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Fontes Chaveadas
Este texto foi elaborado em função da disciplina "Fontes Chaveadas", ministrada nos cursos
de pós-graduação em Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica e de
Computação da Universidade Estadual de Campinas. Este é um material que deve sofrer
constantes atualizações, em função da evolução tecnológica na área da Eletrônica de Potência.
Além disso, o próprio texto pode conter erros, para o que pedimos a colaboração dos
estudantes e profissionais que eventualmente fizerem uso do mesmo, no sentido de enviarem
ao autor uma comunicação sobre as falhas detectadas. Os resultados experimentais incluídos
no texto referem-se a trabalhos executados pelo autor, juntamente com estudantes e outros
pesquisadores, gerando publicações em congressos e revistas, conforme indicado nas
respectivas referências bibliográficas.
José Antenor Pomilio é engenheiro eletricista, mestre e doutor em Eng. Elétrica pela
Universidade Estadual de Campinas. De 1988 a 1991 foi chefe do grupo de eletrônica de
potência do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. Realizou estágios de pós-
doutoramento junto à Universidade de Pádua (1993/1994 e 2015) e à Terceira Universidade
de Roma (2003), ambas na Itália. Foi presidente e membro da diretoria em diversas gestões
da Associação Brasileira de Eletrônica de Potência – SOBRAEP, foi membro do comitê
administrativo da IEEE Power Electronics Society durante quatro anos e é atualmente
membro eleito do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Automática. É editor
associado da Transactions on Power Electroncs (IEEE) e do International Journal of Power
Electronics, tendo sido editor da revista Eletrônica de Potência (SOBRAEP) e editor
associado de Controle e Automação (SBA). É professor da Faculdade de Engenharia
Elétrica e de Computação da Unicamp desde 1984, sendo atualmente o coordenador do
curso de Engenharia Elétrica. Orientou 12 dissertações de mestrado e nove teses de
doutorado, publicou mais de 40 artigos em periódicos nacionais e internacionais e cerca de
200 artigos em congressos internacionais e nacionais. Participou como executor ou
colaborador em diversos projetos conjuntos com empresas e coordenou 15 projetos com
financiamento público (FAPESP, CNPq, CAPES, FINEP). É assessor ad-hoc de diversos
órgãos de financiamento públicos e revisor em mais de uma dezena de publicações
científicas internacionais.
ii
Conteúdo
4. Conversores ressonantes
Princípios de comutação suave. Conversores série e paralelo ressonantes. Regiões de
comutação suave.
6. Componentes passivos
Características não ideais de capacitores e de elementos magnéticos, especialmente em termos
de comportamento com a frequência.
iii
Prefácio
iv
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iT io
L +
iD Ro
T
E D Vo
Io
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Se a corrente pelo indutor não vai a zero durante a condução do diodo, diz-se que o
circuito opera no modo contínuo. Caso contrário tem-se o modo descontínuo. Via de regra
prefere-se operar no modo contínuo devido a haver, neste caso, uma relação bem determinada
entre a largura de pulso e a tensão média de saída. A figura 1.2 mostra as formas de onda típicas
de ambos os modos de operação.
tT tT t2 tx
Δ I Io i
o Io
i
D
i
T
E E
Vo v
D Vo
0 τ
0 τ
Figura 1.2 Formas de onda típicas nos modos de condução contínua e descontínua
A1 = A 2
(1.1)
V1 ⋅ t 1 = V2 ⋅(τ − t 1)
vL
V1
A1
t1 τ
A2
V2
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(E − Vo)⋅ t T = Vo ⋅(τ − t T )
Vo t T (1.2)
= ≡δ
E τ
Δi o (E − Vo)⋅ t T (E − Vo)⋅δ ⋅ τ
Io = = = (1.3)
2 2⋅L 2⋅L
Vo δ
= (1.5)
E t
1− x τ
i o max ⋅ δ
Ii = (corrente média de entrada) (1.6)
2
(E − Vo)⋅ t T
i o max = (1.7)
L
Vo Ii i o max ⋅ δ ( E − Vo) ⋅ δ 2 ⋅ τ
= = = (1.8)
E Io 2 ⋅ Io 2 ⋅ Io ⋅ L
Vo 2 ⋅ L ⋅ Ii
= 1− (1.9)
E E ⋅ τ ⋅ δ2
E Vo E ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = ==> = (1.10)
2 ⋅ L ⋅ Io E 2 ⋅ L ⋅ Io + E ⋅ τ ⋅ δ 2
1+
E ⋅ τ ⋅ δ2
L ⋅ Io
K= (1.11)
E⋅τ
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Vo δ2
= 2 (1.12)
E δ +2⋅K
1± 1− 8 ⋅ K
δ crit = (1.13)
2
0.75
K=.1
Vo/E K=.01 K=.05
0.5
0.25
Cond. contínua
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
δ
Figura 1.4 Característica de controle do conversor abaixador de tensão nos modos contínuo e
descontínuo.
1
Cond. contínua
δ=0,8
0.8
δ=0,6
0.6
Vo/E δ=0,4
Cond. descontínua
0.4
δ=0,2
0.2
0
0
E.τ
Io 8L
Figura 1.5 Característica de saída do conversor abaixador de tensão nos modos contínuo e
descontínuo.
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1.2.3 Dimensionamento de L e de C
Da condição limite entre o modo contínuo e o descontínuo (ΔI=2.Iomin) , tem-se:
( E − Vo) ⋅ τ ⋅ δ
I o min = (1.14)
2⋅L
E ⋅ (1 − δ ) ⋅ δ ⋅ τ
L min = (1.15)
2 ⋅ Io min
Quanto ao capacitor de saída, este pode ser definido a partir da variação da tensão (ripple)
admitida. Enquanto a corrente pelo indutor for maior que Io (corrente na carga, suposta
constante) o capacitor se carrega e, quando for menor, o capacitor se descarrega, levando a uma
variação de tensão ΔVo.
1 ⎡ t T τ − t T ⎤ ΔI τ ⋅ ΔI Δ I Io i
ΔQ = ⋅ + ⋅ = (1.16) o
2 ⎢⎣ 2 2 ⎥⎦ 2 8
tT τ
A variação da corrente é:
(E − Vo)⋅ t T E ⋅ δ ⋅ τ ⋅(1 − δ)
ΔIo = = (1.17)
L L
Observe que ΔVo não depende da corrente. Substituindo (1.17) em (1.16) tem-se:
ΔQ τ 2 ⋅ E ⋅ δ ⋅(1 − δ)
ΔVo = = (1.18)
Co 8 ⋅ L ⋅ Co
Logo,
Vo ⋅(1 − δ)⋅ τ 2
Co = (1.19)
8 ⋅ L ⋅ ΔVo
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L io D
ii iT +
Ro
E T vT Co Vo
E ⋅ t T (Vo − E)⋅(τ − t T )
ΔIi = = (1.20)
L L
E
Vo = (1.21)
1− δ
Teoricamente, quando o ciclo de trabalho tende à unidade a tensão de saída tenda para
infinito. Na prática, os elementos parasitas e não ideais do circuito (como as resistências do
indutor e da fonte) impedem o crescimento da tensão acima de certo limite, no qual as perdas
nestes elementos resistivos se tornam maiores do que a energia transferida pelo indutor para a
saída.
Io i D Io
iT
Vo Vo
v E
E T
0 τ τ
0
Figura 1.7 Formas de onda típicas de conversor boost com entrada CC
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1 − tx τ
Vo = E ⋅ (1.22)
1 − δ − tx τ
E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = E + (1.23)
2 ⋅ L ⋅ Io
Vo δ2
= 1+ (1.24)
E 2⋅K
1± 1− 8 ⋅ K
δ crit = (1.25)
2
K=.01
40
30
Vo/E
cond. descontínua K=.02
20
10 K=.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
δ
Figura 1.8 Característica estática do conversor elevador de tensão nos modos de condução
contínua e descontínua, para diferentes valores de K.
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10
cond. contínua
6
δ=.8
Vo/E cond.
4 descontínua
δ=.6
2 δ=.4
δ=.2
0
0 0.04 0.08 0.12 0.16 0.2
Io E.τ
8.L
Figura 1.9 Característica de saída do conversor elevador de tensão,
normalizada em relação a (Eτ/L)
1.3.3 Dimensionamento de L e de C
O limiar para a condução descontínua é dado por:
E ⋅ δ ⋅(1 − δ)⋅ τ
L min = (1.28)
2 ⋅ Io(min)
Io(max)⋅δ ⋅ τ
Co = (1.29)
ΔVo
Neste conversor, a tensão de saída tem polaridade oposta à da tensão de entrada. A figura
1.10 mostra o circuito.
Quando T é ligado, transfere-se energia da fonte para o indutor. O diodo não conduz e o
capacitor alimenta a carga. Quando T desliga, a continuidade da corrente do indutor se faz pela
condução do diodo. A energia armazenada em L é entregue ao capacitor e à carga.
Tanto a corrente de entrada quanto a de saída são descontínuas. A tensão a ser suportada
pelo diodo e pelo transistor é a soma das tensões de entrada e de saída, Vo+E. A figura 1.11
mostra as formas de onda nos modos de condução contínua e descontínua (no indutor).
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vT
D
iT iD
T
E L Co Ro Vo
iL +
E ⋅ t T Vo ⋅ (τ − t T )
= (1.30)
L L
E ⋅δ
Vo = (1.31)
1− δ
tT tT t2 tx
ΔI iL
Io i D Io
iT
E+Vo E+Vo
vT
E E
0 τ
0 τ
(a) (b)
Figura 1.11 Formas de onda do conversor abaixador-elevador de tensão operando em condução
contínua (a) e descontínua (b).
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E ⋅δ
Vo = (1.32)
1 − δ − tx τ
E ⋅ tT
Ii max = (1.33)
L
Ii max ⋅ t T
Ii = (1.34)
2⋅τ
Io ⋅ Vo
Ii = (1.35)
E
E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = (1.36)
2 ⋅ L ⋅ Io
E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Po = (1.37)
2⋅L
Vo δ2
= (1.38)
E 2⋅K
1± 1− 8 ⋅ K
δ crit = (1.39)
2
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50
40 K=.01
cond. descontínua
30
Vo/E
20 K=.02
10 K=.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
δ
Figura 1.12 Característica estática do conversor abaixador-elevador de tensão nos modos de
condução contínua e descontínua, para diferentes valores de K.
Na figura 1.13 tem-se a variação da tensão de saída com a corrente de carga. Note-se que
a condução descontínua tende a ocorrer para pequenos valores de Io, levando à exigência da
garantia de um consumo mínimo. Existe um limite para Io acima do qual a condução é sempre
contínua e a tensão de saída não é alterada pela corrente. Este equacionamento e as respectivas
curvas consideram que a carga tem um funcionamento de consumo de corrente constante. Caso a
carga tenha um comportamento diverso (impedância constante ou potência constante), deve-se
refazer este equacionamento.
10
cond.
2
descontínua δ=.6
δ=.4
0 δ=.2
0 0.04 0.08 0.12 0.16 0.2
Io E. τ
8.L
Figura 1.13 Característica de saída do conversor abaixador-elevador de tensão, normalizada em
relação a (E.τ/L).
1.4.3 Cálculo de L e de C
O limiar entre as situações de condução contínua e descontínua é dado por:
ΔI L ⋅ (τ − t T ) Vo ⋅ (τ − t T ) ⋅ (1 − δ) Vo ⋅ τ ⋅ (1 − δ) 2
Io = = = (1.40)
2⋅τ 2⋅L 2⋅L
E ⋅ τ ⋅ δ ⋅(1 − δ)
L min = (1.41)
2 ⋅ Io(min)
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Io(max)⋅ τ ⋅ δ
Co = (1.42)
ΔVo
L1 C1 L2 Ro
E Co Vo
S D
Em regime, como as tensões médias sobre os indutores são nulas, tem-se: VC1=E+Vo.
Esta é a tensão a ser suportada pelo diodo e pelo transistor.
Com o transistor desligado, iL1 e iL2 fluem pelo diodo. C1 se carrega, recebendo energia de
L1. A energia armazenada em L2 alimenta a carga.
Quando o transistor é ligado, D desliga e iL1 e iL2 fluem por T. Como VC1>Vo, C1 se
descarrega, transferindo energia para L2 e para a saída. L1 acumula energia retirada da fonte.
A figura 1.15 mostra as formas de onda de corrente nos modos de condução contínua e
descontínua. Note-se que no modo descontínuo a corrente pelos indutores não se anula, mas sim
ocorre uma inversão em uma das correntes, que irá se igualar à outra. Na verdade, a
descontinuidade é caracterizada pelo anulamento da corrente pelo diodo, fato que ocorre também
nas outras topologias já estudadas.
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i L2 i L2
I2
vC1 -Ix
tT t2 tx
V1
τ
tT
τ
Assumindo que iL1 e iL2 são constantes, e como a corrente média por um capacitor é nula
(em regime), tem-se:
I L2 ⋅ t T = I L1 ⋅(τ − t T ) (1.43)
I L1 ⋅ E = I L2 ⋅ Vo
E ⋅δ
Vo = (1.44)
1− δ
Vo δ2
= (1.45)
E 2 ⋅ Ke
Le ⋅ Io L1 ⋅ L 2
Ke = e Le =
E⋅τ L1 + L 2
1 ± 1 − 8 ⋅ Ke
δcrit =
2
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1.5.1 Dimensionamento de C1
C1 deve ser tal que não se descarregue totalmente durante a condução de T. Considerando
iL1 e iL2 constantes, a variação da tensão é linear. A figura 1.16 mostra a tensão no capacitor numa
situação crítica (ripple de 100%). Caso se deseje uma ondulação de tensão de 10%, basta utilizar
um capacitor 10 vezes maior do que o dado pela equação 1.48.
v
C1
2V
C1
V
C1
tT τ t
Figura 1.16. Tensão no capacitor intermediário numa situação crítica.
VC1 = E + Vo (1.46)
Na condição limite:
2 ⋅(E + Vo)
Io = I L2 = C1 ⋅ (1.47)
tT
1.5.2 Dimensionamento de L1
Considerando C1 grande o suficiente para que sua variação de tensão seja desprezível, L1
deve ser tal que não permita que iL1 se anule. A figura 1.17 mostra a corrente por L1 numa
situação crítica.
L 1 ⋅ I L1 max
E= (1.49)
tT
I L1 max
Ii = I L1 = (1.50)
2
E+Vo
+ i
L1
L1
I
E L1max
t τ
T
Figura 1.17 Corrente por L1 em situação crítica.
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Quando T conduz:
E ⋅ tT
L1 = (1.51)
2 ⋅ Ii
E⋅τ⋅δ
L 1 min = (1.52)
2 ⋅ Io(min)
1.5.3 Cálculo de L2
Analogamente à análise anterior, obtém-se para L2:
E⋅δ⋅τ
L 2 min = (1.53)
2 ⋅ Io(min)
E ⋅ δ ⋅ τ2
Co = (1.54)
8 ⋅ L 2 ⋅ ΔVo
+ E -
+
L1 C1 D
i L1 i L2
Vo
E L2 Co
T
Ro
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O conversor Zeta, cuja topologia está mostrada na figura 1.19, também possui uma
característica abaixadora-elevadora de tensão. Na verdade, a diferença entre este conversor, o
Ćuk e o SEPIC é apenas a posição relativa dos componentes.
Aqui a corrente de entrada é descontínua e a de saída é continua. A transferência de
energia se faz via capacitor. A operação no modo descontínuo também se caracteriza pela
inversão do sentido da corrente por uma das indutâncias. A posição do interruptor permite uma
natural proteção contra sobre-correntes. A tensão a ser suportada pelo transistor e pelo diodo é
igual a Vo+E.
- Vo + i L2
T C1 L2
+
L1 D Co Vo
E
i L1 Ro
Pelas funções indicadas anteriormente, tanto para o conversor elevador de tensão quanto
para o abaixador-elevador (e para o Ćuk, SEPIC e Zeta), quando o ciclo de trabalho tende à
unidade, a tensão de saída tende a infinito. Nos circuitos reais, no entanto, isto não ocorre, uma
vez que as componentes resistivas presentes nos componentes, especialmente nas chaves, na
fonte de entrada e nos indutores, produzem perdas. Tais perdas, à medida que aumenta a tensão
de saída e, consequentemente, a corrente, tornam-se mais elevadas, reduzindo a eficiência do
conversor. As curvas de Vo x δ se alteram e passam a apresentar um ponto de máximo, o qual
depende das perdas do circuito.
A figura 1.20 mostra a curva da tensão de saída normalizada em função da largura do
pulso para o conversor elevador de tensão.
Se considerarmos as perdas relativas ao indutor e à fonte de entrada, podemos redesenhar
o circuito como mostrado na figura 1.21.
Para tal circuito, a tensão disponível para alimentação do conversor se torna (E-Vr),
podendo-se prosseguir a análise a partir desta nova tensão de entrada. A hipótese é que a
ondulação da corrente pelo indutor é desprezível, de modo a se poder supor Vr constante.
O objetivo é obter uma nova expressão para Vo, em função apenas do ciclo de trabalho e
das resistências de carga e de entrada. O resultado está mostrado na figura 1.22.
E − Vr
Vo = (1.55)
1− δ
Vr = R L ⋅ Ii
(1.56)
Vo = Ro ⋅ Io
Io = Ii ⋅(1 − δ) (1.57)
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R L ⋅ Io R L ⋅ Vo
Vr = = (1.58)
1− δ (1 − δ)⋅ Ro
R L ⋅ Vo
E−
(1 − δ)⋅ Ro E R L ⋅ Vo
Vo = = − (1.59)
1− δ 1 − δ Ro ⋅(1 − δ) 2
Vo 1− δ
= (1.60)
E 2 R
(1 − δ) + L
Ro
40
Vo( d )
20
Vr
Ii
RL L Io
E E-Vr Co +
Ro Vo
Vo( d )
2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
d
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1.9 Exercícios
b) Determine as seguintes grandezas: Tensão de saída; potência de entrada; correntes médias nos
indutores L1 e L2. Suponha o capacitor de saída grande o suficiente para que Vo seja
praticamente constante.
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Fontes Chaveadas – Cap. 1 Topologias básicas de conversores CC-CC não-isolados J. A. Pomilio
6. O circuito abaixo representa uma fonte chaveada do tipo abaixadora de tensão. O transistor é
comandado por um pulso quadrado com largura 50%, em 25 kHz. Deseja-se obter 10 V na saída,
com um ripple de tensão de 1%. A corrente nominal de saída é de 5 A. Os pulsos de comando do
transistor devem variar entre -15 e +15V, com tempos de subida e de descida de 100ns.
a) Calcule e use na simulação a indutância para operar no MCC com uma corrente de saída de
1 A.
b) Calcule o capacitor de filtro para o ripple de tensão indicado.
c) Simule o circuito, pelo menos por 10 ms, partindo de condições iniciais nulas tanto no
indutor quanto no capacitor, e verifique se os valores teóricos correspondem aos simulados.
Explique eventuais discrepâncias. Inicialmente a carga deve corresponder a uma corrente
de 5 A e, em seguida, alterar para 1 A (valores médios).
d) Calcule o valor da tensão de saída, caso se opere no MCD com corrente média de saída de
0,5 A.
e) Simule o circuito, agora no MCD, partindo de condições iniciais nulas tanto no indutor
quanto no capacitor, e verifique se os valores teóricos correspondem aos simulados.
Determine o valor de R1 considerando o valor esperado para a nova tensão de saída e a
corrente média desejada. Explique eventuais discrepâncias.
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
i arco
i e’
e’ I
E L E L
R R
t
Figura 2.1 Processo de interrupção de corrente (fluxo magnético).
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
Vi e1 e2 Vs
N1 N2
Figura 2.2 Princípio de funcionamento de transformador: secundário em aberto.
Com o secundário aberto, pelo primário circulará apenas uma pequena corrente, chamada
de corrente de magnetização. Todas as tensões e correntes são supostas senoidais. O valor eficaz
da tensão aplicada no primário, e1, é menor do que a tensão de entrada Vi. A corrente de
magnetização produz um fluxo de magnetização no núcleo, Φm.
Vi − e1
ii = (2.1)
Xi
N2
e2 = e1 ⋅ (2.2)
N1
Quando se conecta uma carga no secundário, inicia-se uma circulação de corrente por tal
enrolamento. A corrente do secundário produz um fluxo magnético que se opõe ao fluxo criado
pela corrente de magnetização. Isto leva a uma redução do fluxo no núcleo. Pela lei de Faraday,
ocorre uma redução na tensão e1. Conseqüentemente, de acordo com (2.1), há um aumento na
corrente de entrada, ii, de modo que se re-equilibre o fluxo de magnetização. Este comportamento
está ilustrado na figura 2.3.
Xi ii is
Vi e1 e2 Rs
N1 N2
Figura 2.3 Princípio de funcionamento de transformador: secundário com carga.
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
Verifica-se assim o processo que leva à reflexão da corrente da carga para o lado do
primário, o qual se deve à manutenção do fluxo de magnetização do núcleo do transformador.
Um dispositivo magnético comporta-se como um transformador quando existirem, ao
mesmo tempo, correntes em mais de um enrolamento, de maneira que o fluxo de magnetização
seja essencialmente constante.
E e2 Co Vo
L1
N1 N2
Figura 2.4 Conversor fly-back
N2 E ⋅ δ
Vo = ⋅ (2.3)
N1 (1 − δ)
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
N1 N2
L1 L2
C1 C2
E T Co
V1 V2 D Vo
N2 E ⋅ δ
Vo = ⋅ (2.4)
N1 (1 − δ)
O balanço de carga deve se verificar para C1 e C2. Com N1=N2, C1=C2, tendo o dobro
do valor obtido pelo método de cálculo indicado anteriormente no circuito sem isolação. Para
outras relações de transformação deve-se obedecer a N1.C1=N2.C2, ou V1.C1=V2.C2.
Note que quando T conduz a tensão em N1 é VC1=E (em N2 tem-se VC1.N2/N1). Quando
D conduz, a tensão em N2 é VC2=Vo (em N1 tem-se VC2.N1/N2). A corrente pelos enrolamentos
não possui nível contínuo e o dispositivo comporta-se, efetivamente, como um transformador.
D2 D1 L
T
. . +
E D3 Co Vo
.
N1 N2 N3
Figura 2.6 Conversor forward
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
E ⋅ N1
VN1 = E 0 ≤ t ≤ tT e VN1 = t T ≤ t ≤ t2 (2.5)
N2
E
T . VN1
N1 E
A1
. tT
t2
τ t
N2 A2
D2
E.N1/N2 A1=A2
..
E
2 ⋅ E ⋅ δ1
Vo = e δ1 = δ 2 (2.6)
n
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Fontes Chaveadas – Cap. 2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação J. A. Pomilio
Vce1
i c1 i D1
T1 ..
D1
. L io
. +
V1=E E/n Co Ro
. .. .. .
E E/n
T2 i c2 iD2 D2
Figura 2.9 Conversor push-pull.
O ciclo de trabalho deve ser menor que 0,5 de modo a evitar a condução simultânea dos
transistores. n é a relação de espiras do transformador.
Os transistores devem suportar uma tensão com o dobro do valor da tensão de entrada.
Outro problema deste circuito refere-se à possibilidade de saturação do transformador caso a
condução dos transistores não seja idêntica (o que garante uma tensão média nula aplicada ao
primário). A figura 2.10 mostra algumas formas de onda do conversor.
V1
+E
δ1
δ2
Ic1 -E
Vce1 2E
E
io
Io
τ
Figura 2.10 Formas de onda do conversor push-pull.
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.
E/2 . . L
.
T1 .. +
. . . Co
Vo
E/2 .. .
T2 .
Figura 2.11 Conversor em meia-ponte
.
. .
. . L
.
T1 . T2
..
+
. Co
Vo
E .. .
.
. .
T3 . T4 .
.
Figura 2.28 Conversor em ponte completa.
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2.8 Exercícios
2. Simule o circuito abaixo com uma freqüência de chaveamento de 25kHz, largura de pulso de
50%. A relação de espiras do elemento magnético é de 1:10. Analise os valores das
grandezas listadas abaixo e verifique se o resultado da simulação é consistente com as
expectativas teóricas. Em caso de discrepância, procure justificar as diferenças.
a) Tensão de saída.
b) Ondulação da tensão de saída.
c) Tensão sobre o indutor L1.
d) Ondulação da corrente em L1 e em L2 (considere apenas os intervalos em que há corrente
no transistor e no diodo, respectivamente).
e) Tensão Vce do transistor.
f) Altere o acoplamento dos indutores para 0.95 e repita a simulação e as análises anteriores,
justificando as eventuais alterações de resultados.
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3. Calcule os seguintes parâmetros: L5, L1, L2, C1, δ, para o conversor forward abaixo.
Simule o circuito e verifique se os resultados são consistentes com a expectativa. Justifique
eventuais discrepâncias.
• O circuito opera no modo de condução contínua.
• Tensão de saída de 12V
• Ripple da corrente de saída (em L5) igual a 4 A (pico a pico)
• Ripple da tensão de saída de 1%.
• Relação de espiras entre L1 e L3 é N1=10.N3.
• L2 deve ser tal que garanta a desmagnetização total do núcleo durante a condução de D3.
• A freqüência de chaveamento é de 20 kHz.
4. Utilizando o circuito do exercício anterior, aumente a largura de pulso para 60% e refaça a
simulação. Discuta as alterações nos resultados.
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Eletrônica de Potência – Cap. 3 J. A. Pomilio
Este capítulo se inicia com uma revisão de alguns conceitos básicos dos retificadores.
Este assunto já deve ter sido objeto de estudo em cursos de graduação, razão pela qual não se faz
uma análise aprofundada dos mesmos. O foco deste tópico é estudar novas estruturas de
retificadores e suas aplicações.
O fornecimento de energia elétrica é feito, essencialmente, a partir de uma rede de
distribuição em corrente alternada, devido, principalmente, à facilidade de adaptação do nível de
tensão por meio de transformadores.
Em muitas aplicações, no entanto, a carga alimentada exige uma tensão contínua. A
conversão CA-CC é realizada por conversores chamados retificadores.
Os retificadores podem ser classificados segundo a sua capacidade de ajustar o valor da
tensão de saída (controlados x não controlados); de acordo com o número de fases da tensão
alternada de entrada (monofásico, trifásico, hexafásico, etc.); em função do tipo de conexão dos
elementos retificadores (meia ponte x ponte completa).
Os retificadores não-controlados são aqueles que utilizam diodos como elementos de
retificação, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Usualmente topologias em meia ponte não são aplicadas. A principal razão é que, nesta
conexão, a corrente média da entrada apresenta um nível médio diferente de zero. Tal nível
contínuo pode levar elementos magnéticos presentes no sistema (indutores e transformadores) à
saturação, o que é prejudicial ao sistema. Topologias em ponte completa absorvem uma corrente
média nula da rede, não afetando, assim, tais elementos magnéticos.
A figura 3.1 mostra o circuito e as formas de onda com carga resistiva para um retificador
monofásico com topologia de meia-ponte, também chamado de meia-onda.
Vo
Tensão de entrada
0V
Figura 3.1 Topologia e formas de onda (com carga resistiva) de retificador monofásico não-
controlado, meia-onda.
entrada fique maior, recarregando o capacitor. A forma de onda da corrente de entrada é muito
diferente de uma senóide, apresentando pulsos de corrente nos momentos em que o capacitor é
recarregado, como mostrado na figura 3.4.
Para o retificador com carga indutiva (fig. 3.2.C), a carga se comporta como uma fonte de
corrente. Dependendo do valor da indutância, a corrente de entrada pode apresentar-se quase
como uma corrente quadrada, como mostrado na figura 3.5. Para valores reduzidos de
indutância, a corrente tende a uma forma que depende do tipo de componente à sua jusante. Se
for apenas uma resistência, tende a uma senóide. Se for um capacitor, tende à forma de pulso,
mas apresentando uma taxa de variação (di/dt) reduzida.
+ + + +
Vr
Vp.sin(ωt) Vo=Vr Vp.sin(ωt) Vo Vp.sin(ωt) Vo
100V
0V
200V
Tensão na entrada
0V
-200V
0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms
Corrente de entrada
Tensão de entrada
Figura 3.4 Formas de onda para retificador monofásico não-controlado, onda completa, com
carga capacitiva.
Tensão de entrada
Corrente de entrada
resistivo dominante
Figura 3.5. Formas de onda no lado CA para retificador monofásico, onda-completa, não-
controlado, alimentando carga indutiva.
Lo
+ +
Vr
Co Vo
Tensão
Figura 3.7 Formas de onda no lado CA para retificador trifásico, onda-completa, não-controlado,
alimentando diferentes tipos de carga.
1
P T∫ i
v ( t ) ⋅ ii ( t ) ⋅ dt
FP = = (3.1)
S VRMS ⋅ I RMS
I1
FPV = ⋅ cos φ1 (3.3)
sen o
I RMS
onde I1 é o valor eficaz da componente fundamental e φ1 é a defasagem entre esta componente da
corrente e a onda de tensão.
Neste caso, a potência ativa de entrada é dada pela média do produto da tensão (senoidal)
por todas as componentes harmônicas da corrente (não-senoidal). Esta média é nula para todas as
harmônicas exceto para a fundamental, devendo-se ponderar tal produto pelo cosseno da
defasagem entre a tensão e a primeira harmônica da corrente. Desta forma, o fator de potência é
expresso como a relação entre o valor eficaz da componente fundamental da corrente e a corrente
eficaz de entrada, multiplicada pelo cosseno da defasagem entre a tensão e a primeira harmônica
da corrente.
∞
I RMS = I12 + ∑ I 2n (3.4)
n=2
Define-se a Taxa de Distorção Harmônica – TDH (em inglês, THD - Total Harmonic
Distortion) como sendo a relação entre o valor eficaz das componentes harmônicas da corrente e
o da fundamental:
∑I 2
n
n= 2
TDH = (3.5)
I1
cosφ1
FP = (3.6)
1 + TDH 2
1.0A
100mA
0
10mA
-
1.0mA
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz 1.4KHz1.6KHz
-
0
3.5 Normas IEC 61000-3-2: Distúrbios causados por equipamento conectado à rede pública
de baixa tensão
Esta norma (cuja versão anterior era designada de IEC555-2) refere-se às limitações das
harmônicas de corrente injetadas na rede pública de alimentação. Aplica-se a equipamentos
elétricos e eletrônicos que tenham uma corrente de entrada de até 16 A por fase, conectado a
uma rede pública de baixa tensão alternada, de 50 ou 60 Hz, com tensão fase-neutro entre 220 e
240 V. Para tensões inferiores, os limites não foram ainda estabelecidos (1990). A Emenda 14,
de janeiro de 2001 inseriu algumas alterações nas definições das classes e nos métodos de
medidas, devendo vigorar a partir de 2004. Em 2006 tem-se uma nova edição e, em 2009, novas
emendas foram adicionadas. As emendas normalmente se referem à inclusão de procedimentos
classificatórios de equipamentos ou à definição de novos procedimentos de testes.
Em todas essas versões os equipamentos são classificados em quatro classes:
Classe A: Equipamentos com alimentação trifásica equilibrada e todos os demais não incluídos
nas classes seguintes.
deve estar em conformidade com a figura 3.9. Isto é, deve superar os 5% de limiar de
corrente antes ou em 60º, ter seu pico, antes ou em 65º e não cair abaixo do limiar de 5%
de corrente antes de 90º, com referência a qualquer cruzamento por zero da fundamental
da tensão de alimentação.
• Reguladores de intensidade para lâmpadas incandescentes (dimmer), aplicam os limites
da classe A.
Figura 3.9 Forma de onda referência de corrente para dispositivo de iluminação com lâmpada de
descarga e potência menor ou igual a 25W.
Devido à extensão desses assuntos, destacam-se apenas alguns pontos principais, como
limites de correntes harmônicas para o consumidor e limites de tensões harmônicas globais para
o sistema (concessionárias), limites para notching e interferência telefônica.
a) Distorção Harmônica
Para consumidores, a Norma 519 estabelece limites de correntes harmônicas em função
do tamanho da carga em relação ao nível de curto-circuito local.
DHT (Distorção Harmônica Total) é definida como sendo a relação de valores eficazes
(de tensões ou correntes) :
2
50
Vh
DHT = ∑
h=2
V1
(3.7)
b) Recortes (Notching)
A norma dá especial atenção às descontinuidades causadas pela comutação de chaves
eletrônicas ("notching"), que é uma distorção muito frequente provocada pelos conversores
eletrônicos usados para o acionamento de motores.
w
p rof= d /v.1 0 0 %
a rea = w .d
d v
vac Carga
A figura 3.12 mostra as formas de onda relativas às correntes de entrada com filtro
capacitivo e com filtro LC. Pelos espectros de tais correntes nota-se a redução significativa no
conteúdo harmônico da "onda quadrada" em relação à "onda impulsiva". Note ainda a maior
amplitude da componente fundamental obtida no circuito com filtro capacitivo, devido à sua
defasagem em relação à tensão da rede.
50
tensão
C
LC
-50
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Time
20A
LC
0A
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz
Frequency
Fig. 3.12 Formas de onda e espectro da corrente de retificador monofásico com filtros capacitivo
e LC.
Io
vac
-20A
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Time
12A
0A
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz
Frequency
0 Vac
120Hz
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms
.
Figura 3.15 Formas de onda e circuito com interruptor controlado na frequência da rede
3.7.2.2 Conversor elevador de tensão (boost) como PFP (Pré-regulador de Fator de Potência)
A figura 3.16 mostra o diagrama geral do circuito e do controle de um conversor elevador
de tensão operando como retificador de alto fator de potência, com controle da corrente média
instantânea.
Este tipo de conversor tem sido o mais utilizado como PFP em função de suas vantagens
estruturais como:
• a presença do indutor na entrada bloqueia a propagação de variações bruscas na tensão de
rede (“spikes”), além de facilitar a obtenção da forma desejada da corrente (senoidal);
• energia é armazenada mais eficientemente no capacitor de saída, o qual opera em alta tensão
(Vo>E), permitindo valores relativamente menores de capacitância;
• controle da forma de onda é mantido para todo valor instantâneo da tensão de entrada,
inclusive o zero;
• como a corrente de entrada não é interrompida (no modo de condução contínua), as
exigências de filtros de IEM são minimizadas.
A figura 3.17 mostra, esquematicamente, a ação de um controle MLP de modo a obter
uma corrente média (desprezando as componentes na frequência de comutação) com a mesma
forma da tensão de entrada.
Comportamentos semelhantes podem ser obtidos com os conversores 'Cuk e SEPIC. O
conversor abaixador-elevador de tensão e o conversor Zeta também permitem implementar
retificadores com alto fator de potência, mas quando operando no modo de condução
descontínua.
Vac Vo
Compensador de corrente
Iref
K A
A.B - Vref
Regulador erro
FPB C C2 B de Tensão - PI
+
Figura 3.16 Circuito de controle de conversor elevador de tensão operando como retificador de
alto fator de potência, com controle da corrente média instantânea.
Corrente no interruptor
Corrente de entrada (no indutor)
Figura 3.17 Formas de onda típicas da corrente pelo indutor e no interruptor e resultado
experimental em conversor elevador de tensão
3.5 Comutação
Para qualquer tipo de retificador, nos instantes em que ocorre a transferência de corrente
de um diodo para outro de uma mesma semiponte (lado superior ou inferior do retificador) caso
exista alguma indutância na conexão de entrada, esta transição não pode ser instantânea.
Quando a alimentação é feita por meio de transformadores, devido à indutância de
dispersão dos mesmos, este fenômeno se acentua, embora ocorra sempre, uma vez que as linhas
de alimentação sempre apresentam alguma característica indutiva. Em tais situações, durante
alguns instantes estão em condução simultânea o diodo que está entrando em condução e aquele
que está sendo desligado. Isto significa, do ponto de vista da rede, um curto-circuito aplicado
após as indutâncias de entrada, Li. A tensão efetiva na entrada do retificador será a média das
tensões presentes nas fases. Tal distorção é mostrada na figura 3.18, num circuito trifásico
alimentando carga indutiva. A soma das correntes pelas fases em comutação é igual à corrente
drenada pela carga. Quando termina o intervalo de comutação, a tensão retorna à sua forma
normal (neste caso em que o di/dt em regime é nulo).
Corrente de fase
Vi
Lf
Li + +
Vp.sin(ωt)
Vr Vo Tensão de fase
intervalo de comutação
Figura 3.18 Topologia de retificador trifásico, não-controlado, com carga indutiva. Formas de
onda típicas, indicando o fenômeno da comutação.
equipamento conectado nestes pontos será, assim, alimentado por uma tensão distorcida. NO
exemplo ilustrado a distorção, no entanto, não é devida ao fenômeno de comutação, pois quando
há mudança nos componentes que conduzem, a corrente inicial é nula.
tensão de saída
Vi corrente
0
+
Li
Cf Vo tensão de fase
tensão de linha
Figura 3.19 Topologia de retificador trifásico, não-controlado, com carga capacitiva e formas de
onda típicas, indicando distorção da tensão (não devida à comutação).
+ + +
T1 D1 T1 T2 T1 T2
+ + +
vi(t) vo(t) vi(t) D3 vo(t) vi(t) vo(t)
T2 D2 D1 D2 T3 T4
- - -
alisando à medida que aumenta a constante de tempo elétrica da carga, tendo, no limite, uma
forma plana. Vista da entrada, a corrente assume uma forma retangular, como mostram as figuras
a seguir.
vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iD1(t)
iD2(t)
iT1(t)
iT2(t)
Corrente de entrada
0
α π
Figura 3.21 - Formas de onda de ponte retificadora semicontrolada assimétrica, com carga
altamente indutiva.
π
Vp
⋅ (1 + cos α )
1
Vo =
πα∫ V p ⋅ sinθ ⋅ dθ =
π
(3.8)
π
Vef =
1
∫ (V p ⋅ sinθ)2 ⋅ dθ = V p 1 − α + sin(2α) (3.9)
πα 2 2π 4π
Para uma corrente de carga constante, de valor Io, a corrente eficaz na entrada é:
π
1 α
I ef = ∫ I o ⋅ dθ = I o 1 −
2
(3.10)
πα π
Com tais valores, é possível explicitar o fator de potência desta carga visto pela rede:
P 2 (1 + cos α )
FP = = (3.11)
S π 2 − απ
α
FD1 = cos (3.12)
2
vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iT1(t)
iD2(t)
iT2(t)
iD1(t)
Corrente de entrada
0
α π
Corrente da carga RL
0
200V Tensão na carga
Pulsos de disparo
-200V
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Figura 3.22 Formas de onda de ponte retificadora semi-controlada simétrica, com carga
altamente indutiva. Funcionamento normal (superior) e efeito da supressão dos pulsos de
comando (inferior).
Supondo vi(t) com a polaridade indicada, quando T1 for disparado, a corrente circulará por
T1 e D2. Quando a tensão da fonte inverter a polaridade, D1 entrará em condução e D2 bloqueará.
A tensão na carga será nula pois T1 e D1 conduzirão, supondo que a corrente não se interrompa
(carga indutiva). Quando T2 for disparado, T1 bloqueará. Diodos e tiristores conduzem, cada um
por 180o.
Note que se T2 não for disparado, e supondo que T1 continue a conduzir, em função da
elevada constante de tempo elétrica da carga, no próximo semiciclo positivo a fonte será novamente
acoplada à carga fornecendo-lhe mais corrente. Ou seja, a simples retirada dos pulsos de disparo
não garante o desacoplamento entre carga e fonte. Para que isso ocorra é necessário diminuir o
ângulo de disparo para que a corrente se torne descontínua e assim T1 corte. Obviamente o mesmo
comportamento pode ocorrer com respeito ao outro par de componentes. Este comportamento é
ilustrado na figura 3.22.
Isto pode ser evitado pela inclusão do diodo de livre-circulação D3, o qual entrará em
condução quando a tensão se inverter, desligando T1 e D1. A vantagem da montagem assimétrica é
que os catodos estão num mesmo potencial, de modo que os sinais de acionamento podem estar
num mesmo potencial.
Io
iT 2 (t)= iT 3(t)
0A
Io iT 1 (t)= iT 4(t)
0A
2 00V vi(t)
0 vo(t)
-2 00V
0s 5m s 10m s 1 5m s 20m s 25 m s 30 m s 3 5m s 40 m s
α
Figura 3.23 Formas de onda para ponte totalmente controlada, monofásica, alimentando carga
indutiva.
π +α
1 2V p
Vo =
π ∫α V p ⋅ sin θ ⋅ dθ =
π
⋅ cos α (3.13)
A tensão eficaz de saída é igual ao valor eficaz da tensão de entrada (supondo condução
contínua do conversor, ou seja, a ponte retificadora sempre está em funcionamento). A corrente
eficaz na entrada vale Io.
Com tais valores, é possível explicitar o fator de potência desta carga visto pela rede:
P 2 2 cos α
FP = = (3.14)
S π
A corrente de entrada apresenta-se como uma onda quadrada, com sua componente
fundamental defasada de um ângulo α em relação à tensão. Durante os intervalos em que a
corrente e tensão na entrada apresentam sinais opostos, há um fluxo de energia da carga para a
fonte. Em regime permanente e com carga passiva, no entanto, o fluxo de potência é sempre da
fonte para a carga, ou seja, o ângulo de disparo deve ser inferior a 90º.
Quando se faz o acionamento de um motor CC, a carga comporta-se como um circuito
RL ao qual se adiciona uma fonte de tensão CC, que representa a força contra-eletro-motriz de
armadura, como mostrado na figura 3.24. Em situações em que a constante de tempo é pequena,
ou então a tensão Eg é elevada, é possível que a corrente se anule, fazendo com que os tiristores
comutem dentro de um semiciclo da rede. Em tal situação, como não há corrente, a tensão vista
nos terminais da máquina, vo(t), será a própria tensão de armadura. A tensão vo(t) será igual à
tensão de entrada (retificada) apenas enquanto os tiristores conduzirem.
Numa situação de condução descontínua, para que seja possível acionar os tiristores, é
necessário que no ângulo de disparo a tensão de entrada seja superior à tensão Eg, de modo que
os SCRs estejam diretamente polarizados. Isto significa que, à medida que a máquina se acelera,
elevando o valor da tensão de armadura, existe um mínimo ângulo de disparo possível. Tal
comportamento está ilustrado na figura 3.25. No caso (a), com tensão Eg nula, o acionamento
pode ser feito com um pequeno ângulo de disparo. A corrente é elevada e não se anula dentro de
cada semiperíodo. No caso (b), com tensão mais elevada, a condução se torna descontínua,
desligando os tiristores dentro de cada semiciclo. Quanto a tensão de armadura se torna maior do
que a de entrada, no instante de disparo, “perde-se o pulso”, e os tiristores não são ligados.
+
T2
ia(t) La
T1
+
vi(t) vo(t) Ra
D1 D2 Eg
-
(a) (b)
(c)
Figura 3.25. Formas de onda de retificador semicontrolado, acionando motor CC, em diferentes
valores de Eg (velocidade). De cima para baixo: vT1, iD1, ia, vo e vi.
Vp.sin(wt) Lf
Li + +
van(t)
vo(t) Vo
D1
a)
Vp.sin(wt) T1 Lf
+ +
Li
van(t)
vo(t)
Vo
b)
Figura 3.26 Retificador trifásico semicontrolado (a) e controlado (b).
3 2
Vo = ⋅ Vlinha ⋅ cos α (3.15)
π RMS
Uma corrente no lado CC de baixa ondulação reflete para o lado CA uma onda quase
quadrada, com condução de 120° a cada 180°, deslocada de um ângulo α em relação à tensão.
Neste caso pode-se determinar o espectro da corrente em relação à corrente da carga, Io. A
corrente eficaz no lado CA é 81,6% da corrente no lado CC.
A componente fundamental é Ii1 = 0,78 ⋅ I o , enquanto as harmônicas são dadas por:
I
Iih = i1 , onde n=6k+1, para k=1,2... (3.16)
n
3
FP = cos α (3.17)
π
400
200
200
-200
200
200
-2 0 0
200
-2 0 0
200
-2 0 0
400
200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
200
-200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
200
-200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
Lo
+
Io
Vr
+
-
Vo
+
Vr
-
Figura 3.29 Associação em série de retificadores não controlados. Circuito de “12 pulsos”.
Transformador de interfase
+
Io
Vr
+
-
Vo
+
Vr
-
Figura 3.30 Associação em paralelo de retificadores não controlados. Circuito de “12 pulsos”.
600
Tensão total
400
Tensão em cada retificador
200
Tensão de fase
0
Corrente de fase
-200
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
0A
0Hz 0.5KHz 1.0KHz 1.5KHz 2.0KHz 2.5KHz 3.0KHz
Figura 3.31 Formas de onda e espectro da corrente na rede para retificador de 12 pulsos.
Figura 3.34 Linhas HVDC na Europa: existentes (vermelho), em construção (verde), planejadas
(azul). http://en.wikipedia.org/wiki/High-voltage_direct_current
Icc
Vo
Vcc
Cf
(a) (b)
Figura 3.35 Topologias de conversores CA-CC trifásicos, operando em MLP, com saída em
tensão (a) e em corrente (b).
A obtenção de uma saída que recupere a onda de referência é facilitada pela forma do
espectro, como visto no capítulo anterior. Um filtro passa baixas com frequência de corte acima e
50/60 Hz é perfeitamente capaz de produzir uma atenuação bastante efetiva em componentes na
faixa dos kHz.
A figura 3.36 mostra formas de onde para um retificador monofásico, PWM, tipo fonte de
tensão. O objetivo é manter regulada a tensão CC e, ao mesmo tempo, absorver uma corrente
senoidal e em fase com a tensão (resultando fator de potência unitário). Essa é a mesma
estratégia usada nos retificadores a diodo com correção de fator de potência, apresentados no
início do presente capítulo.
10
SEL>>
-10
V(L1:2)/20 I(L1)
400V
0V
-400V
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms
V(D5:1) V(SUM1:IN2)*200 V(L1:2)
Time
Figura 3.36 Formas de onda de retificador PWM monofásico tipo fonte de tensão. Acima:
Tensão e corrente na fonte. Abaixo: referência (vermelho), fonte (azul) e PWM (verde).
A figura 3.37 mostra uma possível implementação para o controle de um retificador tipo
fonte de tensão, ou seja, com um capacitor no lado CC e indutores no lado CA.
- Ref. de
Tensão de + tensão CC
saída VCC
Filtro
indutivo de Sensor de Compensador de
rede corrente tensão PI
Retificador Tensão
Fonte de Tensão ICA CA
Carga -
+
Comando para Referência ICA*
conversor Erro de
corrente
Indutância de acoplamento: 40 mH
Vcc = 200 V VL VINV
V rede = 180 V (pico)
V ref. = 188 V (pico)
IS VS
δ = + 15º
Figura 3.37 Possível estrutura de controle de retificador PWM e diagrama fasorial para resultar
IS em fase com VS, conhecida a reatância de acoplamento, a corrente necessária e a tensão da
rede.
400V
300V
200V
SEL>>
100V
V(GAIN8:IN)
20
-20
0s 50ms 100ms 150ms 200ms 250ms 300ms 350ms 400ms 450ms 500ms
I(V6) V(GAIN9:OUT)*10
Time
Figura 3.38 Resposta dinâmica do controlador à variação de carga. Tensão CC inicial: 180V.
Ref. de tensão: 300V. Aumento de carga (100%) em 300 ms.
Regulador PI de tensão e controle por histerese.
A figura 3.39 mostra um retificador PWM trifásico no qual a saída apresenta uma
corrente CC, a qual deve ser regulada, de modo a manter a tensão Vo no valor desejado.
Io
Lo
i sa va ia
S1 S2 S3
i sb vb ib Co Ro
v
o Vo
isc vc ic
S4 S5 S6
Figura 3.39 Topologia do conversor CA-CC trifásico, operando em MLP, com saída de corrente.
+Io
-Io
pode ser acionado de acordo com uma lei de modulação senoidal, m1, de modo que a corrente ia
siga a referência ira em termos dos componentes de baixa frequência do espectro.
Da mesma forma, uma lei de modulação m5 pode ser adotada para S5, fazendo com que
ib siga a referência irb.
va vb vc
t1'
t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7
Quando a chave S1 é aberta, uma outra chave da semi-ponte superior deve ser fechada
para permitir a continuidade da corrente. Quando S5 é aberta, outro interruptor da semi-ponte
negativa deve entrar em condução. Para estas funções, S3 e S6 são usadas, uma vez que elas não
alteram as correntes pelas fases a e b. A forma senoidal desejada para a fase c é resultado do fato
que a soma das correntes nas 3 fases é nula. Quando S3 e S6 conduzirem simultaneamente, cria-
se um caminho de livre-circulação para a corrente CC. A figura 3.42 mostra os sinais de
comando para os interruptores e a forma de onda da tensão instantânea sobre o indutor CC, a
qual apresenta um comportamento de 3 níveis. Uma vez que a frequência de chaveamento deve
ser muito maior do que a frequência da rede, pode-se considerar que, dentro de cada ciclo de
chaveamento as tensões da rede são constantes.
As formas de onda mostradas correspondem ao intervalo t1’<t<t2, no qual va>vb, em
módulo e, conseqüentemente, δa>δb.
S1
S5
S6
S3
δ5
δ1
Τ
va-vb
va-vc
vo
Figura 3.42 Sinais de comando para os interruptores e tensão instantânea no lado CC.
i a = ( x1 − x 4 ) ⋅ Io
i b = ( x 2 − x5 ) ⋅ Io (3.18)
i c = ( x 3 − x 6 ) ⋅ Io
v o = (x1 − x 4 ) ⋅ v a + ( x 2 − x 5 ) ⋅ v b + ( x 3 − x 6 ) ⋅ v c (3.19)
i a = ( m1 − m 4 ) ⋅ Io
i b = ( m 2 − m5 ) ⋅ Io (3.20)
i c = ( m 3 − m 6 ) ⋅ Io
v o = ( m1 − m 4 ) ⋅ v a + ( m 2 − m 5 ) ⋅ v b + ( m 3 − m 6 ) ⋅ v c (3.21)
x4 = 0
x2 = 0
(3.22)
x 3 = x1
x 6 = x5
Para obter as correntes senoidais de entrada tem-se (note que estamos supondo corrente
em fase com a tensão, mas esta análise vale para qualquer tipo de corrente):
m1 = M ⋅ sin(ωt )
m 3 = 1 − m1 = 1 − M ⋅ sin(ωt )
m5 = − M ⋅ sin(ωt − 120 o ) (3.23)
m 6 = 1 − m5 = 1 + M ⋅ sin(ωt − 120 ) o
m4 = m2 = 0
i a = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt )
i b = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt − 120 o ) (3.24)
i c = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt + 120 ) o
3 ⋅ Vp ⋅ M
vo = ⋅ cosφ (3.26)
2
Note que se o inversor fornece apenas energia reativa a tensão média no lado CC é nula,
como é de se esperar, já que se trata de um elemento puramente indutivo.
Generalizando um pouco mais, qualquer forma de corrente pode ser sintetizada, desde
que uma referência adequada seja utilizada, o que torna esta topologia bastante própria para a
implementação de filtros ativos de potência.
A figura 3.43 mostra um resultado experimental de um conversor operando baseado neste
princípio. A corrente alternada sintetizada apresenta uma ondulação superposta, relativa à
ressonância do filtro de alta frequência.
positiva no lado CC). Fazendo com que a defasagem seja maior do que 90o o inversor absorve
potência ativa do sistema, levando ao crescimento da corrente Io. Uma vez atingido o valor Io
desejado, o controle deve retornar referência de regime. O mesmo efeito pode ser obtido
controlando-se a amplitude do sinal de referência em função do erro da corrente CC.
v a
ia
IEEE Std. 519 "IEEE Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in
Electric Power Systems". Edition Oct. 1991.
S. B. Dewan: “Optimum Input and Output Filters for a Single-Phase Rectifier Power Supply”.
IEEE Trans. On Industry Applications, vol. IA-17, no. 3, May/June 1981
A. R. Prasad, P. D. Ziogas and S. Manlas: “A Novel Passive Waveshaping Method for Single-
Phase Diode Rectifier”. Proc. Of IECON ‘90, pp. 1041-1050
R. Gohr Jr. and A. J. Perin: “Three-Phase Rectifier Filters Analysis”. Proc. Of Brazilian Power
Electronics Conference, COBEP ‘91,Florianópolis - SC, pp. 281-283.
I. Suga, M. Kimata, Y. Ohnishi and R. Uchida: “New Switching Method for Single-phase AC to
DC converter”. IEEE PCC ‘93, Yokohama, Japan, 1993.
C. de Sá e Silva, “Power factor correction with the UC3854,” Unitrode Application Note U-125,
Unitrode Corporation, USA, 1986.
Mohan, Undeland & Robbins, “Power Electronics”, IEEE Press, 2nd Edition, 1995.
Este capítulo faz uma revisão de alguns conceitos básicos dos retificadores. Um
tratamento mais detalhado é feito na disciplina Eletrônica de Potência I (IT302).
A conversão CA-CC é realizada por conversores chamados retificadores.
No foco da disciplina de Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica, tais conversores possuem aplicações nos três contextos.
Na geração, sua importância é permitir a integração de geradores CA assíncronos à rede,
por meio de uma conversão de CA (em qualquer frequência) para CC. Ao processo de retificação
segue uma conversão CC-CA e, então, uma conexão síncrona com a rede.
Na transmissão, a aplicação de retificadores acontece nos sistemas de transmissão em
corrente contínua, normalmente de alta tensão (HVDC).
Há ainda a aplicação de retificadores na interligação de sistemas assíncronos como, por
exemplo na subestação de Uruguaiana (RS) que interliga os sistemas brasileiro e argentino (50
Hz).
Os retificadores podem ser classificados segundo a sua capacidade de ajustar, ou não, o
valor da tensão/corrente de saída (controlados x não controlados); de acordo com o número de
fases da tensão alternada de entrada (monofásico, trifásico, hexafásico, etc.), ou ainda em função
do tipo de conexão dos elementos retificadores (meia ponte x ponte completa).
Os retificadores não-controlados são aqueles que utilizam diodos como elementos de
retificação, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Usualmente topologias em meia onda não são aplicadas. A principal razão é que, nesta
conexão, a corrente média da entrada apresenta um nível médio diferente de zero. Tal nível
contínuo pode levar elementos magnéticos presentes no sistema (indutores e transformadores) à
saturação, o que é prejudicial ao sistema, ou ainda a uma subutilização do material
ferromagnético do núcleo. Topologias em ponte completa absorvem uma corrente média nula da
rede, não afetando, assim, tais elementos magnéticos.
A figura 3.1 mostra o circuito e as formas de onda com carga resistiva para um retificador
monofásico com topologia de meia-ponte, também chamado de meia-onda.
Vo
Tensão de entrada
0V
Figura 3.1 Topologia e formas de onda (com carga resistiva) de retificador monofásico não-
controlado, meia-onda.
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Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica J. A. Pomilio
a tensão de entrada se torna menor do que a tensão no capacitor os diodos ficam bloqueados e a
corrente de saída é fornecida exclusivamente pelo capacitor, o qual vai se descarregando, até
que, novamente, a tensão de entrada fique maior, recarregando o capacitor. A forma de onda da
corrente de entrada é muito diferente de uma senóide, apresentando pulsos de corrente nos
momentos em que o capacitor é recarregado, como mostrado na figura 3.3. Esta é a configuração
mais comum dos retificadores usados em cargas eletrônicas, devido à boa qualidade da tensão
CC obtida e ao custo reduzido do filtro capacitivo.
Para o retificador com filtro indutivo (fig. 3.2.b), a carga tende se comportar como uma
fonte de corrente. Dependendo do valor da indutância, a corrente de entrada pode se apresentar
quase como uma corrente quadrada, como mostrado na figura 3.4. Para valores reduzidos de
indutância, a corrente tende a uma forma que depende do tipo de componente à sua jusante. Se
for apenas uma resistência, tende a uma senóide. Se for um capacitor, tende à forma de pulso,
mas apresentando uma taxa de variação (di/dt) reduzida.
+ + +
Vo Vr Vo
Vp.sin(ωt) Vp.sin(ωt)
(a) (b)
Corrente de entrada
Tensão de entrada
Figura 3.3 Formas de onda para retificador monofásico não-controlado, onda completa, com
carga capacitiva.
Tensão de entrada
Corrente de entrada
resistivo dominante
Figura 3.4. Formas de onda no lado CA para retificador monofásico, onda-completa, não-
controlado, alimentando carga indutiva.
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Lo
+ +
Vr
Co Vo
Tensão
Figura 3.6 Formas de onda no lado CA para retificador trifásico, onda-completa, não-controlado,
alimentando diferentes tipos de carga.
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Define-se a Distorção Harmônica Total – DHT (em inglês, THD - Total Harmonic
Distortion) como sendo a relação entre o valor eficaz das componentes harmônicas da corrente e
o da fundamental:
1
Crestani, M. “Com uma terceira portaria, o novo fator de potência já vale em abril”. Eletricidade Moderna, ano 22,
no 239, fevereiro de 1994.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-4
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∑I
n=2
2
n
DHT = (3.5)
I1
1.0A
100mA
0
10mA
-
1.0mA
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz 1.4KHz1.6KH
-
0
2
A. R. Prasad, P. D. Ziogas and S. Manlas: “A Novel Passive Waveshaping Method for Single-Phase Diode
Rectifier”. Proc. Of IECON ‘90, pp. 1041-1050
R. Gohr Jr. and A. J. Perin: “Three-Phase Rectifier Filters Analysis”. Proc. Of Brazilian Power Electronics
Conference, COBEP ‘91,Florianópolis - SC, pp. 281-283.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-5
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vac Carga
A figura 3.9 mostra as formas de onda relativas às correntes de entrada com filtro
capacitivo e com filtro LC. Pelos espectros de tais correntes nota-se a redução significativa no
conteúdo harmônico da "onda quadrada" em relação à "onda impulsiva". Note ainda a maior
amplitude da componente fundamental obtida no circuito com filtro capacitivo, devido à sua
defasagem em relação à tensão da rede.
50
te n s ã o
C
LC
-5 0
0s 20m s 40m s 60m s 80m s 100m s
T im e
20A
LC
0A
0Hz 0 .2 K H z 0 .4 K H z 0 .6 K H z 0 .8 K H z 1 .0 K H z 1 .2 K H z
F req u en cy
Fig. 3.9 Formas de onda e espectro da corrente de retificador monofásico com filtros capacitivo e
LC.
3.5.2.1 Conversor elevador de tensão (boost) como PFP (Pré-regulador de Fator de Potência)
A figura 3.10 mostra o diagrama geral do circuito e do controle de um conversor elevador
de tensão operando como retificador de alto fator de potência, com controle da corrente média
instantânea.
Este tipo de conversor tem sido o mais utilizado como PFP em função de suas vantagens
estruturais como:
3
C. de Sá e Silva, “Power factor correction with the UC3854,” Unitrode Application Note U-125, Unitrode
Corporation, USA, 1986.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-6
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Vac Vo
Compensador de corrente
Iref
K A
A.B - Vref
Regulador erro
FPB C C2 B de Tensão - PI
+
Figura 3.10 Circuito de controle de conversor elevador de tensão operando como retificador de
alto fator de potência, com controle da corrente média instantânea.
Corrente no interruptor
Corrente de entrada (no indutor)
Figura 3.11 Formas de onda típicas da corrente pelo indutor e no interruptor e resultado
experimental em conversor elevador de tensão
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+ + +
T1 D1 T1 T2 T1 T2
+ + +
vi(t) vo(t) vi(t) D3 vo(t) vi(t) vo(t)
T2 D2 D1 D2 T3 T4
- - -
π
Vp
⋅ (1 + cos α )
1
Vo =
πα∫ V p ⋅ sinθ ⋅ dθ =
π
(3.7)
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vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iD1(t)
iD2(t)
iT1(t)
iT2(t)
Corrente de entrada
0
α π
Figura 3.13 Formas de onda de ponte retificadora semicontrolada assimétrica, com carga
altamente indutiva.
π
Vef =
1
∫ (V p ⋅ sinθ)2 ⋅ dθ = V p 1 − α + sin(2α) (3.8)
πα 2 2π 4π
Para uma corrente de carga constante, de valor Io, a corrente eficaz na entrada é:
π
1 α
I ef = ∫ I o ⋅ dθ = I o 1 −
2
(3.9)
πα π
Com tais valores, é possível explicitar o fator de potência desta carga visto pela rede:
P 2 (1 + cos α )
FP = = (3.10)
S π 2 − απ
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vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iT1(t)
iD2(t)
iT2(t)
iD1(t)
Corrente de entrada
0
α π
Figura 3.14 Formas de onda de ponte retificadora semi-controlada simétrica, com carga
altamente indutiva.
Io
iT 2 (t)= iT 3 (t)
0A
Io iT 1 (t)= iT 4 (t)
0A
20 0 V vi(t)
0 vo (t)
-2 0 0 V
0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25 m s 30ms 35ms 40 m s
α
Figura 3.15 Formas de onda para ponte totalmente controlada, monofásica, alimentando carga
indutiva.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-10
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A tensão eficaz de saída é igual ao valor eficaz da tensão de entrada (supondo condução
contínua do conversor, ou seja, a ponte retificadora sempre está em funcionamento). A corrente
eficaz na entrada vale Io.
Com tais valores, é possível explicitar o fator de potência desta carga visto pela rede:
P 2 2 cos α
FP = = (3.13)
S π
A corrente de entrada apresenta-se como uma onda quadrada, com sua componente
fundamental defasada de um ângulo α em relação à tensão. Durante os intervalos em que a
corrente e tensão na entrada apresentam sinais opostos, há um fluxo de energia da carga para a
fonte. Em regime permanente e com carga passiva, no entanto, o fluxo de potência é sempre da
fonte para a carga, ou seja, o ângulo de disparo deve ser inferior a 90º.
Vp.sin(wt) T1 Lf
+ +
Li
van(t)
vo(t)
Vo
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Uma corrente no lado CC de baixa ondulação reflete para o lado CA uma onda quase
quadrada, com condução de 120° a cada 180°, deslocada de um ângulo α em relação à tensão.
Neste caso pode-se determinar o espectro da corrente em relação à corrente da carga, Io. A
corrente eficaz no lado CA é 81,6% da corrente no lado CC.
A componente fundamental é Ii1 = 0,78 ⋅ Io , enquanto as harmônicas são dadas por:
I
Iih = i1 , onde n=6k+1, para k=1,2... (3.15)
n
200
200
-200
400
200
200
-2 0 0
1 6 .7 m s 2 0 .0 m s 2 5 .0 m s 3 0 .0 m s 3 5 .0 m s 4 0 .0 m s 4 5 .0 m s 5 0 .0 m s
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400
200
-200
200
-200
16.7m s 20.0m s 25.0m s 30.0m s 35.0m s 40.0m s 45.0m s 50.0m s
200
-2 0 0
200
-2 0 0
1 6 .7 m s 2 0 .0 m s 2 5 .0 m s 3 0 .0 m s 3 5 .0 m s 4 0 .0 m s 4 5 .0 m s 5 0 .0 m s
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+ +
- -
Vo Vo
+ +
Vr Vr
- -
600
Tensão total
400
Tensão em cada retificador
200
Tensão de fase
0
Corrente de fase
-200
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
Figura 3.19 Formas de onda de associação em série de retificadores.
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0A
0Hz 0.5KHz 1.0KHz 1.5KHz 2.0KHz 2.5KHz 3.0KHz
Figura 3.20 Espectro da corrente na rede para retificador de 12 pulsos
A figura 3.21 ilustra um sistema HVDC, incluindo retificadores de 12 pulsos, filtros nos
lados CA e reatores (indutores) de alisamento da corrente no lado CC. É também usual o
emprego de filtros no lado CC. A figura 3.22 mostra uma válvula (associação série) de tiristores
para suportar as elevadas tensões do sistema HVDC.
Na figura 3.21 o retorno da corrente se dá pelo terra. São possíveis circuitos com retorno
por condutor, como é o caso do sistema de Itaipu, em que há um condutor opera em +600 kV e
outro em -600 kV. No entanto, os sistemas são autônomos e podem, em caso de emergência,
atuar com um único condutor e retorno pelo terra.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-15
Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica J. A. Pomilio
CC é menor do que a empregada em longas conexões, sendo da ordem de 200 a 300 kV.
Também a interconexão de parques eólicos off-shore tem se utilizado, crescentemente, de
conexões CC.
Os sistemas off-shore têm sido denominados de “HVDC-light” devido à menor tensão de
operação e menor potência transmitida. Por conta de tal redução, torna-se possível o emprego de
IGBTs ao invés de tiristores, nos circuitos retificadores/inversores.
Figura 3.23 Linhas HVDC na Europa: existentes (vermelho), em construção (verde), planejadas
(azul). http://en.wikipedia.org/wiki/High-voltage_direct_current
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-16
Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica J. A. Pomilio
Icc
Vo
Vcc
Cf
(a) (b)
Figura 3.24 Topologias de conversores CA-CC trifásicos, operando em MLP, com saída em
tensão (a) e em corrente (b).
Sinal MLP
Para um conversor trifásico, existem três referências, devidamente defasadas. Cada um dos
sinais MLP produzidos (e seu sinal complementar) é usado para comandar cada ramo do inversor.
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-17
Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica J. A. Pomilio
Tal procedimento resulta, no sinal de linha (entre fases), um sinal de três níveis, como mostra a
figura 3.26 para um retificador com saída em tensão, com o respectivo espectro e a obtenção do
sinal filtrado.
A obtenção de uma saída que recupere a onda de referência é facilitada pela forma do
espectro. Note-se que, após a componente espectral relativa à referência, aparecem componentes
nas vizinhanças da freqüência de chaveamento. Ou seja, um filtro passa baixas com freqüência de
corte acima e 50/60 Hz é perfeitamente capaz de produzir uma atenuação bastante efetiva em
componentes na faixa dos kHz.
400V
200V
-400V 0V
10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 0Hz 5KHz 10KHz 15KHz 20KHz
Figura 3.26. Formas de onda de tensão de linha em conversor trifásico tipo fonte de tensão, com
respectivos sinal filtrado e espectro.
+Io
-Io
Figura 3.27 Forma de onda instantânea das correntes no lado CA.
A. R. Prasad, P. D. Ziogas and S. Manlas: “A Novel Passive Waveshaping Method for Single-
Phase Diode Rectifier”. Proc. Of IECON ‘90, pp. 1041-1050
R. Gohr Jr. and A. J. Perin: “Three-Phase Rectifier Filters Analysis”. Proc. Of Brazilian Power
Electronics Conference, COBEP ‘91,Florianópolis - SC, pp. 281-283.
C. de Sá e Silva, “Power factor correction with the UC3854,” Unitrode Application Note U-125,
Unitrode Corporation, USA, 1986.
Mohan, Undeland & Robbins, “Power Electronics”, IEEE Press, 2nd Edition, 1995.
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Fontes Chaveadas - Cap. 3 Técnicas de Modulação em Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
T L
E D vo C R Vo
vo
Vo
τ t
t
T
Figura 3.1 Conversor abaixador de tensão e forma de onda da tensão aplicada ao filtro de saída.
3.1 Modulação por Largura de Pulso - MLP (PWM – Pulse Width Modulation)
vp
vc vp
τ - vs(t)
vo
tT
vs(t)
vo
vc
+
Vs Vo t T vc
=
τ vp
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-1
Fontes Chaveadas - Cap. 3 Técnicas de Modulação em Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
A freqüência da portadora deve ser pelo menos 10 vezes maior do que a modulante, de
modo que seja relativamente fácil filtrar o valor médio do sinal modulado (MLP), recuperando
uma tensão média que seja proporcional ao sinal de controle. Para tanto é também necessário que
a onda portadora tenha uma variação linear com o tempo (onda triangular).
Do ponto de vista do comportamento dinâmico do sistema (que será detalhadamente
analisado em capítulos posteriores), a MLP comporta-se como um elemento linear quando se
analisa a resposta do sistema tomando por base os valores médios da corrente e da tensão.
0V
10V
0V
0s 0.2ms 0.4ms 0.6ms 0.8ms 1.0ms
6.0V
4.0V
2.0V
0V
0Hz 50KHz 100KHz 150KHz 200KHz
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 3-2
Fontes Chaveadas - Cap. 3 Técnicas de Modulação em Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
Neste caso, são estabelecidos os limites máximo e/ou mínimo da corrente, fazendo-se o
chaveamento em função de serem atingidos tais valores extremos. O valor instantâneo da
corrente, em regime, é mantido sempre dentro dos limites estabelecidos e o conversor comporta-
se como uma fonte de corrente.
Tanto a freqüência como o ciclo de trabalho são variáveis, dependendo dos parâmetros do
circuito e dos limites impostos. A figura 3.5 mostra as formas de onda para este tipo de
controlador.
MLC só é possível em malha fechada, pois é necessário medir instantaneamente a
variável de saída. Por esta razão, a relação entre o sinal de controle e a tensão média de saída é
direta. Este tipo de modulação é usado, principalmente, em fontes com controle de corrente e que
tenha um elemento de filtro indutivo na saída.
É um controle não-linear e que garante a resposta mais rápida a um transitório de carga,
de referência ou de entrada. Conforme ilustra a figura 3.5, caso ocorra uma diminuição na tensão
de entrada, automaticamente se dá um ajuste no tempo de condução do transistor de modo que
não há qualquer alteração na corrente média de saída e, portanto, na tensão de saída.
Mudança
mudança na tensão de entrada
na carga
io Imax
Io
Imin
t
vo
E
0
t
Figura 3.5 Formas de onda de corrente e da tensão instantânea na entrada do filtro de saída (ver
figura 3.6).
A obtenção de um sinal MLC pode ser conseguida com o uso de um comparador com
histerese, atuando a partir da realimentação do valor instantâneo da corrente. Caso a variável que
se deseja controlar seja a tensão de saída, a referência de corrente é dada pelo erro desta tensão
(através de um controlador tipo integral). A figura 3.6 ilustra este sistema de controle.
A freqüência de comutação é variável e depende dos parâmetros do circuito. Existem
algumas técnicas de estabilização da freqüência, mas envolvem uma perda de precisão na
corrente ou exigem um processamento digital.
A necessidade de realimentação do valor instantâneo da corrente torna o sistema sensível
à presença dos ruídos de comutação presentes na corrente ou mesmo associados à interferência
eletromagnética. Normalmente é preciso utilizar filtros na realimentação de corrente de modo a
evitar comutações indesejadas.
Dado que a freqüência de comutação é variável, o dimensionamento do filtro de saída
deve ser feito para as condições de pior caso, ou seja, para o conjunto de parâmetros que leve à
menor freqüência de operação. Quando a freqüência for superior a este valor a ondulação da
tensão de saída se reduzirá.
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+
vo Vo
sensor
io
corrente Realimentação da
tensão de saída
i* referência de
I v* tensão
comparador
com histerese integrador
Em princípio o controle por histerese poderia ser aplicado diretamente à tensão de saída.
No entanto isto poderia causar sobre-correntes excessivas em situações transitórias. Por exemplo,
partindo de condições iniciais nulas, o transistor somente seria desligado quando o capacitor de
saída atingisse a tensão desejada. Isto demandaria um longo intervalo de tempo, ocasionando um
crescimento excessivo da corrente pelo transistor.
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pode ser compensada medindo-se a tensão instantânea no diodo. Para que a tensão de condução
do diodo seja devidamente considerada, o reset do integrador deve ser muito rápido e o
integrador deve atuar mesmo durante o intervalo em que o transistor está desligado.
clock
+
vo
E
Vo
vo
E
integrador
vi v*
Q Q
comparador Ci
S R vi Rf
+
fc +
v*
clock referência
Figura 3.7 Controle “one-cycle” aplicado a conversor abaixador de tensão.
+
E vo Vo
vo
E
ii
integrador
vi i*
Q Q
comparador Ci
S R vi Rf
+ +
fc i* Realimentação da
clock tensão de saída
Referência
de corrente referência de
I v* tensão de saída
integrador
Figura 3.8 Controle de carga aplicado a conversor abaixador de tensão.
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clock
+
vo
E
Vo
vo
E
v*
clock
integrador
fc comparador vo
+ I v*
+
S&H referência
Neste caso opera-se a partir de um pulso de largura fixa, cuja taxa de repetição é variável.
A relação entre o sinal de controle e a tensão de saída é, em geral, não-linear. Este tipo de
modulação é utilizado, principalmente em conversores ressonantes. A figura 3.10 mostra um
pulso de largura fixa modulado em freqüência.
Um pulso modulado em freqüência pode ser obtido, por exemplo, pelo uso de um
monoestável acionado por meio de um VCO, cuja freqüência seja determinada pelo sinal de
controle.
σ
vo
E Vo
0
t1 t2 t3
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6.0V
4.0V
2.0V
0V
0Hz 50KHz 100KHz 150KHz 200KHz
3.6 Referências
K. M. Smedley and S. Cuk: “One-Cycle Control of Switching Converters”. Proc. of PESC ‘91,
pp. 888-896.
W. Tang and F. C. Lee: “Charge Control: Modeling, Analysis and Design”. Proc. of VPEC
Seminar, 1992, Blacksbourg, USA.
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3.7 Exercícios
1. Simule o circuito abaixo que se refere à aplicação de um sinal MLP a um filtro LC e carga
resistiva. Observe o comportamento da corrente no indutor e da tensão de saída no transitório
de partida (condições iniciais nulas) e quando ocorre a alteração na carga. A tensão de
alimentação do operacional é de +/- 15V. A onda portadora é de 1 kHz, variando entre 0 e 5V.
2. Faça a simulação do circuito abaixo que realiza modulação por limites de corrente (histerese).
Verifique o comportamento da corrente no indutor e da tensão de saída no transitório inicial
(condições iniciais nulas) e quando ocorre a alteração na carga. Compare e comente as
diferenças com os resultados MLP.
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4. CONVERSORES RESSONANTES
Nas topologias em que as chaves semicondutoras comutam a corrente total da carga a cada
ciclo, elas ficam sujeitas a picos de potência que colaboram para o "stress" do componente,
reduzindo sua vida útil. Além disso, elevados valores de di/dt e dv/dt são potenciais causadores de
interferência eletromagnética (IEM).
Quando se aumenta a freqüência de chaveamento, buscando reduzir o tamanho dos
elementos de filtragem e dos transformadores, as perdas de comutação se tornam mais
significativas sendo, em última análise, as responsáveis pela freqüência máxima de operação dos
conversores.
Por outro lado, caso a mudança de estado das chaves ocorra quando tensão e/ou corrente por
elas for nula, o chaveamento se faz sem dissipação de potência.
Analisaremos a seguir algumas topologias básicas que possibilitam tal comutação não-
dissipativa. A carga “vista” pelo conversor é formada por um circuito ressonante e uma fonte (de
tensão ou de corrente). O dimensionamento adequado do par L/C faz com que a corrente e/ou a
tensão se invertam, permitindo o chaveamento dos interruptores em situação de corrente e/ou
tensão nulas, eliminando as perdas de comutação.
vB’B = Vo se iL>0
vB’B = -Vo se iL<0 (4.1)
vAB = E/2
vAB' = (E/2-Vo) (4.2)
Se D2 conduzir:
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vAB = -E/2
vAB' = -(E/2+Vo) (4.3)
vAB = -E/2
vAB' = -(E/2-Vo) (4.4)
Se D1 conduz:
vAB = E/2
vAB' = E/2+Vo (4.5)
1
ωo = (4.6)
Lr ⋅ Cr
V − VCo
i L ( t ) = I Lo ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − to)] + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − to)] (4.7)
Zo
ILo e VCo são as condições iniciais de corrente no indutor e tensão no capacitor, respectivamente. A
tensão V é a tensão CC resultante na malha, ou seja, a soma (ou subtração) da tensão de entrada
com a de saída (V=VAB').
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Lr
Zo = (4.9)
Cr
E
v
C
2Vo
S2 i
L
0
D2 t5 T
-2Vo S1 D1
t4
to t1 t2 t3
1/ωο
1/ωs
Comando de S1
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t3 a t4 t4 a t5
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Note que a entrada e a saída de condução dos transistores e diodos ocorre quando a corrente
é nula. Assim, não existe perda de chaveamento nos semicondutores. Por outro lado, o pico de
corrente pelos dispositivos implica num aumento das perdas de condução.
vC
iL
S1 D1 S2 D2
to t1 t2 t3 t4
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
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iL
vC
D1 S1 D2 S2 D1
to t1 t2 t3 t4
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
Figura 4.7. Formas de onda para ωs>ωo e circuitos equivalentes em cada intervalo do modo de
operação.
E
Vbase =
2
E
I base = (4.10)
2 ⋅ Zo
ω base = ωo
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Io
i
L
S1 D1 C1
E/2 + vc - +
B'
A Vo
B Lr Cr
B Co
S2 D2 C2
E/2 Ro
i
S1
i
D2
v
S1 E
v
S2
E
Figura 4.8. Inclusão de capacitores para obter comutações sob tensão nula.
Io 10
Vo=0.4 Vo=0.4
Vo=0.9
0 ωs
0 0.5 1 1.5 ωo
São mostradas curvas para 2 valores de tensão de saída. Note-se que no modo descontínuo
(ωs<0,5) o conversor se comporta como uma fonte de corrente, cujo valor é ajustado pela variação
da freqüência. A variação da carga (portanto de Vo) não altera o valor da corrente. Isto justifica a
afirmação anterior quanto à característica do conversor possuir uma inerente proteção contra sobre-
corrente.
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Figura 4.10. Conversor ressonante com carga conectada em paralelo com o capacitor
E
− VCo
2
i L ( t ) = Io + (I Lo − Io) ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − t1)] + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)] (4.11)
Zo
E E
v C (t) = − − VCo ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − t1)] + Zo ⋅ (I Lo − Io) ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)] (4.12)
2 2
Onde ILo e VCo são as condições iniciais de corrente no indutor e tensão no capacitor.
iL
A B'
Lr
+
+ + Io
+ E/2 vC
- Cr
-
B
Figura 4.11. Circuito ressonante equivalente para conversor com carga em paralelo ao capacitor.
Nos intervalos (to a t1) e (t3 a t4) as formas de onda têm uma evolução linear.
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E
Io < (4.13)
2Zo
E
vC
E/2
iL
Linear
Linear Io
0
S1 D1
to t1 t2 t3 t4 t5
Comando de S1
Figura 4.12. Formas de onda de corrente e tensão nos elementos ressonantes no modo de operação
descontínuo.
iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t3 t3 a t4 t4 a t5
Figura 4.13. Circuitos equivalentes a cada intervalo de funcionamento
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vC
iL
D2 S1 D1 S2 D2
to t1 t2 t3 t4 t5
Figura 4.14. Formas de onda de corrente pelo indutor e tensão no capacitor para ωo/2<ωs<ωo
iL iL iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
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iL vC
D1 S1 D2 S2
to t1 t2 t3 t4
Figura 4.16. Formas de onda de tensão no capacitor e corrente no indutor para ωs>ωο
iL iL iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
No item 4.2. foi visto um conversor cuja carga, conectada em paralelo ao capacitor de
ressonância, era alimentada através de um filtro LC, ou seja, do ponto de vista do conversor, a
carga se comporta como uma fonte de corrente. Outra possibilidade é ter-se uma carga que se reflita
sobre o capacitor ressonante como uma fonte de tensão [4.3], ou seja, que o estágio de saída não
possua a indutância de filtragem, como se vê na figura 4.19.
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Vo
Io=0.4
4
Io=0.4
Io=0.8
0 ωs
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 ωo 1.2 1.4
Figura 4.18. Característica estática do conversor com carga conectada em paralelo com o capacitor
ressonante.
Io
iL
S1 D1
E/2 +
B'
A Vo
B Lr Cr
B Co
S2 D2
E/2 Ro
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intensidade. Isto se torna mais crítico à medida que crescem a potência e a freqüência de
chaveamento.
ressonante linear
Vo
vC i
L
linear
-Vo
to t1 t2 t3
D1 S1 S1 D2 S2
Figura 4.20. Formas de onda do conversor com carga em paralelo do tipo capacitiva
O controle da tensão de saída, conforme foi visto, se faz pela variação da freqüência de
chaveamento. Isto significa que, para os casos em que se deseja uma larga faixa de variação da
tensão, o espectro de freqüência pode ser grande. A dificuldade oriunda deste fato é que o
dimensionamento dos elementos de filtragem deve ser feito para a menor freqüência possível,
levando, assim, a um superdimensionamento para as freqüências mais altas. Além disso, a relação
entre o sinal de controle e a tensão de saída é, em geral, não-linear, levando a uma maior
dificuldade no projeto da malha de controle.
Outro fator significativo nestes conversores é o de que a corrente e a tensão RMS pelas
chaves semicondutoras é maior do que a necessária para a transferência de potência para a saída.
Isto ocorre por conta da energia envolvida no processo de ressonância próprio do circuito,
implicando no aumento dos reativos do circuito, sem relação com a potência ativa da saída.
Visando basicamente, contornar estes inconvenientes, quais sejam, os maiores valores RMS
e o controle por variação da freqüência, têm sido feitas inúmeras propostas de alterações nestas
topologias, das quais, a título de exemplo, indicaremos o caso do conversor SLR.
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corrente se dá pela condução dos diodos D1 ou D2. A inclusão de capacitores junto aos
interruptores permite, assim, um desligamento suave.
A figura 4.22. mostra as formas de onda obtidas.
Da1
S1 D1
E/2
+
+ vc -
Vo
Lr Co Cr
S2 D2
Ro E/2
Da2
Figura 4.21. Circuito ressonante com carga em série, com limitação de tensão
inclinação depende de Vo
iL
vC
E/2
-E/2
S1 S1 Da1
to t1 t2 t3 t4
Figura 4.22. Formas de onda com limitação da tensão sobre o capacitor ressonante
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Da1
S aux
S1 D1
+ E/2
Vo
Lr Co Cr
S2 D2
Ro E/2
Da2
S aux
S2
S1
E/2
v i
C L
0
-E/2
t2'
to t1 t2 t3 t4 t5
S1 S1 S1 e Da1
Saux
Figura 4.24. Sinais de comando dos interruptores (traços superiores); corrente no indutor e tensão
no capacitor ressonante.
[4.1] H. L. Hey; P. D. Garcia and I. Barbi: “Analysis of Parallel Resonant Converter (PRC)
Operating at Switching Frequency Less than Resonant Frequency”. Proc. of 1st. Power
Electronics Seminar, Florianópolis - SC, Dec. 1989.
[4.2] Y. Kang and A. K. Upadhyay: “Analysis and Design of a Half-Bridge Parallel Resonant
Converter”. Proc. Of IEEE PESC Record, 1987, pp. 231-243.
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Fontes Chaveadas - Cap. 4 Conversores Ressonantes J. A. Pomilio
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4.6 Exercício
Simule o circuito (~20ms) e analise as formas de onda de tensão e de corrente indicadas na figura.
Verifique com cuidado a ocorrência (ou não) de comutação suave.
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S Lr S Lr
Cr
Cr
a)
S Lr S Lr
Cr Cr
b)
Lr Lr
Cr
Cr
a)
Lr Lr Cr
Cr
b)
Da mesma forma que para os interruptores ZCS, os ZVS tem as configurações de meia-onda
(nas quais a tensão sobre o interruptor só pode assumir uma polaridade) e de onda completa (quando
ambas polaridades são possíveis de serem suportadas pelo interruptor), como se vê na figura 5.3.
Lr Lr
Cr
Cr
a)
Lr Lr
Cr Cr
b)
A figura 5.4. mostra algumas das topologias básicas quando convertidas para operar com
ZCS e ZVS. Note-se que a única alteração é a substituição do interruptor simples pelos interruptores
descritos anteriormente.
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Lr Lr
Cr Cr
Cr Lr Lr
Boost Cr
Boost - ZCS Boost - ZVS
Figura 5.4. Conversores buck e boost nas configurações básica, ZCS e ZVS
Neste tipo de conversor, a corrente produzida em uma malha ressonante flui através da
chave, fazendo-a entrar e sair de condução sob corrente nula.
Considerando um conversor abaixador de tensão (figura 5.5), a chave simples é substituída
por uma outra que é associada ao capacitor Cr e ao indutor Lr. O indutor de filtro é suficientemente
grande para considerar-se Io constante.
Io
Lr Lf +
E iL Cf Vo
vC Cr
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iT
2E
vC
E/Zo
E
Io
to t1 t1' t1" t2 t3 T
Figura 5.6. Formas de onda para conversor buck, ZCS, meia onda
Entre t2 e t3 Cr se descarrega a corrente constante. Quando sua tensão se anula o diodo torna
a entrar em condução.
As equações pertinentes ao circuito são:
1
ωo = (5.1)
Lr ⋅ Cr
Lr
Zo = (5.2)
Cr
Lr ⋅ Io
t1 = (5.3)
E
E
i L = Io + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)], para t1 < t < t2 (5.4)
Zo
− Zo ⋅ Io
a sin
E
t2 = + t1 (5.5)
ωo
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Io
v C = v C ( t 2) − ⋅ ( t − t 2) , para t2 < t < t3 (5.7)
Cr
v C ( t 2) ⋅ Cr
t3 = t2 + (5.8)
Io
Note que Vo é a tensão média sobre o capacitor Cr (pois a tensão média sobre Lf é nula).
Como a forma de vC depende a corrente Io, a regulação deste circuito (em malha aberta) não é boa.
Registre-se ainda que o capacitor fica sujeito a uma tensão com o dobro da tensão de entrada,
enquanto a corrente de pico pela chave é maior do que o dobro da corrente de saída.
A tensão de saída é dada por:
1
t2 t3
Io
Vo = ∫ E ⋅ {1 − cos[ωo ⋅ ( t − t1)]} ⋅ dt + ∫ v C ( t 2) − ( t − t 2) ⋅ dt (5.9)
T Cr
t1 t2
Nota-se a dependência da tensão de saída com a corrente de carga (que é a que descarrega o
capacitor Cr entre t2 e t3). A figura 5.7. mostra a variação de Vo (normalizada em relação à tensão
de entrada) com a corrente (normalizada em relação à corrente de pico do circuito ressonante).
Assim, é necessária a presença de uma carga mínima de modo que se proceda à descarga de Cr
dentro do período de chaveamento.
0.6
0.4
0.2
2fs
fs
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Z
Corrente de carga normalizada Io.
E
Figura 5.7. Variação da tensão de saída com a corrente da carga.
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0.5
0.8
0.7
0.6
0.9
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
fs
f
Figura 5.8. Variação da tensão de saída com a freqüência de chaveamento, para diferentes correntes
de carga.
Para que seja possível a ocorrência de comutação não-dissipativa, é necessário que o valor
de pico da senóide de corrente, E/Zo, (que se inicia em t1) seja maior que Io, uma vez que isto
garante que a evolução de iT se fará de modo a inverter sua polaridade (veja eq. 5.4).
Uma outra possibilidade de se obter um circuito ZCS é mostrada na figura 5.9., alterando-se
a posição do capacitor. Neste caso a máxima tensão sobre o capacitor fica limitada a +/-E. A figura
5.10. mostra as formas de onda pertinentes.
Cr
Lr Lf
E Cf
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v i
C L
+E
Io
0
-E
to t1 t1" t2 t3
iL
2E vC
E
Io
to t1 t1' t1" t2 t3
Figura 5.11. Formas de onda da corrente e da tensão nos componentes do circuito ressonante
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0.2 fs
0.1
0 0.2 0.4 0.6 Io Z 0.8 1
Corrente de saída normalizada
.
E
Figura 5.12 Variação da tensão de saída com a corrente de carga.
Nestes conversores o capacitor ressonante produz uma tensão nula sobre a chave, devendo
ocorrer o chaveamento sob esta situação.
O circuito mostrado é de uma topologia abaixadora de tensão. O funcionamento é de meia-
onda, uma vez que o diodo não permite a inversão da tensão no capacitor. A corrente de saída pode
ser considerada constante (Lf grande o suficiente) durante o intervalo em que ocorre a ressonância
entre Lr e Cr.
Io
Lr iL Lf
Dr +
E Cf Vo
Cr
+ vC
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vC iL
Io
Zo.Io
E
0
E ⋅ Cr
t1 = (5.10)
Io
1 −E
t 2 = t1 + ⋅ a sin (5.12)
ωo Zo ⋅ Io
E
i L = i L ( t 2) + ⋅ ( t − t 2) , para t2 ≤ t ≤ t3 (5.14)
Lr
Lr ⋅ [Io − i L ( t 2)]
t3 = t2 + (5.15)
E
Como as tensões médias sobre as indutâncias são nulas, a tensão de saída é a diferença entre
a tensão de entrada e a tensão média sobre o capacitor ressonante.
Vo = E − v C (5.16)
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1 Io ⋅ t
t1 t2
A grandeza Zo.Io deve ser maior que E, caso contrário vC não irá se anular, e Dr não
conduzirá, fazendo com que a entrada em condução do transístor se dê sob tensão não nula.
Neste circuito, o tempo desligado da chave é constante, podendo-se variar a tensão de saída
pelo ajuste da freqüência.
Novamente aqui o capacitor e a chave semicondutora devem suportar uma tensão de pico
com valor maior do que o dobro da tensão de entrada e que aumenta com o aumento da corrente de
saída.
A figura 5.15. mostra a variação da tensão de saída (normalizada em relação à tensão de
alimentação) com a freqüência de chaveamento (normalizada em relação à freqüência de
ressonância), para diferentes correntes de carga (normalizadas em relação a E/Zo).
Nota-se que quanto maior a corrente, menor a tensão de saída. Isto se explica facilmente,
uma vez que para correntes maiores o pico da tensão sobre Cr aumenta e, portanto, a tensão média
sobre este capacitor, reduzindo assim a tensão de saída.
Existe um limite tanto para a máxima corrente, quanto para a máxima freqüência, acima do
qual a tensão média sobre o capacitor se iguala à tensão de entrada. O aumento da freqüência de
chaveamento ou da corrente levaria, em princípio, a tensões negativas de saída, o que não é possível
devido à existência do diodo de livre-circulação.
1
0.8
0.6
Vo/E
0.4
Io=1
0.2
Io=2.5
0 Io=5
0.2
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
fs/fo
Figura 5.15. Variação da tensão de saída com a freqüência de chaveamento, para diferentes
correntes de carga.
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iL Io
S1 D1 C1
E
Lf +
Vo
Cf
S2 D2 C2
v C2
E
iL
Io=i L
S1 D2 S1
S2 C1 D1
C1 C2 C2
to t1 t2 t3 t4 t5 T
Figura 5.17. Formas de onda do conversor buck-ZVS com limitação da sobre-tensão
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Dp iL Io
Lr Lf +
Sp
Da Sa
E Df Cf Vo
vd
vc Cr
2E
δ* vd
E
2E vC
iL
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fs
Vo = E ⋅ δ * + (5.18)
fo
1
Vo/E 0.5
*
fs/fo = 0.1 δ fs/fo = 0.001
Figura 5.20. Variação da tensão de saída com o intervalo de interrupção do ciclo ressonante, para
diferentes freqüências de chaveamento
A chave auxiliar, Sa, entra em condução ainda durante a condução de Sp, mas não ocorre
nenhuma alteração nas formas de onda do circuito. No instante to a chave principal é aberta sob
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tensão nula (o capacitor Cr está descarregado). Este capacitor se carrega linearmente com a corrente
de saída, fazendo com que a tensão vD se reduza da mesma forma, até que, em t1, o diodo de livre-
circulação entra em condução e a corrente da saída circula por ele. Como a chave auxiliar continua
conduzindo, o indutor Lr também entra num intervalo de livre-circulação até que em t2 o interruptor
Saux é aberto (sob tensão nula).
Sp
Sa
E V
Cr
0
Io IL
0
V
E D
0 V
Lr
to t1 t2 t3 t4 t5 T
Inicia-se então a ressonância entre Lr e Cr. A tensão sobre o capacitor cresce ainda mais, por
causa da energia presente em Lr, produzindo importante sobre-tensão sobre o interruptor principal.
A tensão prossegue o comportamento oscilante até que, em t3, se anula, levando à condução o diodo
em antiparalelo com a chave principal, por onde passa a circular a corrente presente em Lr. Esta
corrente assume uma variação linear. Durante a condução do diodo envia-se o sinal de comando
para o interruptor, o qual entra em condução apenas a corrente se torne positiva (em t4). A corrente
de entrada cresce até atingir o nível da corrente de saída, quando o diodo de livre-circulação desliga,
completando o ciclo (em t5).
Nota-se que a tensão sobre o diodo obedece à tensão de comando de S, a menos de atrasos
que dependem do circuito ressonante e dos parâmetros do circuito (como a tensão de entrada, a
corrente de carga, etc.).
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para ligarem durante a condução dos diodos, entrando em condução quando a corrente se inverter,
sem dissipar potência, e iniciando o semi-ciclo negativo.
T1 D1 D2 T2
Lr
iL
A Cr B
E + -
Ia
T4 CARGA T3
D4 D3
V AB
E
+Ip
iL
T2 D1
T4 D3
0
T1 D2
T3 D4
-Ip
-E
Ressonante (Cr)
Figura 5.24. Formas de onda do inversor pseudo-ressonante
A obtenção de comutação suave exige um valor mínimo para a corrente de pico dado por:
Cr
Ip ≥ Ia + 2 ⋅ E ⋅ (5.19)
Lr
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A figura 5.25. mostra uma topologia (alimentada em tensão) destes conversores, chamada de
regenerativa (por permitir a inversão no sentido da corrente).
Lr
carga IL
Cr
+ Vc
E
A figura 5.26. mostra as formas de onda da corrente pelo indutor e da tensão aplicada à
carga.
i
L
vC
E
D T
t1 t2 t3 t4 T
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Lr
+ +
Ii Co Vo E Co Vo
Considere-se um capacitor Cr cujo valor forme um circuito ressonante juntamente com Lr,
cuja freqüência seja maior do que a freqüência de operação do conversor. Existem 3 possibilidades
de colocação de Cr no circuito de modo a obter comutação ZVS. A chave S deve ser bidirecional
em corrente ou em tensão [5.7].
Cr
Lr Lr Lr
+ + Cr +
S
E S Co Vo E Cr Co Vo E S Vo
Co
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Vo
vc
iL
S Do S
Ds
Cr
t1 t2 t3 t4 t5 T
Cr
A figura 5.30. mostra um conversor elevador de tensão que difere de uma topologia MLP
convencional pela adição de uma rede ressonante auxiliar [5.8], composta, além do Lr e Cr, do
interruptor S2 e dos diodos D2 e D3.
Diferentemente do que ocorre nos conversores que empregam chaves ressonantes (ZVS),
aqui se faz a introdução de um circuito auxiliar que se comporta como uma espécie de “snubber”
ativo, que reduz a potência a ser dissipada sobre o interruptor e envia essa energia para a carga ou
para a fonte.
Embora o exemplo utilizado seja de um conversor elevador de tensão, pode-se aplicar este
princípio a qualquer das topologias.
VD
Li Is Do
Ii Lr
+
Cr I Lr
E
Vs Vo
Co Ro
S 2 D3
S1 D1
D2
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S1
hard
S2
I Lr
Ii Is
0
Vo VD
0 VS
S2 S2 S2 D1 S1 S1 Do
Do Lr D1 D3 D3 Cr
Lr Cr
to t1 t2 t3 t4 t5 t6 T
Ii ⋅ Lr
t1− to = (5.20)
Vo
Ii Ii Cr Ii
Vo Lr Lr
Lr
to a t1 t1 a t2 t2 a t3
Lr
Ii Ii Ii Cr Ii
Vo
Vo
t3 a t4 t4 a t5 t5 a t6 t6 a T
A corrente ILr continua a crescer, agora com um comportamento ressonante. Cr, que estava
carregado, se descarrega até zerar sua tensão (em t2), quando o diodo D1 entra em condução.
π
t 2 − t1 = ⋅ Lr ⋅ Cr (5.21)
2
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Para obter uma entrada em condução não dissipativa, o sinal de comando de S1 deve ser
aplicado durante a condução de D1 (ou seja, após t2). Entre t2 e t3 conduzem S2 e D1, de modo que
a tensão sobre Lr é nula e a corrente por ele se mantém constante.
Em t3, S2 é desligado, o que força a corrente iLr a circular por D3, fazendo-a decair
linearmente. Isto provoca um desligamento dissipativo de S2, uma vez que a tensão sobre este
interruptor cresce para o valor da tensão de saída. Entre t3 e t4 a corrente Is se torna positiva,
passando a circular por S1.
Quando a corrente ILr se anula, D3 desliga, em t4. Como S1 está conduzindo, energia está
sendo armazenada na indutância de entrada, até que, em t5, S1 é desligado. Como Cr está
descarregado, este desligamento é sob tensão nula. Em t6 a tensão Vs atinge o valor da tensão de
saída e o diodo Do entra em condução, completando o ciclo.
5.8.1 Fonte de Tensão com comutação suave utilizando conversor com capacitor flutuante
A figura 5.33 mostra conversores Cuk e SEPIC modificados, ditos com capacitor flutuante
[5.9], operando como fonte de tensão regulada. O circuito possui 2 interruptores os quais controlam,
respectivamente, os estágios de entrada e de saída, de maneira independente.
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A topologia permite uma isolação em alta freqüência e o circuito, com o comando adequado,
possibilita comutações suaves sem aumento nos esforços dos componentes e sem a necessidade de
circuitos adicionais [5.10].
+ Vb - io
Li Lo
ii Cb
To
Vi Ti Di Do Vo
(a)
+ Vb -
Li
Cb Do
ii To
Vi Ti Di Lo Vo
io
(b)
Figura 5.33 - Conversores Cuk (a) e SEPIC (b) com capacitor flutuante.
Em CCM, a característica estática do conversor Cuk tradicional (sem To e Do), para um ciclo
de trabalho δi aplicado ao interruptor Ti, é:
δi
Vo = Vi ⋅ (5.22)
1 − δi
Vi
Vb = (5.23)
1− δi
Vo = Vb ⋅ δ o (5.24)
Vo δo
= (5.25)
Vi 1 − δ i
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δi ≥ δo (5.26)
Esta topologia permite obter diversas comutações suaves para os transistores e diodos sem a
necessidade de circuitos adicionais. Uma capacitância Cs colocada entre os terminais de dreno e
fonte de To, adiciona-se à capacitância própria do transistor e propicia um desligamento do tipo
ZVS, o que equivale a uma entrada em condução para Do também ZVS. Este diodo passa a conduzir
apenas quando Cs , carregado pela corrente de saída, atingir uma tensão igual a Vb (considerando o
valor refletido ao primário, caso o circuito tenha transformador).
Uma vez que Ti desliga após To, tem-se também sobre este transistor um desligamento ZVS.
A corrente de entrada descarrega Cs, levando Di a uma entrada em condução ZVS.
Para permitir a To ligar sob tensão nula, seu sinal de comando deve ser enviado com um
pequeno avanço em relação ao sinal que ligará Ti. A entrada em condução do transistor de entrada é
dissipativa, assim como o desligamento de Do.
De qualquer modo, sem circuitos adicionais 6 das 8 comutações presentes no conversor são
suaves, o que é um mérito adicional desta topologia. A figura 5.34 mostra os estágios de operação e
na figura 5.35 têm-se resultados de simulação, indicando claramente as comutações ZVS.
+ Vb - Di io
Li Lo
i i Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
i i Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
i i Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
i i Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
i i Cb
To
v i Ti Do Vo
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Vds
Ti
0
0 i Ti
Vg Ti
(a)
Vds To
0
0 i To
Vg To
(b)
Figura 5.35 - Tensão, corrente e sinal de comando nos transistores Ti e To.
Múltiplas saídas podem ser obtidas, cada uma delas com um pós-regulador próprio.
A indutância de dispersão do transformador produz uma sobretensão no momento em que
Ti é desligado, provocando uma inversão no sentido da corrente pelo transformador. Um circuito
“snubber” ou um limitador de tensão deve ser usado com o objetivo de limitar o pico de tensão que
se observa sobre os transistores.
Um protótipo não-isolado foi construído com as seguintes características:
• Tensão de saída: 50V
• Potência de saída: 500W
• Freqüência de chaveamento:100 kHz
O rendimento do circuito é mostrado na figura 5.36 para diversos níveis de potência de
entrada. Mesmo operando a 100 kHz obtém-se, para uma larga faixa de potência, uma eficiência
superior a 90%.
Figura 5.37 mostra as formas de onda de tensão e de corrente sobre To. As comutações ZVS
são claras. Quando Ti liga o diodo Do desliga e a corrente por To muda de sentido. A oscilação
observada na tensão é devida a ressonância entre Cs e indutâncias parasitas presentes na malha
intermediária do conversor. O pico de corrente é devido à corrente de recombinação reversa de Do.
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Rendimento (%)
96
94
92
90
88
200 300 400 500
Potência [W]
V DS
ID
5.8.2 Fonte de corrente com alto fator de potência, baseado em conversor Cuk
A topologia estudada é essencialmente um conversor Cuk com transformador, tendo na
entrada um retificador trifásico. As indutâncias de entrada são colocadas em série com cada fase da
alimentação, conforme mostrado na figura 5.38. A saída opera como fonte de corrente [5.11].
Ir + Ua - + Ub -
Li Ca Cb
L
va - L
S +
vb D UD
Us Ls
vc -
- + RL
UL
N:1 IL
+
Figura 5.38 - Conversor Cuk, isolado, com entrada trifásica e carga indutiva
Esta topologia apresenta vários aspectos interessantes: alto fator de potência (desde que se
opere em condução descontínua nos indutores de entrada), uma única chave comandada, controle
com freqüência fixa, isolação em alta freqüência. Como pontos negativos tem-se a comutação
dissipativa e o "stress" de tensão e de corrente a que fica sujeito o interruptor.
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Considera-se uma carga indutiva. Nestes casos, o valor da corrente de saída pode ser fixo ou
sujeito a ajustes.
O fato de o transistor estar submetido a uma tensão elevada praticamente impõe o uso de um
IGBT, uma vez que um MOSFET para tal tensão, tipicamente apresenta uma elevada resistência de
condução. O processo de desligamento de um IGBT, por sua vez, apresenta um fenômeno de "tail"
de corrente, que pode tornar as perdas de desligamento bastante significativas.
Por esta razão, a busca de uma alternativa para se obter comutação suave, especialmente no
desligamento, se torna importante [5.12]. No que se refere à entrada em condução, uma
possibilidade de que seja suave, é que se realize a corrente nula [5.13, 5.14], o que pode ocorrer se
se permitir um comportamento de condução descontínua na saída.
O uso de comutação suave permite ainda uma relativa redução nos níveis de interferência
eletromagnética [5.15]. A necessidade de filtros na entrada do circuito (trifásico), a fim de obter
uma corrente praticamente senoidal na rede também auxilia a redução da IEM conduzida.
A figura 5.39 mostra as principais formas de onda do circuito, enquanto o diagrama do
conversor está na figura 5.40, indicando o circuito não-dissipativo empregado para a limitação dos
picos de tensão que ocorrem no desligamento da chave S, devido, principalmente, à indutância de
dispersão do transformador.
É possível, mantendo a capacidade de limitação do pico de tensão, fazer este circuito
funcionar de modo a garantir um desligamento da chave S sob tensão nula. Observe-se que o
desligamento é a comutação mais crítica, uma vez que ocorre quando a corrente pela chave é
máxima, quando ocorrem sobre-tensões e quando existe o fenômeno de rabo da corrente do IGBT.
Suponhamos inicialmente que a indutância de dispersão seja nula. Consideremos que ao
final do intervalo em que o transistor está desligado a corrente de saída do retificador seja nula, que
a tensão Uc seja igual à tensão de saída refletida ao primário e que o diodo de saída esteja em
condução.
Quando S entra em condução, o capacitor Cc ressoa com Lc. Pelo interruptor circula a soma
da corrente do retificador com a componente ressonante e com a corrente de saída refletida (D é
bloqueado). No instante T1 a tensão Uc atinge o valor -Ua e o diodo D1 entra em condução.
Supondo Ca>>Cc, a tensão sobre Lc se torna praticamente constante (igual a Ua) e sua corrente
decai linearmente. Ao final do tempo de condução (T2), o transistor se abre sob tensão nula. O
capacitor Cc se carrega com uma corrente praticamente constante. Em T3 a tensão no primário
atinge o valor da tensão de saída (refletida), levando o diodo de saída à condução. No intervalo entre
T3 e T6 a corrente do retificador vai a zero.
Na verdade, a presença da indutância de dispersão faz com que, no instante T3, ao ocorrer a
inversão do sentido da corrente pelos enrolamentos do transformador, surja um pico de tensão, o
qual é limitado pela presença do capacitor Cc, e eleva sua tensão acima do valor N.UL.
A condição para que se obtenha sempre desligamento a tensão nula é:
Uc > Ua
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ir + Ua - + Ub -
va Ca Cb
ia Li N:1
D2 D1 LL
+
vb Lc i l
Us D -
S - + ic RL UL
vc Uc
Cc IL +
-
Considerando a presença da sobre-tensão, o máximo ciclo de trabalho que ainda garante uma
comutação sob tensão nula será inferior a 50% A amplitude da tensão sobre o capacitor Cc depende
do valor de sua capacitância. Com uma dada indutância de dispersão a tensão pode ser expressa em
função da impedância do circuito formado por Cc e a referida indutância, chamada aqui de Ld.
Ld I L
Uc = U L ⋅ N + ⋅ + Îr (5.27)
Cc N
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A figura 5.41 mostra corrente e tensão sobre o IGBT, vendo-se claramente o desligamento
sob tensão nula e o rabo de corrente. Note-se que a corrente inicial não é nula, apresentando um
valor igual à corrente de saída refletida ao primário do transformador. A sobre-tensão é de
aproximadamente 150V.
A eficiência medida do conversor, à potência nominal foi de 90%. O fator de potência
medido, à potência nominal foi de 0,98.
i
s
Us
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5.10 Exercícios
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D1
Li S2 D3
Vi Lr Vo
D2
S1 Cr
Vi = 300V Vo = 600V
Li = 100uH (corrente inicial zero) Lr = 25uH (corrente inicial zero)
Cr = 100nF (tensão inicial = 600V)
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6.1 Capacitores
C Rse Lse
a) Circuito equivalente de capacitor
C = 100 uF L = 100 nH
10
R = 1 ohm (T = -40 C)
R = .01 ohm (T = 85 C)
1.0m
10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz 10MHz 100MHz
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L
L=1mH
C=220uF
+ Rse=.45 ohm
Rse Ro=.5 ohm
E Ro Vo E=20V
Vo=10V
C
10.04V
10.02V
10.00V
9.98V
9.96V
0s 0.2ms 0.4ms 0.6ms 0.8ms 1.0ms
Ondulação relativa à capacitância Ondulação nos terminais do capacitor
Usa-se definir o "fator de perdas" do capacitor (tg δ), o qual se relaciona com Rse pela
seguinte expressão:
tgδ
R se = (6.1)
2πfC
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Ambas as folhas são separadas por camadas de papel, cujas funções são: armazenador
de eletrólito (nos poros do papel absorvente) e separador das folhas metálicas (para evitar
curto-circuito).
Capacitores construídos como descrito só funcionam convenientemente quando se liga
o potencial positivo ao anodo. A ligação inversa produz um processo eletrolítico de deposição
de óxido sobre a folha do catodo. Neste processo ocorre geração interna de calor e gás, que
pode destruir o componente. Por outro lado, a capacitância diminui, uma vez que é aumentada
a espessura do dielétrico.
Assim, a aplicação típica é em tensões contínuas. Tensões alternadas, sobrepostas à
contínua, desde que não alterem a polaridade, podem ser utilizadas. Na verdade as
polarizações invertidas podem ocorrer até cerca de 2 V, que é o potencial no qual se inicia o
processo de deposição de óxido.
Existem capacitores eletrolíticos bipolares que, por construção, já tem ambas folhas de
alumínio oxidadas. Obviamente, a capacitância específica é menor.
Como aplicações típicas em fontes chaveadas pode-se citar:
• Filtros de entrada: usa-se capacitor eletrolítico de alumínio, com alto produto capacitância x
tensão (CV) e baixas perdas.
• Filtros de saída: capacitor eletrolítico de alumínio, com baixo Rse e Lse, especiais para
operação em altas frequências.
Outra característica importante dos capacitores refere-se à sua confiabilidade. Os
fabricantes especificam seus componentes em função de sua expectativa de vida, sendo os de
alta confiabilidade aqueles que apresentam a maior durabilidade. Esta variável é determinada,
para os capacitores eletrolíticos de alumínio, pela qualidade dos materiais utilizados na
fabricação.
Em geral, a um aumento de temperatura corresponde uma redução na vida do capacitor
eletrolítico, de acordo com a expressão:
T − To
−
θ
BT = Bo ⋅ 2 (6.2)
D
R se = R s (Tc ) + (6.3)
2πfC
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Como as perdas no capacitor estão diretamente relacionadas com a corrente RMS por
ele, a uma variação de Rse corresponde uma mudança na máxima corrente admissível. Assim,
se a frequência de operação de um capacitor eletrolítico comum for acima de 2 kHz, admite-se
uma corrente 40% maior do que a especificada para 120 Hz (devido à redução de Rse). Para
uma temperatura ambiente de 40°C, admite-se uma corrente 220% maior do que a especificada
para 85°C, o que se justifica pela maior facilidade de troca de calor com o ambiente.
Por todos estes fenômenos, o valor equivalente do capacitor sofre profundas alterações,
podendo, em última análise, ser obtido para cada frequência e temperatura, das curvas de
impedância mostradas anteriormente. Em geral, capacitores para uso em CC sofrem menores
variações do que aqueles para uso em CA.
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6.2.1 Materiais
Os materiais mais utilizados são ferrites, as quais possuem valores relativamente
reduzidos de Bmax (entre 0,3 T e 0,5 T), apresentando, porém, baixas perdas em alta frequência
e facilidades de manuseio e escolha, em função dos diversos tipos de núcleos disponíveis. As
ferrites são constituídas por uma mistura de óxido de ferro (Fe2O3) com algum óxido de um
metal bivalente (NiO, MnO, ZnO, MgO, CuO, BaO, CoO). Possuem resistividade muito maior
do que os materiais metálicos (da ordem de 100kΩ.cm) o que implica em perdas por correntes
de Foucault desprezíveis quando operando com um campo magnético alternado.
Algumas aplicações em que não se pode admitir distorção no campo magnético deve-se
utilizar núcleo de ar, com o inevitável valor elevado do fluxo disperso.
Núcleos de ferro laminado são utilizados apenas em baixa frequência por apresentarem
laço de histerese muito largo, embora possuam um Bmax de cerca de 1,5 T.
Um terceiro tipo de material são os aglomerados de ferro (iron powder) [6.4] que são
constituídos por minúsculas partículas de compostos de ferro, aglomerados entre si, mas que
apresentam um entreferro distribuído ao longo de todo comprimento magnético. É um material
adequando para aplicações em que devem coexistir campos de baixa frequência (60 Hz) e de
alta frequência, garantindo, ao mesmo tempo, que o núcleo não sature e não apresente elevadas
perdas.
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grande elevação de corrente (associada a H) para pequenas variações de tensão (associada a B).
Para um transformador, a saturação significa ainda uma redução no fator de acoplamento entre
os enrolamentos, uma vez que o núcleo perde sua característica de menor relutância em relação
ao ar.
B(G)
5.0K
Bmax
A
Br
-Hc
-3.0 -2.0 -1.0 0.0 Hc 1.0 2.0 3.0
-Br H (A.esp/m)
1 T = 10000 G
-Bmax
-5.0K
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Hg ⋅ g + Hm ⋅ l c = N ⋅ i (6.4)
B = µ0 ⋅ Hg = µc ⋅ H m (6.5)
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N ⋅ i Bm ⋅ g
Hm = − (6.6)
lc µ0 ⋅ l c
Nota-se na figura 6.7 que a introdução do entreferro faz com que Hm seja atingido para
valores maiores de corrente. O efeito sobre a curva B x Ni é mostrado na figura 6.7.b. A
indutância incremental se reduz, mas é linearizada. O valor de Br também se reduz. Bmax não
se altera por ser uma característica do material.
O fluxo magnético é proporcional a B, enquanto a corrente é proporcional a H. Assim,
a curva de magnetização que relaciona Φ com i, cuja inclinação é a indutância do elemento
magnético, tem o mesmo comportamento da curva B x H.
Em síntese, a presença do entreferro leva a uma diminuição da indutância, à
manutenção de um valor constante, independente da corrente, e aumenta o valor da corrente na
qual ocorre a saturação.
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R fe = µ ⋅ L ⋅ (a ⋅ B ⋅ f + c ⋅ f + e ⋅ f 2 ) (6.8)
4,35 ⋅10 −3
γ= (6.9)
f
γ: dimensão dentro da qual, para uma dada frequência, não ocorre redução significativa na
superfície condutora (em metros)
Por exemplo, para 20 kHz, γ = 0,47 mm, ou seja, um fio com diâmetro de 0,94 mm
pode ser usado para conduzir uma corrente a 20 kHz sem ter sua área condutora
significativamente reduzida pelo efeito pelicular.
Relembre-se aqui que as correntes não são, via de regra, senoidais, de modo que deve
ser considerado um certo fator de folga para acomodar as perdas devidas às componentes
harmônicas.
A figura 6.8 mostra, para cada frequência, qual condutor (de cobre) pode ser usado de
maneira evitar o aumento das perdas pelo efeito pelicular.
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A maneira usual de se contornar este problema é o uso de "fio Litz", o qual é um cabo
composto por diversos fios (isolados entre si) de diâmetro adequado à frequência de operação,
cuja secção transversal total permita uma densidade de corrente suficientemente baixa para não
causar perdas elevadas (em geral inferior a 3 A/mm2). Outra possibilidade é o uso de fitas de
cobre com espessura inferior a 2γ. Como, geralmente, estas fitas não são isoladas, deve-se
tomar cuidados adicionais com este aspecto.
Um outro aspecto que deve ser lembrado refere-se à indução de corrente nos
condutores próximos às regiões do núcleo nas quais ocorre um estrangulamento do fluxo
magnético com uma consequente dispersão local pelo ar. É óbvio que este problema é mais
grave se for utilizado um enrolamento com fita metálica, a qual apresenta uma resistência
menor do que um cabo Litz de área equivalente (em virtude da isolação entre cada fio).
Diâmetro do fio em mm
10
0.1 4 5 6
1000 1 10 1 10 1 10
f(Hz)
Figura 6.8 Diâmetro de fio que deve ser usado em função da frequência.
Fitas de isolação
Núcleo
1/2 primário
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Lm
Cp Cs
Rfe
1:N
a) IDEAL
90d Fase
Rp=.01
Lp=1uH
Rfe=10k
Cp=10pF
Lm=100uH
Cps=10pF
-90d
N=40
10k Módulo Cs=100pF
Ls=10uH
Rs=1
10m
1.0kHz 10kHz 100kHz 1.0MHz 10MHz 100MHz
b)
Figura 6.10 .a) Modelo de parâmetros concentrados para transformador
b) Impedância, vista pelo primário, de transformador.
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Primário Primário
NÚCLEO NÚCLEO
Isolamento Secundário
Secundário
Figura 6.11 Posições de enrolamentos em transformador.
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B
A Saída realimentada
100 120
Potência de saída (%)
Figura 6.12 Tensões de saída normalizadas para fonte com múltiplas saídas.
Caso este tipo de enrolamento não seja possível, deve-se buscar a melhor disposição
relativa dos enrolamentos, como mostrado nas figuras abaixo.
T1 T2 T3 T4
Primário Secundário 1 Secundário 2
Figura 6.13 Diferentes arranjos de enrolamentos em transformador com múltiplas saídas.
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TABELA 6.I
Resultados de variação da tensão da saída não realimentada (secundário 2, 12 V) com a
variação da carga na saída realimentada (Vo1 = 5 V e Ro2 = 7,8 Ω)
T1 (V) T2 (V) T3 (V) T4 (V) R01(Ω)
18,20 17,20 16,40 16,30 0,44
17,97 16,97 16,26 16,15 0,50
17,78 16,75 16,15 16,00 0,56
17,59 16,45 15,96 15,85 0,65
17,41 16,19 15,76 15,70 0,77
17,20 15,97 15,61 15,55 0,96
17,13 15,74 15,51 15,45 1,27
16,85 15,55 15,36 15,30 1,83
13,36 12,14 12,27 12,26 3,5
6.3 Supercapacitores
Um capacitor tradicional acumula energia no campo elétrico criado pela separação das
cargas elétricas. Este campo existe no dielétrico que se torna polarizado. A capacitância é
proporcional à permissividade do material e à área das placas, sendo inversamente
proporcional à distâncias entre as placas.
Já em um supercapacitor não há um dielétrico, mas um eletrólito. A principal diferença
é a grande área propiciada por materiais porosos, aliada à pequena distância entre as cargas,
que é da ordem de nanômetros. Com um eletrólito aquoso, a tensão por capacitor é de cerca de
1 V, enquanto para um eletrólito orgânico este valor cresce para 2,5 V. A obtenção de tensão
elevada é feita pela associação em série de capacitores [6.9].
Hermann Helmholtzi, em 1853, descreveu que quando uma tensão é aplicada entre dois
eletrodos de carbono, imersos em um fluido condutor, não há circulação de corrente até que
uma certa tensão limiar seja atingida. Ao se iniciar a condução há também a formação de gás
devido à reação química na superfície dos eletrodos. Abaixo desta tensão limiar o dispositivo
se comporta como um capacitor [6.10 e 6.11].
Diferentemente de uma bateria, não há acúmulo de energia química. Em torno de um
eletrodo poroso de carbono situa-se o eletrólito, carregado de cargas. Na realidade, conforme
mostra a figura 6.14, há dois eletrodos e, nas adjacências de cada um, ocorre o acúmulo de
íons positivos e negativos O separador isola os eletrodos, mas permite a livre passagem dos
íons. Por esta razão estes dispositivos são também denominados capacitores de dupla camada.
Do ponto de vista de uma aplicação, a principal diferença entre um supercapacitor e
uma bateria é o fato da bateria ter um melhor desempenho como fonte de energia, enquanto o
capacitor tem um comportamento superior em termos de fonte de potência. Ou seja, para uma
dada tensão, um supercapacitor é capaz de responder a uma demanda de corrente de maneira
muito mais rápida do que uma bateria, o que se deve a uma resistência interna muito menor.
No entanto, mesmo podendo atingir capacitâncias muito elevadas (da ordem de
milhares de Farads), a energia acumulada, mercê da baixa tensão, é muito inferior à que se
consegue numa bateria com volume/peso equivalente. A figura 6.15 mostra um mapeamento
i
Interessantes transcrições de conferências de Helmholtz estão disponíveis em :
http://www.fordham.edu/halsall/mod/1862helmholtz-conservation.html (em 04/04/2003), On The Conservation
Of Force, 1863.
http://dbhs.wvusd.k12.ca.us/Chem-History/Helmholtz-1881.html (em 04/04/2003), THE MODERN
DEVELOPMENT OF FARADAY'S CONCEPTION OF ELECTRICITY, 1881.
Uma biografia de Helmholtz pode ser obtida em: http://www.geocities.com/bioelectrochemistry/helmholtz.htm
(em 04/04/2003).
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Fontes Chaveadas - Cap. 6 Componentes Passivos Utilizados em Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
O modelo de Stern, leva em conta que parte da carga se apresenta difusa no eletrólito,
podendo-se considerar que há duas capacitâncias em série, uma devido à camada compacta e
outra à camada difusa. A capacitância total será menor do que esta última. Um modelo elétrico
que represente todos estes comportamentos físicos e químicos não é simples. A complexidade
do modelo adotado, no entanto, depende da aplicação específica e do erro admissível em cada
análise.
Um melhor modelo elétrico deve considerar que processos de carga e descarga não são
simultâneos em toda superfície do material poroso, levando a um circuito com capacitâncias
distribuídas, acopladas por resistências, como mostra a figura 6.16. Tais capacitâncias são
ainda dependentes da tensão aplicada.
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a) b)
Figura 6.16 Modelo de distribuição de cargas de Helmholtz (a) e de Stern (b)
(Figura obtida em [6.13]).
Figura 6.17 Circuito equivalente para cada “poro” do eletrodo (Figura obtida de [6.12]).
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uma redução à medida que se ampliem as aplicações. Do ponto de vista técnico, não há
dúvidas quanto ao papel ímpar que estes componentes ocupam.
[6.3] S. G. Parler Jr., “Deriving Life Multipliers for Electrolytic Capacitors”. IEEE Power
Electronics Society Newsletter, First Quarter, 2004, pp. 11-12.
[6.4] http://www.micrometals.com (em 23/11/2004)
[6.5] http://www.thornton.com.br/Port/p_linha_de_produtos.htm (em 08/12/2004)
[6.6] http://www.mag-inc.com/pdf/2004_Design_Information.pdf (em 08/03/2005)
[6.7] G. Chryssis: “High-frequency switching power supplies”, McGraw-Hill Book Co. New
York, 1986.
[6.8] W.B.M. Nascimento e J. C. Fagundes, ”Static Cross Regulation Analysis Using a
Multiple Output Forward Converter” 1º Congresso Brasileiro de Eletrônica de
Potência. Florianópolis, Dezembro de 1991.
[6.9] P. Barrade, S. Pittet, A. Rufer: “Energy storage system using a series connection of
supercapacitors, with an active device for equalizing the voltages”, IPEC 2000:
International Power Electronics Conference, 3-7 April, Tokyo, Japan
[6.10] H. L. F. von Helmholtz, “Uber einige Gesetze der Vertheilung elektrischer Strome in
korperlichenLeitern mit Anwendung auf die thierisch-elektrischen Versuche” [Some
laws concerning the distribution of electrical currents in conductors with applications to
experiments on animal electricity]. Annalen der Physik und Chemie, 89(6):211–233,
1853.
[6.11] H. Michel, C. Raible: “Bursting with Power”, PCIM Europe Magazine, 3/1999, pp. 36-
37.
[6.12] R. Kotz, M. Carlen: “Principles and Applications of Electrochemical Capacitors”,
Electrochimica Acta, vol. 45, 2000, pp. 2483-2498.
[6.13] F. Belhachemi, S. Rael, B. Davat, “A physical based model of power electric double-
layer supercapacitors”, Proc. of the IEEE IAS Annual Meeting, Rome, Italy, Oct. 2000.
[6.14] H. E. Becker, U.S. patent 2 800 616 (to General Electric), 1957.
[6.15] D. I. Boos, U. S. Patent 2 536 963 (to Standard Oil, SOHIO), 1970.
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6.5 Exercícios
1. Com base no modelo apresentado abaixo, determine os parâmetros para o transformador que
apresenta a seguinte resposta em frequência:
Rp Lp
Lm
Cs
Rfe
1 : 100
IDEAL
3. Adicione uma carga de 500 kΩ na saída do transformador e , usando o seu modelo (caso
esteja correto) refaça a análise anterior (impedância vista da entrada). Trace também a curva
referente ao ganho de tensão entre a saída e a entrada. Analise e comente.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
A implementação de uma (ou mais) malhas de controle tem por objetivo garantir a
precisão no ajuste da variável de saída, bem como a rápida correção de eventuais desvios
provenientes de transitórios na alimentação ou mudanças na carga.
Embora o sistema a ser controlado seja obviamente não-linear, o fato de a frequência de
chaveamento ser muito maior que a frequência de corte dos filtros passa-baixas do sistema, torna
razoável fazer o modelo do sistema considerando os valores médios das variáveis sujeitas ao
chaveamento.
A ferramenta básica de projeto é, em geral, o diagrama de Bode (figura 7.1), usando-se
os critérios de margem de fase e margem de ganho para estabelecer o compensador adequado.
50dB
-50dB
0°
-400°
100Hz 1.0kHz 10kHz 100kHz 1.0MHz 10MHz
O uso de realimentação negativa já produz uma defasagem de 180°. Assim, o sistema não
deve acrescentar defasagem de mais 180° nas frequências em que o ganho for maior que 1 (0
dB).
A maneira usual de se desenvolver a análise é buscar uma expressão para a relação entre
a tensão de saída e a tensão de controle. Em termos do compensador a ser utilizado, existe uma
infinidade de alternativas, das quais apresentaremos algumas a título de ilustração.
A tensão de controle é aquela que determina o ciclo de trabalho da fonte, sendo fornecida
pelo compensador, a partir do erro existente entre a referência e a tensão de saída.
O compensador deve ter como característica, além de assegurar a estabilidade do sistema,
um ganho que se reduza com o aumento da frequência, de modo que o chaveamento do circuito
de potência não seja sentido na malha de controle. Outra implementação interessante é de um
ganho infinito para frequência zero, o que garante um erro de regime nulo, ou seja, a tensão de
saída é igual à referência. Adicionalmente, o aumento da banda passante é interessante uma vez
que melhora a resposta dinâmica do sistema, permitindo compensar com maior rapidez os
transitórios.
É preciso, a priori, saber para qual modo de operação o modelo será desenvolvido (Modo
de Condução Contínua - MCC ou Modo de Condução Descontínua - MCD), pois cada modelo é
válido apenas para um dos modos.
No MCC a corrente nos indutores e a tensão nos capacitores devem ser consideradas
variáveis de estado (seu valor independe da topologia). No entanto, no MCD a corrente do
indutor, por sofrer limitações da topologia (impossibilidade de inversão de sentido) não se
comporta como uma variável de estado. A modelagem, neste caso, normalmente é feita tomando
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
o indutor como uma fonte de corrente e a tensão no capacitor será a única variável de estado a
ser considerada.
A figura 7.2 mostra um resultado de um conversor abaixador de tensão que opera,
inicialmente, no MCC. Note que o sistema responde (em malha aberta) com comportamento
oscilatório, típico de um sistema de segunda ordem. Em 6ms há uma redução na tensão de
entrada, mas o circuito continua no MCC. Em 10ms se dá uma redução na corrente de saída
(aumento na resistência de carga), o que leva o circuito ao MCD. Observe que o sistema passa a
ter um comportamento de primeira ordem.
Figura 7.2 Comportamento típico de tensão no capacitor (traço superior) e corrente no indutor
(traço inferior) em conversor abaixador de tensão nos modos MCC e MCD. (fchav=25kHz, L=200
uH, C=100 uF, Vi=30 V, ou 35 V, δ=50%.)
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
- vo
Ii C
Vi L
Ro
Rse
io
Vs
Compensador
vc
+
ev
+
Vref
Ip Ip
Ii Ii
0 0
tT tT
τ τ
Vi ⋅ t T
Ip = (7.1)
L
Vi ⋅ t 2T
Ii = (7.2)
2⋅ L⋅τ
Vi 2 ⋅ t T2
Pi = Vi ⋅ Ii = (7.3)
2⋅ L⋅τ
2
Po = Ro ⋅ i o = Pi (7.4)
tT v
=δ= c (7.5)
τ Vs
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
2 Vi 2 ⋅ t T2 Vi vc
io = ⇒ io = ⋅ (7.6)
2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ τ 2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ f Vs
Seja:
Vi
A= (7.7)
2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ f
+
io C Ro vo
dvo vo
io = C ⋅ + (7.8)
dt Ro
dv o vo A v
+ = ⋅ c (7.9)
dt C ⋅ Ro C Vs
V o (s) A
s ⋅ V o (s) + = ⋅ Vc (s) (7.10)
R o ⋅ C C ⋅ Vs
A função de transferência é:
V o (s) Vi 1 1
G (s) = = ⋅ ⋅ (7.11)
Vc (s) 2⋅L Vs (1 + s ⋅ R o ⋅ C)
Ro ⋅τ
Vi 1 (1 + s ⋅ R se ⋅ C)
G (s) = ⋅ ⋅ (7.12)
2⋅L Vs (1 + s ⋅ R o ⋅ C)
Ro ⋅τ
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Nota-se claramente que a presença da resistência série do capacitor impede que o ganho
se reduza com o aumento da frequência, o que implica na presença, no sinal realimentado, de
uma componente de tensão na frequência do chaveamento.
Os diagramas mostrados na figura 7.6 indicam a resposta do circuito. Sem a presença da
resistência série do capacitor a amplitude é sempre decrescente com o aumento da frequência,
enquanto a fase se mantém em -90 graus. Considerando-se a presença de Rse e, portanto, de um
zero na função de transferência, o ganho deixa de decrescer com o aumento da frequência e a
defasagem vai a -90 graus mas retorna para zero.
Dada a dependência da carga, os diagramas devem ser analisados para as condições
extremas de Ro, fazendo-se o projeto em função do pior caso.
20
0
Ganho (dB)
Fase (graus) Rse=0
-100
20
0
Ganho (dB)
-100
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 7.6 Diagramas de Bode do conversor “buck-boost”, no modo descontínuo, para Rse=0 e
Rse>0.
7.1.1 O compensador
Considerando os diagramas de Bode apresentados anteriormente, fazendo uso de
realimentação negativa e de algum elemento integrador, dependendo da frequência dos pólos e
zeros da função de transferência, a máxima defasagem poderá se aproximar de 360°, produzindo
uma margem de fase muito pequena, que resulta em uma resposta oscilatória, com pouco
amortecimento. Quanto ao ganho, deve-se buscar elevar o ganho CC a fim de reduzir o erro
estático, além disso, para frequências elevadas, deve-se garantir um ganho decrescente para
minimizar a realimentação da ondulação da tensão de saída.
A frequência de cruzamento (ganho 0 dB), em malha fechada, deve ser ajustada até no
máximo, cerca de 1/5 da frequência de chaveamento.
Um possível compensador é mostrado na figura 7.7, o qual tem uma característica de
filtro passa-baixas, tendo o ganho CC ajustado pelas resistências. Sua frequência de corte é dada
por: ωpa=1/RfCi.
Para evitar que a margem de fase se estreite muito (o que levaria a uma resposta sub-
amortecida), a frequência de corte do compensador deve ser colocada próxima à frequência
determinada pelo zero da função de transferência.
Mostram-se a seguir os diagramas relativos a dois compensadores diferentes. Na figura
7.8 tem-se a frequência de corte do filtro alocada em um valor bem abaixo (2 décadas) da
frequência determinada por Rse e pela capacitância. Note-se a estreita margem de fase (30°). No
segundo caso (figura 7.9) a frequência do filtro foi alocada para a frequência relativa ao zero da
função de transferência. Observa-se claramente a melhoria na margem de fase (90°), a expansão
da faixa de passagem para 58 0Hz (contra 175 Hz do caso anterior), mantendo-se o ganho CC
(41 dB) e a atenuação para frequências crescentes.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Ganho CC = Rf/Ri
Ri Ci
Ve - Vc
Tensão de erro Ve=Vr-Vo
+
Ganho (dB)
Fase (graus)
Figura 7.8 Resposta de “buck-boost”, em malha aberta, realimentado com frequência de corte do
compensador muito baixa.
Ganho (dB)
Fase (graus)
Figura 7.9 Resposta de “buck-boost”, em malha aberta, com frequência de corte do compensador
igual à frequência do zero (Rse.C).
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Figura 7.10 Resposta no tempo de “buck-boost”, em malha fechada, para ambos ajustes do
compensador.
D s⋅L
1 − ⋅
Vo (s) Vi (1 − D ) Ro
2
= ⋅ (7.13)
d (s) (1 − D )2 s⋅L 1
2
2 1
2
1+ ⋅ + s ⋅ L ⋅C⋅
Ro 1 − D 1− D
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Um zero no RHP provoca, sobre o ganho, uma variação de +20 dB/dec (como um pólo
no semiplano esquerdo). No entanto, produz uma defasagem de -90°, como se vê na figura 7.12.
0
Ganho Fase
50
100
freq freq
Figura 7.12 Resposta em frequência de um zero no semiplano direito.
Isto o torna muito difícil de compensar, uma vez que se tentamos compensar o ganho
crescente (pelo uso de um filtro passa baixas, por exemplo), a defasagem tende a 360°,
reduzindo drasticamente a margem de fase. Ao se tentar compensar a fase, o ganho se torna
crescente à medida que se eleva a frequência, impedindo a atenuação do sinal determinado pelo
chaveamento do conversor. A única alternativa simples é reduzir o ganho, o que traz a
frequência de cruzamento (cross-over, 0 dB) para valores muito baixos, tornando extremamente
pobre a resposta do sistema às perturbações.
Além das dificuldades de compensação já comentadas, outro problema é que a frequência
do zero no RHP varia com o ponto de operação (Ro ou Vo), tornando ainda mais difícil a
determinação de um compensador. Esta frequência é dada pela expressão a seguir:
2
Ro ⋅ (1 − D)
ω z ( RHP) = (7.14)
L⋅ D
iL
Io
T D
T D
Figura 7.13 Efeito de variação de carga sobre o ciclo de trabalho em malha fechada.
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ciclo de trabalho. Assim, o primeiro efeito que se observa sobre a carga é, na verdade, o de uma
redução ainda maior na tensão, causada pela diminuição na corrente de saída. Isto continua até
que a corrente pelo indutor cresça para o novo e adequado valor.
Estes conversores são aqueles que possuem um filtro de segunda ordem na saída, como o
abaixador de tensão ou o push-pull. A figura 7.14 mostra uma topologia típica com controle de
tensão.
O filtro LC produz a mais baixa frequência de corte do sistema e significa um pólo duplo
(-40 dB/dec e defasagem de -180°). O capacitor e sua resistência série representam um zero (+20
dB/dec e defasagem de +90°).
1 1
f LC = ωo = (7.15)
2⋅π⋅ L⋅C L⋅C
1
fz = (7.16)
2 ⋅ π ⋅ C ⋅ Rse
Vi
.. V2
L
C
+Vo
N3
. N1 N2
Rse Ro
Vs
-
+
Compensador
Vc -
Vr
+
N2 Vi ⋅ N 2 ⋅ Vc
V2 = Vi ⋅ ⋅δ = (7.17)
N1 N 1 ⋅ Vs
V2 Vi ⋅ N 2
= (7.18)
Vc Vs ⋅ N 1
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A relação entre a tensão no secundário e a tensão de saída é dada pela resposta do filtro
de segunda ordem da saída. Desconsiderando o efeito da resistência da carga e de Rse tem-se um
fator de qualidade infinito.
Vo 1
= 2
(7.19)
V2 1 + s ⋅ L ⋅ C
A função de transferência é:
Vo(s) Vi ⋅ N 2
G (s) = = (7.20)
Vc(s) Vs ⋅ N1 ⋅ (1 + s2 / ω o 2 )
Vo(s) Vi ⋅ N 2 ⋅ (1 + s / ω z )
G (s) = = (7.21)
Vc(s) Vs ⋅ N1 ⋅ (1 + s2 / ω o2 )
1
ωz = (7.22)
Rse ⋅ C
Ganho (dB)
-200
0d
Fase (graus)
-200d
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 7.15 Resposta de filtro de segunda ordem, para diferentes resistências de carga.
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50
Ganho (dB)
-200
0d
Fase (graus)
-200d
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 7.16 Resposta de filtro de segunda ordem, considerando Rse, para diferentes resistências
de carga.
7.3.1 O compensador
O compensador mostrado na figura 7.17 tem como principal característica oferecer uma
defasagem positiva, o que permite uma melhoria na margem de fase.
Sua função de transferência é dada por:
v c (s) (1 + R iz ⋅ C i ⋅ s) ⋅ (1 + C f ⋅ R fz ⋅ s)
= (7.23)
v e (s) R ip ⋅ R iz
s ⋅ C f ⋅ (R ip + R iz ) ⋅ 1 + s ⋅ C i ⋅
R iz + R ip
Ci
Rfz
Cf
ve
- vc
Rip Riz
+
ω p1 = 0
R ip + R iz
ω p2 =
C i ⋅ R ip ⋅ R iz
1 (7.24)
ω z1 =
C i ⋅ R iz
1
ω z2 =
C f ⋅ R fz
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Ganho (dB)
50
-50
Fase (graus)
-100
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Isto pode ser observado nos diagramas da figura 7.19, quando se obtém uma margem de
fase de 31º, numa frequência de cross-over de 97 Hz. O ganho decrescente para altas frequências
é atingido pelo efeito do próprio filtro de saída.
100
Ganho (dB)
Fase (graus)
-100
-200
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
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1 s⋅L
1 −
Vo (s) Vi (1 − D )2 ⋅ Ro
= ⋅ (7.25)
d (s) (1 − D )2 s⋅L 1
2
2 1
2
1+ ⋅ + s ⋅ L ⋅C⋅
Ro 1 − D 1− D
v ο (s) Vi 2 ⋅ Ro ⋅ τ Vi 1
G (s) = = ⋅ ⋅ 1 − ⋅ (7.26)
v c (s) Vs L Vo 2 − Vi + 1 − Vi ⋅ s ⋅ C ⋅ Ro
Vo Vo
0 50
20
40 4 100 4
10 100 1000 1 10 10 100 1000 1 10
f(Hz) f(Hz)
Figura 7.21 Resposta em frequência de conversor boost no modo descontínuo, em malha aberta.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Isto pode ser obtido fornecendo um sinal da tensão de entrada para o circuito que produz
o sinal MLP, mais especificamente, ao gerador de rampa, o qual deve ter sua amplitude variável
em função da tensão de entrada, como mostrado na figura 7.22.
Nota-se que a um aumento da tensão de entrada eleva-se o valor de pico da onda dente de
serra, provocando, para uma mesma referência, uma redução no ciclo de trabalho, levando a uma
estabilização da tensão de saída, desde que o ganho que realiza o aumento da amplitude da
rampa esteja corretamente dimensionado.
Vi maior Vs2
Vs1
Vc
δ1
δ2
Figura 7.22 Variação na amplitude da onda dente de serra e no ciclo de trabalho com controle
feed-forward.
O uso desta técnica em fontes tipo abaixador de tensão e fly-back (modo descontínuo)
tem excelente resultado. Já sua aplicação em conversores tipo push-pull, meia-ponte e ponte
completa, necessita de atenção para evitar a saturação do transformador, o que poderia ocorrer
caso a forma de onda deixasse de ser simétrica.
O controle MLP da tensão de saída está mostrado na figura 7.23. Neste caso, a tensão de
controle, obtida a partir do erro de tensão e do compensador, determina a largura do pulso pela
comparação com uma onda dente de serra de frequência fixa.
Este controle da chave de potência ajusta por quanto tempo se aplica tensão sobre o
indutor e, assim, sua corrente.
Em termos de modelagem dinâmica, ao se fazer o controle da corrente, tem-se uma
redução na ordem do sistema (a exemplo do que ocorre no MCD). No entanto, para os
conversores boost e buck-boost mantém-se o comportamento de fase não-mínima.
No controle no modo corrente, uma malha adicional de corrente é usada como mostra a
figura 7.24, para um conversor abaixador de tensão. Neste caso, a referência de corrente (Ir)
determina diretamente a corrente do indutor (seu valor médio) e, consequentemente, a tensão de
saída.
Existem diferentes tipos de controle no modo corrente:
a) corrente média;
b) histerese;
c) tempo ligado ou desligado constante;
d) frequência constante com acionamento sincronizado.
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.
Vi
+
Ro Vo
.
Compensador C
Vr
+ Comparador
Vc
+
- Acionador
Figura 7.23 Esquema básico de controle no modo tensão (exemplo de circuito “fly-back”).
Vi
Regulador de
tensão L +
Clock C Ro Vo
Vr
+ S
Ir FF Q
+ Acionador
- R
iL
- Comparador
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Imax
Imédio=K.Vc
∆I
Imin
a) Histerese
Imax=K.Vc
toff=cte
b) Tempo desligado constante
Imax=K.Vc
τ = cte
c) Freqüência constante com acionamento sincronizado
No controle com frequência constante com acionamento sincronizado (o mais usado dos
métodos), a chave é fechada no início de cada período. A tensão de controle determina a
corrente máxima e o instante de desligamento. A chave permanece desligada até o início do
próximo ciclo. O uso de uma frequência fixa facilita o dimensionamento do filtro de saída. Este
método é bastante utilizado nos conversores push-pull, pois evita a saturação do núcleo do
transformador.
Se a resposta da malha de corrente for suficientemente mais rápida do que a da malha de
tensão, pode-se modelar todo o controlador de corrente como um ganho (Kc).
Isto ocorre quando se faz um controle ciclo-a-ciclo da corrente, como nos casos
mostrados na figura 7.26, ou quando de faz controle de corrente média e a frequência de corte da
malha de corrente está, por exemplo, uma década acima da frequência de corte da malha de
tensão.
∆I
Vr + ir io Ro Vo
Gr Kc
+ 1+sCRo
Hv
Figura 7.26 Diagrama de blocos de conversor abaixador de tensão com controle de corrente.
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V o (s) Kc ⋅ R o
= (8.55)
i r (s) 1 + s ⋅ C ⋅ R o
A figura 7.27 mostra a resposta deste conversor a uma variação na referência, com a
corrente do indutor controlada por histerese. O regulador de tensão é um simples PI (bloco Gr na
figura 7.26). Observe o comportamento de primeira ordem (compare com a figura 8.4), mesmo
operando em malha fechada e no MCC.
Para um sistema semelhante ao usado no resultado anterior, a figura 7.28 mostra
resultados de simulação para o conversor boost. Note-se que se mantém o comportamento de
fase não mínima, apesar da resposta do sistema apresentar-se com ordem reduzida em relação ao
controle direto da tensão de saída.
Figura 7.27 Resposta de converso buck com controle de corrente do indutor (histerese), com
malha externa de tensão de saída.
Repare que esta relação, ao utilizar o valor de Vo, se modifica caso a tensão de saída se
altere, como é o caso da figura 7.28.
O controle no modo corrente apresenta diversas vantagens sobre o controle pela tensão
de saída:
a) Limite do pico de corrente pela chave de potência. Como se faz uma medida da corrente, seja
no indutor, seja na própria chave, é possível estabelecer um valor máximo para a tensão de
controle de modo a proteger a chave semicondutora contra sobre-corrente.
b) Redução da ordem do sistema. O fato de se controlar a corrente pelo elemento indutivo (o que
o torna uma "fonte de corrente") altera significativamente o comportamento dinâmico dos
sistemas.
c) Modularidade. Saídas de mais de uma fonte podem ser facilmente paraleladas, mantendo uma
distribuição equilibrada de corrente, quando se usa uma mesma tensão de controle para
todos os módulos.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
Variação da referência de
tensão de 20V para 40V
Efeito do comportamento de
fase não-mínima
Diminuição da
resistência da carga
Figura 7.28 Resposta de converso boost com controle de corrente do indutor (histerese), com
malha externa de tensão de saída.
Imédia
∆ I
δ1
δ2
É claro que existem problemas com esta estratégia de controle, dentre as quais os
principais são:
a) Necessidade de um sensor de corrente. Caso se use um sensor de baixo custo, como um
resistor, o sinal detectado deve ser de pequeno valor de modo que sua presença no
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
clock
Iref
distúrbio
δ antes do distúrbio
δ após o distúrbio
Figura 7.30 Oscilações sub-harmônicas em sistema com comando sincronizado e frequência
constante.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 Modelagem de fontes chaveadas: método de inspeção J. A. Pomilio
P. Tenti: “Appunti dale lezioni di Elettronica di Potenza – Parte I”, DIE, Università di Padova,
Italia, 1994/95.
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
Middlebrook e Cuk (1976, 1977) desenvolveram uma técnica para obter um modelo
de variáveis médias no espaço de estado, resultando em um modelo linear para o estágio de
potência, incluindo o filtro de saída, modelo este válido para pequenas perturbações, fazendo-
se a linearização em torno do ponto de operação.
Por variáveis médias entende-se o valor médio de cada variável considerada
(normalmente corrente no indutor e tensão no capacitor), valor médio calculado a cada
período de comutação. Ou seja, o modelo não é capaz de representar o ripple da corrente ou
da tensão, mas representa a evolução do valor médio destas variáveis. As realimentações
necessárias à operação em malha fechada não devem conter sinais de alta frequência, ou seja,
devem ser devidamente filtradas, de maneira que o modelo reproduza de maneira fiel o
comportamento do sistema.
Caso o ripple de alta frequência não seja suficientemente atenuado, sua presença no
circuito pode levar a funcionamentos não previstos pelo modelo e que, portanto, não podem
ser explicados por este.
A figura 8.1 mostra um diagrama de blocos do sistema (domínio do tempo), enquanto
em 8.2 tem-se uma representação em termos de funções de transferência (domínio da
frequência).
Cada bloco do sistema mostrado na figura 8.2 pode ser representado por uma função
de transferência. Os pequenos sinais causadores, ou resultados, da perturbação são indicados
por uma letra no formato v, d, i.
Zf
Vs
Vi
Zi
Vc Controlador δ Estágio de Vo
Potência e
Vr + PWM filtro
Compensador
Tm(s)=
d Tp(s)=
Vo
Tc(s) Vc d
Vr=0 + Ve Vc Controlador d Estágio de Vo
Compensador Potência e
- PWM filtro
b)
Figura 8.2 Funções de transferências do conversor.
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
8.1 Linearização do estágio de potência usando valores médios das variáveis de estado
para obter vo(s)/d(s)
O objetivo deste estudo é obter uma função de transferência para pequenos sinais entre
a tensão de saída (vo) e o ciclo de trabalho (δ), em torno de seus pontos de operação, Vo e D,
respectivamente.
Quando for indicada a variável em tipo maiúsculo (Vo, por exemplo), refere-se ao
valor médio da variável. Quando for indicado vo, indica-se apenas o componente alternado,
relativo à perturbação, e quando se expressar a variável em tipo minúsculo (vo), refere-se à
soma de Vo com vo.
A análise que se segue refere-se à operação no modo contínuo.
Para um conversor tipo buck, boost ou buck-boost tem-se apenas duas variáveis de
estado:
iL
x=
v C
Geralmente a variável de saída (tipicamente a tensão aplicada à carga) pode ser escrita
em termos apenas das variáveis de estado:
v o = C1 ⋅ x d ur a nt e δ ⋅ τ (8.3)
b) Passo 2: Mediar a descrição das variáveis de estado usando o ciclo de trabalho (δ)
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
v o = C1 ⋅ δ + C 2 ⋅(1 − δ) ⋅ x (8.6)
x = X+x
v o = Vo + v o (8.7)
δ = D+d
Em geral, vi=Vi+vi. Entretanto, como o objetivo aqui é obter uma função entre vo e δ,
consideraremos a tensão de entrada sem variação, de modo que vi=Vi.
Usando as equações precedentes e reconhecendo que X & =0, tem-se:
x& = A ⋅ X + B ⋅ Vi + A ⋅ x + [( A 1 − A 2 ) ⋅ X + (B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d (8.8)
A = A 1 ⋅ D + A 2 ⋅(1 − D) (8.9)
B = B 1 ⋅ D + B 2 ⋅(1 − D) (8.10)
A ⋅ X + B ⋅ Vi = 0
(8.11)
X = − A −1 ⋅ B ⋅ Vi
x& = A ⋅ x + [( A 1 − A 2 ) ⋅ X + (B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d (8.12)
Analogamente,
Vo + v 0 = C ⋅ X + C ⋅ x + [(C1 − C 2 ) ⋅ X] ⋅ d (8.13)
C = C1 ⋅ D + C 2 ⋅(1 − D) (8.14)
Vo = C ⋅ X (8.15)
v o = C ⋅ x + [(C1 − C 2 ) ⋅ X] ⋅ d (8.16)
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
Vo
= − C ⋅ A −1 ⋅ B (8.17)
Vi
ou,
−1
x (s) = [s ⋅ I − A ] [( A 1 − A 2 ) ⋅ X + (B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d (s) (8.19)
v o (s) −1
Tp (s) = = C ⋅ [s ⋅ I − A ] ⋅ [( A 1 − A 2 ) ⋅ X + (B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] + (C 1 − C 2 ) ⋅ X (8.20)
d (s)
δ( t ) = 1 se v c ( t ) ≥ v s ( t )
(8.23)
δ( t ) = 0 se vc ( t ) < v s ( t )
V a ⋅ sin(ωt + φ)
δ( t ) = c + + componentes de frequência maior (8.24)
Vs Vs
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
v s (t) v c (t)
Vs
Vc
t
δ (t) Componente fundamental
1
D
0
t
Figura 8.3 Tensão de controle e sinal MLP.
δ( t ) = D + d ( t ) (8.25)
Vc
D= (8.26)
Vs
a ⋅ sin (ωt + φ)
d (t ) = (8.27)
Vs
d (s) 1
Tm (s) = = (8.28)
v c (s) Vs
(a) (b)
Figura 8.4 Alternativas topológicas (modo contínuo) de conversor abaixador de tensão:
condução do transistor (a) e condução do diodo (b).
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
Numa forma matricial, as equações anteriores, que são válidas durante o intervalo
normalizado δ, podem ser escritas como:
Ro ⋅ ( R se + R L ) + R se ⋅ R L Ro
1
x& 1 L ⋅ ( Ro + R se ) x1
− −
L ⋅ ( R se + Ro)
x& = Ro 1
+ L Vi (8.31)
2 x2 0
C ⋅ ( Ro + R se )
−
C ⋅ ( Ro + R se )
Ro ⋅ R se ⋅ x 1 + Ro ⋅ x 2
v o = Ro ⋅ ( x 1 − C ⋅ x& 2 ) = (8.32)
Ro + R se
Então:
Ro ⋅ R se Ro
C1 = C 2 = (8.33)
Ro + R se Ro + R se
R se + R L 1
− −
A = A1 = A2 = L L (8.34)
1 1
−
C C ⋅ Ro
C = C1 = C 2 ≈ R se 1 (8.35)
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
1
B = B1 ⋅ D = L ⋅ D (8.36)
0
A inversa da matriz A é:
1 1
L ⋅ C ⋅ Ro −
C ⋅ Ro L
A −1 = R se + R L (8.37)
Ro + R se + R L − 1 −
C L
Vo Ro + R se
= D⋅ ≅D (8.38)
Vi Ro + R se + R L
Vo D ⋅ Vi
IL = Io = = e (8.39)
Ro Ro
Vc = Vo = Vi ⋅ D
v o (s) 1 + s ⋅ R se ⋅ C
Tp (s) = ≅ Vi ⋅ (8.40)
d (s) 1 R + RL 1
L ⋅ C ⋅ s 2 + s ⋅ + se +
Ro ⋅ C L L ⋅ C
Os diagramas de Bode são mostrados na figura 8.5. A figura 8.6 mostra a resposta do
conversor, operando no MCC, a uma mudança em Vi ou em δ (são equivalentes do ponto de
vista dinâmico). Note que a função de transferência é idêntica caso se obtenha a relação
vo(s)/vi(s), bastando trocar Vi por D no numerador. A concordância dos resultados é absoluta.
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
Figura 8.6 Resposta a uma variação na tensão de entrada (equivalente a uma mudança de
largura de pulso) em conversor abaixador de tensão operando no MCC. Em cima: resposta do
modelo. Embaixo: resposta no circuito.
1 s⋅L
1 − ⋅
Vo (s) Vi (1 − D )2 Ro
= ⋅ (8.41)
d (s) (1 − D )2 s⋅L 1
2
2 1
2
1+ ⋅ + s ⋅ L ⋅C⋅
Ro 1 − D 1− D
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
D s⋅L
1 −
Vo (s) Vi (1 − D )2 ⋅ Ro
= ⋅ (8.42)
d (s) (1 − D )2 s⋅L 1
2
2 1
2
1+ ⋅ + s ⋅ L ⋅C⋅
Ro 1 − D 1− D
S.Cuk and R. D.Middlebrook: "A General Unified Approach to Modeling Switching DC-to-
DC Converter in Discontinuous Conduction Mode". 1977 IEEE Power Electronics
Specialists Conference Record, pp 36-57
P. Tenti: “Appunti dale lezioni di Elettronica di Potenza – Parte I”, DIE, Università di Padova,
Italia, 1994/95.
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 Modelagem de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
8.6 Exercícios
MCC é: = ⋅ .
d (s) (1 − D )2 s⋅L 1
2
2 1
2
1+ ⋅ + s ⋅ L ⋅C⋅
Ro 1 − D 1− D
Não inclua as resistências do capacitor ou do indutor no modelo.
• Trace os diagramas de Bode utilizando os seguintes valores: Vi=10 V, D=0,5, L=100
uH, C=100 uF, Ro=2 Ω, Vs=5 V, fchav=20k Hz. Comente os resultados.
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
As topologias básicas de conversores CC-CC possuem uma chave controlada e outra não-
controlada associadas a elementos lineares invariantes no tempo. Ao conjunto destas duas chaves
pode-se dar o nome de chave PWM [9.1].
O objetivo neste capítulo é desenvolver um modelo linear para estas chaves, válido em torno
do ponto de operação. O projeto adequado do compensador necessita um conhecimento do modelo
matemático do comportamento do conversor frente a pequenas perturbações.
a ia
c L ic L ic
c p
Vi C Vi C
p a ia
L1 a p L2 a c p
ia C1 ia
Vi C Vi L C
c
ic ic
Figura 9.1 Conversores básicos indicando terminais ativo (a), passivo (p) e comum (c).
a δ c
ia ic
δ*
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
No intervalo complementar:
i a (t)= 0 (9.3)
v cp (t)= 0 (9.4)
Novamente, também neste tipo de análise, interessam os valores médios das variáveis (uma
vez que se pretende utilizar ferramentas de análise linear de sistemas). No estudo do
comportamento dinâmico, as perturbações estudadas serão, por hipótese, em frequência muito
menor do que a frequência de chaveamento e de pequena amplitude.
As grandezas médias serão expressas por tipos maiúsculos, enquanto os termos relativos às
perturbações serão indicados com uma letra em estilo: d,v, etc.
Pode-se demonstrar que a seguinte relação é verdadeira:
Ia = δ⋅ Ic (9.5)
Considerando as formas de corrente ia(t) e ic(t) mostradas na figura 9.3, e ainda a presença
da resistência série do capacitor do filtro de saída, tem-se as ondas de vap(t) e vcp(t) indicadas na
figura 9.4, considerando e desprezando a ondulação na corrente.
ia (t)
Ia=Ic. δ
tT t
τ
ic (t)
Ic
A forma retangular de vap(t) (exceto no conversor abaixador, quando vap(t) é sempre igual à
tensão de entrada), decorre, assim, da presença de resistência no caminho da corrente ic(t).
Desprezando a ondulação desta corrente, a ondulação na tensão vap(t) pode ser dada por:
Vr = I c ⋅ R e (9.6)
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
Vr
Vap
tT tT
Vcp
t t
δ δ∗ δ δ∗
(a) (b)
Figura 9.4 Tensões nos terminais da chave PWM sem (a) e com (b) a ondulação na corrente
considerada.
Caso a queda de tensão na junção do diodo, vd, deva ser considerada, a equação precedente
deve ser reescrita como:
Seja o ciclo de trabalho composto por uma componente de valor constante e uma
perturbação:
δ = D +d (9.8)
Para um ciclo de trabalho constante (δ=D), e supondo que as variáveis sofram alguma
perturbação devido a mudança na tensão de entrada ou na carga, tem-se:
(I a + i a ) = D ⋅ (I c + i c ) (9.9)
Ia = D ⋅ Ic (9.10)
Das equações anteriores, obtém-se o circuito equivalente dado na figura 9.5, no qual o
"transformador" é um elemento fictício e que permite a transformação de tensões CA ou CC.
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
D.D*.Re c
a
Ia . . Ic
vd.D*
Vap 1: D
Vcp
Figura 9.5 Circuito CC equivalente (fictício) para chave PWM com transformador CC.
ia = D ⋅ ic + Ic ⋅ d (9.12)
v cp
v ap =
D
+ i c ⋅ R e ⋅ D * − Vap + I c ⋅ (D − D*) ⋅ R e + v d ⋅
[ ] dD (9.14)
D.D*.Re c
a
- +
ia
VD d
. . vd.D*
ic
D 1: D
d.Ic
vcp
p
Figura 9.6 Modelo CA da chave.
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
9.4 Efeito das perdas em condução e do tempo de armazenamento sobre o modelo da chave
PWM
ic
δ ef = δ − (9.16)
I me
onde Ime é um parâmetro que depende do tipo de circuito de acionamento de base do transistor.
Substituindo (16) em (12) e (14) chega-se a:
I
i a = D − c ⋅ i c + I c ⋅ d (9.17)
I me
v cp r V
v ap = + ic ⋅ R e ⋅ D * + m − D ⋅d (9.18)
D D D
VD
rm = (resistência modulada)
I me
ia = D ⋅ ic + Ic ⋅ d (9.19)
D.D*.Re rm
a c
ia rt ic
vd.D*
rd
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
v cp VD
v ap = + i c ⋅ rc − d ⋅ (9.21)
D D
rc = rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + D ⋅ D * ⋅R e (9.22)
a
- +
ia . . D.D*.Re rm Drt + D*rd i c c
VD d vd.D*
D 1: D
d.Ic
a c L
ia ic
Vi C
p
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VD d
D r m D r t+D*rd L RL
a a1 c1 D.D*'.Re io
- +
ia . . ic
vd.D*
c
+
Rse
d.Ic 1: D
vc1p Ro vo
vap vi va1p
vcp C
i1
p
9.5.1 Análise CC
Analisando o modelo, e considerando que: o ciclo de trabalho é constante (d = 0); os
indutores são representados apenas por suas resistências; os capacitores estão abertos; a tensão de
entrada; Vi é constante; Re = 0, obtém-se:
Vap = Vi (9.24)
Vo
I c = Io = (9.27)
Ro
D ⋅ Ro ⋅ (Vi − D * ⋅v d )
Vo = (9.28)
Ro + R L + rm + rt ⋅ D + rd ⋅ D *
Vo D ⋅ Ro
M= = (9.29)
Vi Ro + R L + rm + rt ⋅ D + rd ⋅ D *
Desprezando ainda rm, RL, rt e rd, tem-se então a relação do conversor sem perdas:
Vo
M= =D
Vi
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
di c
D ⋅ v i − v o = (rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + R L ) ⋅ i c + L ⋅ (9.30)
dt
v o = Ro ⋅ i o (9.31)
R 1 = rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + R L (9.32)
1
C∫
v o = R se ⋅ i 1 + i 1 ⋅ dt (9.33)
ic = i o + i1 (9.34)
D ⋅ Ro ⋅ (s ⋅ C ⋅ R se + 1)
v o (s) (Ro ⋅ C ⋅ L + R se ⋅ C ⋅ L)
= (9.35)
v i (s) C ⋅ (Ro ⋅ R 1 + Ro ⋅ R se + R 1 ⋅ R se ) + L Ro + R 1
s2 + s ⋅ +
L ⋅ C ⋅ (Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ (Ro + R se )
vi + 1 ic + i1 1 vo
δ Rse+
- sL+R 1 sC
-
io
1
Ro
1
v o (s) L⋅C
= D⋅ (9.36)
v i (s) 1 1
s2 + s ⋅ +
Ro ⋅ C L ⋅ C
A simulação da equação 9.35 resulta nos diagramas de Bode mostrados na figura 9.12.
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 Modelagem de conversores: modelo da chave PWM J. A. Pomilio
Ganho (dB)
Fase (°)
-100
-200
Hz
Figura 9.12 Diagramas de Bode da relação vo(s)/vi(s) para conversor abaixador de tensão no MCC.
Utilizando o modelo da figura 9.10, e lembrando que, para esta análise d=0, o circuito
resultante é mostrado na figura 9.13. A respectiva resposta em frequência é mostrada ao lado, a qual
é coincidente com a obtida pela função de transferência. Verifica-se, deste modo, a praticidade
desta modelagem, pois permite obter o comportamento dinâmico do sistema a partir do próprio
circuito.
Os parâmetros usados são: L=10 mH, C=100 uF, Rse=0,3 Ω, rt=0,1 Ω, rd=0,3 Ω, RL=0,
Ro=10 Ω, rm=0, D=0,5, vd=0,8 V.
A resposta no tempo a um degrau na tensão de entrada é mostrada na figura 9.14, tanto para
o circuito completo (com transistor e diodo) quanto para o modelo. Neste caso, a inclusão do
parâmetro vd no modelo é essencial para a exatidão da resposta.
Figura 9.13. Circuito utilizando modelo da chave PWM e respectiva resposta em frequência.
Figura 9.14 Resposta a um degrau na tensão de entrada: circuito com chaveamento e modelo.
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d
v ap = v a1p − VD ⋅ =0 (9.37)
D
v c1p = VD ⋅ d (9.39)
Como não existe ondulação de tensão em vap (já que para este conversor Re = 0), pode-se
escrever, de (9.23):
VD = Vi + I c ⋅ ( rd − rt ) (9.40)
chega-se ao seguinte sistema de equações, o qual leva ao diagrama de blocos mostrado na figura
9.15:
di c
VD ⋅ d − v o = R 2 ⋅ i c + L ⋅ (9.42)
dt
v o = Ro ⋅ i o (9.43)
1
C∫
v o = R se ⋅ i 1 + i 1 ⋅ dt (9.44)
ic = i o + i1 (9.45)
d + 1
ic + i1 1 vo
VD Rse+
- sL+R 2 sC
-
io
1
Ro
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v o (s)
= VD ⋅ F(s) (9.46)
d(s)
Ro ⋅ (1 + s ⋅ C ⋅ R se )
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
F(s) = (9.47)
2 C ⋅ ( Ro ⋅ R 2 + Ro ⋅ R se + R se ⋅ R 2 ) + L Ro + R 2
s + s⋅ +
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
VD = Vi + I c ⋅ ( rd − rt ) (9.48)
Nota-se que a resposta independe do valor médio do ciclo de trabalho, ou seja, do ponto de
operação.
A figura 9.16 mostra os diagramas de Bode da função de transferência entre a tensão de
saída e o ciclo de trabalho, considerando e desprezando as resistências “parasitas” do modelo.
50
Ganho (db)
0 Com Rse e R2
Sem Rse e R2
50
Valores usados:
-100 Vi=100 rm=0
0
Ro=10 δ=0,5
Rse=0,3
Fase
Po=250W
100
rt=0,1 rd=0,3
L=10mH
-200
3 4 5
C=100uF
10 100 1 .10 1 .10 1 .10
f (Hz)
Figura 9.16 Diagramas de Bode relativos à figura 9.15.
Do modelo, vin(s) = vi(s) e iin(s) = ia(s). Admitindo um ciclo de trabalho constante (d = 0), tem-se:
ia = D ⋅ic (9.50)
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s ⋅ C ⋅ Ro R 1
⋅ se + + 1
i c (s) L ⋅ C ⋅ (Ro + R se ) Ro s ⋅ C ⋅ Ro
= (9.51)
D ⋅ v i (s) 2 L + C ⋅ (Ro ⋅ (R 1 + R se ) + R 1 ⋅ R se ) R 1 + Ro
s +s⋅ +
L ⋅ C ⋅ (Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ (Ro + R se )
L + C ⋅ ( Ro ⋅ ( R1 + R se ) + R1 ⋅ R se ) R1 + Ro
E = s2 + s ⋅ + (9.52)
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
v i (s) 1 E ⋅ C ⋅ L ⋅ (Ro + R se )
Z in = = 2⋅ (9.53)
i a (s) D 1 + s ⋅ C ⋅ (Ro + R se )
v (s) 1
Z out = o // Ro // R se + (9.54)
i c (s) s ⋅ C
Do diagrama de blocos,
v o (s)
= s ⋅ L + R1 (9.55)
i c (s)
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Ro ⋅ R 1 s ⋅L
⋅ 1 + ⋅ [1 + s ⋅ C ⋅ R se ]
L ⋅ C ⋅ (Ro + R se ) R1
Z out = (9.56)
E
[9.1] Vorpérian, V.: “Simplify PWM Converter Analysis Using a PWM Switch Model”. PCIM,
March 1990, pp. 10-15.
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a) Tipo 1
10
Cf
Ri
ve - v v c( ω ) 1
c
Tensão de erro +
ve=-(Vr-vo) 0.1 4 5
1000 1 10 1 10
ω
Figura 10.1 Compensador Tipo 1 e respectivo diagrama de ganho
1 v e (t )
v c (t) = −
Cf ∫ R i dt (10.1)
Este circuito apresenta um pólo na origem, o que significa uma defasagem constante de
-90° e uma atenuação de 20 dB/dec. A função de transferência e a frequência de ganho unitário
são, respectivamente:
v c (s) 1
=− (10.2)
v e (s) R i ⋅ Cf ⋅ s
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1
fc = (10.3)
2π ⋅ R i ⋅ C f
b) Tipo 2
R2 C1
C2
ve R1
- vc
Tensão de erro
ve=-(Vr-vo) +
v c (s) 1 + s ⋅ C1 ⋅ R 2
= (10.4)
v e (s) s ⋅ R1 ⋅ (C1 + C 2 + s ⋅ R 2 ⋅ C1 ⋅ C 2 )
R2
O ganho AV é dado por: AV =
R1
0d
Fase (graus)
-100d
Ganho (dB)
-20 dB/dec
AV
1
fz = (10.5)
2 π ⋅ R 2 ⋅ C1
C1 + C 2 1
fp2 = ≅ se C1 >> C 2 (10.6)
2 π ⋅ R 2 ⋅ C1 ⋅ C 2 2 π ⋅ R 2 ⋅ C 2
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c) Tipo 3
Este circuito, mostrado na figura 10.4, apresenta 2 zeros e 3 pólos (sendo um deles na
origem). Isto cria uma região em que o ganho aumenta (o que pode melhorar a resposta
dinâmica), havendo ainda um avanço de fase.
R2
AV1 = (10.7)
R1
R 2 ⋅(R 1 + R 3 ) R 2
AV2 = ≅ se R 1 >> R 3 (10.8)
R1 ⋅ R 3 R3
C3 R3 R2 C1
C2
ve R1
- vc
Tensão de erro
+
ve=-(Vr-vo)
1
f1 = (10.9)
2 π ⋅ R 2 ⋅ C1
1 1
f2 = ≅ (10.10)
2 π ⋅ C 3 ⋅(R 1 + R 3) 2 π ⋅ C 3 ⋅ R 1
1
f3 = (10.11)
2 π ⋅ C3 ⋅ R 3
C1 + C 2 1
f4 = ≅ se C1 >> C 2 (10.12)
2 π ⋅ C1 ⋅ C 2 ⋅ R 2 2 π ⋅ C 2 ⋅ R 2
Fase (graus)
-100
Ganho (dB)
AV2
-20 dB/dec +20 dB/dec
-20 dB/dec
AV1
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d) O fator k
O fator k é uma ferramenta matemática para definir a forma e a característica da função
de transferência. Independente do tipo de controlador escolhido, o fator k é uma medida da
redução do ganho em baixas frequências e do aumento de ganho em altas frequências, o que se
faz controlando a alocação dos pólos e zeros do controlador, em relação à frequência de
cruzamento do sistema (fc).
Para um circuito do tipo 1, k vale sempre 1. Para o tipo 2, o zero é colocado um fator k
abaixo de fc, enquanto o pólo fica um fator k acima de fc. No tipo 3, um zero duplo está
alocado um fator k abaixo de fc, e o pólo (duplo), k acima de fc.
Sendo fc a média geométrica entre as alocações dos zeros e pólos, o pico do avanço de
fase ocorrerá na frequência de corte, o que melhora a margem de fase.
Seja α o avanço de fase desejado. Para um circuito do tipo 2, o fator k é dado por:
α π
k = tg + (10.13)
2 4
Avanço
de fase Tipo 3
(graus) 150
100
Tipo 2
50
0 4
1 10 100 1000 1 10
Fator k
Figura 10.6 Avanço de fase para diferentes compensadores.
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Tipo 1:
1
UGF = (10.15)
2π ⋅ C f ⋅ R i ⋅ G
Tipo 2:
1
UGF = (10.16)
2 π ⋅ R 1 ⋅(C1 + C 2 )
1
C2 = (10.17)
2 π ⋅ f ⋅ G ⋅ k ⋅ R1
C1 = C 2 ⋅(k 2 − 1) (10.18)
k
R2 = (10.19)
2 π ⋅ f ⋅ C1
Tipo 3:
1
UGF = (10.20)
2 π ⋅ R 1 ⋅(C1 + C 2 )
1
C2 = (10.21)
2 π ⋅ f ⋅ G ⋅ R1
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C1 = C 2 ⋅(k − 1) (10.22)
k
R2 = (10.23)
2 π ⋅ f ⋅ C1
R1
R3 = (10.24)
k −1
1
C3 = (10.25)
2π ⋅ f ⋅ R3 ⋅ k
10.2 Exemplo 1
Considere um conversor em meia ponte, operando a 20 kHz, cuja função de
transferência apresenta os diagramas de Bode (vo(s)/vc(s)) mostrados na figura 10.7.
Determinar um compensador para que se tenha uma margem de fase de 60°.
Figura 10.7 Diagramas de Bode de conversor meia-ponte (tipo abaixador de tensão). Vi=20 V,
Rse=0,12 Ω, Ro=4 Ω, Vs=5 V, L=250 uH, C=100 uF.
Solução:
A frequência de corte em malha fechada será de 4 kHz.
Nesta frequência, o sistema apresenta uma atenuação de 12 dB. Assim, o compensador
deve ter um ganho de 12 dB (4 vezes).
Ainda em 4 kHz, a defasagem provocada pelo sistema é de 155°. O avanço de fase
necessário é:
Avanço = 60° - (-155°) - 90° = 125°
Isto significa que devemos usar um controlador do tipo 3.
Usando as curvas mostradas anteriormente, determinamos um fator k = 16.
Os componentes são agora calculados, arbitrando um valor para R1 de 10 kΩ.
C2 = 1 nF
C1 = 15 nF
R2 = 10,6 kΩ
R3 = 667 Ω
C3 = 15 nF
O zero duplo estará alocado em 1 kHz, enquanto o pólo duplo estará em 16 kHz.
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50d 40
Ganho (dB)
30
0d
20
-50d
10
Fase (graus)
-100d 0
10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz
Figura 10.8 Diagrama de Bode do compensador tipo 3.
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10.3 Exemplo 2
Consideremos um conversor elevador de tensão, operando no modo de condução
contínua. Como já foi visto no capítulo anterior, neste caso tem-se um sistema que apresenta
um zero no semi-plano direito, sendo de difícil controle.
A frequência de corte escolhida é de 400 Hz, quando a fase é de –219°. Para obter uma
margem de fase de 30°, o avanço de fase necessário é de 159°, devendo-se usar um
compensador tipo 3. O fator k vale 118, e os componentes do compensador estão mostrados na
figura 10.15. O indutor do conversor é de 10 mH, o capacitor é de 100 uF e a carga é de 100
ohms. A tensão de entrada é de 100 V e a de saída é de 200 V, com uma largura de pulso de
0,5. A onda triangular tem amplitude de 10 V.
A figura 10.11 mostra a resposta do sistema sem o compensador, assim como a resposta
em frequência do compensador, obtida a partir do circuito cujos parâmetros estão mostrados na
figura 10.12.
A figura 10.13 mostra a resposta do sistema completo, em malha aberta, sendo possível
verificar que são atendidas as especificações de projeto. No entanto, a resposta do sistema não
será ditada por este resultado, uma vez que há situações muito mais críticas na faixa de baixa
frequência, na qual o ganho resultante é inferior a 0 dB. Ou seja, o sistema só terá capacidade
de resposta numa faixa de frequência abaixo de 1 Hz.
Na figura 10.14 tem-se a resposta no tempo a uma mudança de 2,5% na referência,
podendo-se notar a variação da saída inicialmente no sentido oposto ao desejado (sistema de
fase não mínima) e o comportamento estável, mas subamortecido e o longo tempo de
estabilização, devido ao baixo ganho em baixas frequências.
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Fontes Chaveadas - Cap. 10 Projeto de Sistemas de ControleLinear para Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
100 100
Fase (graus)
Ganho (dB)
0 50
Ganho (dB)
-100 0
Fase (graus)
-50
-200
-100
100mHz 10Hz 1.0KHz 100KHz
1.0Hz 100Hz 10kHz
100Hz 10kHz
100mHz 1.0Hz 10Hz 1.0KHz 100KHz
1-s*100U*4
10
o
s*s*1u+s*100u+4
1511
R2 C1 2.86u
R3 C3
C2
855 43n 24.2n
e 0 c
-
Compensador
-
+
R1 100k
+
E1
tipo 3
V3
+-
Referência
0
Figura 10.12 Diagrama do conversor boost simulado, incluindo o compensador.
100
Ganho (dB)
-100
Fase (graus)
-200
-300
-400
100mHz 10Hz 1.0KHz 100KHz
1.0Hz 100Hz 10kHz
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Fontes Chaveadas - Cap. 10 Projeto de Sistemas de ControleLinear para Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
210.0V
200.0V
220V
200V
H. D. Venable: "The k-factor: A New Mathematical Tool for Stability Analysis and Synthesis"
Proc. of Powercon 10, March 22-24, 1983, San Diego, USA.
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10.5 Exercícios
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Osc. S
Técnica de controle Osc. Osc.
(esquemático) MLP S I
R
vc Q
vc R
MLP
Ref.
Formas de onda
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T1
Vi (ac)
Retificador e Vo
Retificador de Elementos de
Filtro de
entrada e filtros Chaveamento
Saída
T2
Amplif. de erro e
Controlador MLP
T1
Vi (ac)
Retificador e Vo
Retificador de Elementos de
Filtro de
entrada e filtros Chaveamento
Saída
Ampl.
Ref erro
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11.2 TL494
5
.
R
C
Oscilador
FF . Q1
.
. .
Comparador Q
com tempo morto CK
. 4
- Q
.
0,12V
0,7V
+
. Q2
.
-
0,7mA
+
MLP
+
-
1 . +
2-
GND
Referência
Vref
Vcc
12
Amplif. de erro
7 5V
1 2 3 15 16 14
O TL494 possui 2 saídas, com deslocamento de 180° elétricos, de modo a ser possível
o acionamento de uma topologia tipo push-pull. Caso ambas saídas sejam conectadas em
paralelo, tem-se um acionamento para um conversor de uma única chave.
A onda dente de serra utilizada para gerar o sinal MLP vem de um oscilador interno
cuja frequência é determinada por um par RC conectado externamente.
O sinal MLP é obtido pela comparação da tensão sobre o capacitor (dente de serra)
com o sinal proveniente de um dos sinais de controle. A cada subida do sinal MLP altera-se o
estado do flip-flop, de modo a selecionar uma das saídas a cada período do oscilador. Uma
operação lógica entre o sinal MLP e as saídas do FF, é enviada às saídas. Além disso, um
sinal de controle de modo de saída (pino 13) faz com que, quando em nível alto, as saídas
sejam adequadas a um conversor push-pull. Quando em nível baixo, ambas as saídas variam
simultaneamente, uma vez que os sinais do FF ficam inibidos.
O sinal MLP depende ainda de um comparador que determina o tempo morto, ou seja,
uma largura de pulso máxima em cada período, o que garante um intervalo de tempo em que
ambas as saídas estão desligadas. Em uma topologia push-pull ou em ponte isto impede a
condução simultânea de ambas as chaves, o que colocaria em curto-circuito a fonte. Uma
tensão interna de 120 mV associada à entrada de tempo morto garante um valor mínimo de
cerca de 4%, limitando assim o ciclo de trabalho máximo a 96%. Um potencial mais elevado
conectado a este pino (4), aumenta o tempo morto, numa faixa de variação de 0 a 3,3 V
(tempo morto de 100%).
A regulação da tensão de saída é usualmente feita por meio dos amplificadores de
erro, com o sinal de realimentação disponível no pino 3. Os 2 amplificadores de erro podem
ser usados para fazer a realimentação de tensão e limitar a corrente pelo circuito. As saídas
dos amplificadores estão conectadas de modo a que o sinal na entrada do comparador MLP
(pino 3) seja determinado pelo amplificador que apresentar a tensão mais elevada, o que leva
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à menor largura de pulso nas saídas. A tensão neste pino encontra-se entre 0,5 e 3,5 V. O CI
dispõe de uma fonte de referência interna de 5 V
11.3 UC1840
Parada ext.: 4
Comp. + 6: Limiar de
R
+ Comp. limite de corrente
S Erro
Latch
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Entrada cc
Rr Rin N3
Entrada ca +Vin N1
Vref
R4 16 15
Cin N4
11
Rt Ger.
Vref
9 Rampa 10
Osc.
Ct Cr N5
N2
+Vin
R1
Rf Cf 1 Drive
17
Rb Cd
14
R5 Vref
18 Ampl.
PWM 12
Erro
2 Vref Rd
R6 R8
sub-tensão
R2
6
sobre-tensão 3 7
Limite
R3 corrente
R7
Rs
Stop 4 Rcs
Remoto Partida 8
Reset 5 Suave
13 Rdc
UC1804 Cs
dv V ( linha )
= (11.1)
dt R R ⋅ C R
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11.4 UC1524A
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Vin
15
. + 5V
Referência 16
Vref
. .
3 Flip-
. . .
Rt Clock Flop Ea
11
6 Osc.
Ct
7
R
. 13
Cb
.
+ Eb
Compensação PWM 14
- S Latch
9 Ampl. Erro
Inv.
N. Inv.
1 -
+
. 8
GND
4
200mV
-
+
. 1k 10
Shutdown
5
Limite de corrente . 10k
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11.5 UC1846
Este CI, mostrado na figura 11.7, é adequado ao controle no modo corrente [11.1].
Possui uma fonte interna de referência de 5,1 V +1%, usada também para alimentar
circuitos de baixo consumo. Um gerador de rampa, com frequência fixa, determinada por um
par RC conectado externamente (pinos 9 e 8), pode produzir um sinal de 1 MHz. Um sinal de
sincronismo é fornecido no pino 10. O sinal de saída do oscilador tem um tempo baixo
mínimo, o qual inibe ambas as saídas durante um intervalo, garantindo um tempo morto
mínimo. A duração deste intervalo depende também do resistor e do capacitor do oscilador,
sendo coincidente com o intervalo de diminuição da tensão da onda dente de serra.
Vin . + 5,1 V
Vref
.
15 Referência 2
Vc
. .
Sub-
tensão 13
Saída
Sinc. Q
.
10 T 11 A
FF
Rt Clock Q
..
9 Osc.
Ct
8
Comp.
. . Saída
.
B
3 - PWM 14
X3 +
+ R GND
S 12
4 - S Q
Sensor de corrente
0,5 mA
0,5V
. .
1 Limite de
Corrente
6
Ampl. Erro
-
. . +
-
16
Shutdown
+ 350mV 6k
5 Comp.
7 Compensação
Figura 11.7 Diagrama de blocos do UC1846
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Rs Saída
+ 4
X3
+ Rs - 3
3
X3
-
(c)
4
(a)
+ 4 I
X3
+ - 3
Cf Rs
3
X3 Trafo de corrente
-
4
(d)
Spike
(b)
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11.6 GP605
1 Sobretensão 12
RSD Soft-start
Subtensão
Soft-start
Remoto
15
UV/OV
13
VCO
14 VCO Monoestável
R
11 3
C 5V Vref
9
Ton
8
Out A
10 FF
Seq.
6
Out B
5
GND
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 Circuitos Integrados Dedicados J. A. Pomilio
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[11.1] Linear/Switchmode Voltage Regulator Handbook, Motorola Inc., 4ª Ed., 1989, USA
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Este teste determina o intervalo de tempo no qual a saída é capaz de manter a corrente
nominal de saída quando ocorre uma interrupção na alimentação.
Esta interrupção na alimentação do equipamento pode ter origem em manobras de
equipamentos alimentados pela mesma rede, causando uma queda na tensão CA (ou CC) com
duração maior que 1/2 ciclo (8,33 ms).
O desempenho esperado determina a energia a ser acumulada nos capacitores a serem
utilizados na entrada e na saída do equipamento, o que pode levar a valores muito maiores do que
os necessários para a operação em regime, ou seja, apenas para reduzir a ondulação de tensão
advinda do chaveamento.
A figura 12.2 indica o procedimento de teste.
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Figura 12.1 Envelope de tolerância de tensão típico para sistema de tecnologia da informação
(curva CBEMA – superior e curva ITIC – inferior).
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+ +
Fonte
carga
Vi sob teste nominal
osciloscópio
- -
Tensão de entrada
100%
0
Tempo de sustentação
Vo Vomin
Vo max − Vomin
Regulaç ão de Linha = ⋅ 100 (12.1)
Voideal
onde Vomax e Vomin são medidas, respectivamente, à máxima e mínima tensão de entrada.
+ +
Fonte
Carga
Vi V sob teste nominal Vo
ajustável
- -
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Este teste mede a alteração na tensão de saída em resposta a uma mudança na corrente
média de cada saída da fonte.
O teste é feito com tensão nominal na entrada. Cada saída é medida com 50% e com 100%
da corrente nominal.
Vo max − Vomin
Regulaç ão de carga = ⋅ 100 (12.2)
Voideal
onde Vomax e Vomin são medidas, respectivamente, a 50% e 100% da carga nominal.
+ +
Fonte
1/2
Vi sob teste carga Vo
nominal 1/2
nominal carga
nominal
- -
Embora este parâmetro não seja usualmente publicado, ele é uma informação interessante,
especialmente para o projetista, uma vez que permite verificar o desempenho do sistema de
controle utilizado.
É basicamente um teste para medir o tempo necessário para que a realimentação corrija a
tensão de saída na ocorrência de uma variação em degrau na carga.
Este é um parâmetro que é pior nas fontes chaveadas do que nas lineares, dada a limitação
(ao inverso da frequência de chaveamento) no mínimo tempo de resposta.
Em geral são necessários alguns ciclos para que ocorra a correção desejada. Isto ocorre
principalmente por que o filtro de saída impede uma resposta rápida à mudança na carga, sendo
necessário algum tempo para que todo o sistema atinja o novo ponto de operação e possa corrigir a
saída.
Tempos muito longos podem indicar um ganho CC muito baixo e ainda uma frequência de
corte muito reduzida. Quanto mais os parâmetros do compensador são ajustados para uma situação
conservativa em termos de estabilidade, pior a resposta dinâmica.
A figura 12.5 mostra o arranjo para a realização do teste.
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+ +
Fonte
1/2
Vi sob teste carga
nominal 1/2
nominal carga
nominal
osciloscópio
- -
carga
100%
50%
tempo de resposta
Vo
Este teste verifica se a isolação entre a entrada, chassis e saída(s) excede um valor de
tensão mínima especificada. As tensões de teste são, tipicamente, CA (50 ou 60 Hz), podendo ser
substituídas por uma tensão CC com um valor equivalente ao pico da tensão CA.
O propósito do teste é assegurar que não exista possibilidade de que tensões
potencialmente letais advindas da rede ou do próprio equipamento atinjam o usuário final do
produto.
As áreas críticas para este teste são as isolações do transformador de potência, o
espaçamento entre as trilhas da placa de circuito impresso e a isolação para o chassi.
A falha é detectada caso ocorra uma corrente acima da especificada durante a aplicação da
tensão ao equipamento.
Alguns cuidados devem ser tomados durante a verificação da isolação, com o intuito de
não danificar os componentes do equipamento. Por exemplo, os fios de entrada devem ser curto-
circuitados, bem como os de saída. O uso de tensão CC é mais conveniente por não permitir a
ocorrência de fugas pelo transformador (acoplamento capacitivo), o que poderia danificar algum
componente. A figura 12.6 mostra o teste com tensão aplicada entre entrada e saída, enquanto na
figura 12.7 tem-se o teste entre entrada e chassis. Realiza-se também o teste entre chassis e saída.
Os componentes colocados entre os terminais de entrada ou de saída e o chassis devem
suportar uma tensão maior que a tensão de teste. Tais componentes são basicamente os capacitores
do filtro de IEM. Também aqui deve ser usada uma tensão CC.
A tensão de teste deve ser rampeada em um tempo sempre superior a 2 segundos, de modo
a evitar a indução de tensões elevadas no circuito.
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+ +
Fonte Todas as
Entrada e retorno sob teste saídas e
curtocircuitados retornos
curtocircuitados
conjuntamente
Alta - -
Tensão
CC
+ +
Todas as
Fonte
Entrada e retorno saídas e
sob teste
Curto-circuitados retornos
curto-circuitados
conjuntamente
Alta - -
Tensão
Chassi/terra
CC
Dois tipos de interferência devem ser considerados: a conduzida pela rede de alimentação e
a irradiada.
Diferentes normas, nacionais (VDE - Alemanha, FCC - EUA) e internacionais (CISPR -
IEC), determinam os valores limites admissíveis para o ruído eletromagnético produzido pelo
equipamento. No Brasil, a adoção de normas específicas sobre este assunto está em discussão,
seguindo-se, em princípio, as normas IEC-CISPR [12-1] a [12-4].
Estas normas, além dos limites de sinal irradiado ou conduzido, determinam os métodos de
medida, os equipamentos de teste e classificam os produtos a serem testados em função de suas
características próprias e do local onde devem ser utilizados (CISPR 16). Via de regra, as fontes
chaveadas são elementos internos aos equipamentos, devendo-se utilizar os limites e
procedimentos explicitados para tal equipamento.
Os limites mais severos referem-se a produtos utilizados em ambientes "domésticos"
(classe B), o que significa que são alimentados por uma rede na qual existem usuários que não são
indústrias ou estabelecimentos comerciais. Ambientes industriais e comerciais têm seus
equipamentos incluídos na chamada classe A.
No que se refere à IEM conduzida, equipamentos de informática possuem suas normas
(CISPR 22), enquanto os aparelhos de uso industrial, científico e médico (ISM), são regulados
pela CISPR 11. Aparelhos eletrodomésticos são controlados pela CISPR14.
De modo simplificado, os testes de IEM irradiada devem ser feitos em ambientes
anecóicos, quer seja um campo aberto ou uma câmara especial. Já as medidas de IEM conduzida
fazem uso de uma impedância artificial de linha, sobre a qual se realiza a medida dos sinais de alta
frequência injetados pelo equipamento.
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Limite
dB(uV) Medidas à distância de 10 m
50
40 37dB
30
Figura 12.8 Limites de IEM irradiada para equipamento ISM, grupo 1, classe B
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. L1
. L2
. 9 a 150 kHz
L1=250uH
150kHz a 30MHz
L1=0
C1 C2 C3 Fonte L2=50uH L2=50uH
C1=4uF C1=0
Rede Vo C2=8uF C2=1uF
CA R1 R2 R3 C3=250nF C3=100nF
.. . . R1=10
R2=5
R3=1k
R2=0
R3=1k
Analisador
de Espectro
(50 ohms)
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dBuV
100
90
80
70
60 Classe A
50 Classe B
Figura 12.10 Limites de IEM conduzida pela norma CISPR 11 (equipamentos de uso Industrial,
Científico e Médico - ISM)
A redução dos níveis de IEM conduzida pode ser obtida com o uso de filtros de linha
[12.6]. Seu objetivo é criar um caminho de baixa impedância de modo que as componentes de
corrente em alta frequência circulem por tais caminhos, e não pela linha. Devem-se considerar 2
tipos de corrente: a simétrica e a assimétrica.
No caso de correntes simétricas (ou de modo diferencial), sua existência na linha de
alimentação se deve ao próprio chaveamento da fonte. A figura 12.11 mostra esta situação. A
redução da circulação pela linha pode ser obtida pelo uso de um filtro de segunda ordem, com a
capacitância oferecendo um caminho de baixa impedância para a componente de corrente que se
deseja atenuar. Os indutores criam uma oposição à fuga da corrente para a rede. Em 60 Hz a queda
sobre tais indutâncias deve ser mínima.
Já para as correntes assimétricas (ou de modo comum), como sua principal origem está no
acoplamento capacitivo do transistor com o terra, a redução se faz também com um filtro de
segunda ordem. No entanto, o elemento indutivo deve ser do tipo acoplado e com polaridade
adequada de enrolamentos, de modo que represente uma impedância elevada para correntes
assimétricas, mas não implique em nenhuma impedância para a corrente simétrica. Os capacitores
fornecem o caminho alternativo para a passagem de tal componente de corrente.
rede
.. fonte
aterramento
Filtro de linha
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Fontes Chaveadas - Cap. 12 Caracterização de Fontes Chaveadas J. A. Pomilio
[12.1] “CISPR specification for radio interference measuring apparatus and measurement
methods”. International Electrotechnical Comission, International Special Committee on
Radio Interference, CISPR 16, second edition, 1987.
[12.6] Nave, Mark J.: “Power Line Filter Design for Switched-Mode Power Supplies”. Van
Nostrand Reinhold, New York, 1991.
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de
corrente, permite a passagem de corrente em um único sentido. Detalhes de funcionamento, em
geral desprezados para diodos de sinal, podem ser significativos para componentes de maior
potência, caracterizados por uma maior área (para permitir maiores correntes) e maior
comprimento (a fim de suportar tensões mais elevadas). A figura 13.1 mostra, simplificadamente,
a estrutura interna de um diodo.
Junção metalúrgica
P + + + + + + + _ _ + + _ _ _ _ _ _N _
++++++++ _ _ + + _ _ _ _ _ _ _
++++++++ _ _ + Anodo Catodo
+ _ _ _ _ _ _ _
++++++++ _ _ _ _ _ _ _ _ _
+ +
++++++++ _ _ + + _ _ _ _ _ _ _
+ Difusão
_
0 Potencial
1u
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
P+ 10e19 cm-3 10 u
Vfp Von t4 t5
vD
_ Vrp
N 10e14 cm-3 Depende -Vr t2
da tensão
+Vr
vi
vD -Vr
250 u
N+ 10e19cm-3
substrato
iD
vi R
Catodo
Figura 13.2. Estrutura típica de diodo de potência e formas de onda típicas de comutação de
diodo de potência.
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
Durante t1, remove-se a carga acumulada na região de transição. Como ainda não houve
significativa injeção de portadores, a resistência da região N- é elevada, produzindo um pico de
tensão. Indutâncias parasitas do componente e das conexões também colaboram com a sobre-
tensão. Durante t2 tem-se a chegada dos portadores e a redução da tensão para cerca de 1V. Estes
tempos são, tipicamente, da ordem de centenas de ns.
No desligamento, a carga espacial presente na região N- deve ser removida antes que se
possa reiniciar a formação da barreira de potencial na junção. Enquanto houver portadores
transitando, o diodo se mantém em condução. A redução em Von se deve à diminuição da queda
ôhmica. Quando a corrente atinge seu pico negativo é que foi retirado o excesso de portadores,
iniciando-se, então, o bloqueio do diodo. A taxa de variação da corrente, associada às indutâncias
do circuito, provoca uma sobre-tensão negativa.
Diodos rápidos possuem trr da ordem de, no máximo, poucos micro-segundos, enquanto
nos diodos normais é de dezenas ou centenas de micro-segundos.
O retorno da corrente a zero, após o bloqueio, devido à sua elevada derivada e ao fato de,
neste momento, o diodo já estar desligado, é uma fonte importante de sobre-tensões produzidas
por indutâncias parasitas associadas aos componentes por onde circula tal corrente. A fim de
minimizar este fenômeno foram desenvolvidos os diodos “soft-recovery”, nos quais esta variação
de corrente é suavizada, reduzindo os picos de tensão gerados.
A figura 13.3 mostra resultados experimentais de um diodo de potência “lento”
(retificador) em um circuito como o da figura 13.2, no qual a indutância é desprezível, como se
nota na figura (a), pela inversão quase imediata da polaridade da corrente. A corrente reversa é
limitada pela resistência presente no circuito. Já na entrada em condução, a tensão aplicada ao
circuito aparece instantaneamente sobre o próprio diodo, o que contribui para limitar o
crescimento da corrente. Quando esta tensão cai, a corrente vai assumindo seu valor de regime.
(a) (b)
c)
Figura 13.3 - Resultados experimentais das comutações de diodos: (a) desligamento de diodo
lento; (b) entrada em condução de diodo lento; (c) desligamento de diodo rápido.
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contato Al Al contato
retificador ôhmico
SiO2
N+
Tipo N
Substrato tipo P
Figura 13.4 - Diodo Schottky construído através de técnica de CIs e formas de onda típicas no
desligamento.
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Rc saturação
quase-saturação
Vcc
J2 J1 Ic
C R
N+ N- P N+ Vcc/R
Ib
C - - E
B região ativa Vcc
- - Vce
Vb E
B
Rb corte
Vcc Vce
Figura 13.5 - Estrutura básica de transistor bipolar tipo NPN, seu símbolo e característica estática
com carga resistiva.
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
O uso preferencial de TBP tipo NPN se deve às menores perdas em relação aos PNP, o
que ocorre por causa da maior mobilidade dos elétrons em relação às lacunas, reduzindo,
principalmente, os tempos de comutação do componente.
Ib2
dib/dt
dib/dt
Ibr
Figura 13.6 Forma de onda de corrente de base recomendada para acionamento de TBP.
D1
D2
D3
Figura 13.7 Arranjo de diodos para evitar saturação.
T1
T2
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13.4 MOSFET
Vdd
Vgs
G
S +++++++++++++++
- - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - -- - - - - -
N+ ----------------
- - - - - - - -- - - --
-Id -Id D
N- G
N+ S
Símbolo
D
SiO2
metal
Figura 13.9 Estrutura básica de transistor MOSFET.
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Id
região
resistiva Vgs3
região ativa
Vgs2
Vgs1
Vdso
Vds
vgs3>Vgs2>Vgs1
Figura 13.10 Característica estática do MOSFET.
log Id
Id pico
Id cont
A
B
C
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V gg
V+
Io
V gs Df
V+
V th
C gd
Id Id=I V dd
V ds Cds
Rg
V ds
V ds V gs
V gg
C gs Id
td
CA R G A IN D U TIV A
Figura 13.12 Formas de onda na entrada em condução de MOSFET com carga indutiva.
b) Desligamento
O processo de desligamento é semelhante ao apresentado, mas na ordem inversa. O uso de
uma tensão Vgg negativa apressa o desligamento, pois acelera a descarga da capacitância de
entrada.
Quando em condução, os MOSFETs não apresentam cargas minoritárias estocadas, ou
seja, não há acúmulo de elétrons na região P, nem de lacunas na região N. A condução é feita
toda com base na formação do canal, assim que o canal se desfaz, pela retirada da polarização do
gate, a condução cessa.
C [nF]
C [nF]
4
Ciss 4
Cgs
3
3
Cos Cds
2
2
1
Crss 1 Cgd
0
0
0 10 20 30 40 Vds 0 10 20 30 40 Vds
Figura 13.13 Capacitâncias de transistor MOSFET.
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G a te
E m is s o r
N+ J3 N+
C
P
J2 B
N-
E
N+
J1
P+
C o le to r
S iO 2
m e ta l
Figura 13.14 Estrutura básica de IGBT.
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13.7.1 Desligamento
Objetivo: atrasar o crescimento de Vce (figura 13.15)
Quando Vce começa a crescer, o capacitor Cs começa a se carregar (via Ds), desviando
parcialmente a corrente, reduzindo Ic. Df só conduzirá quando Vce>Vcc.
Quando o transistor ligar o capacitor se descarregará por ele, com a corrente limitada por
Rs. A energia acumulada em Cs será, então, dissipada sobre Rs.
Sejam as formas de onda mostradas na figura 13.16. Considerando que Ic caia linearmente
e que IL é constante, a corrente por Cs cresce linearmente. Fazendo-se com que Cs complete sua
carga quando Ic=0, o pico de potência se reduzirá a menos de 1/4 do seu valor sem circuito
amaciador.
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Io
log
Lcarg Df sem
Io
Cs
R
carg
Vcc
Ic
Cs Vcs Vcc log
Vce
Ds Rs
Ic Vcc Ic Vcc
Io
Vce Vce
Io.Vcc
P P
tfi
Figura 13.16 Formas de onda no desligamento sem e com o circuito amaciador.
Cs ⋅ Vcc 2
PRs = ⋅ fs (13.2)
2
fs é a frequência de chaveamento,
Idpico é a máxima corrente de pico repetitiva suportável pelo transistor
δmin é o mínimo ciclo de trabalho especificado para o conversor (tipicamente alguns %, para
fontes de tensão ajustável).
As figuras a seguir mostram o efeito da inclusão de um snubber de desligamento em um
conversor buck..
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Figura 13.17 De cima para baixo:Tensão VDS, corrente ID (invertida) e potência instantânea no
transistor (invertida).
Figura 13.18 Detalhe do desligamento (esq.) e entrada em condução (dir), sem snubber.
Figura 13.19 Detalhe do desligamento (esq.) e entrada em condução (dir), com snubber.
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Df Ds Rs
Vcc
Ls
carga
Bimal K. Bose “Power Electronics - A Technology Review”, Proceedings of the IEEE, vol 80,
no. 8, August 1992, pp. 1303-1334.
C. G. Steyn; J. D. van Wyk: Ultra Low-loss Non-linear Turn-off Snubbers for Power Electronics
Switches. I European Conference on Power Electronics and Applications, 1985.
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
13.9 Exercícios
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Fontes Chaveadas – Cap. 13 Componentes Semicondutores Rápidos de Potência J. A. Pomilio
2 ohms
Vi
L
3) Considere o circuito abaixo e a forma de onda da corrente pelo transistor. Esboce, indicando os
valores pertinentes, as formas de onda das tensões vd, vo e da corrente pelo diodo. Considere que
o diodo se comporta como uma chave que não apresenta queda de tensão quando conduz e que
muda de estado instantaneamente.
iT iT 50A
100nH
vd
20V vo 30A
0,1uH
0
1us t
200ns
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