Você está na página 1de 59

GESTÃO FINANCEIRA

JOSÉ LUCENILDO PARENTE PIMENTEL

AGOSTO-2017
2
GESTÃO FINANCEIRA

1. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


1.1 Balanço Patrimonial
1.2 Demonstração de Resultados

2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


2.1 Definição e Objetivos
2.2 Técnicas de Análise

3. ANÁLISE VERTICAL
3.1 Definição
3.2 Análise Vertical – Balanço Patrimonial
3.3 Análise Vertical – Demonstração de Resultados
3.4 Análise Vertical – Comparabilidade

4. ANÁLISE HORIZONTAL
4.1 Definição
4.2 Análise Horizontal – Balanço Patrimonial
4.3 Análise Horizontal – Demonstração de Resultados
4.4 Análise Horizontal – Comparabilidade

5. ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS


5.1 Indicadores de Capacidade de Pagamento
5.2 Indicadores de Atividade
5.3 Indicadores de Rentabilidade

6. ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO


6.1 Ativo Circulante, Passivo Circulante e Capital Circulante Líquido
6.2 Relação entre Risco e Retorno
6.3 Composição do Ativo Circulante
6.4 Administração do Disponível
6.5 Administração dos Recebíveis
6.6 Administração dos Estoques

7. ESTRUTURA DE CAPITAL
7.1 Alavancagem Operacional
7.2 Alavancagem Financeira
7.3 Alavancagem Combinada

8. PONTO DE EQUILÍBRIO

9. CUSTO DE CAPITAL

10. VALOR ECONÔMICO ADICIONADO (EVA)


a. Definição e Cálculo do EVA
b. Contribuições do EVA

3
GESTÃO FINANCEIRA

1. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é composto do ATIVO, que é formado pelos Bens e Direitos da


empresa e, de outro, do PASSIVO e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO, correspondentes às
obrigações para com os terceiros e para com os sócios, respectivamente.

As contas do ATIVO são agrupadas de acordo com a sua facilidade de conversão em


dinheiro, ou seja, de acordo com o seu Grau de Liquidez. Sendo assim, são apresentadas
nessa ordem:

A) ATIVO CIRCULANTE – São agrupadas as contas de mais elevado nível de liquidez.


Mesmo assim, também em cada grupo, as contas são apresentadas dentro desse
mesmo critério: Disponível, Aplicações Financeiras, Valores a Receber de Curto Prazo,
Estoques, Despesas Antecipadas.

B) ATIVO NÃO CIRCULANTE – Agrupa as contas de baixa liquidez e as que não se


destinam a venda
B.1 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – São agrupadas aquelas contas de liquidez mais
lenta, como por exemplo, Valores a Receber com prazos maiores.

B.2 a B.4 – Subgrupos com características de PERMANENTE:

B.2 – INVESTIMENTOS – onde se classificam as participações em outras empresas,


imóveis fins especulativos, não utilizados na atividade da empresa etc.

B.3 – IMOBILIZADO - onde são registrados os imóveis, veículos, máquinas,


equipamentos utilizados no processo operacional da entidade

B.4 – INTANGÍVEL (Goodwill) – onde são registrados os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercido com esta finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. Ex: Marca, softwares, patentes, direitos de
comercialização etc.

4
As contas do PASSIVO e PL são agrupadas pela proximidade de exigência por parte do
credor, conforme a seguir:

A) PASSIVO CIRCULANTE – As obrigações que deverão ser pagas em um curto prazo,


tais como: Salários a Pagar, Impostos, Fornecedores etc.

B) PASSIVO NÃO CIRCULANTE – Onde estão os recursos de longo prazo da empresa

B.1 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO – As contas que só serão exigidas em um prazo


mais longo, como a conta de Financiamentos.

B.2 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - São as obrigações para com os sócios, ou seja, não são
exigíveis, como Capital, Lucros Acumulados, Reservas etc.

1.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Como a própria denominação esclarece, a Demonstração de Resultados apresenta a


composição do resultado do exercício evidenciando Receitas, Despesas, Impostos, Lucro ou
Prejuízo, conforme segue:

RECEITA BRUTA
(-) Deduções: Abatimentos, Devoluções, Impostos sobre Vendas etc.
= RECEITA LÍQUIDA

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)


= LUCRO BRUTO

(-) Despesas Operacionais: Despesas de Vendas, Despesas Administrativas e


Despesas Financeiras
= LUCRO OPERACIONAL

(-) Despesas não Operacionais


(+) Receitas não Operacionais
= Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)

(-) Provisão para Imposto de Renda


= Lucro Depois do Imposto de Renda
(-) Participações: Empregados, Doações etc.
5
= Lucro Líquido: À disposição dos acionistas.

2 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

2.1 Definição e Objetivos

A Análise das Demonstrações Contábeis é um processo de estudo dos demonstrativos,


objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais,
econômicos, patrimoniais e financeiros.

Desse modo, essa análise tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos
do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso
futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa.

2.2 Técnicas de Análise

Com a finalidade de proceder a essa análise, podem-se utilizar diversas técnicas, dentre
as quais destacamos aquelas que serão nesse curso apresentadas:

a) Análise Vertical
b) Análise Horizontal
c) Análise por Índices

3. ANÁLISE VERTICAL

3.1 Análise Vertical – Definição

É a análise da estrutura da Demonstração de Resultados e do Balanço Patrimonial,


buscando evidenciar as participações dos elementos patrimoniais e de resultados dentro do
total, ou dentro de cada grupo de contas.

3.2 Análise Vertical – Balanço Patrimonial

No Balanço, a análise vertical procura evidenciar a participação de cada elemento do


ativo ou do passivo em relação ao ativo total. Desse modo, atribui-se o parâmetro 100% para o
total do ativo e todos os outros valores são traduzidos em relação percentual sobre esse total.
Pode-se analisar, também, a participação de cada conta, com relação ao total do grupo a que
pertence.

6
Utilizaremos em todas as nossa análises os Balanços Patrimoniais da Cia. Plutão S/A
apresentados nas páginas a seguir:

Com base na Análise Vertical, verificamos que há uma significativa mudança na


estrutura do Ativo. Em primeiro lugar, verifica-se um aumento na participação Ativo Circulante,
de 52,76% no Período 0, para 55,68% no Período 1. A mudança significativa nesse grupo
decorreu de aumento nos Estoques. É interessante observar se esse aumento em estoques é
decorrente de aumento nas compras por incremento nas vendas ou o contrário, ou seja,
redução nas vendas, com excesso de estoques.

7
8
Verificou-se, também uma redução conseqüente no Ativo Permanente, basicamente
no subgrupo do Imobilizado. Isso pode representar, simplesmente, um despesamento maior a
título de depreciação, ou uma utilização de eventual capacidade ociosa nesse item, existente
anteriormente, ou ainda uma redução do item por alienação de parte dos bens, especialmente
ociosos.

No que se refere ao Passivo, não se vê alteração significativa em sua estrutura, já que


a maior modificação ocorre no Passivo Circulante, porém em proporção bem reduzida com
relação às mudanças na sua contrapartida que é o Ativo Circulante. Verifica-se, no entanto, um
aumento bem relevante no item Salários e Encargos, podendo significar aumento de provisões
ou mesmo necessidade de mão-de-obra mais qualificada ou mesmo em maior quantidade.

Já com relação à redução na participação do Patrimônio Líquido, mesmo que em


proporções reduzidas, faz-se necessária uma análise mais aprofundada quanto à rentabilidade
da empresa, individualmente e em comparação a outras empresas do setor e da economia.

3.3 Análise Vertical – Demonstração de Resultados

A análise vertical da demonstração de resultados conduz à apresentação da estrutura


de custos e despesas, em relação ao total das receitas líquidas. Sendo assim, ela conduz à
avaliação da lucratividade, representada pela relação entre o lucro e as vendas, passando pela
relação entre custos e despesas e as receitas de vendas.

A seguir, apresentamos uma análise feita a partir das demonstrações de Resultados


da Cia. Plutão:

Observamos, através da Análise Vertical das Demonstrações de Resultados da Cia.


Plutão, que é o Lucro com relação às Receitas Líquidas de Vendas reduziu no Período 1.

Isso, no entanto, pode representar um problema maior se o Lucro diminuiu em valor


absoluto, o que é o caso.

A partir da análise das Despesas Operacionais, com relação à Receita Operacional


Líquida, vemos que não houve grande variação na participação de nenhum dos itens.

Na verdade, a participação do Custo dos Produtos Vendidos foi que teve variação
mais significativa.

9
10
3.4 Análise Vertical – Comparabilidade

A análise vertical realizada nos demonstrativos financeiros de uma empresa, em um


determinado período, ou mesmo em uma série de períodos, será muito mais enriquecida se
houver alguma possibilidade de comparação.

É necessário saber, por exemplo:

a) o que está havendo com a participação do imobilizado das outras empresas do


setor?

b) o que tem acontecido com a estrutura de capital dos concorrentes, ou seja, qual o
seu grau de endividamento?

c) como está o nível de estoque do setor?

d) há perspectiva de mudança nos preços por excesso de estoque nas outras


empresas?

São algumas questões que interessam à empresa e que, certamente, deverão influir
no seu processo decisório.

4. ANÁLISE HORIZONTAL

4.1 Análise Horizontal – Definição

A Análise Horizontal é o instrumental que calcula a variação percentual ocorrida de um


período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decréscimo do item
analisado.

Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou diminuição do


elemento analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as correlações
necessárias. Assim, por exemplo, se houve aumento da produção e das vendas, deverá ter
havido um crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais.

11
4.2 Análise Horizontal – Balanço Patrimonial

No Balanço Patrimonial, a base para a Análise Horizontal é escolher o período que


será o ponto de partida. Os dados desse período receberão número 100 ou 1. Os dados dos
outros períodos serão considerados como evolução do período base escolhido.

Em uma economia inflacionária é interessante que se trabalhe, no entanto, com


valores dos demonstrativos atualizados por um índice inflacionário.

No nosso exemplo, apresentado a seguir, estaremos usando a mesma Cia. Plutão, ao


tempo em que fazemos a apresentação, em conjunto, da Análise Vertical e Horizontal:

Observando a análise horizontal da Cia. Plutão, verificamos uma variação de 32,54%


do Período 0, para o Período 1, no Ativo Circulante, no entanto observamos que esse aumento
foi compensado por semelhante crescimento no Passivo Circulante.

O Patrimônio Líquido da empresa cresceu 21,59% em 1 período, sendo que o


crescimento do Permanente cresceu apenas 19,24%. Esse cálculo pode representar uma
melhor utilização do Imobilizado da Companhia, é claro, se o aumento do PL não significar uma
simples injeção de novos recursos pelos sócios.

Observa-se uma grande variação de 52,24% nos estoques, o que, se não for
acompanhado por um aumento no volume de vendas, poderá significar excesso de estoques e,
conseqüentemente, menor giro.

Além disso, verifica-se uma variação excessiva na rubrica Salários e Encargos, o que
pode significar uma mudança na sistemática de pagamento ou mesmo uma maior contratação
de pessoal em função de eventual aumento no volume de vendas.

4.3 Análise Horizontal – Demonstração de Resultados

O processo de elaboração da Análise Horizontal na Demonstração de Resultados se


processa de maneira semelhante àquela utilizada no Balanço Patrimonial, já que tem o mesmo
motivo de apresentar a variação de itens, só que, no caso, itens de composição de resultados:
Receitas, Despesas, Impostos, Dividendos etc.

A seguir apresentamos, novamente, as demonstrações de Resultado dos Períodos 0


e 1 da Cia. Plutão, dessa feitas juntando Análise Vertical e Horizontal:

12
Na análise horizontal da Cia. Plutão, observamos um crescimento de 30,78% nas
Receitas Líquidas da empresa, sendo que acompanhado por um crescimento de 41,60% no
Custo das Mercadorias Vendidas, significando um crescimento no Lucro Bruto apenas da
ordem de 14,70%

Observando-se que o crescimento das Despesas Operacionais foi de 23,91%,


superior, portanto, ao crescimento do Lucro Bruto, resultou uma variação negativa no Lucro
Antes do Imposto de Renda da ordem de 12,01%.

13
14
15
Há de se observar, portanto, as causas do crescimento exagerado de Custos e
Despesas, de modo a que sejam tomadas decisões para a solução do problema.

4.4 Análise Horizontal – Comparabilidade

Conforme citado anteriormente, uma análise das informações da Companhia,


isoladamente, não nos dá uma perfeita idéia das questões a serem analisadas, faz-se
necessária, portanto, uma comparação com outras empresas do setor, da economia etc.

Aqui também são apresentadas algumas questões relevantes a serem examinadas:

a) qual tem sido a relação entre o Custo das Mercadorias Vendidas e as Receitas
Líquidas?

b) como tem se comportado o volume de vendas dos concorrentes?

c) qual tem sido a rentabilidade do Patrimônio Líquido de empreendimentos com o


mesmo nível de risco?

Se você consegue responder essas e outras questões, certamente estará fazendo


uso bem proveitoso de sua análise vertical.

Em tempos de globalização, com a economia aberta, o conhecimento do custo, preço,


qualidade, tecnologia utilizada, dos produtos de outros países também assume importância
fundamental.

5. ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Indicadores Econômico-Financeiros são os elementos que, tradicionalmente,


representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos, geralmente simples,
a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados, com a produção de índices
que possam representar a situação da empresa, em termos de Liquidez, Rentabilidade, Nível
de Atividade etc.

O cálculo desses indicadores objetiva detectar eventuais problemas, identificar


tendências, dando mais subsídios para que a administração da empresa adote providências no
sentido de reverter uma situação desfavorável.

16
A análise por índices deve vir acompanhada de outras análises, como Vertical e
Horizontal, além, evidentemente, de outras que não se prendam exclusivamente aos
demonstrativos financeiros, incluindo análises econômicas setoriais etc.

Não há necessidade de muitos índices e normalmente eles são apresentados em cinco


grupos, conforme a seguir:

Indicadores de Capacidade de Pagamento


. Liquidez Corrente
. Liquidez Seca
. Liquidez Imediata
. Liquidez Geral
. Endividamento

Indicadores de Atividade
. Prazo Médio de Recebimento
. Prazo Médio de Pagamento
. Giro dos Estoques
. Giro do Ativo Total

Indicadores de Rentabilidade
. Margem Operacional sobre Vendas
. Margem Líquida sobre Vendas
. Rentabilidade do Ativo Total
. Rentabilidade do Patrimônio Líquido

5.1 Indicadores de Capacidade de Pagamento


Esses indicadores buscam evidenciar a condição da empresa de saldar seus
compromissos financeiros e de sua estrutura de endividamento. Considerando que são
indicadores calculados a partir de dados do Balanço Patrimonial, são chamados indicadores
estáticos, já que representam a situação apenas naquele momento.

5.1.1 Liquidez Corrente

Objetiva verificar a capacidade de pagamento dos valores de curto prazo.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante

17
No nosso exemplo da Cia Plutão, no Período 1:

Liquidez Corrente = 1,97

Indica que, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,97
em Ativos também de curto prazo.

5.1.2 Liquidez Seca

É um indicador mais duro que o anterior porque exclui os Estoques do total de Ativos de
Curto Prazo:

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques)/Passivo Circulante

Cia. Plutão: Liquidez Seca = 0,92

Indica que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, se ela não lançar mão dos
estoques, ela dispõe de outros Ativos de Curto Prazo, no total de R$ 0,92.

5.1.3 Liquidez Imediata

É um indicador muito restrito, que imagina a empresa não realizando nenhum dos seus
outros ativos, exceto Caixa e Bancos, no momento de saldar suas dívidas de curto prazo:

Liquidez Imediata = Disponibilidades/Passivo Circulante

Cia Plutão: Liquidez Imediata = 0,13

Indica que a empresa só disporia de R$ 0,13, em Caixa e Bancos, para cada R$ 1,00 de
dívidas de curto prazo, se tivesse que saldá-las imediatamente.

5.1.4 Liquidez Geral

Objetiva verificar a capacidade de pagamento de curto e longo prazos, utilizando para


isso todo o seu Ativo, exceto o Permante, ou seja, Circulante e Realizável de Longo Prazo:

Liquidez Geral=Ativo Circulante + Ativo Realizável de Longo Prazo


Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo

18
Cia: Plutão: Liquidez Geral = 1,06

Indica que, para cada R$ 1,00 de dívida de Curto Prazo ou Longo Prazo, a empresa
dispõe de R$ 1,06 em ativos de curto e longo prazos, sem lançar mão de seu Ativo
Permanente.

5.1.5 Endividamento

Esse indicador tem por objetivo apresentar como está o nível de endividamento da
empresa em determinado momento. Ele pode ser apresentado de duas formas, com leituras
diferentes, mas que levam à mesma conclusão:

Endividamento=Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo


Ativo Total

Cia. Plutão: Endividamento = 0,54

Ou

Endividamento=Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo


Patrimônio Líquido

Cia. Plutão: Endividamento = 1,20

Indicam que do total de recursos utilizados pela empresa, 54% são de terceiros, ou ainda,
para cada R$ 1,00 de recursos próprios, a empresa utiliza R$ 1,20 de terceiros.

5.2 Indicadores de Atividade

Buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, normalmente no que se refere à


produtividade dos seus ativos.

5.2.1 Prazo Médio de Recebimento

Objetiva dar um parâmetro médio de quanto tempo em média a empresa demora a


receber pelas suas vendas.

19
Prazo Médio de Recebimento=Valores a Receber CP (Média) x 360
Vendas Líquidas

Cia. Plutão: Prazo Médio de Recebimento = 89,7 dias

Indica que a empresa passa 89,7 dias, em média, para receber pelas vendas que realiza.

5.2.2 Prazo Médio de Pagamento

A finalidade desse indicador é mostrar o prazo médio que a empresa consegue para
pagar seus fornecedores.

Prazo Médio de Pagamento=Fornecedores(Média) x 360


Compras

Como descobrir o valor das Compras:

Se CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Compras = CMV – Estoque Inicial + Estoque Final

Cia. Plutão: Prazo Médio de Pagamento = 39,8 dias

Indica que a empresa paga os seus fornecedores num prazo médio de 39,8 dias.

5.2.3 Giro dos Estoques

Tenta mostrar a velocidade com que o estoque se transforma em produção vendida.

Giro dos Estoques=Custo dos Produtos Vendidos


Estoque Médio

Cia Plutão: Giro dos Estoques = 2,09 vezes

Indica que a empresa só consegue renovar os estoques 2,09 vezes a cada ano, ou seja,
a cada 180 dias.

5.2.4 Giro do Ativo Total

Tenta identificar a velocidade com que o investimento total se transforma em volume de


vendas.

20
Giro do Ativo=Receita Operacional Líquida
Ativo Total Médio

Cia. Plutão: Giro do Ativo Total = 0,88

Indica que o volume de vendas líquidas anuais corresponde a apenas 88% do Ativo Total
Médio.

5.3 Indicadores de Rentabilidade

Objetivam avaliar a rentabilidade da empresa e é mais um indicador a ser comparado


com o setor ao qual a empresa pertence, e também com relação aos outros investimentos.

5.3.1 Margem Operacional sobre Vendas

Representa o quanto se obtém de Lucro Operacional sobre cada unidade vendida.

Margem Operacional sobre Vendas =______Lucro Operacional_________


Receita Operacional Líquida

Cia. Plutão: Margem Operacional sobre Vendas = 0,0694 = 6,94%

Conforme se pode verificar também na análise vertical, o Lucro Operacional corresponde


a 6,94% das Vendas Líquidas.

5.3.2 Margem Líquida sobre Vendas

Indica o quanto se obtém de Lucro Líquido por cada unidade vendida.

Margem Líquida sobre Vendas = _______Lucro Líquido__________


Receita Operacional Líquida

Cia Plutão: Margem Líquida sobre Vendas = 0,039 = 3,90%

Indica que o Lucro Líquido corresponde a 3,9% do total das vendas líquidas.

21
5.3.3 Rentabilidade sobre Ativo Total

Indica a relação entre o Lucro Líquido e o valor do Ativo Total, ou seja, o total investido na
empresa. É interessante que o cálculo seja feito sobre o Ativo Total Inicial.

Rentabilidade sobre o Ativo Total = __Lucro Líquido__


Ativo Total Inicial

Cia. Plutão: Rentabilidade sobre Ativo Total = 0,039 = 3,90% a.a.

Desse modo, lucro líquido correspondeu a 3,9% do Ativo Total Inicial

5.3.4 Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido

Indica a relação entre o Lucro Líquido e o valor dos recursos próprios investidos. É
interessante que o cálculo seja feito sobre o Patrimônio Líquido Inicial.

Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido =_____Lucro Líquido_____


Patrimônio Líquido Inicial

Cia. Plutão: Rentabilidade sobre o PL = 0,0821 = 8,21% a.a.

Desse modo, o lucro líquido correspondeu a 8,21% sobre os recursos próprios


investidos.

22
6. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

A Administração do Capital de Giro abrange a administração das contas circulantes da


empresa, incluindo Ativos e Passivos.

6.1 – ATIVO CIRCULANTE, PASSIVO CIRCULANTE E CCL

ATIVOS CIRCULANTES
- Caixa e Títulos Negociáveis
- Aplicações Financeiras
- Valores a Receber de Curto Prazo
- Estoques

PASSIVOS CIRCULANTES
- Duplicatas a Pagar
- Títulos a Pagar
- Despesas Provisionadas a Pagar

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL)


Também conhecido como Capital de Giro Próprio

CCL = Ativo Circulante – Passivo


Circulante

OU

CCL = Parcela dos Ativos Circulantes financiada com Recursos de Longo


Prazo

6.2 RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO

Quanto maior o retorno, através da manipulação do Capital de Giro, a conseqüência é um


acréscimo correspondente no risco, medido pelo nível de CCL.

23
VARIAÇÕES NO ATIVO CIRCULANTE
- Aumento no Ativo Circulante => Redução no Risco e Redução no Retorno
- Redução no Ativo Circulante => Aumento no Risco e Aumento no Retorno

VARIAÇÕES NO PASSIVO CIRCULANTE


- Aumento no Passivo Circulante => Aumento no Risco e Aumento no Retorno
- Redução no Passivo Circulante => Redução no Risco e Redução no Retorno

6.3 COMPOSIÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

TÉCNICAS PARA DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO ADEQUADA DE FINANCIAMENTO

A) AGRESSIVA => Alto Retorno e Alto Risco


- Necessidades Sazonais financiadas com recursos de curto prazo
- Necessidades Permanentes financiadas com recursos de longo prazo

B) CONSERVADORA => Baixo Retorno e Baixo Risco


- Todas as necessidades são financiadas com recursos de longo prazo, tanto
permanentes como sazonais.

C) INTERMEDIÁRIA => Médio Retorno e Médio Risco


- É um misto entre as duas técnicas
- Todas as necessidades permanentes são financiadas com recursos de longo
prazo e parte das necessidades sazonais também.

6.4 ATIVO DISPONÍVEL

Ativo disponível refere-se ao ativo que a empresa pode reunir, sem grande demora, para
satisfazer à demanda de Caixa.

Composição: - Caixa, Bancos e Títulos Negociáveis.

EXEMPLO: Empresa KLM


- Desembolsos Totais Anuais (DTA) = $ 12.000.000
- Prazo Médio de Pagamento (PMP) = 35 dias
- Prazo Médio de Cobrança ou de Recebimento (PMC ou PMR) = 70 dias
- Idade Média dos Estoques (IME) = 85 dias

24
CICLO DE CAIXA (CC)
Período de tempo que vai do ponto em que a empresa paga pela aquisição de mercadorias ou
matérias-primas, até o dia em que ela recebe pelas vendas efetuadas.

CC = IME + PMC – PMP

Cia. KLM => CC= 85 + 70 – 35 = 120 dias

Compra de Recebimento
Matéria-Prima ou Venda das de Duplicatas
Mercadorias Mercadorias a Receber
|______________________35__________________|____________________________|
0 | 85 155
Pagamento
das Duplicatas

GIRO DE CAIXA (GC)


É o número de vezes, por ano, que o caixa da empresa é renovado.

GC = 360/Ciclo de Caixa

Cia. KLM => GC = 360/120 = 3 vezes

CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL (CMO)


Caixa mínimo que permitirá à empresa saldar suas contas, no vencimento, e que dará uma
margem de segurança para efetuar pagamentos não programados ou quando os encaixes
esperados não se realizarem.

CMO = Desembolsos Totais Anuais/Giro de Caixa

Cia. KLM => CMO = 12.000.000/3 = $ 4.000.000

ESTRATÉGIAS BÁSICAS NA ADMINISTRAÇÃO DO CAIXA

25
A – Procurar sempre aumentar o prazo de pagamento das contas, sem perder, é claro,
vantagens oferecidas pelo pagamento antecipado.

Ex: Se a KLM conseguisse aumentar o prazo médio de pagamento, de 35 para 45 dias:


CC = IME + PMC – PMP
CC = 85 + 70 – 45 => CC = 110 dias

GC = 360/CC
GC = 360/110 => GC = 3,27 vezes

CMO = DTA/GC
CMO = 12.000.000/3,27 => CMO = $ 3.669.725

B – Procurar Girar Estoques com maior rapidez, sem comprometer a linha de produção
ou perder vendas.

Ex: Se a KLM conseguisse reduzir a Idade Média dos Estoques, de 85 para 70 dias:

CC = IME + PMC – PMP


CC = 70 + 70 – 35 => CC = 105 dias

GC = 360/CC
GC = 360/105 => GC = 3,43 vezes

CMO = DTA/GC
CMO = 12.000.000/3,43 => CMO = $ 3.498.542

C – Receber o mais cedo possível as contas a receber, sem perder vendas futuras por
técnicas excessivamente rígidas de cobrança.

Ex: Se a KLM conseguisse reduzir o prazo médio de cobrança, de 70 para 50 dias:

CC = IME + PMC – PMP


CC = 85 + 50 – 35 => CC = 100 dias

GC = 360/CC
GC = 360/100 => GC = 3,6 vezes

CMO = DTA/GC
26
CMO = 12.000.000/3,6 => CMO = $ 3.333.333

D – Combinação de Estratégias

Ex: Se a KLM conseguisse simultaneamente:


. Aumentar o PMP de 35 para 45 dias
. Reduzir a IME de 85 para 70 dias
. Reduzir o PMC de 70 para 50 dias

CC = IME + PMC – PMP


CC = 70 + 50 – 45 => CC = 75 dias

GC = 360/CC
GC = 360/75 => GC = 4,8 vezes

CMO = DTA/GC
CMO = 12.000.000/4,8 => CMO = $ 2.500.000

Custo de Oportunidade – caso do disponível, significa quanto está sendo perdido por ter que
manter recursos esterilizados

Ex: KLM => Custo de Oportunidade = 10% a.a.

CMO inicial da KLM = 4.000.000


Custo com a manutenção do disponível = 4.000.000 x 0,1 = 400.000

CMO da KLM após as modificações = 2.500.000


Custo com a manutenção do disponível = 2.500.000 x 0,1 = 250.000

6.5 ADMINISTRAÇÃO DOS RECEBÍVEIS

Valores a Receber são os montantes devidos à empresa, provenientes da venda de


mercadorias ou serviços no curso ordinário dos negócios.

Oferecendo crédito aos clientes e aceitando o compromisso de fundos correspondentes, a


empresa espera gerar um volume maior de ganhos nas operações. Ao mesmo tempo, contudo,
a decisão de comprometer fundos com os valores a receber dará a custos adicionais.
27
Natureza da decisão:
Determinação do volume de fundos melhor ou ótimo para esta aplicação.

Ponto Ótimo:
Ponto em que o custo adicional da última unidade de fundos comprometida com os valores a
receber é exatamente igual à receita deles esperada. Ponto em que o custo marginal é igual à
receita marginal.

A empresa está disposta a aceitar os prejuízos com devedores duvidosos, conquanto que o
total de todos os custos somados – incluídos os prejuízos com devedores duvidosos – não
exceda os benefícios de caixa esperados das vendas adicionais.

6.5.1 VARIÁVEIS-CHAVE NOS PADRÕES DE CONCESSÃO DE CRÉDITO

a) Volume de Vendas
. Padrões menos apertados => aumento no volume de vendas
. Padrões mais apertados => redução no volume de vendas

b) Investimentos em duplicatas a receber


. Padrões menos apertados => maior investimento em duplicatas a receber
. Padrões mais apertados => menor investimento em duplicatas a receber

c) Perdas com Devedores Incobráveis


. Padrões menos apertados => maiores perdas com devedores incobráveis
. Padrões mais apertados => menores perdas com devedores incobráveis

6.5.2 DETERMINAÇÃO DE VALORES DAS VARIÁVEIS-CHAVE

Exemplo: Companhia XYZ


. Preço do Produto = $ 10
. Vendas a crédito (totais) = 60.000 unid
. Custos Fixos da Empresa = $ 120.000
. Custos Variáveis por Unidade = $ 6

28
Plano a ser analisado: afrouxamento nos padrões de crédito
 aumento de 5% nas vendas
 período médio de cobrança passa de 30 para 45 dias
 perdas com incobráveis passam de 1% para 2%
 retorno exigido sobre o investimento = 15% a.a.

Itens a analisar:
. Margem de Contribuição Adicional
. Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber
. Custo marginal com Devedores Incobráveis

 Margem de Contribuição Adicional


É igual ao produto das vendas adicionais pela margem de contribuição por unidade

. Receita Adicional por Unidade = 10


. Custo Variável por Unidade = 6
. Margem de Contribuição Unitária = 4
. Margem de Contrib. Total = 4 x 3.000 = $ 12.000

 Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber


É a diferença entre o custo de manter duplicatas a receber antes e após a mudança nos
padrões de crédito
Custo das Vendas Anuais
Investimento Médio em Duplicatas a Receber = ________________________
Giro das Duplicatas a Receber

360
Giro das Duplicatas a Receber = ________________________________
Período Médio de Cobrança
 Custo das Vendas Anuais:
Custo Atual = 120.000 + (60.000 x 6) = 480.000
Custo da Proposta = 120.000 + (63.000 x 6) = 498.000

 Giro das Duplicatas a Receber


Atual = 360/30 = 12
Proposta = 360/45 = 8

 Investimento Médio em Duplicatas a Receber


Atual = 480.000/12 = 40.000

29
Proposta = 498.000/8 = 62.250

 Investimento Marginal em Duplicatas a Receber


62.250 – 40.000 = $ 22.250

 Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber


Investimento Marginal = 22.250
Retorno Exigido sobre o Investimento = 15% a.a.
Custo do Investimento Marginal = $ 3.338

 Custo Marginal dos Devedores Incobráveis


Atual = 60.000 x 10 x 1% = 6.000
Proposta = 63.000 x 10 x 2% = 12.600
Custo Adicional = 6.600

Tomada de Decisão:
É necessário comparar a margem de contribuição adicional, com a soma dos custos do
investimento marginal em Duplicatas a Receber e Custos Marginal com Devedores Incobráveis

=> Margem de Contribuição Adicional = 12.000


=> Custos com Investimentos Marginais em Dp a Rec = 3.338
=> Custo Marginal com Devedores Incobráveis = 6.600
=> Lucro Líquido Adicional = 2.062

6.6 ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES

A natureza fundamental da decisão de estoques é decidir sobre o nível ótimo de


compromissos de fundos com estoques, o que repousa numa comparação entre os custos
incorridos e os benefícios esperados, considerando:
. as vantagens de se manter estoque têm um preço;
. exposição ao risco aumenta

Tipos de Estoque: - Matérias-primas


- Produtos em elaboração
- Produtos acabados

6.6.1 O Estoque como Investimento

Investimento Médio em Estoque = Custo das Mercadorias Vendidas


Giro do Estoque

30
Exemplo:
A Empresa AEI deseja adotar política de aumentar o tamanho dos lotes de produção. Vai, com
isso, economizar $ 20.000 com redução nos custos de preparação das máquinas, mas reduz o
giro do estoque, de 6 para 4 vezes.
O Custo das Mercadorias Vendidas permanece em $ 1.200.000.
O Retorno exigido em investimentos de risco semelhante é de 25% a.a..
Deverá implantar a nova política?

. Investimento Médio em Estoque = CMV/Giro do Estoque


= 1.200.000/6 = $ 200.000 (Situação Atual)
= 1.200.000/4 = $ 300.000 (Situação Proposta)

. Investimento Médio Adicional = Situação Proposta – Situação Atual


= 300.000 – 200.000 = $ 100.000

. Custo do Investimento Adicional = Investimento Médio Adicional x Custo de Oportunidade


= 100.000 x 0,25 = $ 25.000

. Redução nos custos de preparação das máquinas


= $ 20.000

. Resultado Adicional
= 20.000 – 25.000 = ($ 5.000) => Proposta desvantajosa

31
6.6.2 Relação entre Estoques e Duplicatas a Receber

Exemplo: Companhia Erker

. Custo Anual do Investimento de $ 1,00 em Estoques = $ 0,25

. Custo Anual do Investimento de $ 1,00 em Duplicatas a Receber = $ 0,15

. Estoque Médio = $ 300.000

. Duplicatas a Receber Médio = $ 200.000

Alterações através de novas condições de crédito implicariam em:

. Redução no Estoque Médio = $ 150.000

. Aumento em Duplic. a Receber = $ 150.000

Situação Atual:
. Custo Atual de Manter Estoque (A)
= 300.000 x 0,25 = $ 75.000

. Custo Atual de Manter Duplicatas a Receber (B)


= 200.000 x 0,15 = $ 30.000

. Custo Total Atual (A + B)


= 75.000 + 30.000 = $ 105.000

Proposta
. Custo de Manter Estoques, na Proposta (C)
= (300.000 - 150.000) x 0,25 = $ 37.500

. Custo de Manter Duplicatas a Receber, na Proposta (D)


= (200.000 + 150.000) x 0,15 = $ 52.500

. Custo Total da Proposta


= 37.500 + 52.500 = $ 90.000

Resultado da Proposta = Custo Total Atual - Custo Total da Proposta


= 105.000 – 90.000 = Lucro Adicional de $ 15.000

32
6.6.3 Lote Econômico

S = Demanda em Unidades, por período


O = Custo de pedir, por pedido
C = Custo de manter uma unidade em estoque, por período
Q = Quantidade de unidades do pedido
LE = Lote Econômico

Custo de Pedir = (O x S/Q)

Custo de Manter Estoque = (C x Q/2)

Custo Total = Custo de Pedir + Custo de Manter Estoque


= (O x S/Q) + (C x Q/2)

Lote Econômico:
2 SO
LE 
C

Exemplo:
Suponha que uma Empresa use 1.600 unidades de um item; seu custo de pedir seja $ 50 por
pedido e seu custo de manter seja $ 1 por unidade ao ano. Qual o lote em que ela estará
minimizando seu custo total do estoque?

S = 1.600
O = 50
C=1

Considerando que:
2 SO
LE 
C

Então:

2 x1.600 x50
LE  => Lote Econômico = 400 unidades
1

33
7. ESTRUTURA DE CAPITAL

É determinada pelo composto de Endividamento e Capital Próprio que uma empresa


usa para financiar suas operações.

7.1 RISCO E ESTRUTURA DE CAPITAL


 A Estrutura de Capital deve ser consistente com o risco do negócio
 A Estrutura de Capital resulta em determinado nível de risco financeiro

7.1.1 Risco do Negócio


 Diz respeito ao resultado da Alavancagem Operacional, ou seja, ao
relacionamento entre as vendas e os Lucros Antes dos Juros e Imposto de
Renda (LAJIR)

Grau de Alavancagem Operacional = _Variação Percentual no LAJIR_


Variação Percentual nas Vendas

 Quanto maior o Custo Operacional Fixo, maior será seu risco de negócio
 Empresas com risco de negócio elevado tendem a ter estruturas de capital
menos alavancadas e vice-versa.

EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional):


a) Companhia ABC Situação 1 Situação 2
. Vendas 1.000 800
. Custos Fixos 300 300
. Custos Variáveis (40% das Vendas) 400 320
LAJIR 300 180
Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -40% = 2
-20%

b) Companhia XYZ Situação 1 Situação 2


. Vendas 1.000 800
. Custos Fixos 400 400
. Custos Variáveis (30% das Vendas) 300 240
LAJIR 300 160
Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -46,67% = 2,33
-20%

34
7.1.2 Risco Financeiro

 É resultante do uso da alavancagem financeira, que refere-se à relação


entre a variação nos Lucros Antes de Juros e Impostos (LAJIR) e no Lucro
Líquido (LL) ou no Lucro por Ação(LPA)
Grau de Alavancagem Financeira = _Variação Percentual no LL ou LPA_
Variação Percentual no LAJIR

 Quanto maior o nível de despesas financeiras, como custo fixo, maior


será o seu risco financeiro
 Empresas com risco financeiro alto tendem a obter fundos de terceiros a
custo mais elevado
EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Financeira):
a) Companhia AEI
Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000 Número de Ações = 500
Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,50 Alíquota Imp.Renda = 25%
Taxa de Juros = 8% a.a.
Situação 1 Situação 2
. LAJIR 300 200
. Juros 40 40
. LAIR 260 160
. Imp. Renda 65 40
. Lucro Líquido 195 120
. Lucro por Ação 0,39 0,24
Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -38,46% = 1,15
-33,33%
b) Companhia BCD
Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000 Número de Ações = 300
Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,70 Alíquota Imp.Renda = 25%
Taxa de Juros = 9% a.a.
Situação 1 Situação 2
. LAJIR 300 200
. Juros 63 63
. LAIR 237 137
. Imp. Renda 59,25 34,25
. Lucro Líquido 177,75 102,75
. Lucro por Ação 0,5925 0,3425

Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -42,19% = 1,27


-33,33%

7.1.3 Alavancagem Combinada

35
 É resultante do uso da alavancagem operacional e financeira e refere-se à
relação entre a variação nas Vendas e no Lucro Líquido ou no Lucro por Ação
(LPA)
Grau de Alavancagem Combinada = _Variação Percentual no LL ou LPA_
Variação Percentual nas Vendas

OU

Grau de Alavancagem Combinada = G.A.O. X G.A.F

EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Combinada):


Companhia FELICIDADE
Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000
Número de Ações = 500
Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,50
Alíquota Imp.Renda = 25%
Taxa de Juros = 10% a.a.
Situação 1 Situação 2
. Vendas 1.000 800
. Custos Fixos 300 300
. Custos Variáveis (40% das Vendas) 400 320
LAJIR 300 180
. Juros 50 50
LAIR 250
130 . Imp. de Renda 62,50
32,50
Lucro Líquido 187,50 97,50
. Lucro por Ação 0,3750 0,1950

Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -40% = 2


-20%

Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -48% = 1,2


-40%

Grau de Alavancagem Combinada (GAC) = -48% = 2,4


-20%
OU

Grau de Alavancagem Combinada = 2 x 1,2 = 2,4


36
8. PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL
Correponde ao volume de vendas em que as Receitas Totais equivalem aos
Custos Totais.

PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL

DADOS SIT.0 SIT.1 SIT.2 PEO


20.0
Volume de Vendas = 40.000 32.000 48.000 00 T
Preço de Venda = $ 5,00 $ 5,00 $ 5,00 $ 5,00 p/t
Custo Variável Unitário = $ 2,00 $ 2,00 $ 2,00 $ 2,00 p/t
Custo Fixo = $ 60.000,00 $ 60.000,00 $ 60.000,00 $ 60.000,00

DISCRIMINAÇÃO SIT. 0 SIT.1 SIT.2 PEO


VARIAÇÃO NA RECEITA OPERAC.= -20,00% 20,00%
100.0
( + ) RECEITA OPERACIONAL 200.000 160.000 240.000 00
(60.00 (60.0
( - ) CUSTO FIXO (60.000) (60.000) 0) 00)
(96.000 (40.0
( - ) CUSTO VARIÁVEL (80.000) (64.000) ) 00)
( = ) LUCRO OPERACIONAL 60.000 36.000 84.000 -

VARIAÇÃO NO LUCRO OPERAC.= -40,00% 40,00%

PONTO DE EQUILÍBRIO (PEO) = CF


OPERACIONAL P - Cvu

PEO = $ 60.000,00 = 20.000 t


$ 3,00

37
9. CUSTO DE CAPITAL

Taxa de Retorno mínima exigida pelos investidores do mercado (Acionistas e Terceiros) para
atrair o Financiamento.

Embora o Custo de Capital seja determinado em dado momento, este deve refletir o custo dos
recursos por longo tempo, com base nas melhores informações necessárias.

Fatores Fundamentais que afetam o Custo de Capital:


- Risco
- Oferta e demanda de recurso
- Impostos

9.1 CUSTO DOS RECURSOS DE TERCEIROS

Kt = i x (1 – T)

Onde:

Kt -> Custo dos Recursos de Terceiros


i -> Taxa de juros cobrada pelos recursos de terceiros
T -> Taxa de Tributação

9.2 CUSTO DOS RECURSOS PRÓPRIOS

Kp -> Taxa mínima exigida pelos acionistas para investirem no projeto, dado o risco e dadas as
outras alternativas de investimento de que dispõem.

9.3 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL

K = Kp x Fp + Kt x Ft

Ou

K = Kp x Fp + i (1 – T) x Ft

38
Onde:
K -> Custo Médio Ponderado de Capital

Kp -> Custo do Capital Próprio

Fp -> Fração dos Recursos Totais representada por Recursos Próprios

Kt -> Custo dos Recursos de Terceiros, já considerado o efeito da Tributação

Ft -> Fração dos Recursos Totais representada por Recursos de Terceiros

i -> Taxa de juros cobrada pelos recursos de terceiros

39
10. VALOR ECONÔMICO ADICIONADO (EVA)
• Diferença entre o retorno e o custo do capital
• Se EVA é positivo -> Existe criação de Valor
• Se EVA é negativo -> Existe destruição de Valor
• Existe forte correlação entre EVA e o preço das ações da Companhia

COMO CALCULAR O EVA?

Lucro Operacional Líquido Após IR - Custo de Capital = EVA

ALGUMAS FORMAS DE ELEVAR O EVA

. Aumentando Vendas

. Eliminando gastos desnecessários

. Identificando oportunidades de investimento


. Vendendo ativos improdutivos

ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO DO EVA

. Comunicação de Resultados Financeiros

. Avaliação de Estratégias

. Avaliação de Aquisições e Desinvesti-mentos

. Definição de Objetivos

. Remuneração por performance

. Estímulo ao pensamento empreendedor

MVA (Market Value Added)

. Valor Presente dos fluxos de caixa gerados pelos futuros EVA’s.

40
CÁLCULO DO EVA

ATIVO PASSIVO
HIPÓTESE 1 HIPÓTESE 2
Ativo Circulante 300 Capital de Terceiros 900 Capital de Terceiros -
Ativo Fixo 700 Capital Próprio 100 Capital Próprio 1.000
Ativo Total 1.000 Passivo Total 1.000 Passivo Total 1.000

IR=40% i=10% ao ano Kp= 15% ao ano

HIPÓTESE 1 HIPÓTESE 2
Receita Operacional 500 500
(-)Despesas Operacionais 380 380
(=)Lucro Operacional 120 120
(-)Despesas Financeiras 90 -
(=)LAIR 30 120
(-)Imposto de Renda 12 48
(=)Lucro Líquido 18 72

(-) Custo do Capital Próprio 15 150


(=)EVA 3 (78)

Lucro Operacional 120 120


(-)Imposto de Renda (40%) 48 48
(=)Lucro Operacional Líquido após Imposto 72 72
(-)Custo do Capital 69 150
(=)EVA 3 (78)

41
3. EBITDA

Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, ou melhor, Lucro Antes dos
Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas
de mercado é o chamado EBITDA. O EBITDA equivale à geração operacional de caixa da
companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades
operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos.
O conhecimento do EBITDA é importante porque analisar apenas o resultado final da empresa
(lucro ou prejuízo) muitas vezes tem sido insuficiente para avaliar seu real desempenho em um
dado período.

3.1 CÁLCULO DO EBITDA


A partir do Lucro antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR), adicionar a depreciação e
amortização, as quais não representam saída de caixa efetiva no período.
Acrescentar, também, no EBITDA, a despesa financeira líquida, que foge do escopo de análise
do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA,
adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao Lucro Operacional.

3.2 APLICAÇÃO DO EBITDA


Útil na análise da origem dos resultados das empresas e, uma vez que retira os efeitos dos
juros e despesas que não significam saídas de caixa, pode melhorar a avaliação da
produtividade e a eficiência do negócio.
Vale lembrar, porém, que o EBITDA, por não considerar o montante de reinvestimento
requerido (pela depreciação), pode levar a falsas conclusões sobre a capacidade de
pagamento da empresa.
Em um cenário extemo, uma empresa pode apresentar um EBITDA enorme, sem que tenha
condições de liquidez para honrar seus compromissos. Isto deve-se ao fato deste indicador
analisar somente as contas de resultado, não se importando com a movimentação patrimonial.
O EBITDA é, pois, um indicador financeiro muito relevante, mas que deve ser utilizado
combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma visão mais apropriada
da performance da empresa.

42
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

ASSAF NETO, Alexandre – Estrutura e Análise de Balanços – Um Enfoque Econômico-


Financeiro – São Paulo – Ed. Atlas S.A. – 9ª. Edição – 2010

IUDÍCIBUS, Sérgio de – Análise de Balanços – Ed. Atlas S.A. – 10ª. Edição - 2010

GITMAN, Lawrence J. – Princípios de Administração Financeira – São Paulo –Pearson Addison


Wesley - 10ª. Edição – 2006

SANVICENTE, Antônio Zoratto – Administração Financeira – São Paulo – Ed. Atlas S.A. – 3ª.
Edição – 1997

GROPPELLI, A.A. & NIKBAKHT, Ehsan – Administração Financeira – São Paulo – Editora
Saraiva – Série Essencial

43
Lista de Exercícios 1 – Análise das Demonstrações Contábeis

1. Faça Análise Horizontal, Vertical e por Indicadores Econômico-Financeiros da Cia. Antuérpia:

44
45
Lista de Exercícios 2 – Administração do Capital de Giro e de Caixa

1. No ano de 20X0, a Companhia XYZ apresentou o seguinte Balanço Patrimonial:

ATIVO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO


Circulante 3.000 Circulante 2.000
Permanente 8.000 Recurso de Longo Prazo 9.000
TOTAL 11.000 T O TAL 11.000

A empresa estimou que ganharia 10% a.a. sobre seus ativos circulantes e 25% a.a. sobre seus
ativos permanentes, e que teria um custo de 14% a.a. e 16% a.a. pelos seus passivos
circulantes e recursos de longo prazo, respectivamente.

Para o Ano 20X1, calcule a receita esperada sobre o ativo total, os custos do financiamento, o
lucro e o índice de liquidez corrente, sob as seguintes diferentes circunstâncias:

a) se não houver alterações nem no Ativo, nem no Passivo;


b) se houver redução de R$ 1.100, no Ativo Circulante, com conseqüente aumento no
Ativo Permanente;
c) se R$ 250, atualmente financiados a longo prazo, passarem a ser financiados a curto
prazo;
d) discuta as variações de risco e retorno ocorridas nas situação b e c.

2. Considere as necessidades de recursos estimadas para a Companhia ABC, apresentadas


no quadro a seguir. Admita, ainda, que os custos anuais dos recursos de curto e longo prazo
são de 4,1% e 10,1%, respectivamente:

Pede-se
a) os custos totais de financiamento para as estratégias Agressiva e Conservadora;
b) considerando a estratégia intermediária, imagine a utilização de R$ 7.950, como sendo
financiados a longo prazo, ou seja, o ponto médio entre a maior e a menor necessidade
de financiamento. Quaisquer outras necessidades serão financiadas a curto prazo.
Calcule os custos totais de financiamento;
c) comente a relação risco-retorno em cada uma das estratégias.

46
ATIVO ATIVO
ATIVO TOTAL NECESSIDADE NECESSIDADE
MÊS CIRCULANTE PERMANENTE
(1 + 2) PERMANENTE SAZONAL
(1) (2)
JAN 2.000 6.500 8.500 6.900 1.600
FEV 1.500 6.500 8.000 6.900 1.100
MAR 1.000 6.500 7.500 6.900 600
ABR 500 6.500 7.000 6.900 100
MAI 400 6.500 6.900 6.900 -
JUN 750 6.500 7.250 6.900 350
JUL 1.500 6.500 8.000 6.900 1.100
AGO 1.850 6.500 8.350 6.900 1.450
SET 2.000 6.500 8.500 6.900 1.600
OUT 2.500 6.500 9.000 6.900 2.100
NOV 1.500 6.500 8.000 6.900 1.100
DEZ 1.000 6.500 7.500 6.900 600

3. Uma empresa precisa dimensionar seu caixa mínimo operacional. Já foram levantadas as
seguintes informações:
a) os desembolsos totais que ela estima fazer em um ano são de R$ 40 milhões;
b) o prazo médio de cobrança é de 60 dias;
c) o prazo médio de pagamento é de 40 dias; e
d) o prazo médio de rotação dos estoques é de 70 dias.

4. Uma empresa cobra suas duplicatas, em média, após 70 dias. Os estoques têm uma idade
média de 95 dias. As duplicatas são quitadas, em média, 60 dias após sua emissão. Que
modificações ocorrerão no ciclo de caixa e no giro de caixa, com cada uma das seguintes
diferentes circunstâncias?
a) o período médio de cobrança muda para 60 dias.
b) a idade média dos estoques muda para 85 dias.
c) o período médio de pagamento muda para 80 dias.
d) todas as circunstâncias (a), (b) e (c) ocorrem simultaneamente.

5. Uma companhia tem prazo de cobrança de suas duplicatas de 45 dias. O giro do estoque é
de 6 vezes ao ano. O prazo médio de pagamento é de 45 dias. Os desembolsos totais
anuais são estimados em R$ 20 milhões. Considerando um custo de oportunidade 12% a.a.,
calcule:
a) o custo de manutenção do caixa mínimo operacional; e
b) qual seria o novo custo se se aumentasse o giro dos estoques para 8 vezes?

47
LISTA DE EXERCÍCIOS 3 - ADMINISTRAÇÃO DE RECEBÍVEIS
Prof. José Lucenildo Parente Pimentel

1. A Empresa CARAMBOLA vende a prazo um total de R$ 40.000.000,00, anuais, e sabe-


se que ela trabalha com margem bruta de 30%, calculada sobre o Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV). O prazo médio de recebimento das duplicatas é de 60 dias. Pede-se:

a) O investimento médio em duplicatas a receber;


b) O custo total de oportunidade, considerando a existência de alternativas de
investimento, com risco idêntico, a uma taxa de 11,5% a.a.;
c) Considerando a informação da alínea “b”, qual seria a economia anual se o prazo médio
das duplicatas passasse de 60 para 52 dias.

2. A Empresa MALIBU vende a prazo um total de R$ 50.000.000,00, anuais, e sabe-se


que ela trabalha com margem bruta de 40%, calculada sobre o Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV). O prazo médio de recebimento das duplicatas é de 50 dias. Pede-se:

a) O investimento médio em duplicatas a receber;


b) O custo total de oportunidade, considerando a existência de alternativas de
investimento, com risco idêntico, a uma taxa de 15,3% a.a.;
c) Considerando a informação da alínea “b”, qual seria o aumento de custo anual se o
prazo médio das duplicatas passasse de 50 para 72 dias.

3. A Empresa PALOMA realiza um total de vendas anuais, a crédito, de R$ 300 Milhões,


sendo que recebe suas duplicatas, em média, com 50 dias. O preço unitário é de R$ 60,00,
os custos variáveis são de R$ 25,00 por unidade e os custos médios por unidade são de R$
40,00, a esse nível de vendas.
Decorrente de nova política de crédito mais rígida, a empresa estima uma redução nas suas
vendas a prazo, em torno de 12%, e, ainda, uma redução no período médio de cobrança, de
50 para 45 dias. O nível de incobráveis passará de 2% para 1%. Pede-se:

a) Os custos fixos totais, com e sem a mudança na política de crédito;


b) A margem de contribuição total antes e depois da nova política;
c) A redução no investimento médio em duplicatas a receber;
d) Considerando um custo de oportunidade de 12% a.a., qual a economia com a redução
do investimento médio em duplicatas a receber;
e) Qual a economia com incobráveis com a nova política;
f) A empresa deve adotar a nova política? Por quê?

48
4. A Empresa PANORAMA realiza um total de vendas anuais, a crédito, de R$ 90 Milhões,
sendo que recebe suas duplicatas, em média, com 60 dias. O preço unitário é de R$ 15,00,
os custos variáveis são de R$ 4,00 por unidade e os custos médios por unidade são de R$
10,00, a esse nível de vendas.
Decorrente de nova política de crédito menos rígida, a empresa estima um aumento nas suas
vendas a prazo, em torno de 14%, e, ainda, um aumento no período médio de cobrança, de
60 para 75 dias. O nível de incobráveis passará de 2% para 4%. Pede-se:

a) Os custos fixos totais, com e sem a mudança na política de crédito;


b) A margem de contribuição total antes e depois da nova política;
c) O aumento no investimento médio em duplicatas a receber;
d) Considerando um custo de oportunidade de 15,2% a.a., qual o aumento de custo com a
elevação do investimento médio em duplicatas a receber;
e) Qual o aumento de custo com incobráveis com a nova política;
f) A empresa deve adotar a nova política? Por quê?

49
LISTA DE EXERCÍCIOS 4 – ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES
Prof. José Lucenildo Parente Pimentel

1. Uma empresa deseja adotar política de aumentar o tamanho dos lotes de produção. Vai,
com isso economizar R$ 35.000,00 com redução nos custos de preparação das máquinas,
mas reduz o giro do estoque de 7 para 5 vezes. O CMV permanece em R$ 1.400.000,00.
O retorno exigido para investimentos de risco semelhante é de 26% a.a.. Deverá implantar
a nova política?

2. Uma empresa deseja adotar política de reduzir o tamanho dos lotes de produção. Vai, com
isso elevar em R$ 16.000,00 os custos de reparação das máquinas, eleva o giro do estoque
de 4 para 6 vezes. O CMV permanece em R$ 1.300.000,00. O retorno exigido para
investimentos de risco semelhante é de 23,5% a.a.. Deverá implantar a nova política?

3. O gasto anual com a manutenção de estoques por uma empresa é de R$ 30.000,00 e o


custo de oportunidade é de 29,5% a.a.. O total de vendas é de R$ 6.000.000,00 e a
margem bruta calculada sobre o CMV é de 40%. Qual a idade média dos estoques dessa
empresa?

4. O gasto anual com a manutenção de estoques por uma empresa é de R$ 40.000,00 e o


custo de oportunidade é de 24,3% a.a.. O total de vendas é de R$ 500.000,00 e a margem
bruta calculada sobre o CMV é de 35%. Qual a idade média dos estoques dessa empresa?

5. A Companhia América calcula que, para manter R$ 1,00 em estoque, ele gasta cerca de R$
0,24, e para manter R$ 1,00 em duplicatas a receber, ela gasta cerca de R$ 0,19.
Considerando as seguintes informações, calcule o que aconteceria com o custo total de
manter estoques e duplicatas a receber, se o Investimento Médio em Estoques reduzisse
em R$ 100.000,00 e o Investimento Médio em Duplicatas a Receber aumentasse em R$
100.000,00. Calcule, também, os custos totais de manter estoques e Duplicatas a receber
antes e depois:
a) o total de vendas anuais é de R$ 35.000.000,00, sendo que 70% são a prazo e
30% são à vista;
b) o prazo médio de recebimento das duplicatas a receber é de 60 dias;
c) a idade média dos estoques é de 70 dias;
d) a empresa ganha 35% sobre o CMV.

6. A Companhia Antares calcula que, para manter R$ 1,00 em estoque, ele gasta cerca de R$
0,20, e para manter R$ 1,00 em duplicatas a receber, ela gasta cerca de R$ 0,16.
Considerando as seguintes informações, calcule o que aconteceria com o custo total de
manter estoques e duplicatas a receber, se o Investimento Médio em Estoques aumentasse
em R$ 130.000,00 e o Investimento Médio em Duplicatas a Receber diminuisse em R$
150.000,00. Calcule, também, os custos totais de manter estoques e Duplicatas a receber
antes e depois:

50
a) o total de vendas anuais é de R$ 45.000.000,00, sendo que 65% são a prazo e
35% são à vista;
b) o prazo médio de recebimento das duplicatas a receber é de 45 dias;
c) a idade média dos estoques é de 50 dias;
d) a empresa ganha 40% sobre o CMV.

7. Suponha que uma Empresa use 2.400 unidades de um item. Seu custo de pedir seja de
R$ 30,00 por pedido e seu custo de manter seja de R$ 0,90 por unidade ao ano. Qual o
lote em que ela estará minimizando seu custo total do estoque?

8. Supondo que no exercício anterior o custo de pedir se elevasse para R$ 35,00 por
pedido e o custo de manter reduzisse para R$ 0,85 por unidade ao ano, qual seria o
tamanho do lote econômico?

51
LISTA DE EXERCÍCIOS 5 – ALAVANCAGEM/PONTO DE EQUILÍBRIO
Prof. José Lucenildo Parente Pimentel

1. A Companhia TVA tem custos operacionais fixos de R$ 75.000 e custos operacionais variáveis de
70% das vendas. A empresa paga R$ 12.000 de juros em cada período. O Imposto de Renda é de
40%. Calcule o Grau de Alavancagem Operacional, de Alavancagem Financeira e Alavancagem
Combinada, considerando os níveis de venda de R$ 300.000 e R$ 400.000. Considere a existência
de 1.000 ações.

2. Considerando a inexistência de recursos de terceiros, repita os cálculos da questão anterior.


Considere a existência de 1.500 ações.

3. Admita, agora, a hipótese de que os juros em cada período são de R$ 10.000 e repita, também, os
cálculos relativos à Alavancagem Operacional, Alavancagem Financeira e Alavancagem
Combinada. Considere a existência de 1.100 ações. A que conclusões podemos chegar?

4. A Companhia MKW tem custos operacionais fixos de R$ 35.000 e custos operacionais variáveis de
60% das vendas. A empresa paga R$ 18.000 de juros em cada período. O Imposto de Renda é de
43%. Calcule o Grau de Alavancagem Operacional, de Alavancagem Financeira e Alavancagem
Combinada, considerando os níveis de venda de R$ 200.000 e R$ 280.000. Considere a existência
de 1.000 ações.

5. Considerando a inexistência de recursos de terceiros, repita os cálculos da questão anterior.


Considere a existência de 1.000 ações.

6. Admita, agora, a hipótese de que os juros em cada período são de R$ 25.000 e repita, também, os
cálculos relativos à Alavancagem Operacional, Alavancagem Financeira e Alavancagem
Combinada. Considere a existência de 1.000 ações. A que conclusões podemos chegar?

7. Analisando-se as operações de uma empresa com único produto, levantaram-se as seguintes


informações:
Preço de Venda : R$ 15,00 por unidade
Capacidade de Produção: 800.000 unidades
Custos associados à produção (ao volume de 600.000 unidades (vide abaixo)
DISCRIMINAÇÃO CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS
Matéria-prima direta R$ 900.000,00
Mão-de-obra direta R$ 3.000.000,00
Custos Indiretos de Produção R$ 1.500.000,00 R$ 100.000,00
Desp. de Venda e Administ R$ 1.500.000,00 R$ 50.000,00
Pede-se:
a) calcular os valores da seguintes variáveis: Custos Fixos Totais, Custo Variável Unitário, Margem
de Contribuição Unitária, Custos Totais e Receita Total;
b) calcular o ponto de equilíbrio das operações;
c) fazer um gráfico de Custo e Receita em função do Volume, identificando o ponto de equilíbrio
das operações.

8. Utilizando os dados do exercício anterior, pede-se:


a) calcular o preço unitário mínimo necessário para que a empresa obtenha um lucro de R$
2.000.000,00, sendo vendidas 580.000 unidades;
b) calcular o custo variável unitário máximo permitido para que, a 400.000 unidades vendidas, o
lucro seja de R$ 1.000.000,00;
c) calcular o volume físico que deve ser vendido para que o lucro seja de R$ 1.500.000,00.
52
Lista de Exercícios 6 – Custo de Capital

1. A empresa NOVO TEMPO, sobre a qual recai uma alíquota de 50% de Imposto de Renda,
compõe usualmente sua estrutura de capital com um terço de capital de terceiros e dois
terços de capital próprio. A empresa sempre levantará fundos nesta proporção. Para o
período em curso, os custos de vários totais são dados abaixo:
____________________________________________________________________________
Projeto Taxa de Juros Capital Próprio
A 8,0% a.a. 12,0% a.a.
B 8,5% a.a. 13,0% a.a.
C 9,0% a.a. 14,0% a.a.
D 10,0% a.a. 16,0% a.a.
E 12,0% a.a. 18,0% a.a.
F 16,0% a.a. 22,0% a.a.

a) determine o custo de capital de cada um dos projetos;


b) se um projeto tem um retorno de 10,5% a.a., líquido de impostos, sob quais condições será
adotado?

2. Dada a estrutura financeira a seguir e considerando-se que a empresa paga imposto de


renda com base na alíquota de 20% sobre o lucro tributável, pede-se:

a) calcular o custo médio ponderado de capital na empresa;


b) supondo levantamento de um novo empréstimo no valor de R$ 200.000, à taxa de 27%
a.a., calcular o novo custo médio ponderado de capital da empresa;
c) supondo que os novos recursos destinem-se a financiar um projeto de investimento, qual
deve ser a sua taxa interna de retorno para que seja aceito? Por quê?

ESTRUTURA FINANCEIRA EXISTENTE


FONTE TAXA % A.A. PROPORÇÃO
Debêntures 25,0% 30%
Empréstimos 28,0% 30%
Capital Próprio 21,0% 40%

VALOR TOTAL DO EXIGÍVEL E DO PATR. LÍQUIDO = R$ 1.000.000

53
3. Considerando a estrutura financeira abaixo, e admitindo uma taxa de imposto de renda de
25%, calcule o custo de capital da empresa, sabendo-se que a taxa de juros paga pelos
recursos de terceiros é de 20% a.a. e os acionistas requerem 18% a.a.:
ATIVO PASSIVO e PL
Ativos de Giro 250.000 Recursos Alheios 400.000
Ativos Fixos 750.000 Recursos Próprios 600.000
TOTAL 1.000.000 TOTAL 1.000.000
____________________________________________________________________________

4. Considerando a estrutura financeira abaixo, e admitindo uma taxa de imposto de renda de


30%, calcule o custo de capital próprio da empresa, sabendo-se que a taxa de juros paga
pelos recursos de terceiros é de 25% a.a. e o custo de capital total é de 22% a.a.:

ATIVO PASSIVO e PL
Ativos de Giro 380.000 Recursos Alheios 700.000
Ativos Fixos 1.620.000 Recursos Próprios 1.300.000
TOTAL 2.000.000 TOTAL 2.000.000

5. O custo de capital de uma empresa é de 18,5% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos
de terceiros é de 26% a.a., o custo do capital próprio é de 20% a.a. e a alíquota de Imposto
de Renda sobre o lucro é de 34%. Calcule as frações de recursos próprios e de terceiros.

54
Lista de Exercícios 7 – Valor Econômico Adicionado (EVA)

1. Calcule o EVA das situações a seguir, considerando o custo de capital estabelecido:

DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B SITUAÇÃO C


ATIVO TOTAL 10.000 12.000 180.000
RECEITAS OPERACIONAIS 9.000 10.000 150.000
DESPESAS OPERACIONAIS 4.000 6.000 80.000
DESPESAS FINANCEIRAS 0 2.000 20.000
CUSTO DE CAPITAL 16% 15% 13%
IMPOSTO DE RENDA 35% 35% 35%

2.Considere a Estrutura de Capital e os dados a seguir, calcule o EVA, sabendo-se que o


Custo do Capital Próprio é de 15% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é
de 18% a.a. e a alíquota do Imposto de Renda é de 35%. (Calcule pelos dois métodos)
ATIVO PASSIVO
Ativos Circulantes 300.000 Recursos de Terceiros 400.000
Ativos Fixos 500.000 Recursos Próprios 400.000
TOTAL 800.000 TOTAL 800.000

Preço de Venda = R$ 15,00


Quantidade Vendida = 30.000 unidades
Despesas Operacionais = R$ 250.000

3. Calcule o valor de X nas seguintes situações:


DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B
Total de Recursos 10.000 10.000
Receitas Operacionais 8.000 8.000
Despesas Operacionais 2.800 X
Despesas Financeiras 1.000 1.200
Custo de Capital 15% a.a. 14% a.a.
Imposto de Renda 30% 30%
E.V.A. X 2.100

4. Considere a Estrutura de Capital e os dados a seguir, calcule o EVA, sabendo-se que o

Custo do Capital Próprio é de 16% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 21% a.a.

e a alíquota do Imposto de Renda é de 34%. Calcule pelos dois métodos.

ATIVO PASSIVO
Ativos Circulantes 430.000 Recursos de Terceiros 600.000
Ativos Fixos 670.000 Recursos Próprios 500.000
TOTAL 1.100.000 TOTAL 1.100.000
 Preço de Venda = R$ 24,00
 Quantidade Vendida = 68.000 unidades
 Custo das Mercadorias Vendidas = 60% das Receitas de Vendas
 Outras Despesas Operacionais = R$ 252.000

55
5. Calcule o valor de “X”, em cada uma das situações a seguir:
DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B

Total de Recursos Terceiros 250.000 320.000

Receitas Operacionais 390.000 X

Despesas Operacionais + CMV 208.000 225.000

Despesas Financeiras 50.000 65.000

Custo de Capital 14,8% a.a. 17,2% a.a.

Imposto de Renda 34% 34%

E.V.A X 20.200

Participação dos Recursos Próprios 55% 60%

LISTA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO – GESTÃO FINANCEIRA


Prof. José Lucenildo Parente Pimentel

1. No ano de 20X0, a Companhia Natureza apresentou o seguinte Balanço Patrimonial:

ATIVO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO


Circulante 7.000 Circulante 6.000
Permanente 12.000 Recurso de Longo Prazo 13.000
TOTAL 19.000 T O TAL 19.000

56
A empresa estimou que ganharia 13,9% a.a. sobre seus ativos circulantes e 17,7% a.a. sobre
seus ativos permanentes, e que teria um custo de 14,4% a.a. e 16,6% a.a. pelos seus passivos
circulantes e recursos de longo prazo, respectivamente.

Para o Ano 20X1, calcule a receita esperada sobre o ativo total, os custos do financiamento, o
lucro e o índice de liquidez corrente, sob as seguintes diferentes circunstâncias:

a) se não houver alterações nem no Ativo, nem no Passivo;


b) se houver aumento de R$ 2.500 no Ativo Circulante, com conseqüente redução no Ativo
Permanente;
c) se R$ 2.800, atualmente financiados a curto prazo, passarem a ser financiados a longo
prazo;
d) discuta as variações de risco e retorno ocorridas nas situação b e c.

2. Considere as necessidades de recursos estimadas para a Companhia Maloca,


apresentadas no quadro a seguir. Admita, ainda, que os custos anuais dos recursos de curto
e longo prazo são de 7% e 9,50%, respectivamente:

Pede-se:
a) os custos totais de financiamento para as estratégias Agressiva e
Conservadora;
b) considerando a estratégia intermediárias, imagine a utilização de R$ 9.400,
como sendo financiados a longo prazo, ou seja, o ponto médio entre a maior e a menor
necessidade de financiamento. Quaisquer outras necessidades serão financiadas a curto
prazo. Calcule os custos totais de financiamento;
c) comente a relação risco-retorno em cada uma das estratégias.

57
ATIVO ATIVO
ATIVO TOTAL NECESSIDADE NECESSIDADE
MÊS CIRCULANTE PERMANENTE
(1 + 2) PERMANENTE SAZONAL
(1) (2)
JAN 2.400 7.800 10.200
FEV 800 7.800 8.600
MAR 1.200 7.800 9.000
ABR 900 7.800 8.700
MAI 1.000 7.800 8.800
JUN 1.750 7.800 9.550
JUL 1.600 7.800 9.400
AGO 1.050 7.800 8.850
SET 1.200 7.800 9.000
OUT 1.800 7.800 9.600
NOV 1.800 7.800 9.600
DEZ 1.900 7.800 9.700

3. Uma empresa precisa dimensionar seu caixa mínimo operacional. Já foram levantadas as
seguintes informações:
a) os desembolsos totais que ela estima fazer em um ano são de R$ 70 milhões;
b) o prazo médio de cobrança é de 75 dias;
c) o prazo médio de pagamento é de 85 dias; e
d) o prazo médio de rotação dos estoques é de 30 dias.

4. Uma empresa cobra suas duplicatas, em média, após 75 dias. Os estoques têm
uma idade média de 95 dias. As duplicatas são quitadas, em média, 60 dias após sua
emissão. Que modificações ocorrerão no ciclo de caixa e no giro de caixa, com cada uma
das seguintes diferentes circunstâncias?
a) o período médio de cobrança muda para 65 dias;
b) a idade média dos estoques muda para 75 dias;
c) o período médio de pagamento muda para 75 dias;
d) todas as circunstâncias (a), (b) e (c) ocorrem simultaneamente.

5. Um projeto para ser implantado precisa de recursos da ordem de R$ 3.000.000. Um banco


está interessado em emprestar R$ 1.600.000, a uma taxa de 24% a.a.. Existem investidores
interessados em ações do projeto, que exigem uma remuneração mínima de 19% a.a..
Sabe-se que o Imposto de Renda a ser pago é de 25%. Pergunta-se qual o custo de capital
desse projeto?

6. Considerando o Balanço Patrimonial da Empresa Pelicano, a seguir, e admitindo


uma taxa de imposto de renda de 25%, calcule o custo de capital próprio da empresa,
58
sabendo-se que a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 12,5% a.a. e o custo
médio ponderado de capital é de 13% a.a.:

ATIVO PASSIVO e PL
Ativos de Giro 22.000 Recursos Alheios 24.500
Ativos Fixos 25.000 Recursos Próprios 22.500
TOTAL 47.000 TOTAL 47.000

7. Calcule o EVA da seguinte situação:

. Uma empresa vende 12.000 unidades de um produto a um preço unitário de R$ 55,00.


. O Lucro Bruto equivale a 70% da Receita de Vendas
. As despesas operacionais são de R$ 130.000,00
. A alíquota de Imposto de Renda é de 30%
. O total de Ativos da empresa é de R$ 700.000,00
. O Custo médio ponderado de capital é de 12%.

8. Calcule o valor de X nas seguintes situações:


DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B
Total de Recursos 20.000 20.000
Receitas Operacionais 18.000 18.000
Despesas Operacionais X 7.500
Despesas Financeiras 0 2.200
Custo de Capital 16% a.a. 14% a.a.
Imposto de Renda 30% 30%
E.V.A. 3.800 X

59

Você também pode gostar