dentre os remanescentes.

Gabarito: Errado.

73. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Embora vigore, no Brasil, o


sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o
poder de sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do
Poder Executivo sempre que os julgar inoportunos e inconvenientes ao
interesse público.

Segundo o art. 49, é da competência exclusiva do Congresso Nacional:


“V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.”

Dessa forma, o CN não pode sustar os atos administrativos do Poder


Executivo, mas tão somente os NORMATIVOS. Além disso, o Congresso
somente pode sustar os atos que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa, não podendo sustá-los caso sejam
inoportunos e inconvenientes ao interesse público.

Gabarito: Errado.

74. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O cargo de presidente será


declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

Conforme o parágrafo único do art. 78, a Constituição estabelece que a


posse do Presidente da República e do Vice-Presidente da República se
dará em sessão conjunta do Congresso Nacional no dia 1º de janeiro.
Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o
Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.

Gabarito: Certo.

75. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Tanto as tarefas de chefe de


Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas
do presidente da República.

O Presidente da República exerce, ao mesmo tempo, as funções de


chefe de estado e de chefe de governo.
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    61
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
Gabarito: Certo.

76. (CESPE - 2010 - AGU – Procurador) Para o STF, é inconstitucional norma


inserida no âmbito de constituição estadual que outorgue imunidade formal,
relativa à prisão, ao chefe do Poder Executivo estadual, por configurar ofensa
ao princípio republicano.

Os governadores dos estados e do Distrito Federal somente possuem


uma imunidade formal: autorização de instauração do processo por
2/3 da Assembleia Legislativa.

Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos


governadores as imunidades para as prisões temporárias e nem as
imunidades para que somente sejam processados por atos que
guardem pertinência com o exercício da função (ADI 1.021/SP).

Gabarito: Certo.

77. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O presidente da República e o


vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso
Nacional, sob pena de perda do cargo.

A Constituição estabelece que o Presidente da República e o Vice não


poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

Gabarito: Errado.

78. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) De acordo com a CF, o


presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações
e distinções honoríficas.

A competência de conferir condecorações e distinções honoríficas é


privativa do Presidente da República e está prevista no art. 84, XXI.
Apesar de as atribuições do Presidente serem, em regra, indelegáveis,
a própria CF traz a possibilidade de delegação de algumas delas. Um
exemplo é o parágrafo único do art. 84, que estabelece a possibilidade
de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as
seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    62
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma da lei; (ARE-
AgR 680.964/GO + RE 633.009)

Assim, a CF não prevê a possibilidade de o Presidente delegar a


conferência de condecorações e distinções honoríficas.

Gabarito: Errado.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    63
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 

Meus caros Analistas do TRE/PE, chegamos ao final de nossa aula de hoje.


Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o
espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que
A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da
Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.
(Henry Ford)

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    64
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
VIII. QUESTÕES DA AULA

1. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. O referido decreto está de
acordo com a CF, pois a possibilidade de delegação da competência para
prover cargos públicos federais abrange também a competência para demitir o
servidor público.

2. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O presidente da República está


sujeito à prisão quando comete infração comum.

3. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa)


Afrontaria a CF dispositivo de Constituição estadual que previsse que a
ausência do país do governador e do vice-governador, por qualquer prazo,
dependeria de prévia licença da assembleia legislativa.

4. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) É de competência privativa


do presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

5. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Cargos 1 a 4) Cabe ao Congresso Nacional autorizar


por lei complementar a criação de ministérios e órgãos da administração
pública, podendo o chefe do Executivo dispor, mediante decreto, sobre a
extinção desses órgãos, desde que estejam vagos.

6. (CESPE - 2014 - ANATEL - Cargos 13, 14 e 15) Considere que o presidente da


República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma
tentativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo
presenciado o delito, os policiais não poderão efetuar a prisão em flagrante do
presidente da República.

7. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Compete privativamente ao


presidente da República conceder indulto e anistia.

8. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Os ministros de Estado serão


escolhidos pelo presidente da República, entre brasileiros aprovados em
concurso público de provas e títulos.

9. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Compete ao ministro de


Estado exercer a orientação, a coordenação e a supervisão dos órgãos e das

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    65
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
entidades da administração federal e estadual concernentes à sua área de
competência.

10. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O vice-presidente da República, na


vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por crimes funcionais.

11. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente da República, serão sucessivamente chamados
ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do
Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

12. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. As competências conferidas
pelo texto da CF ao presidente da República são indelegáveis, motivo por que
o decreto em apreço é inconstitucional.

13. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) O poder regulamentar conferido


diretamente pela CF aos ministros de Estado concede-lhes a competência para
a edição de atos normativos primários, subordinados diretamente à própria CF.

14. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)


Dispor sobre a organização da administração federal é atribuição privativa do
presidente da República, que somente poderá ser exercida pelo próprio ou,
durante seus impedimentos, por quem o substituir na presidência, vedada a
delegação.

15. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública) O presidente da


República pode dispor, mediante decreto autônomo, acerca da organização e
do funcionamento da administração federal, vedados o aumento de despesa e
a criação ou extinção de órgãos públicos.

16. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Se uma


constituição estadual caracterizar como crime de responsabilidade a ausência
injustificada de secretário de Estado convocado pela assembleia legislativa
para dar explicações sobre fato relevante, essa norma será constitucional, uma
vez que a CF assim dispõe em relação aos ministros de Estado.

17. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Constitui


crime de responsabilidade o ato do presidente da República que atente contra
o cumprimento das decisões judiciais. Nesse caso, deverá o presidente ser

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    66
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
submetido a julgamento perante o Senado Federal, desde que admitida a
acusação por dois terços da Câmara dos Deputados.

18. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - de Polícia Legislativa) O presidente


da República pode delegar a ministro de Estado a competência para aplicar
pena de demissão a servidores públicos federais.

19. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) A CF


autoriza o presidente da República a criar cargos e extinguir órgãos públicos
por meio de decreto.

20. (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com o STF, são inaplicáveis aos
governadores o instituto da imunidade formal relativa à prisão do presidente
da República e a cláusula de responsabilidade relativa, mesmo que haja
previsão a tal respeito nas constituições estaduais.

21. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) Compete privativamente ao


presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções
ou cargos públicos quando estes estiverem vagos.

22. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior) O processo relativo a crime de


responsabilidade cometido pelo presidente da República divide-se em duas
partes: um juízo de admissibilidade do processo perante o Senado Federal e o
julgamento perante a Câmara dos Deputados.

23. (CESPE - 2014 - CADE - Nível Superior) Se o presidente da República, que


possui prerrogativa de foro em razão da função, praticar crime de
responsabilidade, será julgado pelo Senado Federal, porém, se praticar
qualquer crime comum, independentemente de ter sido praticado em razão da
função, será julgado pelo STF.

24. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior - Cargos 3 e 4) Uma vez que o
Brasil adotou o sistema presidencialista, as funções de chefe de Estado e de
chefe de governo acumulam-se na figura do presidente da República,
competindo-lhe, privativamente, expedir decretos e regulamentos para fiel
execução da lei.

25. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico) Dada a atribuição constitucional do


presidente da República para dispor sobre a organização e o funcionamento da
administração pública federal, decreto presidencial poderá dispor sobre a
criação de cargos públicos federais remunerados, estabelecendo suas
respectivas remunerações e competências.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    67
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
26. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) A sentença condenatória do presidente da
República pela prática de crime de responsabilidade será materializada
mediante resolução do Senado Federal, limitando-se a condenação à perda do
cargo com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

27. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As atribuições do presidente da República estão


taxativamente previstas em dispositivo específico da CF.

28. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção) Cabe exclusivamente ao presidente da República editar medidas
provisórias, de modo que é manifestamente inconstitucional a previsão, em
constituição estadual, de edição de medida provisória por governador.

29. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Compete exclusivamente ao


presidente da República conceder anistia, graça e indulto.

30. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República,


mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a
penalidade de demissão a servidor público federal. Considerando que, na
hipótese em tela, o presidente da República agiu como chefe de Estado, a
referida delegação não poderia ocorrer, no âmbito estadual, do governador
para os secretários estaduais.

31. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Na hipótese


de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, o presidente
do Senado Federal deverá ser chamado ao exercício da presidência da
República.

32. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Entre as atribuições do presidente


da República inclui-se a de iniciar o processo legislativo, nos casos previstos na
CF.

33. (CESPE – 2012 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal) Como são
irrenunciáveis, todas as atribuições privativas do presidente da República
previstas no texto constitucional não podem ser delegadas a outrem.

34. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O presidente da República exerce,


entre outras funções, a do controle preventivo de constitucionalidade das leis.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    68
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
35. (CESPE - 2012 - AGU - Advogado) Cabe ao presidente da República, na
condição de comandante supremo das Forças Armadas, nomear os
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e ao ministro da
Defesa cabe, mediante lista de escolha apresentada pelos comandantes das
três forças, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes sejam privativos.

36. (CESPE - 2012 – AGU - Advogado) A CF autoriza que o presidente da


República, no exercício de seu poder regulamentar, edite, se houver lei federal
que o autorize a fazê-lo, decreto que crie cargos públicos, com as respectivas
denominações, competências e remunerações.

37. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) São de iniciativa privativa
do presidente da República as leis que disponham sobre normas gerais para a
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do
Distrito Federal e dos territórios.

38. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) O presidente da República


só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou crimes de
responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois terços dos membros
da Câmara dos Deputados.

39. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) No exercício do poder


regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos públicos, quando tal
ato não implicar aumento de despesa.

40. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) No caso de infrações penais


comuns, admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por
maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

41. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Sempre que for
instaurado, no Senado Federal, processo por crime de responsabilidade contra
o presidente da República, este ficará suspenso de suas funções até o
julgamento definitivo do processo.

42. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Em qualquer caso, a


criação, a transformação e a extinção de cargos, empregos e funções na
administração pública federal dependem de autorização do Congresso
Nacional, mediante lei de iniciativa do presidente da República.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    69
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
43. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) Ocorrendo a vacância dos cargos
de presidente da República e de vice-presidente da República, nos dois
primeiros anos do mandato, deverá haver eleição para ambos os cargos pelo
Congresso Nacional, noventa dias depois de aberta a última vaga.

44. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata) De acordo com a CF,
incluem-se entre as competências privativas do presidente da República as de
manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus representantes
diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

45. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Poder Executivo, além de


administrar a coisa pública, também legisla e julga, e o seu chefe, eleito pelo
povo, possui várias prerrogativas e garantias que lhe são outorgadas para o
exercício, de forma independente e imparcial, da chefia da nação.

46. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes comuns, o presidente da
República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada
procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que
não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia.

47. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) De acordo com a CF, o


presidente da República pode, em caráter excepcional, delegar aos ministros
de Estado sua competência para editar medidas provisórias.

48. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de
sítio quanto para suspender essas medidas.

49. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes de responsabilidade, o


Senado Federal, na condição de órgão judicial, exercendo jurisdição recebida
da CF, julga o presidente da República, razão por que é cabível a interposição
de recurso ao STF contra decisão proferida em processo de impeachment.

50. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Em que pese a existência do


princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder
Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na
administração direta do Poder Executivo.

51. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude) As


competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    70
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser
objeto de delegação.

52. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Cabe ao presidente da República,


com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

53. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Nos casos de crimes de
responsabilidade conexos com os do presidente da República e de crimes
comuns, os ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF.

54. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Nos crimes de responsabilidade,


uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF.

55. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) As atribuições privativas do


presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que
não admite serem elas objeto de delegação.

56. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) O presidente da República


pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do
ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo
Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

57. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) As constituições estaduais


poderão fixar a exigência de autorização legislativa nos casos de ausência do
chefe do Poder Executivo do país por prazo inferior a quinze dias, por entender
que não se aplica o princípio da simetria na espécie.

58. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O procurador-geral da República


pode, mediante delegação do presidente da República, celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, os quais se sujeitam a referendo do
Congresso Nacional.

59. (CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo) A função típica do Poder


Legislativo é legislar, do Poder Executivo, administrar e do Poder Judiciário,
exercer a jurisdição. Contudo, cada um dos poderes exerce, em pequena
proporção, função que seria originariamente de outro. Isso ocorre para
assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para que um
poder exerça, em última instância, um controle sobre o outro, evitando-se o
arbítrio e o desmando.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    71
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
60. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Entre os requisitos para alguém
candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República,
estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e
ter a idade mínima de trinta anos.

61. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) É inconstitucional norma


estadual que determine que o chefe do Poder Executivo promova prestação
trimestral de contas à assembleia legislativa.

62. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A nomeação, pelo


presidente da República, do advogado-geral da União depende da prévia
aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto.

63. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O presidente e o vice-presidente


da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
país por período superior a sessenta dias, sob pena de perda do cargo.

64. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O substituto e sucessor natural


do presidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão
sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da
República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
STF.

65. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Embora nomeado pelo
presidente da República para um mandato de dois anos, o procurador-geral da
República poderá ser destituído do cargo, de ofício, antes do término do
mandato, por decisão da maioria absoluta dos senadores.

66. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo) O presidente da República


não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar
de competência exclusiva do Poder Judiciário.

67. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Não ofende a CF norma


estadual que estabeleça, na hipótese de vacância dos cargos de governador e
vice-governador do estado, no último ano do período governamental, a
convocação sucessiva do presidente da assembleia legislativa e do presidente
do TJ, para o exercício do cargo de governador.

68. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente do
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e o do STF.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    72
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
69. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) A eleição do presidente da
República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí
computados os votos em branco e os nulos.

70. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os ministros de Estado são
nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a
qualquer tempo.

71. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos
órgãos instituídos em lei, se necessário.

72. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) Na eleição do presidente e do


vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta
na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois
candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a
morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições.

73. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Embora vigore, no Brasil, o


sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o
poder de sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do
Poder Executivo sempre que os julgar inoportunos e inconvenientes ao
interesse público.

74. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O cargo de presidente será


declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

75. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Tanto as tarefas de chefe de


Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas
do presidente da República.

76. (CESPE - 2010 - AGU – Procurador) Para o STF, é inconstitucional norma


inserida no âmbito de constituição estadual que outorgue imunidade formal,
relativa à prisão, ao chefe do Poder Executivo estadual, por configurar ofensa
ao princípio republicano.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    73
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
77. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O presidente da República e o
vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso
Nacional, sob pena de perda do cargo.

78. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) De acordo com a CF, o


presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações
e distinções honoríficas.

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    74
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
IX. GABARITO
 

1. C 2. E 3. C 4. C 5. E 6. C 7. E 8. E 9. E 10.E

11.C 12.E 13.E 14.E 15.C 16.E 17.C 18.C 19.E 20.C

21. C 22. E 23. E 24. C 25. E 26. C 27. E 28. E 29. E 30. E

31. E 32. C 33. E 34. C 35. E 36. E 37. C 38. C 39. E 40. E

41. E 42. E 43. E 44. C 45. C 46. C 47. E 48. E 49. E 50. E

51. E 52. E 53. E 54. E 55. E 56. E 57. E 58. E 59. C 60. E

61. C 62. E 63. E 64. C 65. C 66. E 67. E 68. E 69. E 70. E

   
71. C 72. E 73. E 74. C 75. C 76. C 77. E 78. E

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    75
TRE/PE 
Aula 09 
Prof. Roberto Troncoso 
X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br

  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    76

Você também pode gostar