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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA

TALUDES E CONTENÇÕES
PROFESSOR SANDRO MACHADO

RELATÓRIO DE AULA EXPERIMENTAL


ENSAIO TRIAXIAL

ALUNO: BRUNO MATHEUS FRANCO


1. INTRODUÇÃO

O ensaio de compressão triaxial convencional consiste na aplicação de um estado hidrostático


de tensões e de um carregamento axial sobre um corpo de prova cilíndrico do solo. Para isto, o
corpo de prova é colocado dentro de uma câmara de ensaio, e envolto por uma membrana de
borracha. A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma pressão, que é chamada pressão
confinante ou pressão de confinamento do ensaio. A pressão confinante atua em todas as
direções, inclusive na direção vertical. O corpo de prova fica sob um estado hidrostático de
tensões.

O carregamento axial é feito por meio da aplicação de forças no pistão que penetra na
câmara, caso em que o ensaio é chamado de ensaio de deformação controlada. A carga é
medida por meio de um anel dinamométrico externo, ou por uma célula de carga intercalada
no pistão. Este procedimento tem a vantagem de medir a carga efetivamente aplicada ao corpo
de prova, eliminando o efeito do atrito do pistão na passagem para a câmara.

2. CONSIDERAÇÕES
Foi realizado um ensaio de amostra de solo saturado e um com solo natural com objetivo de
analisar os resultados obtidos e analisar as diferenças e comportamentos mecânicos em cada
estado.
3. RESULTADOS

 Dados do Laboratório

Dados do CP
Diâmetro 5,29 cm
Altura 9,7 cm
Sucção: 52,12 MPa
Tensão Confinante 100 kPa

 Triaxial Natural – Tensão Confinante 100kpa

 Adensamento

Relatório Adensamento
P. Externa P. Neutra P. Topo Volume Água
Data e Horário (kPa) (kPa) (kPa) (cm³) Deslocamento (cm)
10/07/2018
11:14:31 123,94 77,93 0 -14,85 0
10/07/2018
11:14:46 123,94 101,21 0 -23,58 0
10/07/2018
11:15:09 121,01 129,54 0 -26,75 0
10/07/2018
11:15:43 121,01 102,22 0 -24 0
10/07/2018
11:16:34 120,04 102,22 0 -23,79 0
10/07/2018
11:17:51 119,06 102,22 0 -23,74 0
10/07/2018
11:19:46 116,13 102,22 0 -23,68 0
10/07/2018
11:22:39 120,04 102,22 0 -23,58 0
10/07/2018
11:26:59 116,13 102,22 0 -23,53 0
10/07/2018
11:33:28 115,16 101,21 0 -23,94 0
10/07/2018
11:43:12 117,11 96,15 0 -23,74 0
Natural - Confinante 100kpa
-12
0 2 4 6 8 10 12
-14
Volume cm³

-16

-18

-20

-22

-24

Tempo

 Cisalhamento

 Triaxial Saturado – Tensão Confinante 100kpa

Dados do CP
Diâmetro 5,31 cm
Altura 9,63 cm
Sucção: 0,74 MPa

Adesamento

Relatório Adensamento
P. Externa P. Neutra Volume Água Deslocamento
Data e Horário P. Topo (kPa)
(kPa) (kPa) (cm³) (cm)
11/07/18 10:28 250,81 177,11 0 22,28 0,03
11/07/18 10:30 246,91 147,76 0 19,37 0,03
11/07/18 10:33 250,81 146,75 0 18,69 0,03
11/07/18 10:37 246,91 146,75 0 18,23 0,04
11/07/18 10:44 246,91 145,74 0 18,85 0,04
11/07/18 10:54 248,86 139,66 0 18,02 0,04
11/07/18 11:08 251,79 131,57 0 17,45 0,04
11/07/18 11:30 251,79 129,54 0 17,2 0,04
Saturado - Confinante 100kpa
23
22
21
20
Volume (cm³)

19
18
17
16
15
9 3 8 2 6 1 5
:1 :3 :4 :0 :1 :3 :4
10 10 10 11 11 11 11
18 18 18 8 8 8 8
7/ 7/ 7/ /1 /1 /1 /1
/ 0 / 0 / 0 / 07 / 07 / 07 / 07
11 11 11 11 11 11 11

Tempo

Cisalhamento

Cisalhamento - Saturado
700
600
500
Tensão (KPa

400 Tensão (kPa)

300
200
100
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3

Deslocamento cm
4. ANALISE DOS DADOS

Nota-se que o solo natural no adensamento não há deslocamento, assim há uma diminuição
no volume até se estabilizar e se manter constante com o passar do tempo. No solo saturado
há uma constante diminuição de volume com o passar do tempo, isso ocorre pela liberação de
agua do interior do solo para fora e assim as partículas solidas continuamente tem espaço para
continuar compactando. O comportamento mecânico de solos mudo quando está natural ou
saturado. Depende do estado de tensões efetivas. Nos solos não saturados, a água preenche
parcialmente os vazios e as tensões no fluido são negativas, assim solo apresenta uma coesão
aparente que pode ser alterada em virtude de variações na umidade. Quanto a maior for o
grau de saturação menor a coesão aparente e menor a resistência ao cisalhamento do solo. A
partir dos gráficos podemos notar a diferença nas tensões máximas quando saturado enquanto
o solo natural, sendo esse que possui maior resistência.

5. CONCLUSÃO

A água é o principal fator de instabilidade em taludes alterando o comportamento dos


solos não saturados, por meio da variação das pressões atuantes. Em solos não saturados, a
presença de uma pressão negativa nos poros, também conhecida como sucção, é um dos
principais fatores de alteração do comportamento geomecânico dos solos residuais, podendo
causar a estabilização de um talude natural a partir de um acréscimo na resistência do solo ou,
de uma forma inversa, instabilizá-lo a partir de uma diminuição em sua resistência, através da
sua saturação. Assim, talude com solo na condição não saturada apresenta valor de FS
superior ao valor com solo na condição saturada.

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