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VERA CRISTINA DE SOUZA - Antropologia PDF
VERA CRISTINA DE SOUZA - Antropologia PDF
SEMIPRESENCIAL
Vera Cristina de Souza
ANTROPOLOGIA
Cursos Semipresenciais
SUMÁRIO
1 ANTROPOLOGIA
1.1.1 Cultura
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Áreas onde há concentração e profundidade de estudos específicos.
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Arqueologia: arque “archaios” vem do grego e significa antigo. Então, arqueologia significa o estudo
de sociedades tradicionais, antigas – existentes ou não – mediante as suas culturas, arquiteturas,
artes etc.
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1.1.1.1 Pluralidades
1.1.1.2 Diversidades
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No universo acadêmico, o profissional de quaisquer áreas do saber pode, se assim desejar,
enveredar-se, debruçar-se sobre o estudo de um tema específico, um assunto que lhe chama a
atenção, que lhe atrai, desenvolvendo sobre ele novos estudos e pesquisas em profundidade.
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Adiante trataremos com mais vagar sobre o conceito de “etnocentrismo”.
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Conceitos: São significados, idéias, pensamentos oriundos de estudos e pesquisas. Os conceitos
podem variar de acordo com as definições atribuídas a eles pelo pesquisador, ou seja, um conceito
poderá ter mais de um significado. Dessa forma, é necessário utilizarmos aquele que expressa o
nosso pensamento. Exemplo: vários autores desenvolvem e adotam distintos conceitos sobre
“classes médias”: a) posso referir-me a uma pessoa como sendo de classe média de acordo com os
bens materiais que possui ou b) posso referir-me a ela somente pelo nível de escolaridade
independente de suas posses ou c) por ambos.
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1.2.1 Sociologia
Palavra híbrida (socio vem do latim e quer dizer sociedade / logia origina
do grego e significa estudo). Assim, Sociologia é o estudo da sociedade, dos
comportamentos, instituições, práticas sociais.
Percebam que a Antropologia se propõe ao estudo dos
comportamentos individuais inseridos nos contextos sociais. Dessa forma, as
diferenças entre os saberes sociológicos e os antropológicos são tênues, quase
imperceptíveis, e estão basicamente voltados à metodologia de investigações
científicas aplicadas quais sejam as técnicas, quantitativas e qualitativas. Enquanto
a Sociologia privilegia os resultados mensuráveis, estatísticos, a Antropologia, por
sua vez, preocupa-se com a história oral, com o dizível, com o relatado. Há de se
notar que tais práticas não são rígidas mas, sim, complementares, uma vez que se
somam, completam-se, confluem-se.
2.1.1.1 Multidisciplinaridade
2.1.1.3 Epistemologia
2.2.1 Etnografia
2.2.2 Etnologia
Etno quer dizer povo e logia, estudo. Logo, etnologia significa a análise
dos dados obtidos, coletados, quando da execução do trabalho de campo
(etnográfico). Dessa forma, o pesquisador/antropólogo se inclinará sobre os
resultados etnográficos e desenvolverá o estudo etnológico.
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Este artigo, bem como outros aqui apresentados, estão disponíveis em http://www.folha.com.br/.
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2.4.1.1Sistema Monogâmico
2.4.1.4 Endogamia
2.4.1.5 Exogamia
2.4.2 Etnocentrismo
2.4.4 Xenofobia
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Indico as leituras de Michel Maffesoli - Dinâmica da Violência. São Paulo: Vértice, 1997 - e Albert
Memmi - Retrato do Colonizado Precedido pelo Retrato do Colonizador. São Paulo: Paz e Terra,
1999.
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2.4.5 Eugenia
2.4.6 Raça
2.4.7 Cor
2.4.8 Etnia
2.4.9 Racismo
2.4.10 Discriminação
2.4.11 Preconceitos
Discriminação no trabalho
Folha de São Paulo, on line, 25/03/2008
Nádia Demoliner Lacerda (mestre em Direito do Trabalho pela
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo)
Atualmente, as empresas brasileiras estão continuamente sujeitas a
sofrer processos trabalhistas por práticas discriminatórias. Cerca de
dois milhões de ações deram entrada no Judiciário em 2006,
segundo um levantamento do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
[...] O tratamento discriminatório no Brasil está ligado às grandes
diferenças na distribuição da renda e à cultura secular de tratamento
discriminatório, que nos acompanha desde o Brasil Colônia e que até
hoje se reflete em atos contra determinados grupos, como mulheres,
negros, soropositivos, deficientes, entre outros.
No âmbito das relações de trabalho, é a Convenção 111 da OIT
sobre "discriminação em matéria de emprego e profissão" que impõe
limites ao comportamento das empresas em relação aos indivíduos,
tanto em termos de escolha de candidatos ao emprego quanto aos
critérios na promoção de função e na decisão de rescindir o contrato
de trabalho.
Eventual diferença numérica entre homens e mulheres, negros e
brancos, por exemplo, resulta da legitimidade que tem o empregador
de avaliar a qualificação e capacitação de cada um dos candidatos
que se apresentam para uma vaga ou posição dentro da empresa,
não podendo ser tida como conduta discriminatória punível.
ESCOLA DA VIDA
Folha de São Paulo, 12 de setembro de 2004.
Laura Capriglione
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[...] as pessoas deste país, por sua natureza, são tão ociosas,
viciosas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má
condição, mentirosas, de mole consistência e firmeza [...] Nosso
senhor permitiu, para os grandes, abomináveis pecados dessas
pessoas selvagens, rústicas e bestiais, que fossem atirados e
banidos da superfície da terra. (OVIEDO apud LAPLANTINE, 2000).
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A íntegra da Carta do Descobrimento do Brasil – séc. XVI, de Pero Vaz de Caminha, pode ser
verificada em http://www.cce.ufsc.br/.
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CLÁSSICO
Entende que, por serem as sociedades diferentes entre si, são distintas
também as respectivas realidades culturais, procurando, dessa forma, investigar os
contextos sociais e políticos em que são desenvolvidas. Investiga e compara os
aspectos subjetivos, emocionais e de personalidade de seus atores. Busca
estabelecer conexões/comparações entre aspectos culturais e aspectos da
personalidade.
3.1.7.1Características Principais
Logo no início de seu estudo, Gilberto Freyre discute que o Brasil, país
miscigenado, foi formado pelo cruzamento de etnias distintas ou seja: pelo branco
europeu, pelo indígena e pelo negro africano. Os resultados mais expressivos são
verificados, até os dias atuais, na constituição do caboclo ou mameluco (branco +
índio), mulato (branco + negro) e cafuzo (índio + negro).
O povo mulato foi gerado sob duas égides: a econômica - era preciso
povoar o Brasil, era necessário obter mão de obra para o cultivo da terra - e a
“sexual” - os portugueses quando aqui chegaram não trouxeram consigo suas
esposas, vieram sozinhos, passando a se relacionar sexualmente primeiro com as
índias (nativas) e, mais tarde, com as negras trazidas da África.
São várias as contribuições de Gilberto Freyre para a compreensão
acerca do processo de gestação do povo brasileiro. A primeira delas, como atestam
os estudiosos dessa questão, é que Freyre desqualifica de modo exaustivo, brilhante
e científico, as teorias defendidas pela Escola Antropológica Evolucionista (já tratada
anteriormente), ou seja, desmistifica o conceito de determinação biológica, de
superioridade racial/étnica de quaisquer sociedades ou grupos humanos.
Ao invés disto, Freyre se debruça sobre a Antropologia Cultural
(igualmente discutida), enaltecendo as especificidades culturais dos povos que
compõem a sociedade brasileira (brancos, negros e índios), bem como os resultados
positivos advindos da miscigenação.
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4.1.2.2 O Indígena
RIBEIRO
5.1.1 Biografia
Brasileiro?”. Para tanto, Darcy Ribeiro, inicia sua reflexão discutindo a composição
étnica da população brasileira, tratando, portanto, do processo da miscigenação.
Assim como Freyre (2005), Ribeiro apresenta os grupos étnicos cafuzo
(negro + índio), mameluco (branco + índio) e mulato (negro + branco).
Ao tratar dos primórdios da colonização brasileira, logo de pronto, discute
o “choque cultural” ocorrido entre os índios e os europeus. Como é sabido, os índios
foram os primeiros seres humanos que aqui nasceram e que aqui habitaram (habitat
natural) e, por essa razão, têm a gênese de sua cultura.
A contradição cultural discutida por Freyre se manifestava de um lado,
pelos europeus que - mediante suas visões etnocêntricas - consideravam-se o povo
civilizado e desenvolvido quando comparados àqueles que julgavam bárbaros e
selvagens, indagando-se entre outras: “Que animais são esses que devoram uns
aos outros?” (referindo-se à antropofagia ou canibalismo), “Que tamanha
imoralidade é essa?” (referindo-se ao fato de não usarem roupas). De outro lado,
estavam os indígenas surpreendidos e atônitos, pois aquela era a primeira vez em
toda a sua história que se deparavam com homens de pele clara, vestidos,
gesticulando e falando alto em uma língua incompreensível. Era algo totalmente
inusitado, chegando a julgar que aquele cenário representava um castigo divino:
[...] o que é aquilo que vem? Eles (os índios) olhavam, encantados
com aqueles barcos de Deus, do Deus Maíra chegando pelo mar
grosso. Quando chegaram mais perto, se horrorizaram. Deus
mandou pra cá seus demônios, só pode ser. Que gente! Que coisa
feia! Porque nunca tinham visto gente barbada – os portugueses
todos barbados, todos feridentos de escorbuto, fétidos, meses sem
banho no mar. (RIBEIRO, 1995).
O preço de um escravo
Segundo professor de Harvard, países mais pobres da África
hoje são os que mais exportaram escravos no passado
Folha de São Paulo, Caderno Mais, 11/05/2008.
Ernane Guimarães Neto
Estatísticas comprovam: vender escravos faz mal à África. É o que
diz Nathan Nunn, 33, professor de economia na Universidade
Harvard. Nunn apresentou, no início do ano, resultados de uma
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Craniologia: Teorias de matriz evolucionista, foi palco dos estudos antropométricos realizados pela
da Antropologia Física ou Biológica. Tratava do tamanho, peso e formato do crânio onde seus
resultados definiriam a capacidade intelectual, comportamento social e moral dos distintos grupos
raciais.
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Nina Rodrigues: Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), maranhense, era médico legista,
psiquiatra e antropólogo. Desenvolveu as primeiras pesquisas antropológicas de cunho criminal,
defensor do pensamento evolucionista. Fundador da Escola Nina Rodrigues que desenvolvia estudos
voltados à antropologia física.
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Dentre os autores que fizeram parte do Programa da Unesco havia nomes como: Fernando
Henrique Cardoso (Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional - O Negro na Sociedade
Escravocrata do Rio Grande do Sul. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1977); Florestan Fernandes (A
Integração do Negro na Sociedade de Classes, São Paulo: Ática, 1978);Oracy Nogueira (Preconceito
de Marca e de Origem, São Paulo, 1979); Octavio Ianni (Raças e Classes Sociais no Brasil, 2. ed. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972; Roger Batiste (As Américas Negras. São Paulo: Difel, 1974.)
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O quadro acima se torna ainda mais alarmante nas famílias chefiadas por
mulheres, uma vez que além da discriminação social (são, em larga media, pobres),
deparam-se também com a desigualdade de gênero. (ABRAMO, 2004).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS