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O Fruto da terra, Parte I

por Rick Joyner*


20 de Junho de 2005

E depois que foram todos circuncidados, permaneceram no seu lugar no arraial, até que sararam.

Disse então o Senhor a Josué: “Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito”; pelo que se chama aquele lugar:
Gilgal, até o dia de hoje.

Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas
planícies de Jericó.

E, ao outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do produto da terra, pães asmos e espigas tostadas.

E no dia depois de terem comido do produto da terra, cessou o maná, e os filhos de Israel não o tiveram mais; porém
nesse ano comeram dos produtos da terra de Canaã. (Josué 5:8-12).

Nós vemos acima que foi bem no dia que os filhos de Israel celebraram a Páscoa que eles começaram a comer o fruto da
terra. Há uma conexão fundamental entre lembrar a Páscoa sacrifício de Cristo, e nosso começo de caminhada no fruto do
Espírito como I Coríntios 5:7 afirma: “Cristo nossa páscoa.” Precisamos olhar rapidamente essa conexão antes de nosso
estudo do fruto do Espírito.

Nós declaramos na semana passada que o participar da Páscoa ajustou o foco de Israel em seu verdadeiro Libertador. Cristo
que nos libertou de nossas cadeias. Tal como a Israel foi ordenado celebrar a Páscoa ano pós ano para que nunca
esquecessem disso, nós, também, precisamos sempre lembrar que é a cruz de Jesus que nos libertou de nossas cadeias e da
morte, nos dando vida eterna. Quanto mais começarmos a andar no fruto do Espírito e possuir nossas promessas, mais temos
que ser lembrados de que não é resultado de nossa própria justiça ou habilidade. É um dom gratuito do qual devemos sempre
ser gratos até a eternidade. É por isso que o Senhor é chamado de “o Cordeiro” e durante toda eternidade tal como vemos no
livro de Apocalipse. A eternidade não será longa o suficiente para que agradeçamos a Ele por Sua grande salvação!

Foi na noite que Israel celebrou a primeira Páscoa que seria a última noite deles no Egito e nas cadeias. Suas vidas inteiras
mudaram tão radicalmente de modo que eles não mais veriam tudo que lhes tinha sido familiar em suas vidas. Eles entrariam,
a partir daquele dia, numa jornada a terras em uma nova atmosfera que nunca tinham visto antes. É dessa forma radical que
nossas vidas deveriam mudar quando viemos a Cristo. Como lemos em II Coríntios 5:17: “Pelo que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” Isso representa o novo nascimento que
temos quando celebramos Cristo como nossa Páscoa.

Contudo, o nascimento não é a meta final, mas o inicial. Israel nasceu de novo naquela noite, mas levou muitos anos para eles
se tornarem maduros o suficientes para estarem capazes de tomar sua terra. Uma geração inteira teve que passar, pois não
tiveram o Egito e as cadeias tirados de seus corações, e uma outra geração cresceu em maturidade antes que pudessem
entrar na plenitude do seu propósito. O Senhor queria que a primeira geração entrasse, mas eles desqualificaram a si mesmos
através da falta de fé. Nós, também, precisaremos ter fé em Deus para possuir nossa Terra Prometida.

Uma parte da Festa da Páscoa que Israel foi ordenado a celebrar é chamada: “A Festa dos Pães Asmos”. Na Escritura,
fermentar representa dois males que aparentemente se opõem. Um é o pecado e maldade, que vemos em I Coríntios 5:6-8:

Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?

Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa,
já foi sacrificado.

Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os
asmos da sinceridade e da verdade.

Em Mateus 16:6 Jesus alertou Seus discípulos: “acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus”. Isso representa
o legalismo desses movimentos. Nós vemos que fermentado representa tanto a ilegalidade do pecado e maldade quanto a
justiça própria do legalismo. Essas são as duas valas que estão de cada lado do caminho da vida. Ambos são referidos como
fermento embora até pareçam serem problemas opostos. Isso é porque cada um age como fermento na vida de uma pessoa.
Quando você dá lugar a apenas um pequeno pedaço de fermento num pedaço de massa de pão, rapidamente começa a
espalhar até que penetre toda a massa. Essa é a natureza tanto da ilegalidade quanto do legalismo.

A tragédia é quando muitos caem em uma dessas valas eles podem até escapar, mas então eles geralmente reagem de tal
forma contra essa vala que acabam caindo no outro extremo, na vala do outro lado do caminho. Pessoas reacionárias irão
gastar boa parte de suas vidas indo de um extremo ao outro. Por causa desses, algumas das piores doutrinas, teologias e até
heresias tem sido espalhadas a partes do corpo de Cristo. Se queremos ser livres disto, não podemos permitir que esses erros,
falhas, ou feridas sejam a fonte de nossas crenças e da forma que vivemos. Temos que decidir crer na Palavra de Deus e
somente no claro ensino da Escritura.

Israel celebrou a Festa dos Pães Asmos como lembrança de como deixaram o Egito em tal velocidade que seu pão não teve
tempo de fermentar (veja Êxodo 12:33-39, e Deutoronômio 16:3). Isso também é como nós matemos tal fermento longe de
nossas vidas – temos que deixar o Egito apressadamente. Ainda assim estamos largando para o propósito de herdar a Terra
Prometida, nós não precisamos sair rapidamente da cadeias, fugindo com as maneiras más desse mundo. Egito representa as
maneiras desse mundo que mantém as pessoas em cadeias. Pessoas que vêm ao Senhor, mas lentamente fazem sua
completa desconexão de suas velhas maneiras, irão inevitavelmente acabar voltando para as cadeias.

Nos últimos anos, estudos têm indicado que não existe mais uma diferença distinguível entre o caráter dos cristãos e dos não
cristãos no se refere a assuntos fundamentais como moralidade, traição, mentira, e roubo. Isso revela que o fermento do
mundo entrou no pão da igreja e se espalhou. Essa condição não durará muito, mas em breve mudará porque a igreja está
para passar por uma nova circuncisão e então celebrar a Páscoa e a Festas dos Pães Asmos novamente. A cruz e uma vida
crucificada em breve serão restauradas na igreja. Não seremos capazes de possuir nossas promessas até que isso se
complete. Nós não avançaremos na condição atual.

Uma vez mais, para manter o fermento for a de nosso pão, temos que continuar avançando, crescendo, e indo à maturidade.
Contudo, não devemos nos mover reagindo aos problemas e erros do passado, mas, pelo contrário, na busca por Deus e o
cumprimento de Seus propósitos. Os filhos de Israel viviam em cadeias, mas Deus não veio com uma promessa de
simplesmente livrá-los de seus problemas, mas foi de guiá-los à Terra Prometida. Precisamos manter isso sempre em mente.
Não vivemos reagindo às maneiras do mundo, mas em obediência a Deus. Há uma diferença. Um levará a um espírito
religiosos que é enraizado na Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, e a outra será comer o fruto da Árvore da Vida.

Quando alguém começa a ficar mais lento e estacionar muito tempo num lugar, tanto pecado e maldade, ou legalismo,
tenderão a cair em suas vidas. É por isso que movimentos são tão importantes para o Corpo de Cristo. Cada movimento tem a
meta de nos manter em movimento avançando para nosso propósito, crescendo próximo ao Senhor e se tornando como Ele.
Se não avançarmos, crescendo para ser como Cristo através do crescimento no fruto do Espírito em nossas vidas, e
crescendo em poder e autoridade, nós retrocederemos. Não avançar nos tornará, na melhor das hipóteses, mornos que é a
mais perigosa condição na qual qualquer cristão poderia cair.

Então aqui vemos que imediatamente após a circuncisão, Israel celebrou a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos, e então
imediatamente começou a comer o fruto da terra. O princípio é que nossa frutificação é o resultado do que Cristo fez na cruz, e
temos que manter isso em mente. A forma de manter o fermento fora de nosso pão é deixar o Egito rapidamente, e seguir nos
movendo, crescendo e avançando à maturidade. Quando os cristãos começarem a fazer essas duas coisas novamente,
imediatamente iremos começar a ver o fruto. Veremos também o início da conquista daquilo que temos esperado por tanto
tempo.

*Tradução autorizada: Jônatas C. Damasceno

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