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VIRARAPÁGINA
CADERNO DE ATIVIDADES
Serviço S o c i a l m p o r â n e o
e r v iço Soc ia l Co n te
D is c ip li n a : S l
d o S e r v iç o S o c ia
0 2 : A e s p e c if ic id ade
Tema
Caderno de Atividades
Serviço Social
Disciplina
Serviço Social Contemporâneo
Coordenação do Curso
Adriana Luiza da Silva
Elisa Cleia Pinheiro Rodrigues Nobre
Autoria
Prof.ª Edilene Xavier Rocha
Prof.ª Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Realização:
seções
S e ç õ e s
Tema 02
A especificidade do Serviço Social
Introdução ao Estudo da Disciplina
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A Natureza do Serviço Social,
do autor Carlos Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 354.
Roteiro de Estudo:
Prof.ª Edilene Xavier Costa
Serviço Social
Processos Administrativos Prof.ª
Prof.Elisa
Ricardo
Cléia
Almeida
Pinheiro
Contemporâneo
Rodrigues Nobre
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
A especificidade do Serviço Social
Sob as duas teses, Endogenista ou Evolucionista e Histórico-crítica, reconhecida-
mente opostas, Carlos Montaño apresenta a tensão vivida pelos assistentes sociais em
consequência dos alicerces que determinaram o Serviço Social como profissão. Inicial-
mente, é necessário saber o significado de tensão. Houaiss (2001) conceitua por tensão
O mesmo autor entende por cisalhamento “fraturação das rochas sob a ação de esforços
tectônicos, ou seja, dois esforços paralelos em sentidos opostos”.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
prática profissional” (Livro-Texto, p. 54). Torná-la verdadeira, jurídica e socialmente aceita
é estabelecer limites às demais profissões, de maneira que caiba ao Serviço Social uma
única e exclusiva especificidade.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
monopólica que a atividade dos assistentes sociais pode ser percebida como legítima, pois o
desempenho de suas funções se consolida “por meio da divisão social e técnica do trabalho
na sociedade burguesa” (Livro-Texto, p.58). Sob essa ótica, a profissão legitima-se sob duas
dimensões: “dimensão hegemônica e a dimensão subalterna” (ibid). De um lado, encontra-
se o assistente social x classe demandante-empregador; e do outro, o assistente social
x classe subalterna-usuário. Na dimensão hegemônica na qual o profissional relaciona-
se com o demandante-empregador, a funcionalidade do Serviço Social é satisfazer aos
interesses do sistema capitalista. Enquanto que, na relação subalterna, o usuário assume o
papel de demandante ao transformar suas necessidades em reivindicações, “obrigando” o
Estado (instrumento da classe hegemônica) a contratar o assistente social para diminuir sua
vulnerabilidade. Assim, o assistente social só poderá atuar após ser aceito e legitimado pela
população assistida. A questão social torna-se necessária, uma vez que transforma-se
em estratégia de controle social por meio das políticas sociais executadas pelo assistente
social, contratado pela classe dominante e legitimado pela população atendida. Todavia,
Montaño (2009) adverte que o:
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o artigo de Evaristo Colmán: O que é Serviço Social? Vigência de um “velho” problema
e desafio para a formação profissional.
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 1 - Número 1 Jul/Dez de 1998. Acesso
em: 03 fev. 2014.
Colmán levanta neste trabalho algumas preocupações que o aparecimento súbito deste
tema impõe para a formação profissional. Discute a importância da Academia se preocupar
em definir o que é o Serviço Social, bem como a relevância em oferecer uma resposta para
esta questão no momento da formação profissional.
Leia também o trabalho de Ednéia Machado: Questão Social: objeto do Serviço Social?.
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 2- Número 1 Jul/Dez 1999. Acesso
em: 03 fev. 2014.
Aborda a questão social como objeto do Serviço Social na nova proposta de reformulação
curricular. Resgata a concepção de questão social como forma de refletir sobre a possibilidade
da questão social, ou, suas expressões, constituírem-se como nosso objeto profissional do
Serviço Social.
Vídeos
Assista ao vídeo Uma questão para se pensar.
Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=_4Xg1ZPwlxo&feature=related> Acesso
em: 03 fev. 2014.
Com o vídeo, você poderá fazer uma reflexão sobre se a especificidade do Serviço Social
delimita-se somente à pobreza.
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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 2: de cunho “educativo”, “moralizador” e “dis-
ciplinador” que desempenha, nas análises
Considere o texto extraído de seu Livro-
de Iamamoto e Carvalho (1991), refere-se
Texto:
ao pensamento:
Numa perspectiva histórico-sistemática,
vê-se o Serviço Social ocupando um lu- a) Evolucionista.
gar na divisão _________________ do
b) Subalterno.
trabalho, dentro de um projeto político-
-econômico _______________, desem- c) Endogenista.
penhando funções de ______________ e
_____________ da população em geral e d) Populista.
das classes trabalhadoras em particular, e e) Histórico-crítico.
contribuindo com a ______________ capi-
talista.
Questão 4:
Assinale a alternativa que completa as la-
cunas: Na Perspectiva Endognenista, a legitimida-
de do Serviço Social radica na especificida-
a) Sociotécnica; hegemônico; controle; de da sua prática profissional (MONTAÑO,
apaziguamento; acumulação. 2009, p. 54). Enquanto que, para os auto-
res da Perspectiva Histórico-crítica:
b) Cultural; hegemônico; controle; apazi-
guamento; acumulação. a) A legitimidade do Serviço Social
radica na especificidade da sua prática
c) Sociotécnica; minimizado; estímulo;
profissional.
controle; estruturação.
b) A legitimação profissional consiste em
d) Sociotécnica; inferiorizado; controle;
estabelecer limites no campo interprofis-
estímulo; acumulação.
sional, sem interferir ou invadir o espaço
e) Sociofinanceira; hegemônico; controle; específico do outro.
apaziguamento; estruturação.
c) Entende-se por “específico” do
Serviço Social a prestação de serviços à
Questão 3: população vulnerável, a pesquisa social,
a metodologia, os objetivos profissionais
Acreditar que a legitimidade do assistente
e o objeto de intervenção
social surge, não tanto pelo seu caráter téc-
nico específico, mas pela função política,
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AGORAÉASUAVEZ
d) Entende-se por sujeito do Serviço IV. A legitimidade do Serviço Social dá-
Social, os pobres, carentes, ou, na se por meio da pesquisa social, da
melhor das hipóteses, os assistidos pelas metodologia, dos objetivos e dos
políticas sociais. objetos de intervenção.
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AGORAÉASUAVEZ
um elemento que consolida a “especifici- que contempla as reformas dentro do siste-
dade” da prática profissional. Por que os ma capitalista.
autores da tese Histórico-crítica criticam a
PORQUE:
chamada “especificidade” do Serviço So-
cial defendida na tese Endogenista? O capitalismo monopolista, pelas suas di-
nâmicas e contradições, cria condições tais
que o Estado por ele capturado, as buscar
Questão 8: legitimação política através do jogo demo-
As dimensões hegemônica e social da le- crático, é permeável, a demandas das clas-
gitimidade profissional são, por sua vez, ses subalternas.
elementos por vezes contraditórios, em ASSIM VERIFICA-SE QUE:
constante tensão. Como já observou Ia-
mamoto (1992a, pp. 40-53), o assistente Os textos acima legitimam as ações do assis-
social é um profissional que se debate en- tente social sob qual perspectiva? Justifique.
tre “servir a dois senhores”: o empregador
e o usuário. Descreva o nome que Iama-
moto (1992) atribui ao assistente social ví-
tima deste fenômeno.
Questão 9:
O Serviço Social vincula-se subalterna-
mente às “ciências”, as quais lhe dotam do
conhecimento (segmentado) da realidade
sobre a qual o assistente social deve inter-
vir. Nesta perspectiva, Maria Lucia Marti-
nelli acredita que o profissional do Serviço
Social é submetido ao “fetichismo da prá-
tica”. Justifique.
Questão 10:
José Paulo Netto (1992) afirma que en-
quanto profissão o Serviço Social é dinami-
zado e estipulado pelo projeto conservador
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FINALIZANDO
As demandas contemporâneas impõem novos desafios à profissão, e, para tanto,
criativos e originais rumos hão de ser tomados em seu enfrentamento, uma vez que a
relação tencionada aos profissionais consolida-se entre a profissionalização das formas de
ajuda e a prestação dos serviços ao capital.
Nas relações assistente social x empregador e assistente social x usuário é impar encontrar
um canal de comunicação fundamentado na democracia. A sociedade brasileira está mais
madura que em décadas anteriores e, por esse motivo, não aceita ser ludibriada com
programas paliativos para manter-se sob domínio das classes hegemônicas; por outro lado,
o profissional de Serviço Social também não se submete mais ao caráter benemérito de ajuda
aos necessitados, pois entende seu papel intelectual, técnico e político na transformação da
estrutura social.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
seu Desafio Profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em
Serviço Social. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/tex-
to3-2.pdf> Acesso em: 03 fev. 2014.
BORIN, André Luiz dos Santos et alli. Como Pode Isto: Trabalhar como escravo, passar
fome num Estado rico? Só não morri, porque aqui e acolá, tem alguém prá ajudar. Liber-
tas - Volume 2 - Número 2 – Jul/2008. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistalibertas/
files/2010/01/artigo08_5.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
16
REFERÊNCIAS
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
FENAME, 1981.
CAMURÇA Marcelo A. Seria A Caridade a “Religião Civil” dos Brasileiros? Revista Praia
Vermelha 12. Primeiro semestre 2005. pp. 42-63. Disponível em: <http://www.ess.ufrj.br/
siteantigo/download/revistapv_12.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
ESTEVÃO, Ana Maria R. O que é serviço social. São Paulo: Brasiliense, v. 111. 1992.
HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. José Jardim de Barro Jr.
(org). [CD-ROM]. Rio de Janeiro Objetiva, 2001
JUNQUEIRA, L. A. P. Organizações sem fins lucrativos e redes sociais na gestão das polí-
ticas sociais. In: CAVALCANTI, M. (org.) Gestão social, estratégias e parcerias: redesco-
brindo a essência da administração brasileira de comunidades para o terceiro setor. São
Paulo: Saraiva, 2006.
MACHADO, Edinéia Maria; KYOSEN, Renato Obikawa. Política e Política Social. 1998.
Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/c_v3n1_politica.htm>. Acesso em: 03 fev. 2014.
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REFERÊNCIAS
MONTAÑO, Carlos. A natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, a “especi-
ficidade” e sua reprodução. São Paulo: Cortez, 2007.
______. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma interpretação históri-
co-metodológica. 29ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
RIBEIRO, Iselda Corrêa. et alli. Meio ambiente e gestão social. Disponível em: <http://
www.aedb.br/seget/artigos04/161_161_A%20QUESTAO%20SOCIAL%20DO%20
MEIO%20AMBIENTE2.doc> Acesso em: 03 fev. 2014.
SILVA, Carla Andréia Alves da. O sentido da reflexão sobre autonomia no Serviço Social.
Disponível em <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 6 - Número 2 - Jan/Jun 2004. Aces-
so em 03 fev. 2014.
SUGUIHIRO, Vera Lucia Tieko (at all). O serviço social em debate: fundamentos teórico-
metodológicos na contemporaneidade. Revista Multidisciplinar da UNIESP. Saber Acadê-
mico. n º 07 – Jun/2009.
VELOSO, Renato. Serviço social, tecnologia da informação e trabalho. São Paulo: Cortez,
2011.
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GLOSSÁRIO
Questão social: conjunto de expressões, de fatos sociais decorrentes da relação
contraditória estabelecida entre o capital e o trabalho.
Usuário: população atendida pelas políticas sociais. Aqueles a quem os serviços sociais
são prestados.
Subalterno: que ou aquele que está sob as ordens de outro, que é subordinado ou inferior a
outro em graduação ou autoridade. No contexto trabalhado por Carlos Montaño, subalterno
refere-se ao sentimento de inferioridade diante do outro.
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GABARITO
Questão 1
Resposta: Alternativa D.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Questão 3
Resposta: Alternativa E.
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Questão 6
Resposta: Sua legitimidade recai na função prestada à ordem burguesa, mediante sua
participação fundamentalmente no Estado, como executor terminal de políticas sociais, e
não na sua eventual “especificidade”. Caro(a) tutor(a) para esclarecer melhor a resposta
seguem as palavras de Iamamoto e Carvalho: a legitimidade do assistente social surge, não
tanto pelo seu caráter técnico específico, mas pela função política, de cunho “educativo”,
“moralizador” e “disciplinador”. (PLT, p. 57)
Questão 7
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GABARITO
crítica percebe-se que esse é um setor que requer uma ação conjunta por se tratar de
um problema estrutural provocado pela contraditória relação capital x trabalho. Por esse
motivo na concepção dos autores da Tese Histórico–crítica a “especificidade” Endogenista
ou Evolucionista do Serviço Social é considerada ilusória, uma vez que acreditam que a
identidade do assistente social é uma “identidade atribuída” pelo capitalismo monopólico
para manter a ordem burguesa.
Questão 8
Questão 9
Questão 10
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