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Objetivos da disciplina
1
Bibliografia essencial
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© Andreia Gama, 2011
NEGOCIAÇÃO
Conceito e pressupostos
Os mitos da negociação
Estratégias de resolução de conflitos
Princípios fundamentais
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Enquadramento
Negociação
Negociamos quando…
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Negociação - conceito
Lewicky, 2003
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Negociação - conceito
Divergência de
Posição 1 interesses Posição 2
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Negociação
Criar algo de novo que nenhuma das partes conseguiria obter sozinha
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Pressupostos
– Existe conflito de interesses entre as partes – o que uma das partes quer não é
necessariamente o que a(s) outra(s) quer(em) – e as partes têm que encontrar
uma forma de resolver o conflito
– As partes negoceiam porque pensam poder usar alguma forma de influência para
ter um acordo melhor do que simplesmente aceitar o que a outra parte
voluntariamente está disposta a dar
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Pressupostos
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Os mitos da negociação
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Os mitos da negociação
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Os mitos da negociação
Os negociadores devem:
-Avaliar o risco
-Definir o timing certo para apresentar a última oferta
-Aprender a decidir bem em casos de incerteza
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Os mitos da negociação
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O queOé que
um conflito?
é o Conflito?
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Causas do conflitos
Exemplos?
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A inevitabilidade do conflito
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A inevitabilidade do conflito
A Inevitabilidade do Conflito
MAS…
… evitar a estagnação
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Estratégias para gerir conflitos
+ Cedência ou Colaboração
acomodação Integrar as diferentes
Acomodar as perspetivas da posições
outra parte e ceder
Preocupação com os
resultados da outra parte Compromisso
Inacção Competição
Evitar o conflito Tentar que a outra parte
desista
- +
Preocupação com os nossos resultados
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Colaboração:
Situação em que é importante satisfazer (pelo menos grande parte)
das necessidades das partes envolvidas na negociação.
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Colaboração - exemplo
(…)
Comprador: Se vocês não subirem o preço eu até posso investir em folhetos para escoar o stock
do produto antigo que, com a introdução deste novo produto, perderá todo o interesse.
Vendedor: Bom, mas o preço do novo tem inevitavelmente que subir porque os custos também
são superiores.
C: Não digo que não mas assim sofrem sempre da presença de dois produtos em simultâneo o
que, para os clientes, pode não ter muito interesse. E para nós também não, uma vez que nunca
mais escoamos o stock do produto antigo.
V: De facto, o lançamento do novo produto implica que o anterior seja retirado do mercado.
C: Nós podemos vender a perder margem, mas não nos parece que possamos manter essa
situação por muito tempo.
V: E se fizéssemos uma campanha conjunta? Vocês promoviam o produto e, com isso, baixavam
o preço, escoando o produto antigo. Nós podemos investir na comunicação e nos folhetos.
(…)
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Competição
Situação em que satisfazer as nossas necessidades é importante, mas
satisfazer as necessidades da outra parte não é importante para nós.
Cada uma das partes posiciona-se numa óptica em que pretende fazer
prevalecer os seus próprios interesses sobre os da outra parte, de forma
a maximizar os seus resultados – ótica de dominação.
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Competição - exemplo
(…)
Comprador: 330,000 euros parece-me um preço absolutamente excessivo.
Vendedor: Se reparar nas condições praticadas no mercado verá que até é um bom preço.
C: Mas a mim não me importa o mercado, mas muito mais esta casa em particular. E sei que uma
casa com esta idade e neste estado de conservação não vale mais de o que eu lhe estou a
oferecer, ou seja, €300,000.
V: Mas já estávamos nos €310,000 e não nos €300,000. Se fossem €300,000 implicaria um
desconto superior a 10% em relação ao preço pedido.
C: Não faço as minhas contas assim e o Sr. Também não as pode fazer. Se fizesse um preço
disparatado como €400,000 e desconto já seria de 25%. Mas ok. €310,000 é um preço justo. É
pegar ou largar. Estou pronto para fazer amanhã a escritura.
V: Não me parece. Isto não é um leilão. E se a casa não fosse interessante, o senhor não tinha
feito oferta nenhuma. Fechamos a €320,000 e já estou a perder €10,000.
C: Nem pensar. Quando muito a meio, nos €315,000.
V: A meio de quê? Estávamos a €310,000 e o meio, que eu saiba, está nos €320,000.
(…)
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Inação
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Inacção - exemplo
(…)
Vendedor: Parece-me que assim não vamos lá.
Comprador: Os senhores não vão lá porque insistem sistematicamente nos mesmo pontos.
V: Certo. Vamos deixar este assunto para mais tarde pois, de facto, estamos cansados. Acham
que quando concluirmos a negociação do outro material já poderemos falar deste?
C: Não estou certo disso porque os vossos argumentos não variam. Vamos ver…
V: Vamos então dedicar-nos a outro tema?
C: Vamos a isso.
V: E que tal se almoçássemos e depois logo víamos o tempo que temos?
C: Parece-me uma boa ideia. Têm alguma sugestão?
(…)
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Cedência ou acomodação
Uma das partes reduz a sua preocupação em relação aos seus próprios
resultados, focalizando-se mais na obtenção dos resultados da outra
parte, numa tentativa de manter um ambiente de entendimento entre as
partes
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Cedência - exemplo
(…)
Vendedor: Não vamos envolver-nos muito na discussão desse ponto do horário das entregas
das encomendas, pois para nós não é verdadeiramente prioritário.
Comprador: Ok. Passemos então a outros temas. Significa isto que prescindem destes aspectos
a nosso favor?
V: Não necessariamente. Mas estamos dispostos a dar de barato este ponto para concluir a
negociação das condições de entrega.
C: Então vamos lá fechar as restantes condições de entrega.
(…)
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Compromisso
A satisfação das necessidades é moderadamente importante para ambas
as partes
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Trabalho em grupo:
Estratégias de Gestão de conflito
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Colaboração
Aconselhável quando:
Situações de elevada complexidade
negocial, em que é necessário Desadequado quando:
considerar os objetivos das partes
envolvidas Não há muito tempo para negociar
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Competição
Aconselhável quando:
O debate se torna improdutivo Desadequado quando:
Há pouco tempo para negociar
Ainda não foi tentada uma abordagem
Uma decisão desfavorável acarreta colaborativa
custos elevados, pelo que se torna
necessário tomar uma posição de
dominação É importante obter a colaboração dos
outros
Um dos lados não tem conhecimentos
suficientes, requerendo uma atitude É utilizada de forma sistemática e
legitimada pelo conhecimento e rotineira
competência
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Inacção
Aconselhável quando:
O objeto da negociação tem pouco
interesse
Desadequado quando:
O relacionamento entre as partes é Se preocupa com objecto da
insignificante negociação e com o relacionamento
que tem com a(s) outra(s) parte(s)
O tempo é escasso e não há
necessidade de tomar uma decisão
É utilizada sistematicamente
Temos pouco poder mas mesmo assim
queremos bloquear as tentativas
negociais da outra parte.
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Cedência ou acomodação
Aconselhável quando:
Acreditamos estar errados ou temos Desadequado quando:
uma posição baseada numa
argumentação fraca, cedendo neste
aspecto a favor de outras posições Utilizada frequentemente para ganhar
mais claras e importantes aceitação da outra parte
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Compromisso
Aconselhável quando:
Os objectivos entre as partes são
mutuamente exclusivos, não havendo Desadequado quando:
lugar para uma solução que beneficie
ambas as partes
É essencial encontrar soluções mais
As partes se situam no mesmo nível de criativas
poder
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Estratégias para gerir conflitos
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Princípios Fundamentais
da Negociação
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Princípios fundamentais
1. Dimensão negocial
2. Zona de procura
4. Ponto de resistência
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Princípios fundamentais
1. Dimensão negocial
É constituído pelo(s) objecto(s) de negociação.
Exemplo:
Dimensão negocial primária – compra de aço
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Princípios fundamentais
Exemplo:
Zona de procura directa – 2 toneladas de batatas, da qualidade x,
no prazo y, ao preço z.
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Princípios fundamentais
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Princípios fundamentais
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Princípios fundamentais
Fonte: www.mit.edu
Caso prático
Joe e Sue Carter
O dia começou cedo, como sempre. Durante o pequeno almoço a Sue levantou a questão ao marido –
Joe – sobre as férias do Verão. Ela queria ir a uma viagem à Europa de Leste, que está a ser organizada
pela associação de ex-alunos da sua faculdade. Contudo, duas semanas numa viagem com muita gente
não era nada que agradasse ao Joe. Ele queria ir para longe das multidões, horários e confusões e
queria mesmo era fazer uma viagem num veleiro pela costa de New England. Mas ainda não tinham a
certeza se os filhos iam com eles. Os dois filhos queriam mesmo era acampar com os amigos, mas os
pais não podiam gastar dinheiro com o acampamento dos filhos e para umas férias para os quatro.
A família ainda não tinha falado sobre o assunto, mas o problema era evidente. Alguns dos amigos
deles já passaram por situações semelhantes e optaram por fazer férias separadas dos filhos. No
entanto, como durante o ano tinham pouco tempo para estar com os filhos, a Sue e o Joe já tinham
concordado que queriam passar as férias todos juntos.
A caminho do emprego, o Joe começou a pensar sobre o problema das férias. O que o preocupava
mais era o facto de achar que não havia forma de resolver a questão satisfazendo todas as partes.
Neste caso o compromisso parecia difícil. Houve alturas em que deitaram a moeda ao ar, mas eram
casos em que o que estava em causa era o restaurante onde iam jantar. Se ele e a Sue deitassem agora
a moeda ao ar, o que ia acontecer era que um sentir-se-ia derrotado e o outro culpado…
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Caso prático
Joe e Sue Carter (2)
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Caso prático
Joe e Sue Carter (3)
A parte da tarde do Joe foi passada numa reunião para analisar o orçamento anual. O Joe odiava
essas reuniões. As pessoas do departamento financeiro sistematicamente cortavam de forma
aleatória 30% do valor dos orçamentos dos outros departamentos e depois os diretores
discutiam bastante para tentar ficar com uma parcela maior do orçamento geral. O Joe aprendeu
a trabalhar com muita gente, muitos dos quais até sem gostar muito, mas estas pessoas eram
inexplicavelmente arrogantes. Ele não conseguia entender como é que os gestores de topo não
viam os problemas que estas pessoas traziam para a empresa, nomeadamente para o
departamento de engenharia. O Joe considerava-se uma pessoa razoável, mas a forma como
estas pessoas o tratavam não dava vontade de ceder um milímetro. Ele estava preparado para
lutar até ao fim!
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NEGOCIAÇÃO
Tipologias de negociação
Estratégias e táticas negociais
Etapas da negociação
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Tipologias
Orientação negocial
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Tipologias
Orientação distributiva
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Tipologias
Orientação distributiva
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Orientação distributiva - exemplo
(…)
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Tipologias
Orientação integrativa
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Orientação integrativa - exemplo
(…)
Vendedor: Parece-me que terão todo o interesse em ficar connosco, mantendo o aluguer de
longa duração na nossa empresa, até porque isso trará benefícios consideráveis na aquisição
da nova frota.
Comprador: Claro que ficaremos na empresa. A questão é saber se podemos subir a potência e
a categoria dos veículos no próximo contrato, mas sem alterar as condições comerciais.
V: Parece-me complicado, uma vez que a Euribor voltou a subir. Mas, em contrapartida, terão
uma agradável surpresa quando vos falar nas condições especiais de seguro automóvel para a
vossa frota. Uma vez que são clientes muito especiais para nós, com um volume de negócio
muito expressivo, poderemos aumentar a cobertura de riscos sem qualquer custo adicional. O
que lhe parece?
C: Parece-me interessante…
(…)
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Distributiva Integrativa
Win-lose Win-win
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Exercício 1
O João é programador de computadores. Tinha idealizado um novo jogo para computadores e achava
que iria ser um grande sucesso.
Contudo, levaria bastante tempo a programá-lo, e entretanto precisava de dinheiro para viver.
Procurou a sua amiga, Maria, executiva de uma grande empresa de computadores.
Maria e os seus colegas gostaram da ideia, mas ofereceram-lhe apenas €10,000. João disse-lhes que o
jogo levaria 9 meses a fazer; embora os €10,000 permitissem sobreviver durante esse tempo, não
achava o pagamento justo.
Como continuaria este processo negocial se a estratégia utilizada fosse distributiva? E se fosse
integrativa?
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Exercício 2
António trabalha na Construções SA. Foi a Madrid a uma Feira e aproveitou para ir à TT, empresa
produtora de tijolos, para falar com a Maria sobre um carregamento que chegou recentemente à
Construções SA. O Diretor da Qualidade considerou que este carregamento estava defeituoso, pelo
que António exige a devolução do dinheiro.
António tem outros fornecedores desejosos de lhe fornecerem tijolos, mas não queria prejudicar a
empresa TT. A Maria no entanto respondeu que não tinha poder financeiro para devolver o dinheiro
do carregamento ao António. A única coisa que podia fazer era substituir o carregamento de tijolos
por um outro sem defeitos.
Como continuaria este processo negocial se a estratégia utilizada fosse distributiva? E se fosse
integrativa?
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Tipologias
Orientação mista
Duas situações:
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Táticas negociais
táticas
- lisonja
- redução de custos
- persuasão
- compatibilização de
- pressão tempo
prioridades
- ameaça
- compensação não específica
- desilusão
- ampliação dos recursos
- bluff
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Táticas negociais
Táticas – orientação distributiva
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Táticas negociais
Comportamentos persuasivos:
• Apostar nos pontos fortes
• Uma ideia = 1 frase
• Para cada ideia solicitar concordância
• Referir vantagens mais salientes
• Olhar nos olhos e sorrir quando se pergunta
• Provocar afirmações inequívocas, com convicção
• Ser congruente e não fechar portas
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Táticas negociais
Táticas – orientação distributiva
A pressão do tempo
- o tempo constitui uma das determinantes mais importantes da negociação,
por força da repercussão que pode ter nos resultados finais.
Exemplo: se tenho um mês para vender uma casa, posso sentir coagido a
aceitar propostas abaixo da minha zona da procura à medida que o tempo se
aproxima do limite.
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Táticas negociais
Táticas – orientação distributiva
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Outras táticas e comportamentos da
orientação distributiva
Manter dominância
Extremar posições
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Táticas negociais
Táticas – orientação integrativa
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Táticas negociais
Táticas – orientação integrativa
compensação não específica: uma das partes assume o
compromisso de criar oportunamente um ganho à outra como
compensação do benefício obtido.
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Táticas Negociais – Caso prático
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Etapas da negociação
1a 1b 2 3 4 5 6
Preparação Recolha de Construção da Utilização da Oferta – Fecho Implementaç
informação relação informação “bidding” ão do acordo
Definir Aprender o Conhecer a outra Gerir a Indicar oferta Obter Definir o que
objetivos e necessário parte, entender informação e inicial da compromissos tem que ser
princípios da sobre a outra divergências e comportament negociação, relativamente feito, por
negociação. parte e suas pontos de os para obter com posterior ao acordo quem,
Expectativas necessidades, convergência, os resultados mudança para estabelecido na quando, etc.
relativamente sobre quais as construir inicialmente um “terreno fase 5. Cada para não
à outra parte possibilidades compromisso desejados intermédio” uma das partes haver futuros
para um inicial para deve considerar imprevistos.
eventual chegar a acordo o compromisso
acordo e o que mutuamente favorável, ou,
pode benéfico pelo menos,
acontecer se o com o qual
acordo falhar possa viver
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Preparação
2. Concessões
Em que dimensões negociais estou disposto a fazer concessões? Em
que momento?
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Preparação
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A equipa negocial
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A equipa negocial
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Propor e responder
Propor objetivos
Os objetivos devem ser apresentados de forma clara.
Primeira oferta: não há uma regra clara que defina se é melhor fazer a primeira oferta ou
recebê-la.
Se deixar que a outra parte a faça, pode ficar surpreendido ao ver que a outra parte está
mais perto daquilo que procura e aí até pode ajustar objetivos iniciais.
Se fizer a primeira proposta, o outro lado assumirá que não é esse o máximo que está
disposto a oferecer. Por isso deve exigir mais do que aquilo que espera receber e oferecer
menos do que está disposto a ceder – tudo dentro de limites que não termine de imediato
com a negociação.
Em vez de revelar a sua posição de uma só vez, utilize também o factor surpresa que pode
conduzir a concessões futuras com melhores contrapartidas.
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Propor e responder
Escutar -> Clarificar -> Estar atento aos sinais -> Responder
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Propor e responder
Concessões
Ter a certeza que recebe algo que valoriza tanto quanto o que está a dar
Focar nos objetivos, sem deixar vencer os medos, fúrias ou pelo seu ego
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Propor e responder
A outra parte tenta dividir a equipa. Evite esta situação com uma preparação
cuidada. Se surgirem divergências entre a equipa, peça um adiamento e acorde
uma posição entre a equipa
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Propor e responder
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Propor e responder
- Intranquilidade, aborrecimento,
avaliação - faz rabiscos
tamborila com dedos na mesa
gestos com as mãos no rosto
mordisca a haste dos óculos
bate no queixo
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Propor e responder
- Tranquilidade, segurança,
confiança - acenar demonstrando aprovação
inclinar para a frente
sons de aprovação “Hum, hum…”
sorrir
olhar nos olhos
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Propor e responder -
metalinguagem
Antes que me esqueça… Aí vem a verdadeira mensagem
Tal como sabe… Agora não vai admitir que não sabe…
Toda a gente diz que sou um grande Penso que sou um gestor medíocre
gestor…
Não tenho nada a ver com isso, mas… Vou dar uma opinião
Como a palma da minha mão Não sei, mas vou falar como se soubesse
Fechar a negociação
Oferta final:
deve ser feita uma vez, como caminho para o acordo, acompanhada de uma
concessão final
Para evitar ser interpretada como bluff, deve ser realizada pelo líder da equipa
Ajude a outra parte a “salvar a face”. Evite humilhar a outra parte. Deixe
sempre a porta aberta
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Fechar a negociação
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A implementação do acordo negociado
Ambas as partes têm boa fé, mas entendimentos diferentes sobre o acordo
negociado – quem vai fazer o quê e quando?
Mesmo que o conflito se resolva, perde-se tempo, recursos e energia e o
capital de confiança entre as partes é afectado
- Tudo está claro, mas uma das partes não consegue cumprir por falta de
recursos, competências ou alinhamento interno.
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NEGOCIAÇÃO
Processos Cognitivos: heurísticas
Erros Negociais
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Heurísticas negociais
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Heurísticas e erros negociais
Duas irmãs pretendem a mesma laranja. Ao disputarem essa mesma laranja, uma
delas pretende ¾ da laranja, quando sabe que a solução mais equilibrada é uma
divisão pela metade. Se se vier a admitir, à posteriori, que uma delas apenas
tinha interesse na casca pois com ela queria fazer um doce e a outra apenas
pretendia o interior para fazer um sumo, poderia ter-se antecipado uma solução.
No entanto, alterar a lógica distributiva por uma lógica integrativa, requeria uma
alteração na extensão do problema, i.é., requeria que uma laranja poderia ser
encarada para outros fins que não simplesmente o sumo.
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© Andreia Gama, 2016
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Heurísticas e erros negociais
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O conflito ilusório
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Heurísticas e erros negociais
Desvalorização reativa
O raciocínio será “se é bom para o outro, então é mau para mim”
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Pensamento rígido
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Heurísticas e erros negociais
Heurística da disponibilidade
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Heurística da representatividade
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Heurísticas e erros negociais
Erro de circunscrição
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Erro de circunscrição
Uma descida de preço na ordem dos €30 faz com que o produto A, que custava
€70, passe a custar €40. O produto B, que custava €800, desce o seu preço para
€770, com igual descida de €30. Não obstante o valor da redução ser
exactamente o mesmo, o número de clientes que opta pelo primeiro produto
em promoção é superior ao que opta pelo segundo, uma vez que a percepção
de valor do desconto é maior.
Neste caso, o cliente circunscreve as suas opções em termos de ganho
percentual (43% no produto A vs 3,75% no produto B).
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Heurísticas e erros negociais
Ancoragem e ajustamento
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Ancoragem e ajustamento
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Heurísticas e erros negociais
Excesso de confiança
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Outros erros negociais
Escalada irracional
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NEGOCIAÇÃO
Metodologia “Getting to yes”
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Mas…
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Metodologia “Getting to yes”
…Mas…
A maioria das negociações acaba por ser uma sequência de actos de “dar e
receber”, após uma indicação inicial dos objectivos das partes.
Será que este tipo de negociação conduz sempre aos melhores resultados
para as partes?
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© Andreia Gama, 2016
O que nenhuma das partes ainda tinha falado era sobre o conteúdo e metodologia de
cada inspecção: cada inspecção consistia em 1 homem durante 1 dia ou 100 pessoas
durante um mês?!
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Metodologia “Getting to yes”
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© Andreia Gama, 2016
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© Andreia Gama, 2016
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Metodologia “Getting to yes”
Negociação sobre posições Negociação sobre posições Metodologia “Getting to yes”
Versão Soft Versão Hard Negociação sobre méritos
-Participantes são amigos -Participantes são adversários -Participantes são pessoas capazes
-Objectivo: acordo -Objectivo: vitória de resolver problemas
-O objectivo é um resultado
inteligente atingido de forma
eficiente e amigável
SEPARAR AS PESSOAS DOS
-Fazer concessões para cultivar -Pedir concessões como condição PROBLEMAS
o relacionamento para manter relacionamento -Ser brando com as pessoas e duro
-Ser brando com as pessoas e os -Ser duro com as pessoas e os com o problema
problemas problemas - Agir independentemente da
-Confiar nos outros -Desconfiar dos outros confiança
113
Adaptado. Fisher e Ury, 1991
-Tentar evitar um jogo de - Tentar ganhar o jogo das INSISTIR EM UTILIZAR CRITÉRIOS
vontades vontades OBJECTIVOS
-Evitar pressão -Aplicar pressão - Tentar chegar a acordo baseado em
standards independentes da vontade
das partes
- Ter abertura para a racionalidade e
não pressionar
114
Adaptado. Fisher e Ury, 1991
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Metodologia “Getting to yes”
Comportamentos a Comportamentos a
promover evitar
-Confiança - Medo
- Amizade - Hostilidade
- Entendimento - Ofensas
- Respeito
Interesses comuns: estabilidade (nenhum dos 2 quer que o inquilino saia da casa);
relacionamento (ambos querem manter um relacionamento cordial); estado de
conservação da casa.
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Metodologia “Getting to yes”
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© Andreia Gama, 2016
Suponha que é o Diretor Geral de uma refinaria de petróleo – REFINARIAS, SA. O Presidente da
Câmara da Cidade onde está localizada a sua empresa quer aumentar os impostos pagos à
autarquia de €1 Milhão para €2 Milhões. E a negociação está neste impasse. Onde podem surgir
interesses comuns?
O que o Presidente da Câmara quer: dinheiro para pagar despesas da autarquia; mas a autarquia
não pode obter todo o dinheiro que necessita apenas a partir da REFINARIAS, SA. Vão procurar
dinheiro noutras empresas existentes e querem até atrair mais indústrias para a localidade.
Quais são os interesses da empresa? Dadas as alterações rápidas da tecnologia das refinarias e o
estado obsoleto do seu equipamento, quer remodelar as instalações e até expandir a fábrica.
Está preocupado que, ao aceitar este aumento agora, ele venha a ser ainda maior quando a
empresa se desenvolver. A empresa tem também incentivado uma empresa de plásticos a
deslocalizar-se para perto das suas instalações, o que facilitaria muito a expedição dos seus
produtos. Naturalmente que, se os impostos sobem muito, tal pode desencorajar a instalação da
fábrica de plásticos naquela cidade.
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Metodologia “Getting to yes”
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