Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR


CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM

RESUMO ANALÍTICO CRÍTICO

PROPOSTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Senhor do Bonfim-Ba, 19 de dezembro de 2017


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM

RESUMO ANALÍTICO

TITULO - PROPOSTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

AUTOR (ES) – Edmilson ou Inácio

PALAVRAS-CHAVE: Educação Física. Âmbito Escolar. Proposta Tradicional.


Proposta Desenvolvimentista. Proposta Construtivista. Proposta Crítico-superadora.
Proposta Crítico-emancipadora.

OBJETIVO

Identificar as propostas de ensino-aprendizagem para as aulas de Educação Física.


PROPOSTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Considerando que a aprendizagem consiste na alteração de um


comportamento. No contexto das modalidades esportivas, isso implica tanto em
mudanças nos aspectos motores quanto em aspectos cognitivos do desempenho. Já
que na maioria das vezes a aula de Educação Física não é constituída de momentos
de autenticas experiências de movimento que expressem a totalidade do homem. O
que se vê, na verdade, são atividades que disciplinam o corpo, pois os movimentos
são mecânicos, repetitivos, isolados, sem sentido para o aluno, distante de afetos e
lembranças, presos a padrões transmitidos e comandados pelos professores.
O autor do artigo Proposta para o Ensino da Educação Física, Inácio Brandl
Neto, nos revela algumas das propostas de ensino da educação física no âmbito
escolar. Ele nos traz cinco propostas a Tradicional, Desenvolvimentista,
Construtivista, Crítico-superadora e Crítico-emancipadora. Algumas destas propostas
que ele cita não são postas em prática e outras são pouco utilizadas. Portanto, este
estudo pretendeu trazer a luz, abordagens que poderiam ser reconhecidas e utilizadas
pelos educadores de educação física para uma prática de ensino mais viável, possível
e executável, contribuindo para uma melhor relação dos alunos com o esporte
pedagogizado. De forma que o mesmo contribuiu para as discussões em torno do
fenômeno esportivo e sua perspectiva de ensino/aprendizado.

Principais Reflexões

Das várias propostas existentes o autor, nos relata cinco das mais relevantes
para ele. A primeira proposta é a proposta tradicional. Nela, o professor é um
comandante e o aluno um submisso, tudo o que o professor fizer ou mandar o aluno
obedece sem desenvolver a criatividade ou o cognitivo. Valoriza excessivamente o
rendimento e privilegia os mais dotados.

Prepara os alunos para serem atletas como uma espécie de adestramento,


controlados por movimentos técnicos e não permitindo a criatividade. Tem ausência
de ludicidade e exacerba o individualismo. O aluno é um corpo-objeto.
A segunda é a proposta desenvolvimentista. Nessa, o objetivo principal é não
perder a condição de desenvolvimento da criança na educação física. É o aluno
aprender a educação física adequada a sua idade e desenvolvimento motor. Para
isso o professor deve estabelecer um conteúdo e método de ensino coerente, o que
levará a observar e avaliar os comportamentos de cada criança.

A terceira proposta é a proposta construtivista. Para essa proposta deve ser


levada em conta a segunda proposta onde consta o desenvolvimento, mas, além
disso, ela explora também a espontaneidade do indivíduo que está em
desenvolvimento. O professor deve instigar o aluno a procurar, a descobrir.

Quando o aluno é criança, devemos aproveitar a bagagem motora que ela leva,
como as brincadeiras, e assim, desafiá-las em tarefas mais complexas tendo em
consideração o que ela já conhece. Fazer a aula de educação física ter sentido para
cada aluno.

A quarta proposta é a crítico-superadora. Nessa proposta o professor deve


instigar o aluno descobrir a história do que ele faz hoje nas aulas como expressão
corporal. Essa cultura corporal existe e não surgiu do nada, as atividades corporais
foram construídas a os poucos através de estímulos, desafios ou necessidades que o
homem encontrou. A educação física escolar deve ter o sentido lúdico, instigar a
criatividade e fazer o aluno criar e essa cultura corporal também. A intenção é fazer
com que o aluno reflita sobre a realidade social.

A quinta e última proposta a presentada é a crítico-emancipadora. Para essa


proposta, o aluno deve ser instigado a perguntar, as ficar com dúvidas, a ter a
necessidade de comunicação. Problematizar a aula e fazer com que os alunos achem
a solução, e encontrem caminhos para pôr em prática. Pensar é tão corporal quanto
correr, a mente faz par te do corpo e deve ser usada na aula de educação física
também. Se o aluno sabe de onde surgiu o movimento e como ele é feito, ele terá
curiosidade em fazê-lo corretamente. A participação do aluno na aula tem que trazer
prazer e satisfazê-lo em suas condições.
Principais Conclusões

O que podemos perceber é que o autor retratas estas cinco propostas não
como únicas a serem seguidas e também se mostra contra as aulas de educação
física serem todas as aulas da semana em um mesmo dia. É necessária a
intercalação entre os dias da semana para o sucesso fisiológico e mental, uma
atividade moderada, pois estamos trabalhando com pessoas. E até por trabalharmos
com pessoas ele chama atenção à questão das crianças, pois elas estão em
desenvolvimento e precisam de certa atenção e cautela na hora do aprendizado.

Das cinco propostas apresentadas neste artigo, três nos chama mais atenção
foi 3 propostas: A Primeira é a Abordagem Desenvolvimentista, onde o aluno amplia
suas condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo
experiências de movimento adequadas à sua faixa etária; A Segunda Abordagem
Crítico-superadora, onde os conteúdos devem ser aprendidos tanto na prática quanto
teoricamente. O aluno precisa entender melhor como fazer e o benefício que isso
trará a ele; e a Terceira, Abordagem crítico-emancipadora, que aumenta o grau de
liberdade do raciocínio crítico e autônomo dos alunos. Ela procura transcender limites
a través das etapas: encenação, problematização, ampliação e reconstrução coletiva
do conhecimento.

Esta última proposta talvez, seja a mais dinâmica, e com a finalidade de uma
reflexão mais efetiva, ou mesmo de uma conscientização, pois muitas vezes o
professor remete para sua aula uma situação descontextualizada, sem o menor
sentido para a disciplina e para os alunos, pensando em propiciar alguns momentos
de reflexão, porém, por inconveniência ou saturação, se tornam momentos de
aborrecimentos estéreis. Dessa forma, a Abordagem crítico-emancipadora, é
entendida como forma especial de interações entre Educador e Educando. Ela não
deixa de ser uma práxis social com normas e regras, mas uma práxis social onde os
integrantes das interações, de ambos os lados, são respeitados como sujeitos nas
ações.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM

RESUMO ANALÍTICO CRÍTICO


ORGANIZAÇÃO E TRATO PEDAGÓGICO DO CONTEÚDO DE LUTAS NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Senhor do Bonfim-Ba, 19 de dezembro de 2017


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM

RESUMO ANALÍTICO

TITULO - ORGANIZAÇÃO E TRATO PEDAGÓGICO DO CONTEÚDO DE LUTAS NA


EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

AUTOR (ES) – Edmilson ou Paulo Rogerio

PALAVRAS-CHAVE: Educação Física. Trato pedagógico. Conteúdo Lutas.


Construção do Currículo Escolar.

OBJETIVO

Identificar os motivos que influenciam a não inserção das Lutas nas aulas de
Educação Física e Tracejar uma possibilidade de organização e o trato pedagógico
do conteúdo de lutas no âmbito escolar e visualizando-o num projeto curricular
adequando-o às respectivas etapas escolares e características específicas do
educando em cada etapa do ensino.
PROPOSTA PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Verifica-se que a Educação Física trata de vários conteúdos, como o jogo, as


lutas, o esporte, as atividades rítmicas e expressivas, a ginásticas, dentre outros, no
entanto percebemos que o conteúdo Lutas, nas escolas, ainda é trabalhado de forma
limitada, o que nos causa preocupações e provoca questionamentos.
Paulo Rogério Barbosa, autor do artigo Organização e Trato Pedagógico do
Conteúdo de Lutas na Educação Física Escolar, aborda a questão do conteúdo lutas
ser pouco introduzido nas aulas de Educação Física Escolar e também pela escassez
de literatura sobre este tema.
Ele retrata a Luta como manifestações humanas carregadas de significados
construídos historicamente e que estabelecem relações constantes com e nas
sociedades onde estão inseridas. Com isso a compreensão sobre o porquê da
indicação do trato pedagógico do conteúdo de lutas nas disciplinas Educação Física
Escolar, passa, pelo entendimento que a escola é um espaço social no qual se fazem
presentes contínuos processos de significações coletivas, inseridas na própria
dinâmica cultural da sociedade, portanto, neste contexto a Educação Física é vista
como área que trata os seres humanos nas suas manifestações culturais relacionadas
ao corpo, e a luta é uma manifestação cultural intrínseca na nosso íntimo.

Principais Reflexões

A necessidade de organização do conteúdo de lutas no currículo escolar

No espaço de intervenção da escola, na atualidade, o conteúdo de lutas é


pouco acessado e, inclusive, o seu trato pedagógico suscita questionamentos e
preocupações diversas por parte dos profissionais atuantes na disciplina de Educação
Física.

Dentre os conteúdos que podem ser apresentados nas aulas de Educação


Física escolar, as lutas são os que provavelmente encontram mais resistência. Porque
muitos professores associam luta a briga. A ideia de ensinar como atingir,
desequilibrar e derrubar um adversário pode parecer um absurda em tempos de tanta
violência gratuita. Mas se o professor souber diferenciar as lutas (que são
modalidades esportivas) das brigas (essas, sim, manifestações de agressividade
desorganizadas), a inserção do conteúdo luta no currículo escolar se dará de forma
“normal e efetiva”.

O texto mostra que os professores reconhecem a importância desse conteúdo,


porém, mencionam que há muitos obstáculos no seu trato pedagógico, um destes
obstáculos é a própria escola que muitas vezes não acolhe a luta, devido à
insegurança e à falta de preparo e/ou domínio dos professores.

Há na literatura da área de Educação Física algumas tentativas de sistematizar


o conteúdo de lutas, porém, em muitos casos, com o foco voltado a uma ou outra
modalidade de luta em específica, como podemos observar na pesquisa. Porém, um
autor que conseguiu abranger um pouco o conteúdo luta foi Carreiro (2005), que
justifica e fundamenta estratégias didáticas possíveis para o trato pedagógico do tema
“lutas” a partir da perspectiva da cultura corporal de movimento, enfatizando o
conhecimento em detrimento de um mero fazer, pontuando aspectos como lutas e
mídia, concentração e filosofia. O autor considera ainda o trato pedagógico do
conteúdo nas três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal.

Freitas (2007), também teve como uma das intenções de seu trabalho,
demonstrar a “aplicabilidade da motricidade das lutas no âmbito escolar e sua
importância”. O autor cita “movimentos de lutas básicos” que podem ser estimulados
pelo professor de Educação Física: “chutar, socar, cair, rolar, esquivar, agarrar e
projetar”. O trabalho nas três dimensões a cima citadas do conteúdo também é
indicado pelo autor.

Com as literaturas aqui retratadas, além de outros que aqui não foram citadas
já se tem um embasamento fundamentado sobre a organização e trato pedagógico
do conteúdo de lutas no currículo escolar.
Conhecimento cientifico para a construção do currículo escolar em
Educação Física

Para que haja a inserção do conteúdo de lutas num projeto de currículo escolar
para o Ensino Fundamental, o artigo em estudo levou em consideração categorias
epistemológicas e seus desdobramentos, que foram explicitadas por González
(2004/2005), como referência para a construção de um Projeto Curricular-Guia para a
Educação Física Escolar.

As categorias epistemológicas de referência e seus respectivos sub-eixos


foram assim especificadas: A epistemológica “motricidade” e seus sub-eixos:
“habilidades motoras de base” e “capacidade de jogo”; A epistemológica “cultura
corporal de movimento” e o sub-eixo “esporte”, poderão ser aplicadas nos anos iniciais
do Ensino Fundamental, com os objetivos de mobilizar e desenvolver as habilidades
motoras básicas de exigência comum às lutas e estimular o desenvolvimento da
capacidade de tomada de decisões específicas, que são demandadas em situação de
oposição, ou seja, a capacidade de jogo;

Já para os anos finais do Ensino Fundamental, podem ser consideradas


também a categoria epistemológica “cultura corporal de movimento” com seus sub-
eixos e a categoria epistemológica “representações sociais sobre as práticas da
cultura corporal de movimento” e seus respectivos sub-eixos, com objetivo:
proporcionar o estudo e as vivências de elementos técnico-táticos básicos das
práticas de capoeira, karatê e judô6 e estudar as dimensões históricas, sociais,
culturais e filosóficas, intrínsecas a essas atividades, e outras questões relacionadas.

Quanto às atividades a serem desenvolvidas podemos citar: pesquisas,


leituras, debates, palestras, visitações, análises de vídeo, de filmes ou de fotos,
encenações, produção textual, produção de áudio-visual, mostra fotográfica, vivência
prática de elementos técnicos e aspectos táticos básicos e específicos
(individualmente e em duplas), releitura ou criação de outras possibilidades de regras
ou de rituais, releitura ou criação de outras formas de ataque e defesa segundo lógicas
diferenciadas de luta.

Durante todo o processo de ensino-aprendizagem é preciso estimular a


capacidade de análise, reflexão, compreensão, co-decisão, interação, diálogo, criação
e (re) criação coletiva de novas possibilidades e acordos.
Principais Conclusões

Constata-se que a inserção do conteúdo lutas na escola está muito associado


a escolha ou não desse conteúdo pela própria. Os motivos da insipiente inserção
estão relacionados, em sua maioria, a ausência de professores com domínio teórico-
metodológico e ao mito de que associa as lutas a violência, bem como, de forma
menos incisiva, a falta de material, de espaço e de indumentária específica para a
prática das lutas na aulas de Educação Física.

É necessário destacar que a escola não é formadora de lutadores, nem de


boxe, ou arte marciais, e sim de cidadãos, que possuem direitos de experimentar
várias vivencias, a organização e o trato pedagógico desta temática vai muito mais
além do que aprender uma arte marcial, entendemos aqui que a aprendizagem não
deve se restringir as brincadeiras. É preciso, como defensores, do acesso a
multiplicidade de saberes, não só um, nem só o outro, mas a multidisciplinaridade,
principalmente da Educação Física.

Dadas as considerações até aqui apontadas, entendemos que o acesso aos


saberes relativos as lutas não deve ser negados. Ao ensinar a essencial das lutas
como um movimento corporal das manifestações culturais, estamos levando o aluno
a pensar a própria vida. A aquisição dessa percepção de si e, ao mesmo tempo, do
outro, ajuda em sua “caminhada” educativa. Não há como perceber o mundo sem
perceber que vive com um outro. Que é um ser individual e que tem direitos de existir,
como o outro também tem. Assim apreende-se a respeitar o outro, não como alguém
a ser superado, superior ou inferior, mas como um ser que é individual e singular,
importante e respeitado por quem realmente é.

Por fim, acreditamos ser muito importante que esta abordagem seja feita,
considerando a releitura de cada profissional e as peculiaridades de cada contexto
escolar, e que está também tenha uma grande utilização nas intervenções de
acadêmicos e professores, justamente pela conscientização pedagógica sobre o que
ela pode trazer aos alunos se inseridas durante o processo de ensino-aprendizagem
pessoal e didático.

Você também pode gostar