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Extinção das Obrigações

Maneiras de extinguir-se uma obrigação

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Beatriz Alves, Estudante de DireitoPublicado por Beatriz Alveshá 2 anos2.333 visualizações

Trabalho realizado por: Beatriz de Oliveira Café e Alves, Ana Claudia Bauermeister Stork, Rebeca
Luchinni Lima e Isabela Gomes Ribeiro.

1. Pagamento direto

É a forma normal de se extinguir a obrigação

- Requisitos:

Existência de um vínculo obrigacional

Intenção voluntária de pagar

Prestação exata do devido

Quitação

Escrito pelo qual o credor reconhece que o devedor pagou a dívida.

- Requisitos legais para a quitação:

É livre a forma, ou seja, não é necessária a observância do artigo 320 do Código Civil. Neste caso, deve-
se observar seu parágrafo único.

- Objeto e prova (313 a 326 CC)


O objeto do pagamento é a prestação. O credor pode recusar prestação diversa da que lhe é devida,
mesmo que mais valiosa e também não é obrigado a receber (nem o devedor a pagar) em partes, salvo
disposição expressa no contrato.

- Local do pagamento:

A resposta decorre do que estiver estipulada no contrato quando não for no domicílio do devedor. Se
forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, o credor pode escolher em qual deles a
prestação será realizada.

Exceções:

a) Convenção

b) Do que resultar a lei (Exemplo.: dívidas fiscais, pois devem ser pagas na repartição própria)

c) Circunstanciais (o devedor abre mão)

Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato.

Tempo do pagamento

O momento em que se pode reclamar a dívida é o vencimento. É a partir dele que surge a exigibilidade
da obrigação.

A data do pagamento pode ser fixada livremente pelas partes no contrato. Caso esta seja
convencionada, o devedor não pode pagar após a data pactuada, sob pena de constituir mora, bem
como não pode forçar o credor a receber antes do vencimento. Quanto ao credor, este não pode cobrar
a dívida antes da data do vencimento.
a) Puras: quando as partes não estipularem prazo, devendo assim, o credor notificar o devedor.

b) Impuras: quando houver prazo fixado em contrato.

c) Condicionais: quando a exigibilidade depender de um acontecimento futuro incerto.

- Exigibilidade do pagamento antes do prazo:

Em princípio não pode salvo se houver falência do credor.

2. Pagamentos indiretos

Consignação em pagamento:

Meio indireto de liberação do devedor mediante depósito judicial ou extrajudicial da prestação. Ou seja,
depósito, feito pelo devedor, com o objetivo de liberar-se da obrigação líquida e certa.

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento


bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Art. 335. A consignação tem lugar:

I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida
forma;

II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;

III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto
ou de acesso perigoso ou difícil;

IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;


V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às
pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.

Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir,
poderá qualquer deles requerer a consignação.

a) Judicial: "mora accipiendi" (do credor) referente a qualquer coisa (bem jurídico) objeto da prestação.
Mediante ação judicial.

Quando sem um motivo jurídico o credor não quiser receber.

b) Extrajudicial: quando o bem jurídico devido for dinheiro ou valor. Mediante depósito bancário.

Após o depósito, o credor receberá uma "carta com aviso de recebimento"comprovando que o depósito
foi feito para ele. Após isso, o credor terá 30 dias para dizer se concorda ou não com o depósito.

O silêncio será considerado como ato positivo (credor concorda).

Se o credor não aceitar, deverá responder a carta e a partir dai o devedor terá 30 dias para promover
uma ação judicial.

Fatos que Autorizam a Consignação

a) O credor que se recusa injustificadamente a receber ou dar a quitação;

b) O credor que não recebe a coisa na forma e lugar estabelecido;

c) O credor incapaz, desconhecido, declarado ausente ou que estiver em lugar incerto ou de acesso
perigoso ou difícil;
d) Se houver dúvida a respeito do credor;

e) Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Características: A dívida deve ser líquida (quantificada) e vencida, se a prestação for em dinheiro

Exige-se a mora do credor.

Requisitos de validade

1º) Em relação a pessoa:

Deve ser feito pelo devedor ao verdadeiro credor, sob pena de não valer.

2º) Quanto ao objeto:

Exige-se a integralidade do depósito, porque o credor não é obrigado a receber coisa diversa.

3º) Quanto ao modo:

O modo deverá ser o convencionado (ex: pagamento à vista)

4º) Quanto ao tempo:

O tempo deve ser o estipulado no contrato, não podendo efetuar-se o pagamento antes de vencida a
dívida, se assim não foi convencionado.

· Pagamento com sub-rogação:

Substituição da pessoa que pagou (ao credor) em relação ao devedor primeiro ou primitivo.
É a substituição de uma pessoa por outra pessoa (subrrogação pessoal) ou de uma coisa por outra coisa
(subrrogação real), em uma relação jurídica.

Espécies:

a) Legal: terceiro interessado que efetua o pagamento

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:

I - do credor que paga a dívida do devedor comum;

II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que
efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;

III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

b) Convencional: é uma espécie de cessão de crédito (transmite o crédito para a terceira pessoa, na
maioria das vezes é a título oneroso bilateral); convenção entre as partes; vale para terceiro interessado
e não interessado; deve ser expresso.

Art. 347. A sub-rogação é convencional:

I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus
direitos;

II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.

Efeito da sub-rogação:

Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Efeito de transferir (translativo).

Natureza Jurídica da Subrrogação

Trata-se de um instituto autônomo, constituindo uma exceção à regra de que o pagamento extingue a
obrigação, pois o pagamento na subrrogação promove apenas uma alteração subjetiva da obrigação,
mudando o credor.

A extinção obrigacional ocorre somente em relação ao credor satisfeito, para o devedor nada se altera,
pois o terceiro que paga a obrigação, toma o lugar do credor primitivo e passa a ter o direito de cobrar a
dívida, se subrrogando no lugar do credor primitivo.

Efeitos da Subrrogação

a) Liberatório: por exonerar o devedor ante o credor originário que sai da transação;

b) Translativo: por transmitir ao terceiro, que satisfez o credor originário, os mesmos direitos de crédito
com todos os seus acessórios, ônus e encargos do credor satisfeito.

· Imputação do pagamento:

A imputação do pagamento é a indicação da dívida a ser quitada; ocorre quando o devedor de várias
dívidas de uma mesma natureza, a um mesmo credor, efetua o pagamento insuficiente para quitar a
todas.

Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito
de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.

Regra: haver dívidas líquidas e vencidas da mesma natureza (ex.: dinheiro e dinheiro) envolvendo
devedor e credor comuns (devedor e credor são os mesmos).

Obs: apenas uma delas será extinta e as outras continuarão a subsistir.

É uma operação pela qual o devedor de mais de um débito da mesma natureza a um credor, caso não
possa pagar, ele poderá imputar (escolher).
Quando o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um credor e se essa pessoa não puder
pagar todos os débitos, ela pode escolher um deles.

- Espécies:

a) pelo devedor;

Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito
de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.

b) pelo credor;

Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o
pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita
pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.

c) Legal.

Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação,
esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e
vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. (na mais valiosa)

Havendo capital e juros:

Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no
capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.

Regra: primeira parte

Exceção: segunda parte


Dação em pagamento:

É um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do
segundo, para exonerá-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida

Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.

Acordo de vontades entre credor e devedor por meio do qual o primeiro (credor) concorda em receber
do segundo (devedor) prestação diferente da devida em decorrência de um contrato.

Ajuste ou acordo de vontades entre credor e devedor pelo qual este, com a concordância do credor,
entrega como pagamento coisa ou bem jurídico diferente do apontado em contrato.

Exemplo: O devedor possui uma dívida de 200.000 reais com o credor. Vencida a prestação e querendo
ele pagar mas não tem a prestação que estava no contrato porém ele possui um terreno com esse
mesmo valor. Poderá o devedor chegar um acordo com o credor para entregar pagamento diferente do
estipulado anteriormente. O credor não é obrigado a concordar.

Requisitos:

a) Existência de um débito vencido;

b) Animus solvendi (vontade de solver a dívida)

c) Diversidade do objeto oferecido, em relação à dívida originária;

d) Consentimento do credor na substituição.

Novação

Negócio jurídico por meio do qual se cria uma nova obrigação com o objetivo principal de extinguir-se a
anterior. Também pode ser um negócio jurídico por meio do qual um novo devedor sucede ao
antecedente.
Art. 360. Dá-se a novação:

I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;

II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;

III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor
quite com este.

Espécies de novação:

1. Objetiva: quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;

2. Subjetiva: quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;

3. Mista: quando decorre da fusão da objetiva (uma nova obrigação) e da subjetiva (intervenção de
outra pessoa). Ex.: pai que assume a dívida do filho, querendo pagar os 5000 mil devidos ao banco por
meio de uma prestação de serviço. Ocorre, portanto, a mudança de obrigação e de sujeito.

- Efeitos da novação:

Extinção da primeira obrigação que é substituída por outra

Extinção dos acessórios e garantias da dívida, caso não haja previsão em contrário.

a) Novação Objetiva = altera-se o objeto da prestação (art. 360 - I)

Ex. O devedor não está em condições de saldar a dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceite a
substituição da obrigação em dinheiro por prestação de serviço, extinguindo a primeira obrigação.
b) Novação Subjetiva = alteração dos sujeitos da relação jurídica (art. 360- II e III)

Pode ocorrer por substituição do devedor (quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite
com o credor) ou por substituição do credor (quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é
substituído ao antigo, ficando o devedor desobrigado com o credor primitivo).

A novação subjetiva por substituição do devedor (novação passiva) poderá ocorrer sem o
consentimento deste.

Ex: Pai pode substituir o filho na dívida contraída, com ou sem o seu consentimento.

A novação subjetiva por substituição do credor (novação ativa) ocorre por um acordo de vontades, onde
o credor primitivo deixa a relação e um terceiro toma o seu lugar, ficando o devedor desobrigado
quanto ao credor primitivo, estabelecendo novo vínculo com o segundo credor.

Ex: A deve para B, que deve igual importância para C, por acordo entre os três, A pagará diretamente a
C, sendo que B se retirará da relação, ficando extinto o crédito de B em relação a A, constituindo nova
relação entre A e C.

c) Novação Mista = alteração de sujeitos e de objeto

A novação mista não está descrita juridicamente, decorre da fusão da novação objetiva e da novação
subjetiva, se configurando quando ocorre ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e de um
dos sujeitos da relação jurídica.

Ex. Pai assume dívida em dinheiro do filho (novação subjetiva), mas com a condição de pagá-la mediante
prestação de serviço (novação objetiva).

Obs: Na novação a insolvência do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou, não
cabendo Ação de Regresso contra o devedor primitivo, pois o principal efeito da novação é extinguir a
dívida anterior (art. 363).

· Compensação
Ajuste que se dá entre o devedor e o credor, porque eles são reciprocamente credores e devedores um
do outro para se extinguir as obrigações na dimensão de cada um desses créditos e débitos.

Ex.: A deve a B por força de um contrato. B deve a A por força de outro contrato.

Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem.

Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas (determinado o valor devido), vencidas, de
coisas fungíveis (móveis) e exigíveis.

- Espécies:

a) convencional: as partes (devedores e credores) acordam entre elas extinguir a obrigação dado entre
elas haver débitos e créditos recíprocos.

b) legal: quando a lei prevê as situações

c) Judicial: o juiz declara um determinado caso concreto que se devam extinguir obrigações recíprocas
entre credores e devedores

Extinção:

a) parcial: dívida não se extingue de tudo

Ex. A deve para B 50. B deve para A 35. Continuará existindo uma dívida de 15.

b) Total: dívida se extingue totalmente

Ex.: A deve para B 50. B deve para A 50.


Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se
compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.

Ex.: Pedro deve 300 sacas de café para José e você versão. Porém se constar no contrato que os cafés
são de tipos diferentes.

Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode
compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.

Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:

I - se provier de esbulho, furto ou roubo; (situações de ilicitude)

II - se uma se originar de comodato (empréstimo gratuito de bem infungivel), depósito ou alimentos


(algo vital);

III - se uma for de coisa não suscetível de penhora (salário)

- Requisitos da Compensação Legal

a) Reciprocidade das obrigações (art. 368, CC)

É preciso que haja um credor e um devedor, e que em um determinado momento se tornem credor e
devedor reciprocamente.

b) Liquidez e exigibilidade das dívidas (art. 369, CC)

As dívidas líquidas são aquelas cujo valor seja certo e determinado, devendo as mesmas estar vencidas
(exigível).
Obs: Nas obrigações condicionais ou a termo, a compensação só será permitida após o implemento da
condição ou depois do vencimento do termo.

c) Fungibilidade das obrigações (art. 369, CC)

É necessário que as prestações sejam fungíveis, da mesma natureza, devendo ainda ser homogêneas
entre si.

Ex: Dívida em dinheiro, só se compensa com dívida em dinheiro ou dívidas de sacas de café, só se
compensarão com dívidas de sacas de café.

Obs: O artigo 370 restringe a compensação também quanto a qualidade da prestação, não se
compensarão as dívidas da mesma natureza, se estas forem diferentes na qualidade, quando
especificado no contrato.

Ex: Se uma das dívidas for de café tipo A (qualidade especificada), só se compensará com outra dívida
também de café tipo A.

a) Compensação Legal = é a que decorre da lei, e opera-se automaticamente, de pleno direito.

O devedor que desejar reconhecer a compensação legal, poderá ajuizar Ação Declaratória, onde o juiz,
reconhece e declara a compensação, dependendo sempre de provocação do interessado, pois jamais
poderá ser declarada de ofício.

A compensação poderá ser argüida em contestação, em reconvenção e nos embargos a execução.

b) Compensação Convencional = é a que resulta de um acordo de vontades entre as partes,


independente dos requisitos legais para compensação.

c) Compensação Judicial ou Processual = é a determinada pelo juiz, estando presentes os pressupostos


legais que autorizam a compensação, ocorre normalmente em casos de procedência da ação ou da
reconvenção.
Ex: Se A ajuizar ação para cobrar de B a importância de R$ 10.000,00 e B na reconvenção cobra de A a
importância de R$ 8.000,00, sendo ao final ambas as ações julgadas procedentes, o juiz condenará B a
pagar somente R$ 2.000,00, fazendo assim, a compensação das dívidas.

- Não haverá compensação se:

1º) As dívidas forem provenientes de atos ilícitos (furto e roubo);

2º) As dívidas se originarem de comodato ou depósito, pois baseiam-se na confiança mútua, somente se
admitindo o pagamento mediante a restituição da coisa emprestada ou depositada, pois ninguém pode
apropriar-se de coisa alegando compensação, uma vez que a obrigação de restituir não desaparece.

3º) As dívida for proveniente de Alimentos, sendo estes de natureza incompensável, porque sua
satisfação é indispensável para a subsistência do alimentando.

4º) Uma das dívidas for impenhorável, pois a compensação pressupõe dívida judicialmente exigível (ex.
Salário)

5º) Prejuízo do direito de terceiro.

· Remissão

Perdão da dívida pelo credor referente a obrigação, mas que exige concordância, extingue a obrigação,
mas sempre a juízo de terceiro.

Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.

Remissão = vem do verbo remitir = perdoar

Remição = vem do verbo remir = resgatar/ pagar

Qual a diferença entre perdoar e renunciar?


Se eu perdoar o débito do meu devedor, eu preciso que ele aceite o perdão, neste caso, é um ato de
generosidade, já na renúncia é dispensada o aceite do devedor, neste caso, não se trata de um ato de
generosidade, mas de falta de interesse de agir, eu não quero mais receber a dívida.

Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova
desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de
adquirir.

Ex.: Se eu devo para você por meio de um título de crédito de 50.000 reais. Se vc me devolver, a
presunção é de que você está perdoando a minha dívida, porque era a prova que você tinha contra mim.

Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a
extinção da dívida.

Objeto empenhado é o penhor é uma garantia real sobre uma coisa alheia

- Espécies:

a) Total ou parcial

Expressa = quando há declaração do credor através de instrumento público ou particular, por ato inter
vivos ou causa mortis, perdoando a dívida.

Tácita = decorre de comportamento incompatível com a qualidade do credor.

Ex: Devolução voluntária do título ao devedor (art. 386).

· Confusão

Quando se tem na mesma pessoa o devedor e o credor.


Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e
devedor.

Ex.: A deve 200.000 reais para o pai dele. O pai falece depois de cinco meses. Por força da morte do pai,
há uma transição hereditária. A passa a ser herdeiro. Portanto, A não terá que pagar mais.

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