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Universidade Federal do Pará (UFPA)

Instituto de Tecnologia (ITEC)


Faculdade de Engenharia da Computação e de Telecomunicações (FCT)

Prof. Dr. Rodrigo Melo e Silva de Oliveira


Teoria Eletromagnética – Primeira Avaliação – 18/02/2016

OBS: Não é permitido o uso de celulares, computadores ou tablets.

Nome: __________________________________________________________
Matrícula: _____________________

1a) (4.0pts) Verifique o teorema da divergência para o campo vetorial A = 2 xy aˆ x + 3 aˆ y + z y aˆ z .


2

Para resolver o problema, utilize o cubo de arestas unitárias com vértices nos seguintes pontos: (0,0,0),

(1,0,0), (1,1,0), (0,1,0), (1,0,1), (0,0,1), (0,1,1). Faça um esboço do cubo.

2a) (3.0pts) Verifique o teorema de Stokes para o campo

10 4  1 ρ 
H=  2 sin( aρ ) − cos(aρ )  aˆφ ,
ρ a a 

onde a = π/(2r0). Faça os cálculos considerando um círculo de raio r0 no plano z = 0.

3ª) (3.0pts) Um campo escalar é dado por V = - ( Q cos(θ) )/r2 . Qual condição deve ser satisfeita para
que o ângulo entre o gradiente de V e o eixo z seja constante?

Formulário:
∂ 1 ∂ ∂
∇= aˆ ρ + aˆφ + aˆ z
∂ρ ρ ∂φ ∂z

aˆ z .aˆ r = cos(θ )
aˆ z .aˆθ = − sin(θ ).
1a) (4.0pts) Verifique o teorema da divergência para o campo vetorial A = 2 xy aˆ x + 3 aˆ y + z y aˆ z .
2

Para resolver o problema, utilize o cubo de arestas unitárias com vértices nos seguintes pontos:

(0,0,0), (1,0,0), (1,1,0), (0,1,0), (1,0,1), (0,0,1), (0,1,1). Faça um esboço do cubo.

I = ∫ A • ds = ∫ ∇ • A dv
S
V

[1] Cálculo da integral de superfície .

A = 2 xy aˆ x + 3 aˆ y + z 2 y aˆ z

• Planos x=1 e x=0:

∫ ∫ (2 y aˆ )
+ 3 aˆ y + z 2 y aˆ z ⋅ (dydz a x ) + ∫ ∫ (3 aˆ )
+ z 2 y aˆ z ⋅ (− dydz a x )
1 1 1 1
I1 = ∫ A ⋅ d s = x y
x =1 y = 0 z = 0 x =0 y =0 z =0
S

∫y =0 ∫z = 0 (2 y aˆ x ) ⋅ (dydz ax )+ 0 = ∫y = 0 ∫z = 0 (2 y ) ⋅ (dydz ) = ∫ 2 y dy = y 0 = 1
1 1 1 1 1
I1 = ∫ A ⋅ d s = 2

x =1
S y =0

• Planos y=1 e y=0:

∫ ∫ (2 x aˆ + 3 aˆ y + z 2 y aˆ z ) ⋅ (dxdz a y ) + ∫ ∫ (3 aˆ + z 2 y aˆ z ) ⋅ (− dxdz a y )
1 1 1 1
I 2 = ∫ A ⋅ ds = x y
y =1 x = 0 z = 0 y =0 x =0 z =0
S
1 1 1 1
I 2 = ∫ A ⋅ ds = ∫ ∫ 3 dxdz + ∫ ∫ − 3dxdz a y = 0.
x =0 z =0 x =0 z =0
S

• Planos z=1 e z=0:

∫ ∫ (2 xy aˆ )
+ 3 aˆ y + z 2 y aˆ z ⋅ (dxdy a z ) + ∫ ∫ (2 xy aˆ )
+ 3 aˆ y + z 2 y aˆ z ⋅ (− dxdy a z )
1 1 1 1
I3 = x x
z =1 x = 0 y = 0 z =0 x =0 y =0
( ) 1 2 1 1 1 1
1 1 1 1 1
I3 = ∫x =0 ∫y = 0 y dxdy + 0 = ∫x = 0 0 ∫x = 0
y dx = dx =
2
x0 =
2 2 2
Logo:

3
I = I1 + I 2 + I 3 = 1 + 0 + 1 / 2 = .
2
[2] Cálculo da integral de volume .

I = ∫ ∇ ⋅ A dv = ∫
1 1
∫ ∫
1

x =0 y =0 z =0
(
∇ ⋅ 2 xy aˆ x + 3 aˆ y + z 2 y aˆ z dx dy dz )
V

(2 y + 0 + 2 zy ) dx dy dz = ∫x =0 ∫y = 0 ∫z =0 (2 y + 2 zy ) dx dy dz
1 1 1 1 1 1
I =∫
x = 0 ∫y = 0 ∫z = 0
1

∫ (2 y + 2 zy ) dy dz = ∫ ( )
1  z2 
y + zy dz = ∫ (1 + z )dz =  z +
1 1 1 1
I =∫ 2 2

y =0 z =0 z =0 0 z =0
 2 0
1
 z2  12 3
I =  z +  = 1 + = .
 2 0 2 2

CQD.

2a) (3.0pts) Verifique o teorema de Stokes para o campo

10 4  1 ρ 
H=  2 sin( aρ ) − cos(aρ )  aˆφ ,
ρ a a 

onde a = π/(2r0). Faça os cálculos considerando um círculo de raio r0 no plano z = 0.

∫ H ⋅ dl = ∫ ∇ × H ⋅ ds
l S
com
10 4  1 ρ 
H=  2 sin( aρ ) − cos(aρ )  aˆφ ,
ρ a a 

[1] cálculo da integral de linha:

ρ
 2 sin(aρ ) − cos(aρ )  aˆφ ⋅ (ρ dφ aˆφ )
2π 104  1 
∫ H ⋅ dl = ∫φ
l
=0 ρ a a 
2π 10 4  1 ρ 
∫ H ⋅ dl = ∫φ  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  ρ dφ
l
=0 ρ a a 
2π  1 ρ 
∫ H ⋅ dl = ∫ 104  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  dφ
φ =0
l a a 
Como ρ = r0 e a = π/(2r0), temos:

2π  1  π  r0  π 
∫ H ⋅ dl = ∫ 104  2 sin r0  − cos r0   dφ
φ =0
l a  2r0  a  2r0  
2π  1  1
∫ H ⋅ dl = ∫ 104  2  dφ = 104 2 2π
φ =0
l a  a

4r02 8 ×10 4 r02


∫ H ⋅ dl =10
4
2π = .
l
π 2
π

[2] cálculo da integral de superfície:

[2.2] cálculo do rotacional

Em que:
aˆ ρ ρ aˆφ aˆ z 10 4  1 ρ 
1 ∂ ∂ ∂
H=  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  aˆφ = H φ aˆφ
∇× H = ρ a a 
ρ ∂ρ ∂φ ∂z
0 ρ Hφ 0

1  ∂ρH φ ∂ρH φ 
∇× H =  − aˆ ρ + aˆ z 
ρ ∂z ∂ρ 
1 ∂ρH φ
∇× H = aˆ
ρ ∂ρ z
Logo:

  1 ρ 
∂10 4  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  
1  a a  ˆ
∇× H = az
ρ ∂ρ

  1 ρ 
∂10 4  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  
1  a a 
∫S ∇ × H ⋅ ds = ∫S ρ ∂ρ
aˆ z ⋅ ds

  1 ρ 
∂10 4  2 sin(aρ ) − cos(aρ )  
1  a a 
∫S ∇ × H ⋅ ds = ∫S ρ aˆ z ⋅ (ρ dφ dρ )aˆ z
∂ρ
 4 1 ρ 

∂ 

r0 10  2
sin( aρ ) − cos( a ρ )  
 a a 
∫S ∇ × H ⋅ ds = φ∫=0 ρ∫=0 dρ dφ
∂ρ

ρ
r
 1 
0

∫S ∇ × H ⋅ ds = φ∫=010  a 2 sin(aρ ) − a cos(aρ )  ρ =0 dφ


4


 1 r0 
∫ ∇ × H ⋅ ds = 10 ∫φ =0  a 2
 −  dφ
4
sin( ar0 ) cos( ar0 )
S
a 
 1 r0 
∫S ∇ × H ⋅ ds = 10 4
2π  2
sin( ar0 ) − cos( ar0 
)
a a 
Como a = π/(2r0), temos:

 1 
 2 sin  π r0  − 0 cos π r0  
  r 
∫S ∇ × H ⋅ ds = 10 4
2π a  2r  a  2r  
  0   0 
 1  8 ×10 2
4

∫S ∇ × H ⋅ ds = 10 2π  a 2  = π r0 .
4

CQD.
3ª) (3.0pts) Um campo escalar é dado por V = - ( Q cos(θ θ) )/r2 . Qual condição deve ser satisfeita
para que o ângulo entre o gradiente de V e o eixo z seja constante?

Cálculo do gradiente de V

V = −Q cos(θ )
1
r2
∂V 1 ∂V 1 ∂V
∇V = aˆ r + aˆθ + aˆφ
∂r r ∂θ r sin (θ ) ∂φ
1 1 1
∇V = 2 Q cos(θ ) 3 aˆ r +  Q sin (θ ) 2 aˆθ + 0
r  r r 
1
∇V = 2 Q cos(θ ) 3 aˆ r + Q sin (θ ) 3 aˆθ
1
r  r

∇V = Q 3 (2 cos(θ )aˆ r + sin (θ )aˆθ ).


1
r

Cálculo do produto escalar

∇V ⋅ aˆ z = Q
1
( 2 cos(θ ) aˆr + sin (θ ) aˆθ ) ⋅ aˆ z
r3

Como (dado na prova):

aˆ z .aˆ r = cos(θ )
aˆ z .aˆθ = − sin(θ ).

temos:

∇V ⋅ aˆ z = Q
1
r3
(
2 cos 2 (θ ) − sin 2 (θ ) )
Para o ângulo entre os vetores considerados, temos

∇V ⋅ aˆ z
1
Q
3
(
2 cos 2 (θ ) − sin 2 (θ ))
cos(α ) = = r
∇V ⋅ aˆ z
Q 3 (2 cos(θ )aˆr − sin (θ )aˆθ ) .
1
r

(
Q 3 2 cos 2 (θ ) − sin 2 (θ )
1
)
cos(α ) = r
Q 4 cos 2 (θ ) + sin 2 (θ )
1
3
r

cos(α ) =
(
Q 2 cos 2 (θ ) − sin 2 (θ ) )
= f (θ ).
Q 4 cos 2 (θ ) + sin 2 (θ )

Conclusão: para que α seja constante, θ deve ser constante.

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