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Esgoto sanitário – de acordo com a ABNT – NBR 7229/93, esgoto sanitário vem a ser água residuária composta de

esgoto doméstico, despejo industrial admissível ao tratamento conjunto com o esgoto doméstico e a água de
infiltração.

Esgoto Coletados Destino Adequado Evitar a transmissão de doenças ao homem e minimizar os seus impactos ao
meio ambiente.

Sistemas de Esgoto: Coleta Elevação Tratamento v Destinação final

TIPOS DE SISTEMAS DE ESGOTO


Sistema unitário: é a coleta dos esgotos pluviais, domésticos e industriais em um único coletor. Tem custo de implantação
elevado, assim como o tratamento também é caro.

Sistema separador: o esgoto doméstico e industrial ficam separados do esgoto pluvial. É o usado no Brasil. O custo de
implantação é menor, pois as águas pluviais não são tão prejudiciais quanto o esgoto doméstico, que tem prioridade por
necessitar tratamento. Assim como o esgoto industrial nem sempre pode se juntar ao esgoto sanitário sem tratamento
especial prévio.

Sistema de Esgotamento Sanitário individual: Caracterizado pela coleta e/ou tratamento de pequena contribuição
de esgoto sanitário proveniente de imóveis domiciliares, comerciais e públicos de locais normalmente
desprovidos de coleta de esgoto.

Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos

SES Coletivo Constituído por: Unidade de coleta Elevação Tratamento Destino final

Unidade de coleta: Finalidade: O rápido afastamento do esgoto sanitário do ponto de geração. Formada pelas
ligações prediais, coletores e órgãos acessórios que recebem e transportam o esgoto.

Coletor Predial: Conjunto de tubulações e dispositivos que interliga a instalação predial do imóvel com a rede
coletora. Dividido em Interna (Dentro da propriedade Particular apresenta as louças Sanitárias, tubulações e
conexões) e externa( Na área pública denominada ligação predial)

Ligação predial: o trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e a rede coletora de esgoto.

 Tipos de Coleta de Esgoto Convencional ou Condominial

Composição de um Sistema Convencional –

1- rede coletora: Coletor predial coletores secundários coletores primário coletores tronco (coletor
principal) Interceptor Emissário

Coletores Secundários Recebem contribuição de esgoto sanitário das ligações prediais em qualquer ponto de sua
extensão e normalmente, são instalados no passeio com pequeno diâmetro e extensão

Coletores Primários São tubulações que podem receber e transportar contribuições de esgoto de ligações prediais e
de coletores secundários

Interceptor de esgoto sanitário São canalizações destinadas a interceptar e receber o fluxo esgotado pelos
coletores(Ter o maior diâmetro da rede coletora; Receber essa contribuição apenas nos PV(poços e visita); recebe os
coletores tronco; não recebe ligações prediais diretas)

Emissário Canalização destinada a conduzir os esgotos a um destino conveniente(estação de tratamento e/ou


lançamento) sem receber contribuições em marcha.
Variação da vazão- Independente dos aspectos inerentes ao consumo de água, a vazão afluente a uma ETE é afetada
pelos fatores:

Tipo de esgoto coletado (doméstico ou misto); Sistema de coleta (unitário ou separador); Condições climáticas
(temperaturas e condições do ano); Regime de escoamente (por gravidade ou sob pressão); Tipo e material das
canalizações; Qualidade de execução das obras; Quantidade de poços de visitas; Concepção e quantidade de
elevatórias; Concepção e quantidade de extravasores; e Qualidade dos serviços de conservação, manutenção e
reparos da rede coletora.

NÍVEIS DO TRATAMENTO DOS ESGOTOS

Tratamento preliminar > Tratamento primário > Tratamento secundário . Tratamento terciário ou póstratamento

TRATAMENTO PRELIMINAR Objetivo: remoção de sólidos grosseiros e areia

Grade > caixa de areia > medidor de vazão

TRATAMENTO PRIMÁRIO Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes (óleos e
graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão

(No tratamento primário a matéria poluente pode ser separada da água por sedimentação. Após o tratamento
primário, a matéria poluente que permanece na água é de reduzida dimensão, normalmente constituída por
colóides. Sendo necessária a inclusão de uma etapa biológica. A eficiência de um tratamento primário pode
chegar a 60% ou mais, dependendo do tipo de unidade de tratamento e da operação da estação. São comuns:
decantador primário, tanque imhoff ou fossa séptica.)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO Objetivo: utiliza reações bioquímicas para remoção de matéria orgânica dissolvida e da
matéria orgânica em suspensão não removida no tratamento primário.

(participação de microrganismos bactérias aeróbias, aeróbias, facultativas, protozoários e fungos)

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

(Predomina a etapa biológica onde a remoção da matéria orgânica ocorre por reações bioquímicas realizadas pelos
microrganismos.  Geralmente consistem de reatores do tipo lagoas de estabilização, lodo ativado, filtro biológico
ou variantes.  O efluente contém ainda matéria orgânica remanescente e grande quantidade de microrganismos,
sendo muitas vezes necessário um tratamento terciário.  A eficiência de um tratamento secundário pode chegar a
95% ou mais, dependendo da operação da ETE.  Os microrganismos sofrem posteriormente um processo de
sedimentação nos designados sedimentadores (decantadores) secundários.)

Principais métodos de tratamento secundário:

Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação): São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram
em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo da
lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado.

Lagoas Anaeróbias Exige condições anaeróbias, tendo usualmente 3,0 a 5,0 m de profundidade. A função principal é
a degradação da matéria orgânica envolvendo a participação de bactérias facultativas e estritamente anaeróbias.

Lagoas Facultativas São os tipos mais comuns e operam com cargas orgânicas menores que as utilizadas nas lagoas
anaeróbias, permitindo um desenvolvimento de algas nas camadas mais superficiais e iluminadas, que através da
atividade fotossintética oxigenam a massa líquida da lagoa, modificam o pH e consomem nutrientes orgânicos. Têm
profundidade entre 1,5 m a 2,0 m.
Tratamento Terciário  Antes do lançamento final no corpo receptor, pode ser necessário proceder à desinfecção
das águas residuárias tratadas  Consiste na remoção dos microrganismos ou, em casos especiais, à remoção de
determinados nutrientes, tais como o nitrogênio e fósforo, que podem potencializar, isoladamente e/ou em
conjunto, a degradação dos corpos d’água.  Formas de tratamento terciários são: 1) Desnitrificação; 2) Remoção de
fósforo; 3) Desinfecção.

GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RSU

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: Conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações


operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.

GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: A minimização visa a redução da quantidade e/ou da toxicidade do resíduo na
fonte geradora, permite abordara prevenção dos riscos ambientais e o controle da poluição ambiental. - A
minimização compreende as seguintes etapas: . redução de resíduos na fonte geradora; . reutilização; . reciclagem; .
e tratamento da parcela de resíduos restante. - Reduzir os resíduos na fonte geradora significa pensar nos resíduos
antes mesmo deles serem gerados, buscar formas de não gerar os resíduos, de combater o desperdício.

Não Gerar > Minimizar a Geração > Reutilizar > Reciclar > Tratar > Dispor Adequadamente

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS POR QUÊ? Redução/Minimização de impactos ambientais: Proteger saúde


humana e qualidade ambiental; Redução/Eliminação de passivos ambientais: Preservar recursos naturais;
Redução de custos: Incentivar produção mais limpa; Disposição final ambientalmente adequada: Contribuir ao
desenvolvimento sustentável.

SEGREGAR(Separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas,
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.); ACONDICIONAR(Ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.);
IDENTIFICAR(Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos, recipientes,
abrigo,veículo de transporte, fornecendo informações ao correto manejo); ABRIGAR;

TIPOS COLETA Coleta domiciliar: coleta dos resíduos domésticos e comerciais que tenham características
semelhantes ao doméstico. Coleta de resíduos de feiras, praias ou calçadões: coleta dos resíduos oriundos da
limpeza e varrição de feiras, praias e calçadões. Coletas Especiais: qualquer remoção de resíduos que, em função de
suas características especiais, não são retirados pela coleta de lixo domiciliar. Coleta de resíduos de serviços de
saúde: é realizada à parte por apresentar riscos à saúde superiores à coleta domiciliar. Coleta Seletiva: é aquela onde
a população separa e acondiciona os materiais segundo as suas características para coleta pelo Poder Público

TIPOS DE TRATAMENTO  Compostagem Reciclagem Incineração

Compostagem é o processo de decomposição ou degradação de materiais orgânicos pela ação de microrganismo em


um meio aerado naturalmente. A maioria dos resíduos coletados no Brasil, mais de 50% em peso úmido, é composto
de matéria orgânica facilmente putrescível, que pode ser compostada.

Reciclagem em si é o processo de beneficiamento de materiais recicláveis por meio de indústrias específicas que os
transformam para reintroduzi-los nos processos de fabricação de produtos. Tal processo requer a separação de
materiais do resíduo domiciliar (resíduo seco) e depende da demanda por comercialização e de uma boa coleta e
triagem de recicláveis.

incineração é um processo de redução de peso, volume e toxicidade do lixo através da combustão controlada.

disposição final de resíduos são o Aterro Sanitário, Aterro Controlado e Lixão a céu aberto. No Brasil a única forma
ainda permitida por Lei é o Aterro Sanitário.

Lixão (vazadouro) a céu aberto

Disposição final sem proteção alguma do solo e do ar. Os resíduos ficam a céu aberto atraindo toda a espécie de
animal como ratos, cobras, insetos, … e com estes as doenças e perigos para as pessoas que vivem ao seu redor. A
geração de gases que acontece de maneira incontrolável nos lixões, também polui o meio ambiente com gases do
efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global e suas consequências.

Além disso, o chorume originado da decomposição da matéria orgânica dos lixões, podem contaminar os lençóis
freáticos e assim levar doenças como diarreia até mesmo para populações que vivem longe do lixões e constitui com
isso um perigo de epidemia em potencial devendo ser combatido severamente.

Dessa forma, o Lixão não pode ser considerado uma forma de Destinação Final Ambientalmente Adequada.

Aterro Controlado

Normalmente é um lixão coberto de terra. Não tem proteção do solo e contamina os lençóis freáticos. O fato de o
problema não ser visível faz desse caso uma solução muitas vezes até pior que o lixão, já que funciona como um
tumor que causa prejuízos a natureza por baixo da terra e não é visível. Fatalmente os problemas de poluição
aparecerão um dia, quem sabe com epidemias difíceis de controlar.

Caso não tenham um sistema de coleta de gases, oferecem risco grande de explosão. Como não possui isolamento
inferior do solo, pode também contaminar os lençóis freáticos e assim como os lixões deve ser exterminados.

Com raras exceções, o Aterro Controlado não pode ser considerado uma forma de Destinação Final Ambientalmente
Adequada.

Aterro Sanitário

Disposição final que obrigatoriamente deve ter proteção do ar e do solo, assim como tratamento do chorume e do gás
proveniente do aterro. Qualquer outra solução que não possua essas características não podem ser chamadas de
aterro sanitário e caso seja chamado assim, é passível de denúncia aos órgãos ambientais responsáveis.

Das três formas aqui citadas, somente o Aterro Sanitário pode ser chamado de Destinação Final Ambientalmente
Adequada.
Drenagem Urbana
“Conjunto de medidas que têm como finalidade a minimização dos riscos e diminuição dos prejuízos causados pelas
inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano da forma mais harmônica possível, articulado com as outras
atividades urbanas.”

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais
de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de
cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;

Soluções no nível de planejamento –

Medidas não-estruturais • Medidas de gestão a serem implantadas na administração municipal. • Posturas legais a
serem incorporadas no código de obras e na legislação municipal de uso e ocupação do solo. –

Medidas estruturais • Obras destinadas à redução dos riscos de inundações, apresentadas na forma de anteprojetos
de engenharia. Devem observar os princípios da invariância hidráulica.

Tipos de sistemas de drenagem

microdrenagem é definida pelo sistema de condutos pluviais ou canais a nível de loteamento ou de rede primária
urbana. Este tipo de sistema de drenagem é projetado para atender à drenagem de precipitações com risco
moderado. Compõem o sistema de microdrenagem as vias, as sarjetas, o meio-fio, as bocas de lobo, os tubos e
conexões, os poços de visita e os condutos forçados.

Sarjeta: Coletar a água que escoa na superfície, bem como os despejos das edificações e destiná-la às bocas
coletoras.

Quanto à localização: - Nas laterais - Perimetral - Central

Quanto à seção transversal - Triangular - Circular - Retangular - Trapezoidal – Mista

Bocas de lobo: sistema de captação de água das sarjetas e localizadas em Ambos os lados da rua, quando a
saturação da sarjeta assim o exigir ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento; • Pontos
baixos da quadra;

POÇOS DE VISITA Câmara visitável que têm a função de coletar a água pluvial proveniente de várias bocas coletoras,
ou de várias galerias (junção de galerias), e destiná-las até o corpo receptor ou sistemas de contenção. O poço de
visita é também utilizado para manutenção do sistema.

Tubulações de ligações - Canalizações destinadas a conduzir as águas pluviais captadas nas bocas de lobo para a
galeria ou para os poços de visita.

GALERIAS SUBTERRÂNEAS: Encaminhar as águas pluviais provenientes do escoamento superficial por condutos
fechados até o corpo receptor ou sistema de contenção. Deve possuir diâmetro maior que 400mm.

macrodrenagem envolve os sistemas coletores de diferentes sistemas de microdrenagem. Envolve áreas de pelo
menos 2 km2 ou 200 ha. Estes valores não devem ser tomados como absolutos porque a malha urbana pode possuir
as mais diferentes configurações. Este tipo de sistema deve ser projetado para acomodar precipitações superiores as
da microdrenagem com riscos de acordo com os prejuízos humanos e materiais potenciais. Retificação e ampliação
das seções de canais naturais; Construção de canais artificiais; Galerias de grandes dimensões; Estruturas auxiliares
de controle.

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